domingo, 13 de janeiro de 2013

Diga-me com quem andas...


Jesus ao tornar-se homem, assumiu de fato à condição dos mais pobres entre os seres humanos
“Vigiai e orai para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14,38).
Por que será que Jesus escolheu como apóstolos somente pessoas simples e sem nenhuma grande formação religiosa no judaísmo? Exatamente porque o grupo de seus seguidores era formado por pessoas simples e humildes, gente sem instrução e, muitas vezes, marginalizada em geral.
Aliás, além da lista pouco recomendável que aparece em sua genealogia, seus primeiros adoradores foram pessoas simples ou pessoas que vieram de muito longe para conhecê-lo. É o caso dos magos que vieram do Oriente para adorar o menino que tinha acabado de nascer. Engraçado. Herodes, que vivia tão perto de Belém, ficou apavorado só com a notícia do nascimento de Jesus. Os magos, que segundo a tradição, eram reis em seus países, vieram de longe para oferecer seus presentes.
Herodes ficou com medo de perder seu poderio. Aliás, todos aqueles que baseiam sua vida no poder, vivem no temor e na angústia. Estão sempre tentando proteger seu poder, porque, sem o poder, não são absolutamente nada.
Jesus ao tornar-se homem, assumiu de fato à condição dos mais pobres entre os seres humanos. Nasce num curral, no meio de bois e de outros animais. Logo em seguida é levado como fugitivo para o Egito, porque Herodes queria matá-lo. Depois passará sua infância, adolescente e juventude em Nazaré da Galiléia, um lugar tão simples que Natanael chega a perguntar: “Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré?” (Jo 1,46).
Jesus é o filho do carpinteiro. Não estudou nas escolas dos mestres e nem dos rabinos. Viveu simples e obediente aos pais até os trinta anos, quando começou sua vida pública, sendo batizado por João Batista nas águas do Rio Jordão. Se João oferecia um batismo de conversão, porque Jesus precisou ser batizado? Ele não precisou. Ele quis ser batizado para se fazer igual a todos os pecadores e marginalizados. Do mesmo modo que faz a experiência do batismo, passa pela tentação, assumindo em si toda a condição humana, menos o pecado.
De Nazaré, com cerca de trinta anos, Jesus vai morar em Cafarnaum, uma cidade situada às margens do mar da Galiléia. Para seu ministério era um lugar muito estratégico. Ali começa a chamar seus primeiros discípulos, entre os quais os seus apóstolos. Dali, “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos, e ele curava a todos” (Mt 4,23-24).
Com Jesus o Reino de Deus chega ao coração de todas as pessoas. Não é mais necessário passar pelo complicado esquema, reservado para alguns privilegiados, que poderiam ir até Jerusalém, oferecer sacrifícios para ver se atrairiam para si as graças de Deus. Com Jesus a graça de Deus vem de graça. Ele é a Graça em pessoa e permite que esta graça chegue ao coração de cada um, por pior que a pessoa seja ou possa ter sido.
Os felizes de seu Reino não são os ricos e poderosos, mas os que tem um coração de pobre, os que choram, os mansos, os que tem fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os pacíficos e até mesmo aqueles que são perseguidos por causa da justiça, ou que forem caluniados por causa do Evangelho (cf. Mt 5,1-11).
Com Jesus chega ao coração da humanidade o jeito de pensar, de amar e de agir do próprio Deus. Ele é o perdão, o acolhimento pleno, o pai de todos. É o Deus Plural, o Nosso, e não um deus privilegiado para alguns privilegiados. Com Jesus a humanidade toca em Deus e pode ser tocada por ele. Por isso tanta gente simples e pecadora começam a seguir esse homem de Deus, que era Deus feito homem.
Do Livro Corações Curados de Pe. Leo

