domingo, 16 de fevereiro de 2014

Viver a comunhão



Os problemas das pessoas não mudam radicalmente de um momento para o outro, porque o homem é sempre o mesmo, com as suas riquezas e também com as más tendências.

O profeta Isaías, na Leitura que será lida neste Domingo (Isaías 58, 7-10) lamenta que o Povo de Deus se tenha refugiado numa falsa piedade e abandonado o respeito e o amor ao próximo.

Por isso, o profeta sente-se urgido a pregar: «Eis o que diz o Senhor: 'Reparte o pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa a quem viste andar despido e não voltes as costas ao teu semelhante'.»

Uma tentação que nos acompanha constantemente é a de fugir ao que custa. Num primeiro momento, procuramos encontrar desculpas, para gozar de uma falsa paz.

Depois, entra a rotina neste modo de ser. Ficamos apenas em práticas de religiosidade esvaziadas de alma e fugimos daquilo que exige de nós sacrifício.

Fechamo-nos numa religiosidade individual, como se cada um de nós fosse uma ilha isolada no mar imenso da humanidade.

É preciso regressar quanto antes ao bom caminho, vivendo a comunhão com as outras pessoas, sobretudo as mais carentes.

Tem este sentido a promessa de Isaías: «Então, a tua luz despontará como a aurora, e as tuas chagas não tardarão a sarar. A tua justiça andará à tua frente, e atrás de ti, a glória do Senhor.»

Muitas vezes sentimos dificuldades em progredir na santidade pessoal, em corrigir os nossos defeitos e vencer as tentações. Talvez isto aconteça, porque falta à nossa piedade a dimensão horizontal.

O Senhor chamou-nos para fazer parte duma família – a dos filhos de Deus – e só nesta condição nos podemos santificar: preocupando-nos com os outros, alargando o círculo das nossas amizades, ajudando-nos mutuamente a caminhar sem que ninguém fique para trás.

A eficácia da nossa oração está também condicionada por este estilo de vida.

Deus voltar-Se-á para nós, quando orarmos, na medida em que nos voltarmos para os outros, sendo sensíveis às suas carências e dificuldades. «Então, se chamares, o Senhor responderá, se apelares para ele, dir-te-á: 'Estou aqui'»

Queremos ser atendidos? Atendamos primeiro generosamente os que estão ao nosso lado.

Quando lemos no Evangelho deste Domingo (Mateus 5,13-16) que o discípulo de Jesus Cristo é sal da terra e luz do mundo, verificamos que, na prática, restringimos a nossa vocação e missão de anunciar as verdades da fé.

Há, de fato, uma grande carência de doutrina nas pessoas, mas há também uma grande carência de Amor.

O Senhor resume toda a vida do cristão em duas palavras: sal – testemunho de vida – e luz – anúncio da Boa Nova, com a Palavra de Deus.

A nossa vocação é dar gosto às atividades mais rotineiras, saber e ajudar os outros a descobrir o brilho divino que há nas coisas mais comuns.

Só o amor a Deus, vivido na caridade para com os outros nos transforma neste sal. As pessoas já não se convencem com palavras sonantes, com belas ideias.

Voltamos ao profeta Isaías: «Se afastares do meio de ti a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do que é teu ao esfomeado e matares a fome ao indigente, a tua luz brilhará na escuridão e a tua noite ficará como o meio-dia.»

Para que serviria o nosso cristianismo, se o não procurássemos viver com toda a exigência e com amor? «Mas, se o sal perder o sabor, com que há-de ele salgar-se? Já não serve para nada; só presta para se deitar fora e ser pisado pelos homens.»

Não encontraremos aqui alguma explicação para a falta de interesse de algumas pessoas pelo cristianismo?

Somos enviados a ser luz, anunciando a Palavra Deus. Disse Jesus: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa a todos os povos.» Os primeiros cristãos entenderam perfeitamente este mandato. Só depois, com o cansaço que vem ao longo da caminhada, se começou a pensar que a evangelização é encargo apenas de alguns privilegiados.

Faz-nos estremecer a Palavra de Jesus Cristo: «Não se pode esconder uma cidade situada num monte, nem se acende uma lâmpada para se pôr debaixo do alqueire, mas no candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.»

Mas seremos luz também – e de modo indispensável – pelo bom exemplo que damos, pela seriedade coerente com que tratamos das tarefas de cada dia, na família, no trabalho, nas amizades. Quando fala da necessidade de espalhar luz, o Mestre fala também das nossas boas obras.

