Fonte: Acidigital
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Mensagem do Papa pelo Dia do Migrante e Refugiado após o Angelus Dominical
Mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações
2014-01-16 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada nesta quinta-feira, a mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que será celebrado no dia 11 de maio de 2014, IV Domingo de Páscoa. O tema é: “Vocações, testemunho da verdade”. Publicamos a seguir o texto da mensagem na íntegra:
Amados irmãos e irmãs!
1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...). Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe”» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a acção eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15, 5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1 Cor 3, 9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.
2. Muitas vezes rezámos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sal 100/99, 3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sal135/134, 4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sal 136/135, 1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adoptada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1, 11-12). Tudo provém d’Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1 Cor 3, 23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Baptismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n’Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc 12, 33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de Maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1 Ped 3, 15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projecto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.
3. Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo 6, 63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2, 5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)?
4. Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13, 19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cómodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direcção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).
Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há-de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Janeiro de 2014 [Franciscus]
Amados irmãos e irmãs!
1. Narra o Evangelho que «Jesus percorria as cidades e as aldeias (...). Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe”» (Mt 9, 35-38). Estas palavras causam-nos surpresa, porque todos sabemos que, primeiro, é preciso lavrar, semear e cultivar, para depois, no tempo devido, se poder ceifar uma messe grande. Jesus, ao invés, afirma que «a messe é grande». Quem trabalhou para que houvesse tal resultado? A resposta é uma só: Deus. Evidentemente, o campo de que fala Jesus é a humanidade, somos nós. E a acção eficaz, que é causa de «muito fruto», deve-se à graça de Deus, à comunhão com Ele (cf. Jo 15, 5). Assim a oração, que Jesus pede à Igreja, relaciona-se com o pedido de aumentar o número daqueles que estão ao serviço do seu Reino. São Paulo, que foi um destes «colaboradores de Deus», trabalhou incansavelmente pela causa do Evangelho e da Igreja. Com a consciência de quem experimentou, pessoalmente, como a vontade salvífica de Deus é imperscrutável e como a iniciativa da graça está na origem de toda a vocação, o Apóstolo recorda aos cristãos de Corinto: «Vós sois o seu [de Deus] terreno de cultivo» (1 Cor 3, 9). Por isso, do íntimo do nosso coração, brota, primeiro, a admiração por uma messe grande que só Deus pode conceder; depois, a gratidão por um amor que sempre nos precede; e, por fim, a adoração pela obra realizada por Ele, que requer a nossa livre adesão para agir com Ele e por Ele.
2. Muitas vezes rezámos estas palavras do Salmista: «O Senhor é Deus; foi Ele quem nos criou e nós pertencemos-Lhe, somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho» (Sal 100/99, 3); ou então: «O Senhor escolheu para Si Jacob, e Israel, para seu domínio preferido» (Sal135/134, 4). Nós somos «domínio» de Deus, não no sentido duma posse que torna escravos, mas dum vínculo forte que nos une a Deus e entre nós, segundo um pacto de aliança que permanece para sempre, «porque o seu amor é eterno!» (Sal 136/135, 1). Por exemplo, na narração da vocação do profeta Jeremias, Deus recorda que Ele vigia continuamente sobre a sua Palavra para que se cumpra em nós. A imagem adoptada é a do ramo da amendoeira, que é a primeira de todas as árvores a florescer, anunciando o renascimento da vida na Primavera (cf. Jr 1, 11-12). Tudo provém d’Ele e é dádiva sua: o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, mas – tranquiliza-nos o Apóstolo - «vós sois de Cristo e Cristo é de Deus» (1 Cor 3, 23). Aqui temos explicada a modalidade de pertença a Deus: através da relação única e pessoal com Jesus, que o Baptismo nos conferiu desde o início do nosso renascimento para a vida nova. Por conseguinte, é Cristo que nos interpela continuamente com a sua Palavra, pedindo para termos confiança n’Ele, amando-O «com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças» (Mc 12, 33). Embora na pluralidade das estradas, toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho. Quer na vida conjugal, quer nas formas de consagração religiosa, quer ainda na vida sacerdotal, é necessário superar os modos de pensar e de agir que não estão conformes com a vontade de Deus. É «um êxodo que nos leva por um caminho de adoração ao Senhor e de serviço a Ele nos irmãos e nas irmãs» (Discurso à União Internacional das Superioras Gerais, 8 de Maio de 2013). Por isso, todos somos chamados a adorar Cristo no íntimo dos nossos corações (cf. 1 Ped 3, 15), para nos deixarmos alcançar pelo impulso da graça contido na semente da Palavra, que deve crescer em nós e transformar-se em serviço concreto ao próximo. Não devemos ter medo: Deus acompanha, com paixão e perícia, a obra saída das suas mãos, em cada estação da vida. Ele nunca nos abandona! Tem a peito a realização do seu projecto sobre nós, mas pretende consegui-lo contando com a nossa adesão e a nossa colaboração.