Fonte: bethania

ESPAC: Experiência itinerante e cursos 2013



espac150 1.Experiência itinerante
Desde agosto de 2012 a ESPAC – Escola de Pastoral Catequética, está ministrando um Curso Básico de Pastoral na Área Pastoral São José Operário – Araturi. O objetivo é oferecer aos catequistas uma formação básica para que possam assumir com entusiasmo e amor a missão de educadores da fé.
Cada domingo, das 8 às 12h, 34 catequistas de diferentes níveis – pré-catequese, eucaristia, crisma, batismo e terço dos homens – se encontram para juntos conhecerem novos temas até então nunca refletidos no grupo e aprofundarem outros.
Já trabalhamos o “eixo catequético”, refletindo o ser catequista e sua missão através dos documentos da igreja, a espiritualidade do catequista e uma boa metodologia e dinâmica catequética tão necessária para atingir os objetivos da caminhada.
Em 2013, retomaremos o curso e abordaremos os “eixos bíblico e litúrgico”. Os catequistas serão introduzidos no estudo das sagradas escrituras e num melhor conhecimento de Jesus e seu projeto. Depois, faremos uma reflexão em torno do ano litúrgico e dos sacramentos de iniciação.
Que experiência feliz! Que alegria de reencontro aos domingos! Todos os catequistas estão de parabéns pela coragem e perseverança. Jovens e adultos assumem o desafio e estão dispostos, durante um ano, a participarem cada domingo de manhã desta caminhada de formação.
A iniciativa do Pe. Moésio de oferecer esta possibilidade de formação é louvável e gratificante. Com isso, certamente a área pastoral terá uma nova caminhada, mais consciente, mais criativa e com novo ardor missionário.
Todas as comunidades acolheram o grupo em três encontros possibilitando a itinerância do curso e o conhecimento de espaços e experiências novas.
E no Ano da Fé, que estamos celebrando juntos, no final de maio poderemos dizer: “…eu vim de longe, …achei difícil a viagem até aqui, mas eu cheguei.”, porque todos nós, catequistas, facilitadores e coordenação, assumimos com fé a missão que nos foi confiada.
2. Cursos em 2013
A ESPAC está com inscrição para os seguintes cursos em 2013:
*Curso Sistemático de Pastoral Catequética;
*Curso Básico de Bíblia;
*Curso de Aprofundamento Bíblico;
*Curso de Liturgia;
*Curso sobre o Ano da Fé;
*Curso de Parapsicologia;
*Oficina de Arte com Material Reciclável.
O aluno que tiver 80% de frequência receberá certificado pela Faculdade Católica de Fortaleza.
Informações na Secretaria da ESPAC, das 15h às 19h, telefone (85) 3219 6445. A entrada da ESPAC fica na Rua Tenente Benévolo, 201 – Centro.

Quem teve mais fé: Jesus ou Maria?


A pergunta poderia parecer um tanto irreverente por querer comparar a criatura ao Criador, entretanto ela tem um sentido profundo. Num primeiro lance pensar-se-ia que Jesus sendo infinitamente superior à Sua Mãe Santíssima tem em grau infinito todas as virtudes e portanto infinitamente mais do que qualquer um.  
Entretanto a Teologia ensina que Jesus em sua vida terrena, tinha em grau infinito todas as virtudes que eram convenientes a Ele ter. Diz o escritor e teólogo Cônego Campana que “nem todas as virtudes são praticáveis por todos. Assim há virtudes que tendem a liberar o homem do pecado ou das consequências destes, virtudes que somente podem aflorar numa consciência antes maculada pela iniquidade. Claro, que tais virtudes não se poderiam encontrar nem em Jesus nem em Maria”.  
E por que não era conveniente que Jesus tivesse a virtude da fé?
São Tomas, citando um trecho da Carta aos Hebreus, explica que “a fé é o argumento das coisas que não se vêem”. Mas para Cristo tudo foi manifesto, conforme lhe disse Pedro: “Tu conheces todas as coisas”. E conclui o Doutor Angélico: “Logo, em Cristo não houve fé”.  
A resposta parece surpreendente: Maria teve mais fé.  
Mas somente enquanto esteve vivendo entre nós é que a praticou. Hoje, na Glória Eterna em que se encontra, mais do que nunca está unida a Seu Divino Filho não pela Fé mas pelo Amor, pois como disse o Apóstolo: “Quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá… Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora, portanto permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade… A caridade jamais passará”.  
Jesus e Maria rogai por nós.

