terça-feira, 28 de julho de 2015

Vem aí! Jornada Vocacional de Fortaleza- 2015

Francisco, muito além da fome espiritual

Por Padre Geovane Saraiva*
geovane200É indispensável olhar para o Filho de Deus, sempre sensível às necessidades mais elementares de todo um povo ou uma multidão de pessoas, todos cercados pelo sofrimento ao mesmo tempo. Somos convocados, como seus discípulos e seguidores, hoje,  com um coração bom, grande e generoso, numa atitude responsável a repetir o mesmo gesto do Mestre e Senhor. Cinco pães e dois peixes tem como resultado a soma sete, um número teológico completo, perfeito (cf. Jo 6, 1-15). Pelo o esforço da partilha e desperdício é claro que podemos enxergar o grande e maior milagre, a manifestação da glória de Deus, sinal de um mundo mais justo e mais solidário. Como seria maravilhoso sempre se expressar, de acordo com  a vontade do Pai:  “Ao senhor quero cantar, pois fez bilhar a sua glória!” (cf. Ex 15, 1).
Sinal evidente do brilho da glória de Deus deu-se com a eleição de Jorge Mario Bergoglio (13.03.2013), que logo no início de seu pontificado mostrou sinais concretos da importância do Concílio Vaticano II: dispensou a cruz de ouro, recusou o carro de luxo, pagou a sua conta na pensão, exortou os bispos a saírem dos palácios e a irem para as periferias, disse que a Igreja sem a Cruz é tão somente uma piedosa ONG, pediu a bênção dos fiéis e se esforça para dar rumo aos trabalhos pastorais nos nossos dias. Vejo a essência do seu pontificado nas palavras daquele que era invocado com nome ‘Dom da Paz’, Helder Câmara: “Que eu aprenda afinal, com a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a cobrir de véus o acidental e efêmero, deixando em primeiro plano, apenas o mistério da Redenção”.
O Papa Francisco em suas palavras antes da oração mariana do Ângelus (26.07.2015), deixou claro que os discípulos raciocinam com mentalidade de ‘mercado';  destacou que a ninguém falte o pão e uma vida digna e ainda: Jesus sacia a fome do sentido da vida, falando da substituição da lógica do mercado que é ‘comprar’ pela a lógica de Deus  que é ‘dar’. Comentou de um modo simples, quanto profundo, o Evangelho do domingo, o  qual fala da multiplicação dos pães e dos peixes, deixando claro que Jesus sacia não só a fome material, mas aquela mais profunda, a fome do sentido da vida, a fome de Deus. E acrescentou: “Jesus não é só alguém que cura, que realiza milagres, mas é também Mestre. De fato, sobe a montanha e se senta, na típica atitude do mestre quando ensina: sobe sobre aquela ‘cátedra’ natural criada pelo seu Pai celeste”.
Como o Santo Padre nos encanta ao falar do “agir e do poder misericordioso de Deus, que nos cura de todos os males do corpo e do espírito”. E da janela do escritório do último andar do Palácio Apostólico, o Pontífice citou os gestos realizados naquela ocasião por Jesus, que “tomou aqueles pães e aqueles peixes, deu graças ao Pai e os distribuiu”, antecipando “aqueles da Última Ceia, que dão ao pão de Jesus seu significado mais profundo e verdadeiro”.
Por fim concluiu o Sumo Pontífice: “Participar da Eucaristia significa entrar na lógica de Jesus, a lógica da gratuidade, da partilha; comungar significa também atingir de Cristo, a graça que nos torna capazes de partilhar com os outros o que somos e o que temos”. Aqui percebo uma enorme afinidade na mística do Sevo de Deus, Dom Helder Câmara,  que soube ver o rosto de Deus na dor, na angústia e no sofrimento do próximo, a exemplo de Nosso senhor Jesus Cristo, numa profunda e terna compaixão, desejando-lhe sua restauração por inteiro: “Se eu pudesse sairia povoando de sono e de sonhos as noites mal dormidas dos desesperados”.
Será que estamos perto de voltar às origens do cristianismo e a reaprender o Evangelho? O Papa Francisco  é contumaz e dar o exemplo, dizendo-nos que devemos beber novamente da fonte d’água da vida que é o próprio Deus. Aqui faz-nos lembrar  o Papa João XXIII, na aula inaugural do Concilio Vaticano II (1962-1965), quando disse com força: “Aqui estamos para a nossa conversão” e ele mesmo se incluía; significando que nós, cristãos, padres e bispos e até o Papa, todos chamados à conversão do coração, que no dizer do Cardeal Lorscheider, em consonância com do espírito do referido Concílio, trata-se da Igreja povo de Deus, Igreja toda missionária, peregrina na história, despojada, servidora e sempre necessitada de conversão. Assim seja!
*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE – geovanesaraiva@gmail.com