3. Também hoje Jesus vive e caminha nas nossas realidades da vida ordinária, para Se aproximar de todos, a começar pelos últimos, e nos curar das nossas enfermidades e doenças. Dirijo-me agora àqueles que estão dispostos justamente a pôr-se à escuta da voz de Cristo, que ressoa na Igreja, para compreenderem qual possa ser a sua vocação. Convido-vos a ouvir e seguir Jesus, a deixar-vos transformar interiormente pelas suas palavras que «são espírito e são vida» (Jo 6, 63). Maria, Mãe de Jesus e nossa, repete também a nós: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2, 5). Far-vos-á bem participar, confiadamente, num caminho comunitário que saiba despertar em vós e ao vosso redor as melhores energias. A vocação é um fruto que amadurece no terreno bem cultivado do amor uns aos outros que se faz serviço recíproco, no contexto duma vida eclesial autêntica. Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que «por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 35)?
4. Amados irmãos e irmãs, viver esta «medida alta da vida cristã ordinária» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31) significa, por vezes, ir contra a corrente e implica encontrar também obstáculos, fora e dentro de nós. O próprio Jesus nos adverte: muitas vezes a boa semente da Palavra de Deus é roubada pelo Maligno, bloqueada pelas tribulações, sufocada por preocupações e seduções mundanas (cf. Mt 13, 19-22). Todas estas dificuldades poder-nos-iam desanimar, fazendo-nos optar por caminhos aparentemente mais cómodos. Mas a verdadeira alegria dos chamados consiste em crer e experimentar que o Senhor é fiel e, com Ele, podemos caminhar, ser discípulos e testemunhas do amor de Deus, abrir o coração a grandes ideais, a coisas grandes. «Nós, cristãos, não somos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas; ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jogai a vida por grandes ideais!» (Homilia na Missa para os crismandos, 28 de Abril de 2013). A vós, Bispos, sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs, peço que orienteis a pastoral vocacional nesta direcção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, «exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos; deverá integrar as riquezas da proposta lançada a todos com as formas tradicionais de ajuda pessoal e de grupo e as formas mais recentes oferecidas pelas associações e movimentos reconhecidos pela Igreja» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31).
Disponhamos, pois, o nosso coração para que seja «boa terra» a fim de ouvir, acolher e viver a Palavra e, assim, dar fruto. Quanto mais soubermos unir-nos a Jesus pela oração, a Sagrada Escritura, a Eucaristia, os Sacramentos celebrados e vividos na Igreja, pela fraternidade vivida, tanto mais há-de crescer em nós a alegria de colaborar com Deus no serviço do Reino de misericórdia e verdade, de justiça e paz. E a colheita será grande, proporcional à graça que tivermos sabido, com docilidade, acolher em nós. Com estes votos e pedindo-vos que rezeis por mim, de coração concedo a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Janeiro de 2014 [Franciscus]
ÁSIA/SÍRIA - Conferência de “Genebra 2”: trégua imediata, pede o Conselho Mundial de Igrejas
Genebra – No conflito sírio “não existe uma solução militar”; é urgente “um cessar-fogo imediato de todos os confrontos e hostilidades no território sírio”; é preciso garantir assistência humanitária; o caminho justo é “desenvolver um processo completo e inclusivo para a instauração de uma paz justa e reconstruir a Síria”: são as recomendações elaboradas pelo Conselho Mundial de Igrejas , que reuniu em Genebra cerca de 30 líderes religiosos em vista da Conferência de Genebra 2, programada para 22 de janeiro. O Conselho elaborou um documento, enviado à Agência Fides, a ser entregue ao representante da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, à Liga Árabe e outras pessoas presentes na conferência.
