sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Três tipos de Natal


Pe. Zezinho, scj
2Verifica-se, cada dia com mais clareza, três propostas de Natal na sociedade em que vivemos. Uma é a dos industriais e comerciantes. Com eles está a mídia laica e os agentes de marketing. Fabricam e vendem produtos de Natal e seu garoto propaganda é um velhinho simpático, gorducho, barbas brancas, homem do gelo que vem da pseudo Lapônia com seu carro trenó puxado por renas voadoras, meio avô e meio magnata dos presentes. De bispo que era por volta do século quarto e que ainda é em alguns países com o nome de São Nicolau ou Santa Klaus, em outros tornou-se o Papai Natal ou Papai Noel. Ele tem uma sacola de presentes e realiza sonhos de milhões de crianças. Os adultos já sabem que ele é apenas um símbolo de bondade.

Preste atenção: o rádio e a televisão laicos privilegiam o velhinho. Não falam de quem nasceu, embora ainda falem de Natal; só não dizem Natal de quem. Apresentadores conseguem, por horas e dias a fio, falar da magia do Natal e do Papai Noel sem tocar uma só vez no nome do aniversariante que nasceu há cerca de 2010 ou 2014 anos atrás. Jesus teria nascido alguns anos antes do ano que, no nosso calendário, estabeleceram como o ano 1 de seu nascimento. Notem que escrevo no ano 2009.

Há, depois, o Natal de Jesus divulgado pela mídia religiosa, católicos, evangélicos, pentecostais. Acentuam o Cristo. Alguns deles enfocam o "Menino Jesus". Chegam a pedir que o menino Jesus, que nasce no dia 25 de dezembro, abençoe as famílias". Nada explicam. Passam a idéia de que, perto do fim de dezembro, Jesus volta a ser criancinha. Nem sequer explicam que é apenas um simbolismo, memória de mais de 2 mil anos atrás. Não ensinam que aquele menino não existe mais. Falam como se aquele criança de Belém ainda existisse.

Não oram a Jesus adulto, glorioso no Pai, que um dia foi menino. Seu Jesus que durante o ano é adulto, mas no Natal volta a ser menino. Invocam as bênçãos da criança que Jesus não é mais. Sua catequese não foi progressiva. Esquecem que ele se fez adolescente e jovem, morreu adulto, ressuscitou, ascendeu ao Pai, não voltou a ser criança e não entrou criança no céu. Também não voltará criança para julgar os vivos e os mortos. Enquanto a Igreja no seu catecismo prega um Jesus adulto que deu a vida pela humanidade, eles insistem em anunciar e a orar a um Jesus criancinha. Nem se dão conta do que fazem. Vejo e ouço isso todos os dias na mídia religiosa.

Finalmente há o terceiro Natal. É o dos evangelizados que pensam no que ouvem e lêem. Falam como quem pensou no que anuncia. Não oram ao Menino Jesus. Oram ao Jesus que um dia foi menino e hoje está no céu, gloriosamente adulto e Senhor, para que nos ensine a lidar com os problemas de nosso tempo. Ao festejar um nascimento acontecido há 20 século atrás, oram a quem veio para isso e pedem luzes em favor dos sofredores, do enfermos e dos machucado pela vida e de um mundo mais justo. Três tipos de Natal! Não seu qual foi o seu?

Papa escreve artigo para jornal americano sobre o Natal


O Papa Bento XVI atendeu, com disponibilidade, um pedido da redação do jornal americano Financial Times, solicitando um artigo com reflexões sobre o Natal. Segundo informou o Boletim da Santa Sé, essa foi mais uma ocasião para falar de Jesus e da Sua mensagem a um amplo público nesse momento do ano litúrgico cristão.
No artigo intitulado “Tempo de empenho no mundo para os cristãos”, Bento XVI lembra que o nascimento de Jesus aconteceu na época do recenseamento ordenado por César Augusto, imperador conhecido por ter levado a paz a Roma. No entanto, ele destacou que aquela Criança, nascida na escuridão e longe do império, estava para oferecer ao mundo uma paz muito maior e verdadeira. 
O Pontífice reflete, então, que o nascimento de Cristo desafia a humanidade a repensar as suas prioridades, o seu modo de viver. “Ao fim de um ano que significou privações econômicas para muitos, o que podemos aprender da humildade, da pobreza, da simplicidade na cena do presépio?”, questionou.
Tendo em vista que o desejo de combater a pobreza, a ganância, a exploração e estabelecer a divisão igualitária dos recursos da terra é comum a tantas pessoas, o Santo Padre acredita que é possível uma grande e fecunda colaboração entre os cristãos e os outros.
Por fim, o Papa lembrou que já não se vive mais em um mundo pagão, no qual as reivindicações de César pareciam impossíveis de ser desafiadas. O nascimento de Cristo, segundo explica o Pontífice, marcou o fim dessa antiga ordem.
“Agora, há um novo Rei, que não confia na força das armas, mas no poder do amor. Ele traz esperança a todos aqueles que, como Ele mesmo, vivem às margens da sociedade. (...) Da manjedoura, Cristo nos chama a viver como cidadãos do Seu reino celeste, um reino que cada pessoa de boa vontade pode ajudar a construir aqui na terra.”

