quarta-feira, 18 de julho de 2012

Área Pastoral São José -Festejos da Comunidade São Joaquim e Santana!


Um novo cristão católico na casa da Missão do Brasil

Escrito por Fúlvio Costa   
Ter, 17 de Julho de 2012 09:51
Quando teve início o 3º Congresso Missionário Nacional, na tarde do dia 12 de julho, o arcebispo de Palmas, dom Pedro Brito Guimarães, disse a seguinte frase em sua Mensagem de Abertura: “De agora em diante ninguém vai mais chamar Palmas de abandonada, desolada, cidade mais quente e capital evangélica do Brasil, mas de querida, noiva e esposa do Cordeiro redivivo, coração do Brasil missionário". As palavras do arcebispo marcaram o evento que reuniu 562 participantes.

Os dias passaram, e durante o Congresso, encontramos Aderaldo Barros da Silva Filho, 17, da Paróquia de Santa Rita de Palmas. A história do jovem tem algo em comum com as palavras de dom Pedro. Aderaldo foi batizado na Igreja Católica, mas desde os dois anos de idade era protestante da Igreja Assembleia de Deus, seguindo os passos de seus pais e sua avó. “Jamais havia passado pela minha cabeça me tornar católico”, contou.

Aderaldo teve uma experiência pessoal com Deus: por influência de amigos, participou de um encontro de jovens da Igreja Católica e foi ali que encontrou uma nova proposta de Deus para sua vida. “Eu tive uma experiência muito forte com o Santíssimo Sacramento que marcou a minha vida, em novembro de 2011. Eu disse para mim mesmo, a partir dali: esse é meu caminho. É aqui que Deus me quer”.

Na Igreja Assembleia de Deus, o jovem Aderaldo sentia um vazio que, segundo ele, foi preenchido com a premência da vida em comunidade na Igreja Católica. “Quando eu era evangélico, eu sentia um vazio porque há muitos ensinamentos sem nexo. Eles não te explicam e fica o vazio. E também por pregarem apenas o Antigo Testamento. Eu aprendia muito sobre bem estar financeiro. Na Igreja Católica eu conheci algo diferente: viver e partilhar em comunidade, o que eu não tinha na Igreja Evangélica, pois o pensamento lá não é esse. O pensamento lá é eu e Deus. Já na Igreja Católica eu conheci esse outro lado: eu estou bem, mas eu devo fazer a minha comunidade estar bem. Isso me trouxe aqui”.

O chamado de Aderaldo foi apenas o início de uma história que ganhou força e dimensões. Ele não se contentou apenas em ser fiel, mas quis conhecer a Igreja Católica, sua história, e, para isso, contou com a ajuda do padre Fábio Gleiser, seu pároco. “Eu o procurei, ele conversou comigo e passou a me ensinar o catecismo. Decidimos que eu iria entrar na catequese, já que eu havia sido batizado na Igreja Católica, ainda criança. Quando eu ingressei no catecismo, na Escola da Fé, passei a gostar e amar mais a Igreja. Isso me trouxe uma paixão pela liturgia e pelo santíssimo”, diz com os olhos lacrimejando.

O despertar da vocação
O estudo do Catecismo é um processo que o jovem irá concluir no fim de 2012. Em janeiro ele irá fazer a Primeira Eucaristia. Depois disso, a caminhada continua. “Eu pedi a Deus e a Nossa Senhora uma maneira de servir. E a maneira me mostrada foi ser vocacionado, servir através do apostolado, da ordenação. Isso me motivou muito. Eu tenho certeza que futuramente eu me tornarei um bom padre, mas sem pressa porque eu tenho bastante tempo para ingressar no seminário, me tornar um padre. Digo sem pressa porque a pressa não nos leva à perfeição”.