Fonte: reporterdeCristo

Evangelho do Dia- Lc 3,15-16.21-22


Como o povo estivesse na expectativa, todos se perguntavam interiormente se João era ou não o Cristo, e ele respondia a todos: "Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desatar a correia das suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo". Enquanto todo o povo era batizado e Jesus, batizado, estava em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele, em forma corpórea, como uma pomba. E do céu veio uma voz: "Tu és o meu filho amado; em ti está o meu agrado".
Leitura Orante
Saudação - A nós, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. - Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando: Jesus Mestre, ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet), para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Lc 3,15-16.21-22 Jesus foi batizado por João, como todo o povo, no Jordão. E enquanto orava, manifestaram-se o Pai e o Espírito Santo. O Espírito, em forma de pomba. O Pai, na voz que veio do céu: "Este é meu Filho querido".
Jesus se misturou com o povo para ser batizado. E quem estava ali, na esperança do Messias, pode encontrá-lo e viu a manifestação de Deus.
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? O nosso batismo deriva do batismo de Cristo. Ser batizado é ser enxertado em Cristo, é aceitar os desafios provenientes do anúncio do Evangelho. Ser imerso na água do batismo é aceitar morrer ao pecado. Aquele que recebe a água do batismo nasce para a ressurreição e para a vida eterna (Rom 6, 4-5).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? Renovo o meu Batismo, renovando a minha fé e meu compromisso cristão. Creio em Deus, Pai todo poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo seu único filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu a mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou viver a minha vida cristã coerente com meus compromissos de contínua conversão e de testemunho de minha fé.
Bênção - Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. - Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. -Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. - Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Fonte: paulinas

Deus é Misericordioso, mas também é Justo!


A sua misericórdia e a usa ira chegam rapidamente, e em sua ira olha para os pecadores» (Eclo 5, 7).  
De dois modos o demônio engana os homens e arrasta muitos consigo ao inferno. Depois do pecado arrasta-os ao desespero, por meio da justiça divina; e antes do pecado excita-os a cometê-lo pela esperança da divina misericórdia.  
Se quisermos desfazer a arte do inimigo, façamos o contrário: depois do pecado, confiemos na misericórdia divina, mas, antes do pecado, temamos a sua justiça inexorável.  
Como poderia confiar na misericórdia de Deus quem abusa da mesma misericórdia para o ofender?  
I. Diz Santo Agostinho que o demônio engana os homens de dois modos: pelo desespero e pela esperança.  
Quando o pecador cai, arrasta-o ao desespero, representando-lhe o rigor da divina justiça; mas antes do pecado, excita-o a cometê-lo pela confiança na divina misericórdia.
Com efeito, será difícil encontrar um pecador tão desesperado que se queira condenar por si próprio. Os pecadores querem pecar, mas sem perderem a esperança de se salvar. Pecam e dizem: Deus é misericordioso; cometerei este pecado e depois irei confessar-me dele.  
Mas, ó Deus! é assim que falaram tantos que agora estão condenados!   Avisa-nos o Senhor: «Não digas: são grandes as misericórdias de Deus; por muitos pecados que eu cometa, obterei o perdão por um só ato de contrição» (Eclo 5, 6). Não digas assim, avisa-nos Deus; e por quê?
Porque a sua misericórdia e a sua justiça vão sempre juntas; e a sua indignação se inflama contra os pecadores impenitentes, que amontoam pecados sobre pecados e abusam da misericórdia para mais pecares.    
A sua misericórdia e a sua ira chegam rapidamente, e a sua indignação vira-se contra os pecadores. 
A misericórdia de Deus é infinita, mas os atos dessa misericórdia são finitos. Deus é misericordioso, mas também é justo.
«Eu sou justo e misericordioso», disse um dia o Senhor a Santa Brígida; «mas os pecadores julgam-me somente misericordioso».
Não queiramos, escreve São Basílio, considerar só uma das faces de Deus. E o Bem-aventurado João Ávila acrescenta que tolerar os que abusam da misericórdia de Deus, para mais o ofenderem, não seria mais ato de misericórdia, mas falta de justiça. A misericórdia é prometida ao que teme a Deus, não ao que dela abusa: Et misericordia eius timentibus eum (Luc 1, 50). A justiça ameaça os pecadores obstinados; e assim como Deus, observa Santo Agostinho, não falta às suas promessas, tão pouco faltará a suas ameaças.  
II. Meu irmão, escuta o belo conselho que te dá Santo Agostinho: “Depois do pecado, confia na misericórdia de Deus; mas antes do pecado, receia a sua terrível justiça. Sim, porque é indigno da misericórdia de Deus quem dela abusa para o ofender.”  
Aquele que ofende a justiça, diz Afonso Tostato, pode recorrer à misericórdia; mas a quem poderá recorrer o que ofende a própria misericórdia?  
Seria zombar de Deus querer continuar a ofendê-lo e desejar depois o Paraíso. Avisa-nos, porém, São Paulo, que Deus não consente que zombemos dele: Deus non irridetur (Gal 6, 7).  
Ah, meu Jesus, eu sou um daqueles que Vos ofenderam, porque Vós éreis tão bom. Esperai, Senhor, não me abandoneis ainda, já que pela vossa graça espero nunca mais dar-Vos motivo para que me abandoneis. Pesa-me, ó bondade infinita, de Vos ter ofendido e abusado tanto da vossa paciência. Graças Vos dou por me terdes esperado até agora. No futuro, não mais Vos quero trair como no passado.  
Ó Maria, sois a minha esperança; obtende-me a perseverança e nada mais vos peço. (*II 76.)  
Por Santo Afonso Maria de Ligório