Fonte: cancaonova

Primeira leitura (Cântico dos Cânticos 2,8-14)


Leitura do Livro do Cântico dos Cânticos.

8É a voz do meu amado! Eis que ele vem saltando pelos montes, pulando sobre as colinas. 9O meu amado parece uma gazela, ou um cervo ainda novo. Eis que ele está de pé atrás de nossa parede, espiando pelas janelas, observando através das grades. 10O meu amado me fala dizendo: “Levanta-te, minha amada, minha rola, formosa minha, e vem! 11O inverno já passou, as chuvas pararam e já se foram. 12No campo aparecem as flores, chegou o tempo das canções, a rola já faz ouvir seu canto em nossa terra. 13Da figueira brotam os primeiros frutos, soltam perfume as vinhas em flor. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem! 14Minha rola, que moras nas fendas da rocha, no esconderijo escarpado, mostra-me teu rosto, deixa-me ouvir tua voz! Pois a tua voz é tão doce, e gracioso o teu semblante”.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Ou (escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura (Sf 3,14-18a)

Leitura da Profecia de Sofonias.

14Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém! 15O Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o rei de Israel é o Senhor, ele está no meio de ti, nunca mais temerás o mal. 16Naquele dia, se dirá a Jerusalém: “Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo! 17O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; ele exultará de alegria por ti, movido por amor; exultará por ti, entre louvores 18acomo nos dias de festa”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

(Salmos 32 )



— Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!  R-Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!
  1-Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação!
  2-Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança.
  3-No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.

Um Pouco de Reflexão!

O trecho do Evangelho, que hoje nos propomos a meditar, começa por nos convidar a um movimento tipicamente cristão: “partir para!”. Assim começa a perícope: «Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia» (Lc 1, 39).

Por que podemos reclamar esta dinâmica caritativa ao Cristianismo? Basta recordarmos as palavras do discípulo amado à comunidade cristã: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados» (1Jo 4,10).

A Virgem Santíssima foi a criatura que melhor entendeu a dinâmica da caridade, por isso, também na proximidade da Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos contemplar esta mulher cheia do Espírito Santo que em seu ser diz muito ao ser da Igreja, a ponto de o Papa Bento XVI afirmar em uma de suas enriquecedoras entrevistas: «Em Maria concretiza-se o que é a Igreja. E o significado teológico de Maria representa-se na Igreja. Formam as duas como um sistema de vasos comunicantes: Maria é a Igreja em pessoa; e a Igreja é, na sua totalidade, aquilo que Maria, na sua pessoa, antecipou» (Joseph Ratzinger, Deus e o Mundo, 300).

Voltando ao texto bíblico, encontramos este “espelho” da Igreja movida pela caridade-serviço, saudando Isabel e sendo instrumento eficaz para que a promessa de Deus a João Batista se cumprisse, aquela que o seu pai ouviu do Anjo Gabriel meses antes do encontro das santas mães: «…e, desde o ventre da mãe, ficará cheio do Espírito Santo» (Lc 1, 15). Assim, continua a ser a presença intercessora de Nossa Senhora, Esposa do Divino Espírito Santo, um canal de graças para que a vontade de Deus se realize na vida da Igreja e do Mundo.

De onde vem esta docilidade de Nossa Senhora das Graças? Sem dúvida, de sua experiência de Deus, a qual transbordava por onde passava, a ponto do mesmo Espírito confirmá-la pelos lábios de Santa Isabel: «Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido» (Lc 1, 45).