“Não há tempo a perder: muitas pessoas morreram ou foram obrigadas a deixar suas casas”, explicou o Rev. Olav Fykse Tveit, Secretário-Geral do CMI, apresentando o texto e explicando que “as Igrejas falam numa só voz”. Participaram da elaboração do documento líderes das Igrejas no Oriente Médio, Vaticano, Rússia, Estados Unidos, de várias nações europeias, católicos, ortodoxos, protestantes e anglicanos.“Representamos a maioria silenciosa dos sírios que deseja a paz”, especificou o Catholicos Aram I, chefe da Igreja Armênia Apostólica, garantindo aos líderes políticos que estarão na Conferência Genebra 2 “o apoio total de todas as Igrejas nessa difícil missão”
O CMI acredita que “as igrejas podem mobilizar a opinião internacional, condenando tudo aquilo que há de mal nesta situação e apoiando o nem supremo que é a paz, uma paz justa”.O encontro do CMI foi acompanhado por uma oração ecumênica para manifestar solidariedade com o povo sírio e para pedir a Deus o dom da reconciliação.
“Não há tempo a perder: muitas pessoas morreram ou foram obrigadas a deixar suas casas”, explicou o Rev. Olav Fykse Tveit, Secretário-Geral do CMI, apresentando o texto e explicando que “as Igrejas falam numa só voz”. Participaram da elaboração do documento líderes das Igrejas no Oriente Médio, Vaticano, Rússia, Estados Unidos, de várias nações europeias, católicos, ortodoxos, protestantes e anglicanos.“Representamos a maioria silenciosa dos sírios que deseja a paz”, especificou o Catholicos Aram I, chefe da Igreja Armênia Apostólica, garantindo aos líderes políticos que estarão na Conferência Genebra 2 “o apoio total de todas as Igrejas nessa difícil missão”
O CMI acredita que “as igrejas podem mobilizar a opinião internacional, condenando tudo aquilo que há de mal nesta situação e apoiando o nem supremo que é a paz, uma paz justa”.O encontro do CMI foi acompanhado por uma oração ecumênica para manifestar solidariedade com o povo sírio e para pedir a Deus o dom da reconciliação.
Fonte: News.VA
Dia de São Sebastião
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG .A festa do dia 20 de janeiro relembra a minha infância, em Sarandira, junto de meus queridos pais: era esperado todo o ano a Festa de São Sebastião, patrono contra a peste, a fome e a guerra.
Para os que moram na zona rural, no distrito como o de Sarandira, a proteção de São Sebastião é poderosa e necessária. Ele é o patrono dos animais, das plantações, das propriedades rurais, dos fazendeiros e dos trabalhadores rurais. A sua proteção é preciosa para a generosidade dos frutos da terra e dos frutos dos nossos animais.
Mas, o que fez de extraordinário este soldado romano? São Sebastião era um cristão autêntico. Resolveu se inscrever no Exército Romano, particularmente, na guarda pessoal do Imperador Diocleciano, para poder confortar os cristãos que eram prejudicados e perseguidos por confessarem a sua fé católico. Converteu a muitos nos cárceres e deu a sua bendita presença naqueles momentos difíceis que os cristãos eram instados a adorarem aos ídolos pagãos para não serem martirizados.