Com amor à Eucaristia, procuremos conduzir as pessoas à Eucaristia Dominical, e ajudemo-las a participar nela de modo que participem ativamente na Celebração.

Para que recomecem de verdade uma vida cristã, terão necessidade de recorrer também diligentemente ao Sacramento da Reconciliação e Penitência.

Que Nossa Senhora nos ajude e ensine a sermos cada vez mais sal da terra e luz do mundo.

Dom Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen (RS)

CONSAGRAÇÃO DE CATEQUISTAS A NOSSA SENHORA


A ti, ó Mãe querida, quero consagrar a minha vida e a minha vocação. Consagro a ti o meu ministério, catequizar é a minha missão. Consagro os dons que de Deus recebi, consagro meu coração.
Consagro minha alegria de servir, o trabalho de minhas mãos. Consagro minha mente e minha boca, para que meus lábios proclamem com fé a minha devoção.
Tu que foste a primeira catequista, educando na fé o próprio Filho de Deus, intercede por mim a Jesus. Toma a minha mão e me leva até Ele, para que eu ande sempre pelos caminhos da Luz. Cobre-me com teu manto de amor, para que jamais desanime na caminhada, mesmo diante da cruz.
Ó Maria, mãe amada, abençoa minha jornada e ajuda-me a ser uma catequista dedicada. Agora e sempre, amém!

Maria Aparecida de Cicco 

Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos :

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração:
Pai, guiado pelos ensinamentos de Jesus, revela-me teu querer divino, livrando-me de dar-me por satisfeito com a observância superficial dos teus mandamentos.
Primeira leitura: Eclo 15,15-20
Leitura do livro do Eclesiástico
16Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás.
17Diante de ti ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão.
18Diante do homem estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir.
19A sabedoria do Senhor é imensa, ele é forte e poderoso e tudo vê continuamente.
20Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem. Ele conhece todas as obras do homem.
21Não mandou a ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença de pecar. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 119
          — Feliz o homem sem pecado em seu caminho,/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
— Feliz o homem sem pecado em seu caminho,/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo!

— Feliz o homem sem pecado em seu caminho/ que na lei do Senhor Deus vai progredindo!/ Feliz o homem que observa seus preceitos/ e de todo coração procura a Deus!

— Os vossos mandamentos vós nos destes,/ para serem fielmente observados./ Oxalá, seja bem firme a minha vida/ em cumprir vossa vontade e vossa lei!

— Sede bom com vosso servo e viverei/ e guardarei vossa palavra, ó Senhor./ Abri meus olhos e então contemplarei/ as maravilhas que encerra a vossa lei.

— Ensinai-me a viver vossos preceitos;/ quero guardá-los fielmente até o fim!/ Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei/ e de todo coração a guardarei
 
 
2° Leitura: 1Cor 2,6-10
Leitura da primeira carta de São paulo aos Coríntios
Irmãos: 6Entre os perfeitos nós falamos de sabedoria, não da sabedoria deste mundo nem da sabedoria dos poderosos deste mundo, que, afinal, estão votados à destruição.
7Falamos, sim, da misteriosa sabedoria de Deus, sabedoria escondida, que desde a eternidade Deus destinou para nossa glória.
8Nenhum dos poderosos deste mundo conheceu essa sabedoria. Pois, se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória.
9Mas, como está escrito, “o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu”.
10A nós Deus revelou esse mistério através do Espírito. Pois o Espírito esquadrinha tudo, mesmo as profundezas de Deus.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Mt 5,17-37
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 20“Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22aEu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo.
27Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.
33Vós ouvistes também o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso’, mas ´cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. 34aEu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum. 37Seja o vosso ‘sim’: ‘Sim’, e o vosso ‘não’: ‘Não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Uma fonte de bênção
Encontramos no texto deste domingo do livro do Eclesiástico (Eclo 15,16-17) ressonâncias de Dt 30,15-20, situado no longo e último discurso de Moisés. Aí achamos as duas vias apresentadas pelo Senhor para a decisão de cada membro do povo de Deus (cf. tb. Eclo 15,16b.17b), e uma forte exortação a guardar os mandamentos do Senhor (Dt 30,16.19b-20). É no cumprimento dos mandamentos da Lei de Deus que está a vida e a felicidade. A influente tradição deuteronomista insiste que o cumprimento irrepreensível da Lei é uma fonte de bênção (cf. Dt 28,1-14); sua rejeição, uma fonte de maldições (Dt 28,15ss).