Por isso tudo, dentro do Ano da Fé – e neste tempo do Advento – recorramos ao testemunho e à intercessão de Nossa Senhora da Luz, pois ela sempre comunica a Luz do mundo, como bendita que acreditou, esperou e amou sempre (cf. Lc 1, 42).

Sobre a urgência desta qualidade, o Papa Bento XVI tem procurado comunicar a todos: «Na descoberta diária do seu amor, ganha força o vigor e o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar. De fato, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolher o convite do Senhor a aderir à Sua Palavra, a fim de se tornarem Seus discípulos» (BENTO XVI, Porta Fidei, n. 10).

Por fim, com a Virgem Santíssima e todos os demais testemunhos apresentados pela Sagrada Liturgia, abramos os nossos corações para o Dom e a Missão que brota do Mistério da Encarnação, feito frágil e Divino Menino. Aí mora o santo e feliz Natal! Você e cada um de nós merece, pois Ele mereceu para nós. Louvor e Glória ao Senhor!

Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova

Evangelho (Lucas 1,39-45)



— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45“Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Jesus propõe pobreza e frugalidade! E o capitalismo não vive sem consumismo!


Pe. Zezinho

sAs Igrejas perderam poder e relevância.
Algumas delas, num heróico e, às vezes, atrevido e desesperado esforço de marketing da fé tentam arrebanhar multidões, não importa se os métodos são éticos para conseguir relevância.
Mas teria Jesus perdido a importância e a relevância?
No curto espaço de setenta anos o mundo se viu ameaçado pela catástrofe nuclear; vale dizer extinção, a começar das bombas em Hiroshima e Nagasaki e as milhares de outras estocadas hoje em países perigosamente instáveis.
A apressada sociedade de consumo derrotou a bem mais lenta sociedade ecológica.
Sujam-se e poluem-se os mares, os ares, o solo, o subsolo.
Exaurem-se os recursos com tamanha velocidade que já não se imagina a Terra capaz de se recuperar.
Corridas armamentistas, financeiras, fiscais e o dinheiro e migrar como barata desestabilizam até as mais fortes economias.
Os preços sobem e, enquanto os ricos precisam de cada vez mais dinheiro para manter suas conquistas e seu conforto, os pobres se vêem cada dia mais impotentes diante do custo de vida.
No Brasil um pobre que telefona em maio para uma consulta gratuita junto a um órgão do estado tem vaga para outubro; mas, se puder pagar 160 reais por uma endoscopia, tem vaga na manhã seguinte.
O essencial está cada dia mais caro.
A tecnologia gerou a tecnocracia.
A tecnocracia que poderia administrar a tecnologia em favor da ecologia e da vida optou pela fórmula suicida; subjugou a natureza de tal forma que esta já não se recompõe na velocidade suficiente com que é ferida.
A tecnologia, hoje, mais tira e extrai do que repõe; isto por culpa de uma tecnocracia consumista e imediatista que se rege pelo lucro agora já.
Jesus deixa de ser relevante numa sociedade que não aprendeu a preservar a vida.
Ele soa como inimigo do progresso consumista.
Jesus propõe pobreza e frugalidade!
E o capitalismo não vive sem consumismo!

Fonte: Padrezezinhoscj

Celebrações de Natal e Ano Novo na Catedral Metropolitana de Fortaleza


presepio
Dia 24 de Dezembro de 2012 – Celebração da santa missa, às 20 horas (Natal do Senhor Jesus e conhecida também como Missa do Galo) presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques – Arcebispo de Fortaleza;
Dia 25 de Dezembro de 2012 – Celebração da Santa Missa nos seguintes horários: às 10h, presidida pelo Padre Brendan Mc Donald; às 12h, presidida pelo Padre Clairton Alexandrino; às 18h30min, presidida pelo Padre Luis Alberto e 20h, presidida pelo pároco da Catedral, Padre Clairton Alexandrino;
Dia 31 de Dezembro de 2012 – Celebração da Santa Missa às 20 horas (ação de graças – ano novo) presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques – Arcebispo de Fortaleza;
Dia 01 de Janeiro de 2013 – Celebração da Santa Missa nos seguintes horários: às 12h, presidida por Padre Clairton Alexandrino; às 18h30min, presidida por Padre Luis Alberto e 20h, presidida por Padre Clairton Alexandrino (Solenidade da Santa Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz e Fraternidade Universal);
Informações (85) 3231. 4196, na Secretária da Catedral.