São Sebastião recebeu as flechas para que, agonizando devagar, pudesse renegar a sua fé e adorar ao augusto imperador. Mas ele foi salvo por seus companheiros cristãos. Curado comparece diante do Imperador e professa a sua fé em Jesus Cristo Ressuscitado. E ele admoesta o Imperador que deveria se converter ao Cristo, renunciando aos ídolos e aos paixões desordenadas. O Imperador num ímpeto de fúria e de raiva determinou aos seus guardas que matassem Sebastião a cacetadas, atirando-lhe pedaço ou bolas de chumbo.
Aqui está a novidade: mesmo tendo sofrido com as flechadas, mesmo tendo passado quase pela morte física, Sebastião teve a coragem de denunciar os desmandos e a idolatria do Imperador Diocleciano. Relativizou a sua vida humana para ganhar a vida eterna. Inscreveu com o seu sangue, no livro da vida, o testemunho vivaz de Sebastião que fez florescer na Igreja nascente o autêntico seguimento de Cristo, no despojamento total, na confiança absoluta somente em Deus, que apesar dos homens e dos seus autoritarismos, governo o tempo, governa as pessoas, governa a história e sempre nos coloca nos caminhos da sua graça, não nos abandona, mesmo quando somos infiéis, e nos chama a todos a dar testemunho do Cristo Redentor que acolhe, que perdoa, que dá uma segunda chance, que recebe o filho pródigo gastão e mulherengo, que abraça a prostituta, que acolhe o aidético.
Neste dia em que celebramos São Sebastião, patrono da agricultura, da pecuária, patrono das Polícias, das Forças Públicas de Segurança e das Forças Armadas supliquemos ao glorioso Mártir que nos livre da peste do "carreirismo eclesiástico", do "mandar", "do ser maior do que o outro", "do pisar", "da idéia fixa de destruir quem incomoda"; que ele nos livre da fome de poder, seja ele civil, militar ou eclesiástico e, por fim, da guerra, não somente a guerra urbana, as guerras intercontinentais ou étnicas, mas a guerra silenciosa que destrói o outro, que joga o outro no precipício. São Sebastião denunciou as incongruências do Imperador, mas o chamou a conversão. O mal campeia o mundo, as pessoas são livres para serem maldosas. Mas quem comunga não pode carregar o mal no seu coração e nem nas suas atitudes. Peçamos ao glorioso Mártir que nos ajude a testemunhar e viver o amor, o perdão, a caridade e a renúncia sempre em favor da vida e da acolhida do irmão.
Rezemos com fé: São Sebastião, rogai por nós!
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG .A festa do dia 20 de janeiro relembra a minha infância, em Sarandira, junto de meus queridos pais: era esperado todo o ano a Festa de São Sebastião, patrono contra a peste, a fome e a guerra.
Para os que moram na zona rural, no distrito como o de Sarandira, a proteção de São Sebastião é poderosa e necessária. Ele é o patrono dos animais, das plantações, das propriedades rurais, dos fazendeiros e dos trabalhadores rurais. A sua proteção é preciosa para a generosidade dos frutos da terra e dos frutos dos nossos animais.
Mas, o que fez de extraordinário este soldado romano? São Sebastião era um cristão autêntico. Resolveu se inscrever no Exército Romano, particularmente, na guarda pessoal do Imperador Diocleciano, para poder confortar os cristãos que eram prejudicados e perseguidos por confessarem a sua fé católico. Converteu a muitos nos cárceres e deu a sua bendita presença naqueles momentos difíceis que os cristãos eram instados a adorarem aos ídolos pagãos para não serem martirizados.
São Sebastião recebeu as flechas para que, agonizando devagar, pudesse renegar a sua fé e adorar ao augusto imperador. Mas ele foi salvo por seus companheiros cristãos. Curado comparece diante do Imperador e professa a sua fé em Jesus Cristo Ressuscitado. E ele admoesta o Imperador que deveria se converter ao Cristo, renunciando aos ídolos e aos paixões desordenadas. O Imperador num ímpeto de fúria e de raiva determinou aos seus guardas que matassem Sebastião a cacetadas, atirando-lhe pedaço ou bolas de chumbo.