Pastoral da Criança celebra 30 Anos no Ceará

pcrianca300A Pastoral da Criança do Estado do Ceará comemora 30 anos de missão, a serviço da vida e da esperança, junto às famílias multiplicando saberes e informações seguras e confiáveis. É através da experiência comunitária do encontro, das visitas, das celebrações da vida e dos resultados alcançados que nossa história se constrói, porque todos somos chamados a uma ação evangelizadora tendo como referência Aquele que disse: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância.” (Jo 10, 10).
A comemoração dos 30 Anos da Pastoral da Criança no Ceará será nos dias 12 e 13 de setembro, em Canindé.
Programação
Dias 12
Das 9h às 16h – Casa aberta na Praça da Basílica.
Às 18h – Missa em Ação de Graças na Quadra da Gruta.
Às 20h – Deslocamento para Quadra Paroquial.
Às 22h – Início das Apresentações e Vivência das Lideranças da Pastoral da Criança que se estenderão até as 6h do dia 13 de setembro de 2015, encerrando com o envio e café da manhã.
Informações com Bê – Pastoral da Criança da Arquidiocese de Fortaleza pelos telefones (85) 9.8698.3188 e 9.9995.6688.

Padre: uma bela vocação e missão

Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta (RS)

O mês de agosto, dedicado às vocações, se inicia com o dia do padre. Isto porque no dia 04 de agosto recordamos S. João Maria Vianney, ardoroso pároco de Ars, na França, no século XIX. É o padroeiro dos padres, pela exemplaridade de sua vida doada no seu ministério pastoral. Durante 40 anos doou sua vida pelo seu rebanho. Permanecia até 18 horas diárias no confessionário atendendo os fiéis, vivendo no despojamento.

Conhecido por vários nomes
Os vários modos como o padre é conhecido e chamado indicam as diferentes missões que lhe são confiadas: o padre, porque é o pai espiritual; o presbítero, porque é o mestre, guia e sinal de comunhão nas comunidades; sacerdote, porque participa do sacerdócio de Cristo e preside as celebrações litúrgicas; homem de oração, porque místico e especialista nas coisas de Deus; o servo, porque, como Jesus, busca fazer de sua vida uma entrega, por amor; o profeta, porque é o mensageiro da Palavra viva de Jesus; o pastor, porque procura espelhar em seu agir as atitudes do Bom Pastor, no cuidado, na misericórdia e no amor, sobretudo pelos mais sofridos. 
Uma bela forma de vida
“Um homem tirado por Deus do meio do povo e colocado a serviço desse mesmo povo nas coisas de Deus!” (Hb 5,1). Sim, o padre é um homem do nosso tempo, com suas alegrias e seus dramas. Por isso, também os padres encontram dificuldades, desafios e incompreensões. Sentem em si as fraquezas, pecados e, infelizmente, até escândalos. Às vezes, bate-lhes à porta o cansaço e o desânimo. Não deixam nunca de serem humanos. Mas tudo isso não tira sua beleza. É bela a vida do padre! Isto nos disse o Papa Francisco, ao afirmar que a missão do padre “são compromissos nos quais o nosso coração estremece e se comove. Alegramo-nos com os noivos que vão casar; rimos com a criança que trazem para batizar; acompanhamos os jovens que se preparam para o matrimônio e para ser família; entristecemo-nos com quem recebe a unção dos enfermos no leito do hospital; choramos com os que enterram uma pessoa querida...” E quando a missão traz o cansaço, diz o Papa, “este cansaço é bom, é saudável. É o cansaço do sacerdote com o cheiro das ovelhas, mas com o sorriso de um pai que contempla os seus filhos ou os seus netinhos.” (Homilia da Missa do Crisma – 02/04/15).
Uma vida que se faz serviço
É bela a vida do padre porque ela é um chamado, uma vocação que brota do amor de Deus e encontra acolhida e resposta generosa. É consagrada a Deus pela unção sacerdotal. Sabe que o ministério que lhe é depositado nas mãos não lhe pertence. Bela é a vida que não é projetada somente a partir de algum interesse humano ou pela busca da autorrealização, mas para servir, por isso, fonte de felicidade. Belo é o ministério do padre, porque é um sinal sacramental do Bom Pastor, “que dá sua vida pelas ovelhas” (Jo 10,11). Bela, ainda, porque acredita na ação da graça de Deus, no poder da misericórdia, do perdão, da paz e olha para os pobres com a compaixão que Jesus teve por eles. Enfim, é bela porque é “total”, de “todo o coração, de todo o entendimento, e com todas as forças” (Dt 6,5).
Abraço e saúdo os padres pelo seu dia. Deus os abençoe.