Fonte: reporterdeCristo

Que lugar a Palavra de Deus ocupa na Igreja hoje?


Qual é o lugar que a Palavra de Deus ocupa hoje na Igreja? A renovação da linguagem e os novos métodos para anunciar o Evangelho são alguns dos desafios da Igreja. Nessa busca, ela continua atenta à centralidade que as Sagradas Escrituras têm na vida cristã, tanto que a animação bíblica da vida e da pastoral é uma das urgências da ação evangelizadora no Brasil atualmente.
De acordo com o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da diocese de Taubaté (SP), padre Fábio dos Santos Modesto, os fiéis estão redescobrindo a importância da Palavra em sua vida, o que acaba envolvendo toda a Igreja.
Ele explicou que antes havia o pensamento de que a Bíblia era para ser ensinada na catequese, como se se essa pastoral fosse toda a dimensão bíblica da Igreja, mas não é assim que funciona, já que a Igreja como um todo tem em si a ação catequética.
“O católico precisa redescobrir a Bíblia como fonte também de moral, de espiritualidade, coisa que até pouco tempo atrás não se tinha. Então também as outras pastorais, não só a catequética, precisam redescobrir o lugar da Bíblia dentro das suas pastorais, como fonte de conduta e de espiritualidade”
E como forma de incentivar essa redescoberta, o sacerdote informou que a dimensão bíblico-catequética vem promovendo os chamados simpósios bíblicos e diversas iniciativas que se adaptam à realidade de cada ação pastoral da Igreja local. Além disso, outro auxílio é a Encíclica Verbum Domini, do Papa Bento XVI, em que o Santo Padre fala sobre a Palavra de Deus e a partir da qual se iniciou uma discussão mais acentuada sobre a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.
Animação bíblica na vida e na pastoral
Se é necessário promover estudos bíblicos e reflexões para redescobrir o espaço ocupado pela Palavra de Deus na Igreja, padre Fábio lembrou que o mesmo deve acontecer também na vida de cada pessoa em particular.
“Não adianta ficarmos só nessa esfera comunitária. Nós temos tentado também, sobretudo através da Lectio Divina, ensinar o nosso povo a rezar com a Palavra de Deus”. O padre acrescentou que, além de livros de leitura orante, vários são os métodos para promover esse encontro pessoal com a Palavra, mas é necessário também contar com a boa vontade de cada um.
Outra preocupação da Igreja é com relação à animação bíblica da vida pastoral, com a participação ativa dos fiéis de uma comunidade. Padre Fábio explicou que um dos grandes problemas quanto a isso é que, por muito tempo, fez-se uma divisão entre pastoral e movimento: "o movimento reza e a pastoral trabalha".
“A maioria das nossas pastorais não tinha nenhum tipo de perspectiva mística, espiritual. Com essa redescoberta da Palavra na vida e na animação da Igreja o que nós temos nos perguntado é justamente isso: qual é a mística de cada uma das pastorais, que horas se reza, por que se trabalha?”, disse.
O sacerdote informou ainda que, na metodologia de cada pastoral, tem-se tentado incluir a mística e a celebratividade pastoral do trabalho que cada um faz. Nesse contexto, ele afirmou que ter espiritualidade e consciência de que se está trabalhando pelo Reino de Deus ajuda a formar comunidades, a encantar as pessoas com o que é essencial: Jesus Cristo.
“Na comissão catequética a gente fala que o paradigma máximo, aquilo que nós não podemos esquecer é que a catequese da Igreja tem que apresentar não só ideias e conteúdos, mas o relacionamento pessoal com um indivíduo, que é o Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o foco, Ele é o centro de tudo aquilo que a gente faz. Se a gente tiver essa clareza, eu acho que fica muito mais simples as pessoas encontrarem o seu espaço dentro da vida da Igreja”, finalizou.