Aqui está a novidade: mesmo tendo sofrido com as flechadas, mesmo tendo passado quase pela morte física, Sebastião teve a coragem de denunciar os desmandos e a idolatria do Imperador Diocleciano. Relativizou a sua vida humana para ganhar a vida eterna. Inscreveu com o seu sangue, no livro da vida, o testemunho vivaz de Sebastião que fez florescer na Igreja nascente o autêntico seguimento de Cristo, no despojamento total, na confiança absoluta somente em Deus, que apesar dos homens e dos seus autoritarismos, governo o tempo, governa as pessoas, governa a história e sempre nos coloca nos caminhos da sua graça, não nos abandona, mesmo quando somos infiéis, e nos chama a todos a dar testemunho do Cristo Redentor que acolhe, que perdoa, que dá uma segunda chance, que recebe o filho pródigo gastão e mulherengo, que abraça a prostituta, que acolhe o aidético.
Neste dia em que celebramos São Sebastião, patrono da agricultura, da pecuária, patrono das Polícias, das Forças Públicas de Segurança e das Forças Armadas supliquemos ao glorioso Mártir que nos livre da peste do "carreirismo eclesiástico", do "mandar", "do ser maior do que o outro", "do pisar", "da idéia fixa de destruir quem incomoda"; que ele nos livre da fome de poder, seja ele civil, militar ou eclesiástico e, por fim, da guerra, não somente a guerra urbana, as guerras intercontinentais ou étnicas, mas a guerra silenciosa que destrói o outro, que joga o outro no precipício. São Sebastião denunciou as incongruências do Imperador, mas o chamou a conversão. O mal campeia o mundo, as pessoas são livres para serem maldosas. Mas quem comunga não pode carregar o mal no seu coração e nem nas suas atitudes. Peçamos ao glorioso Mártir que nos ajude a testemunhar e viver o amor, o perdão, a caridade e a renúncia sempre em favor da vida e da acolhida do irmão.
Rezemos com fé: São Sebastião, rogai por nós!
Liturgia Diária
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Seminário avaliará a formação presbiteral no Brasil
Atualmente o Brasil conta com 5.658 seminaristas diocesanos em formação nas diferentes etapas como o propedêutico, a filosofia e a teologia. Com o objetivo de avaliar o processo formativo desses futuros padres e oferecer orientações aos seminários e seus formadores, terá início,hoje dia 20, o 2º Seminário Nacional sobre a Formação Presbiteral, em Aparecida (SP).
São esperados reitores de seminários, diretores de institutos, professores e psicólogos que atuam na formação de presbíteros. Já estão inscritos para o seminário 230 participantes de diversas partes do Brasil. O seminário é organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada e a Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (Osib).
A proposta do evento é refletir, à luz da Palavra de Deus e dos Documentos do Concílio Vaticano II, sobre a formação dos seminaristas na perspectiva humana e cristã, a partir do tema “Presbíteros segundo o Coração de Jesus para o mundo de hoje” e lema “Corramos com perseverança com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2).
Avaliação
O assessor da Pastoral Vocacional da CNBB, padre Valdecir Ferreira, relembra que o último seminário foi realizado há 13 anos. Por isso são grandes as expectativas. Para o sacerdote, o encontro será momento oportuno para avaliar a formação presbiteral no Brasil, no contexto atual.
“Verifica-se um grande avanço no diálogo com as ciências e até mesmo no aprofundamento da filosofia e teologia, também no campo das dimensões formativas. Percebemos o quanto essa juventude que ingressa em nossos seminários passa por mudanças significativas. Portanto, olhamos com muita esperança para a formação e ao mesmo tempo com preocupação”, comenta.
Padre Valdecir explica que uma das preocupações é justamente estabelecer um diálogo mais próximo com os jovens que desejam ingressar no seminário. Além disso, a Comissão da CNBB vem acompanhando a formação presbiteral no Brasil. “Queremos perceber quais as necessidades e oferecer uma formação que atinja as realidades em que os vocacionados estão inseridos. Identificar as lacunas e buscar supri-las, garantindo um processo formativo integral a esses jovens que serão os futuros presbíteros da Igreja”, ressalta.
Fonte: CNBB
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