O 3º Congresso Missionário

O trabalho de organização do 3º Congresso Missionário Nacional, sua realização e a dimensão missionária da Igreja também têm colaborado para o amadurecimento cristão do jovem. “O Congresso marcou. Começou a nos mostrar que a vida em comunidade não é só em nossa paróquia, mas nos dá a oportunidade de conhecer a missão da Igreja em várias regiões do Brasil e até do mundo”. Ele também ressaltou que o trabalho missionário “só vem reforçar minha fé e a minha vocação. Vê padres que estão dando sua vida através das missões me mostra que eu estou no caminho certo. Renova minha fé. É um trabalho que nos traz prazer, nos dá satisfação porque a gente adquire experiência através daqueles que já têm experiência”.

Completou dizendo que a dimensão missionária “me fez me apaixonar mais ainda pela Igreja porque eu vejo que ela não é apenas aqui, mas no mundo todo com trabalhos de evangelização e sociais que giram em torno das Obras Missionárias”.

Por Fúlvio Costa, da Assessoria de Imprensa do 3º CMN

Primeira leitura (Isaías 10,5-7.13-16)

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

Assim fala o Senhor:
5“Ai de Assur, vara de minha cólera, bastão em minhas mãos, instrumento de minha indignação! 6Eu o envio contra uma nação ímpia e ordeno-lhe, contra um povo que me excita à ira, que o submeta à pilhagem e ao saque, que o calque aos pés como lama nas ruas.
7
Mas ele assim não pensava, seu propósito não era esse; pelo contrário, sua intenção era esmagar e exterminar não poucas nações. 13Pois diz o rei da Assíria: ‘Realizei isso pela força da minha mão e com minha sagacidade, pois tenho experiência; aboli as fronteiras dos povos, saqueei seus tesouros, e derrubei de golpe os ocupantes de altos postos; 14minha mão espalmou como um ninho a riqueza dos povos; e como se apanha uma ninhada de ovos, assim ajuntei eu os povos da terra, e não houve quem batesse asa ou abrisse o bico e desse um pio’.
15
Mas acaso gloria-se o machado, em detrimento do lenhador que com ele corta? Ou se exalta a serra contra o serrador que a maneja? Como se a vara movesse quem a levanta e um bastão erguesse aquele que não é madeira. 16Por isso, enviará o Dominador, Senhor dos exércitos, contra aqueles fortes guerreiros o raquitismo; e abalará sua glória com convulsões que queimam como fogo”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 93)



— O Senhor não rejeita o seu povo.
— O Senhor não rejeita o seu povo.


— Eis que oprimem, Senhor, vosso povo e humilham a vossa herança; estrangeiro e viúva trucidam, e assassinam o pobre e o órfão!

— Eles dizem: “O Senhor não nos vê e o Deus de Jacó não percebe!” Entendei, ó estultos do povo; insensatos, quando é que vereis?
— O que fez o ouvido não ouve? Quem os olhos formou não verá? Quem educa as nações não castiga? Quem os homens ensina não sabe?
— O Senhor não rejeita o seu povo e não pode esquecer sua herança: voltarão a juízo as sentenças; quem é reto andará na justiça.

Um pouco de Reflexão!