 Fonte: CNBB

Construir a família

Dom Murilo S.R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil

Quando o assunto é família, todos concordam num ponto: ela é uma realidade ao mesmo tempo vigorosa e frágil. É uma instituição apreciada por muitos, desprezada por alguns e combatida por não poucos. Inserida na sociedade, beneficia-se com os seus progressos e sofre com os seus desafios. Por tudo isso, é preciso reconhecer: a família atravessa um momento de crise.

Antes de muitas análises e reflexões, cabe logo a pergunta: o que Deus tem a nos dizer sobre a família? Qual é a sua vontade a respeito dela? O Eclesiástico, livro escrito duzentos anos antes de Cristo, nos convida a servir nossos pais na alegria e a orar por eles, e nos adverte: "Quem honra o pai, expia os pecados; quem glorifica a mãe, é como se acumulasse tesouros" (Eclo 3,3).
Escrevendo aos cristãos da cidade de Colossos, o apóstolo Paulo lembrou-lhes as virtudes necessárias na vida de um discípulo de Cristo - virtudes que são essenciais no ambiente familiar: a compaixão, a bondade, a humildade, a mansidão, a paciência, o perdão, o amor, a paz e a gratidão (cf. Cl 3,12-15).
Jesus, o Filho de Deus, submetendo-se a José e a Maria, nos ensina que a transformação das pessoas e do mundo não se realiza por atos de orgulho e dominação, mas pela humilde obediência à vontade do Pai que está nos céus. Ele quis que Jesus vivesse numa família e nela crescesse "em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens" (Lc 2,52). Foi na família de Nazaré, escola de amor e compreensão, que Jesus se preparou para a sua missão.
Iluminados pela Palavra de Deus, temos agora melhores condições de responder à pergunta: Quais as características que a família de hoje deve ter para preparar adequadamente crianças e jovens para a vida?
Em primeiro lugar, ela tem como missão ajudar cada um a crescer como ser humano. Numa sociedade que facilmente nos transforma em robôs, a família apresenta-se como um importante centro de personalização. É nela que cada qual é acolhido como ser único e insubstituível, como ser livre, consciente e responsável.
Outro papel da família: ser evangelizadora, isto é, educadora da fé. Do ponto de vista cristão, ela tem como missão ensinar que Deus é Pai - um Pai que por amar infinitamente cada filho e filha quer vê-los vivendo na justiça, na fraternidade e no amor. Ele não aceita uma vida conduzida pelo egoísmo, tanto assim que seremos julgados pela lei do amor. Filhos do mesmo Pai, somos irmãos; ora, essa fraternidade deve manifestar-se por meio de gestos concretos de doação e solidariedade, especialmente voltados para aqueles que, morando ao nosso lado, sob o mesmo teto, são o nosso "próximo". Cabe à família descobrir formas de celebrar sua fé, procurar momentos para se unir em torno da Bíblia e relacionar-se com Deus pela oração. "A família que reza unida, permanece unida".
É missão da família preparar os filhos para a vida na sociedade. É na família que a criança aprende as leis básicas do comportamento social e o jovem desenvolve seu espírito crítico, descobrindo a diferença entre o bem, que deve ser buscado, e o mal, que deve ser evitado. Em seu interior, o diálogo é essencial, pois aproxima pessoas de idades, temperamentos, jeitos e gostos diferentes.
Formar pessoas, evangelizar e construir a sociedade. Trata-se de uma missão difícil para a família? Certamente! Isso prova que Deus tem altos planos para nós. Ele, que é Pai, ao mesmo tempo que faz nascer em nosso coração belos sonhos, possibilita sua concretização com a sua graça. Mais: pelo sacramento do matrimônio, torna a presença de Seu Filho Jesus uma realidade concreta nos lares que o procuram, buscam a sua bênção e o aceitam como Senhor.
Fonte: CNBB

ECC( Encontro de Casais em Cristo ) Convite: 1º Encontrão da Área Pastoral São José

ECC,Vocação Missionária na Família!
  Reserve esta noite em seu coração,que recebeu de Deus,
uma verdadeira riqueza espiritual.
Dia 30 de Julho às 20:00h.
  Local: Salão Paroquial São José
  Avenida Castelo de Castro,300
     Esperamos vocês!