Fonte: cancaonova

Como você vive o seu batismo?


O ato de retirar as sandálias era uma função dos escravos da casa de um nobre, para após isso lavar os pés e ungi-los com óleo para que se reidratassem da caminhada no clima árido do deserto. Portanto, era uma posição de máxima subserviência ao amo. Observe-se que “desamarrar” era o mais simples ato deste costume comum à época, que implicava em curvar-se para tanto, um sinal que no contexto espiritual significa “reverenciar a Deus”.
Por saber que o seu poder vem de Deus, João Batista submete-se a autoridade d´Ele pois sabia que ele somente prenunciava O mais poderoso que haveria de vir [Jesus], colocando-se numa posição de máxima subserviência, como os escravos que lavavam e hidratavam os pés do amo e seus convidados.
Mesmo com esse poder, João Batista sabia que por mais que o batismo nas águas significasse que o interior do ser havia se conscientizado do pecado e do amor de Deus em implantar seu Reino entre os arrependidos, esse batismo não era suficiente para fazer o homem a mudar seu instinto natural ao pecado, necessitando da intervenção divina na vida do ser, o que só se realizaria no batismo com o Espírito Santo que só Jesus pode promover.
Para que essa possibilidade se tornasse realidade, Jesus cumpriu o rito do batismo do arrependimento, mesmo sendo Ele um Rabi, que quer dizer Mestre. Esse batismo do arrependimento de Jesus foi também Seu batismo no Espírito Santo, uma vez que o Espírito Santo desceu como uma pomba sobre Ele. E uma voz se fez ouvir: “Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria”.
Esse objetivo divino – fazer com que Seu Espírito faça habitação em todos os que se arrependem – é cumprido em Cristo em seu batismo no Rio Jordão. E o júbilo do Pai em ver esse objetivo cumprido em Jesus é traduzido por seu inesperado rompante declarando Sua alegria em ver Seu Filho amado cumprindo Sua vontade. O Espírito Santo é Deus nos guiando em toda a verdade, fazendo florescer os dons – em especial o do amor – e dando-nos a capacitação para mudarmos nossa mentalidade corrompida, frutificando em obras e vida plena.
Como você vive o seu batismo? Quero recordá-lo que o nosso batismo é um compromisso de seguimento a Jesus, na transformação deste mundo pelo amor de Deus, incutido em nosso coração por Jesus, hoje batizado no Jordão por João Batista.
                                 Padre Bantu Mendonça- Canção Nova