Após o “discurso da missão” e o envio dos discípulos ao mundo para continuar a obra salvífica de Jesus, Mateus coloca, no seu Evangelho, uma seção sobre as reações e as atitudes que várias pessoas e grupos tomaram frente a Jesus e à Sua proposta de “Reino”.
Nos versículos anteriores ao texto que hoje nos é proposto, Jesus havia dirigido uma veemente crítica aos habitantes de algumas cidades situadas à volta do lago de Tiberíades, porque foram testemunhas da Sua proposta de salvação, mas se mantiveram indiferentes. Estavam demasiado cheios de si próprios, instalados nas suas certezas, calcificados nos seus preconceitos e não aceitavam se questionar, a fim de abrir o coração à novidade de Deus.
Agora, Jesus se manifesta convicto de que essa proposta, rejeitada pelos habitantes das cidades do lago, encontrará acolhimento entre os pobres e marginalizados, desiludidos com a religião “oficial” e que anseiam pela salvação que Deus tem para lhes oferecer.
Hoje, estamos diante de duas “sentenças” que, provavelmente, foram pronunciadas em ambientes diversos deste que Mateus nos apresenta.
A primeira sentença é uma oração de louvor que Jesus dirige ao Pai, porque Ele escondeu estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelou aos pequeninos. Os “sábios e inteligentes” são, certamente, esses “fariseus” e “doutores da Lei”, que absolutizavam a Lei, que se consideravam justos e dignos de salvação, porque cumpriam escrupulosamente a Lei, que não estavam dispostos a deixar pôr em causa esse sistema religioso em que se tinham instalado e que – na sua perspectiva – lhes garantia automaticamente a salvação.
Os “pequeninos” são os discípulos, os primeiros a responder positivamente à oferta do “Reino”; e são também esses pobres e marginalizados, ou seja, os doentes, os publicanos, as mulheres de má vida, o “povo da terra” que Jesus encontrava, todos os dias, pelos caminhos da Galileia, considerados malditos pela Lei, mas que acolhiam, com alegria e entusiasmo, a proposta transformadora de Jesus.
A segunda sentença relaciona-se com a anterior e explica o que é que foi escondido aos “sábios e inteligentes” e revelado aos “pequeninos”. Trata-se, duma “experiência profunda e íntima” de Deus. Os “sábios e inteligentes” estavam convencidos de que o conhecimento da Lei lhes dava o conhecimento de Deus. A Lei era uma espécie de “linha direta” para Deus, por meio da qual eles ficavam a conhecer o Senhor, a Sua vontade, os Seus projetos para o mundo e para os homens; por isso, apresentavam-se como detentores da verdade, representantes legítimos de Deus, capazes de interpretar a vontade e os planos divinos.
Jesus deixa claro que quem quiser fazer uma experiência profunda e íntima de Deus tem de aceitá-Lo e segui-Lo. Ele é “o Filho” e só Ele tem uma experiência profunda de intimidade e de comunhão com o Pai. Quem rejeitar Jesus não poderá conhecer o Pai. Quando muito, encontrará imagens distorcidas de Deus e, depois, julgará o mundo e os homens. Mas quem aceitar Jesus e O seguir, aprenderá a viver em comunhão com o Senhor, na obediência total aos Seus projetos e na aceitação incondicional dos Seus planos.
Na verdade, os critérios de Deus são bem estranhos, vistos “aqui de baixo”, com as lentes do mundo. Nós, homens, admiramos e incensamos os sábios, os inteligentes, os intelectuais, os ricos, os poderosos, os bonitos e queremos que sejam eles a dirigir o mundo, a fazer as leis que nos governam, a ditar a moda ou as ideias, a definir o que é correto ou não o é. Mas Deus diz que as coisas essenciais são muito mais depressa percebidas pelo “pequeninos”. São eles que estão sempre disponíveis para acolher o Senhor e aos Seus valores e para arriscar-se nos desafios do Reino.
Quantas vezes os pobres, os pequenos, os humildes são ridicularizados, tratados como incapazes pelos nossos “iluminados” fazedores de opinião, que tudo sabem e que procuram impor ao mundo e aos outros as suas visões pessoais e os seus pseudovalores. A Palavra de Deus ensina: a sabedoria e a inteligência não garantem a posse da verdade; o que a garante é ter um coração aberto a Deus e às Suas propostas.
Como chegamos a Deus? Como percebemos o Seu “rosto”? Como fazemos uma experiência íntima e profunda com Ele? Por meio da Filosofia? Em um discurso racional coerente? É passando todo o tempo disponível na igreja, mudando as toalhas dos altares? O Evangelho responde: “conhecemos” Deus por meio de Jesus.
Jesus é o Filho que conhece o Pai; só quem O segue e procura viver como Ele pode chegar à comunhão com Deus. Há católicos que, por serem padres como eu, por terem feito catequese, por irem à Missa aos domingos e fazer parte do conselho pastoral da paróquia, acham que conhecem Deus. Atenção: só “conhece” o Senhor quem é simples e humilde, e está disposto a seguir Jesus no caminho da entrega ao Pai e da doação da vida aos homens. É no seguimento de Jesus – e só aí – que nos tornamos filhos de Deus.
Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. Fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a Sua revelação na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo.
 Por :Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Mateus 11,25-27)




— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.


25
Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.