O evangelho deste domingo, situado no início do longo “sermão da montanha” (5–7), começa por eliminar um equívoco (v. 7a) que, certamente, perdurou por longo período e foi ocasião de disputas não somente entre Jesus e os seus contemporâneos, mas entre judeus e cristãos. O modo como Jesus interpretava e punha em prática a Lei de Moisés desconcertava a tal ponto que fazia com que seus contemporâneos e a geração posterior pensassem que ele desprezava e revogava a Lei de Moisés. As antíteses que se seguem (vv. 21-37) são o exemplo claro de que Jesus ultrapassa a letra da Lei, superando um rigorismo sufocante, considerado um fardo pesado que impedia de entrar na finalidade própria da Lei, dada por Deus ao seu povo para preservar o dom da vida e da liberdade. Parece que é exatamente isso que Jesus quer dizer ao afirmar que, para a comunidade que ele reúne, a justiça, isto é, o modo de proceder em conformidade com a vontade de Deus expressa na Lei, deve superar o rigorismo dos escribas e fariseus (cf. v. 20). É em Jesus que a Lei e os profetas alcançam o seu pleno cumprimento e sentido, pois apontam para ele. A expressão “Lei e os profetas” é um modo bíblico de designar a Escritura na sua totalidade. Esses dois termos estão intrinsecamente relacionados: a Lei é necessária para atestar e confirmar a veracidade da profecia; a profecia é necessária para interpretar e pôr corretamente em prática a Lei. Jesus não revoga a Lei de Moisés, mas, agora, na plenitude dos tempos, ela precisa ser interpretada à luz da revelação de Jesus Cristo (cf. Mt 5,17; 7,12; 22,40). No centro dessa “nova justiça” estão o amor, o perdão e a reconciliação, a misericórdia, a unidade e o acolhimento, que incluem e integram a todos na comunhão com Deus.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a leitura Orante, rezando com todos os que navegam pela web:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 5,17-19 - A Lei de Moisés
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo a Lei de Deus? Você se recorda dos 10 Mandamentos? Vale recordá-los:
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
2. Não tomar seu santo nome em vão.
3. Guardar domingos e festas.
4. Honrar pai e mãe.
5. Não matar.
6. Não pecar contra a castidade (fidelidade).
7. Não furtar.
8. Não levantar falso testemunho.
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar as coisas alheias.

2- Meditação (Caminho)

O que me diz o texto?
Fala-me dos mandamentos, sintetizados no amor a Deus e ao próximo.
Recorda ainda, os Bispos que, na Conferência de Aparecida, que disseram sobre o discípulo: "Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: "Amem-se uns aos outros, como eu os amei" (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, "todos reconhecerão que sois meus discípulos" (Jo 13,35)." (DAp 138)
Como vivo o mandamento do amor?

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com todos os cristãos, o Hino do amor
HINO AO AMOR
Pe. Zezinho, scj

Se eu desvendasse os mistérios do universo,
mas não tivesse amor;
se o dom das línguas eu tivesse em prosa e verso,
mas não tivesse amor,
seria um sino barulhento e falador!

Se eu conhecesse umas quinhentas profecias,
mas não tivesse amor;
se eu conhecesse todas as teologias,
mas não tivesse amor;
teria tudo, menos Deus a meu favor!

Amor é graça, amor é força amor é luz,
não é vaidoso, não derruba não seduz,
não sente inveja, nem orgulho nem rancor,
sabe perder mas não se sente perdedor.
Amor aplaude mas educa o vencedor
Amor perdoa mas educa o pecador,
não atrapalha não bloqueia: faz andar,
espera e crê, porque o amor sabe esperar.

Vem do passado, mas não é ultrapassado.
Tem seus limites o saber e a religião,
mas o amor aí não acaba nunca não (2x).
Agora vemos por imagens ou sinais,
mas o amor, aí, o amor é muito mais (2x).
mas o amor, aí, o amor é bom demais!

Há mil verdades do outro lado da janela,
mas o amor é a maior de todas elas!...

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sou uma pessoa convocada pela Palavra do Evangelho a viver integralmente a Lei que Jesus Cristo resumiu no amor. Assim posso viver o dia de hoje e todos os outros.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica