sexta-feira, 29 de maio de 2015

Pacto com a Felicidade


De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi:
Eu hoje vou ser Feliz!
Vou lembrar de agradecer ao sol, pelo seu calor e luminosidade,
Sentirei que estou vivendo, respirando.
Posso desfrutar de todos os recursos da natureza gratuitamente.
Não preciso comprar o canto dos pássaros, nem o murmúrio das ondas do mar. Lembrarei de sentir a beleza das árvores, das flores, e a suavidade da brisa da tarde. Vou sorrir mais, sempre que puder.
Vou cultivar mais amizades e neutralizar as inimizades.
Não vou julgar os atos dos meus semelhantes ou companheiros,
vou aprimorar os meus.
Lembrarei de ligar para alguém para dizer que estou com saudades!
Reservarei minutos de silêncio, para ter a oportunidade de ouvir.
Não vou lamentar nem amargar as injustiças,
vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos.
Terei sempre em mente que um minuto passado, não volta mais,
Vou viver todos os minutos proveitosamente,
Não vou sofrer por antecipação prevendo futuros incertos,
Nem com atraso, lembrando de coisas sobre as quais não tenho mais ação.
Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter,
Mas em como posso ser feliz com o que possuo,
E o maior bem que possuo é a própria vida.
Vou lembrar de ler uma poesia e de ouvir uma canção,
Vou dedicá-las a alguém.
Vou fazer alguma coisa para alguém, sem esperar nada em troca,
Apenas pelo prazer de ver alguém sorrir.
Vou lembrar que existe alguém que me quer bem,
Vou dedicar uns minutos de pensamento para os que já se foram
Para que saibam que serão sempre uma doce lembrança,
até que venhamos a nos encontrar outra vez.
Vou procurar dar um pouco de alegria para alguém,
Especialmente quando sentir que a tristeza e o desânimo querem se aproximar.
E quando a noite chegar, vou olhar para o céu, para as estrelas e para o luar e Agradecer aos Anjos e a Deus, porque
Hoje Eu fui Feliz!

Fonte: Catequese Católica

Feijoada Beneficente arrecada fundos para reforma de Seminário

Feijoada Beneficente arrecada fundos para reforma de Seminário
feijoada
O Seminário Propedêutico realiza neste domingo, 31 de maio, sua tradicional Feijoada Beneficente, um evento de arrecadação para as obras de reforma do prédio da instituição e manutenção dos 24 seminaristas que residem no local. As atividades começam a partir das 10h na Quadra da Igreja Matriz do Henrique Jorge.
A animação da Feijoada Beneficente fica por conta de Pe. Ivan e Ministério de Música do Santuário Nossa senhora de Fátima. Além de levantar fundos, o evento promove a integração através da sadia convivência e boa música.
O Seminário Propedêutico é mantido pela Arquidiocese de Fortaleza e doações de fiéis que colaboram espontaneamente com a obra. “Temos um custo mensal elevado que cresceu ainda mais por conta das necessárias reformas na estrutura do prédio pelas quais precisamos passar”, explica o padre reitor Rafhael Maciel.
Os ingressos podem ser adquiridos através do telefone 3290.1045
SERVIÇO
Feijoada Beneficente
Data: 31 de maio de 2015
Horário: a partir das 10:00h
Local: Quadra da Matriz da Igreja Matriz do Henrique Jorge (Rua Professor Miramar da Ponte, 305, Henrique Jorge)
Valor: R$ 10,00 (Dez Reais)
Mais informações: 3290.1045

Formação para equipes paroquiais de animação das campanhas

Equipe Arquidiocesana de Animação das Campanhas, em reunião no mês de abril, animada e encorajada pelo espírito do Ressuscitado, com o intuito de assumir cada vez melhor sua missão de colaborar na formação das Equipes Permanentes de Animação das Campanhas, convoca dois representantes  de cada Paróquia e Área Pastoral para um  encontro de acompanhamento às equipes paroquiais animação das campanhas.
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Data:  20 de junho,  sábado, das 8h30 às 11h30,
Local:  Centro de Pastoral Maria Mãe da Igreja, (Rua Rodrigues Junior, 300).
A Equipe pede a confirmação de cada  participante  até o dia 16 de junho, impreterivelmente, no Secretariado de Pastoral, com Hilda ou Rosélia, pelos telefones: (85) 3388 8701; 3388 8723.

Vencendo a intolerância religiosa

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

Na semana que precede a festa de Pentecostes, no Brasil, se reza pela união dos cristãos. Em outros países, a Semana de Orações se dá em janeiro, nos dias próximos à festa litúrgica da conversão de São Paulo Apóstolo. A diferença se dá pelo simples fato de, no Brasil, janeiro ser mês de férias e a participação poderia ficar prejudicada. Não importa. O que importa é orar para que os cristãos encontrem a união perdida no caminhar da história. É maravilhoso o movimento ecumênico, inter-confessional e o diálogo inter-religioso. Todos os que participam de bom coração se sentem fortalecidos na fé, animados na missão de anunciar Cristo, e enriquecidos na fraternidade. Quando nos unimos para a oração neste propósito, duas coisas ficam patentes, uma negativa outra positiva. Constata-se que, apesar dos esforços, muitos cristãos e muitas igrejas ainda não conseguiram dar o passo do diálogo, e, pior ainda, muitos são tão preocupados apenas com o número de fiéis, com medo de perdê-los, que chegam a ter verdadeiras atitudes de intolerância religiosa. Certa vez, nos esforços de ampliar a aproximação das igrejas, o grupo foi surpreendido com a afirmação de um dos ministros presentes acusando o movimento de diálogo como se fosse uma estratégia para igrejas que precisam aumentar o número de seus adeptos. Certamente, este irmão nada entendera e estava ainda padecendo da falta de verdadeiro espírito do evangelho, esquecendo-se da oração de Jesus, registrada pelo evangelista João: “Pai, que todos sejam um, como eu e Tu, Pai, somos um, para que o mundo creia”. (Jo 17,21)

Mas a atitude positiva supera todos os demais sentimentos. Unidos em oração, cada um se sente feliz de estar próximo, celebrando a palavra bíblica “Como é bom, como é suave, estar juntos como irmãos!” (Sl 133, 1-2). Experimenta-se a mística da unidade presente entre os primeiros cristãos que eram perseverantes em ouvir a palavra dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. (Atos 2, 42). O livro dos Atos dos Apóstolos ainda registra que “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto comum.” (Atos, 4, 32) A união dos cristãos para a oração, de alguma forma, represencializa o milagre de Pentecostes, trazendo novamente a força do Espírito Santo capaz de vencer o medo, o desânimo e a fragilidade humana que impedem o ideal de unidade, de comunhão e autêntica fraternidade. De fato está escrito: Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram como que línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles e todos ficaram cheios do Espírito Santo.” (Atos 1, 1-3).
Ao nos reunirmos a cada ano para rezar juntos, celebrar juntos, papear juntos, viver ao menos alguns dias esquecendo nossas diferenças, nunca deixamos de reafirmar que “o que nos une é muito mais forte do que o que nos separa”. Certamente estamos longe de uma unidade plena, mas não há dúvidas que estamos já realizando uma unidade possível. Só não a faz aquele que ainda não compreendeu bem quem é Cristo, pois foi Ele que profetizou: “haverá um só rebanho e um só Pastor” (Jo. 10, 16). Não nos perguntemos como isto se dará, mas o que posso e devo fazer para que a palavra do Mestre se realize. Unidos venceremos o mal, o ódio, a intolerância, construiremos juntos a paz e cantaremos felizes “O Senhor é meu Pastor, nada me falta” (Sl 22), realizando juntos o mandamento do Senhor: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, como ensinou Jesus.
Fonte: CNBB

CNBB promove Peregrinação e Simpósio sobre a Família

Milhares de famílias são esperadas neste final de semana, dias 30 e 31 de maio, em Aparecida (SP), para 7ª Peregrinação e 5º Simpósio Nacional da Família. Com o tema “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva", a programação dos eventos contará com momentos de oração, palestras, testemunhos e missas na basílica nacional. A atividade de evangelização é organizada pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).
O bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão para a Vida e a Família, dom João Bosco Barbosa de Sousa, recorda que os eventos estão em sintonia com o caminho Sinodal para a Assembleia Ordinária, convocada pelo papa Francisco.  “As famílias do Brasil são convidadas para esse grande encontro na Casa da Mãe Aparecida. Queremos convidar todos aqueles que amam a família, os agentes de Pastoral Familiar, as dioceses, paróquias e comunidades”, motiva dom João Bosco.
O bispo auxiliar de Aparecida (SP), dom Darci José Nicioli, juntamente com os demais bispos membros da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, participarão da solenidade de abertura do evento, com o casal coordenador nacional, Roque e Verônica Rhoden.
Transmissões ao vivo
A TV Aparecida fará a transmissão ao vivo das palestras do Simpósio, a partir das 9h50 até o meio-dia do sábado, 30. No período da manhã, está prevista mesa redonda que abordará os seguintes temas: "Anunciar o Evangelho da família"; "Curar as feridas na família"; "Acolher a vida e educar para o amor", com a presença de especialistas, bispos, padres e casais da Pastoral Familiar. 
À tarde, a programação contará com testemunhos de casais e animação musical, com show. Entre 16 e 17h30, haverá procissão luminosa e momento de oração. Em seguida, missa, às 18h, na basílica, abrindo oficialmente a Peregrinação Nacional da Família.
Missas da Família
No domingo, 31, a programação continua com missas às 5h30, às 8h (com transmissão ao vivo pela TV Aparecida), 10h e 12h, sendo presidida pelos bispos da Comissão para a Vida e a Família da CNBB. Dioceses, paróquias e comunidades já começaram a organizar suas caravanas rumo ao Santuário Nacional, para celebrar a vida e a família. 
Informações
No sábado, 30 de maio, o Simpósio terá início às 8h, com recepção e credenciamento dos peregrinos no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, ao lado da praça de alimentação do santuário nacional. Pede-se a colaboração de R$ 5,00 reais por adulto. Crianças não pagam. As contribuições serão destinadas aos custeios da organização do evento.
Compartilhe nas redes sociais: #Peregrinação2015EUVOU!
Confira a Programação
8h00 –Recepção
8h45 – Composição de mesa de abertura
9h00 – Palavra de boas-vindas de Dom Darci José Nicioli, bispo auxiliar de Aparecida (SP), e Roque e Verônica Rhoden, casal coordenador nacional
9h50 – Composição da mesa redonda
10h00 – Mesa redonda (30 minutos para cada um)
• Anunciar o Evangelho da Família – Dom João Bosco Barbosa de Sousa, presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB
• Curar as feridas na família - Mário e Sarita Prisco
• Acolher a vida e educar para o amor - Pedro e Ketty de Rezende
11h55 – Angelus (Dom João Bosco Barbosa)
12h00 – Almoço
13h30 – Animação
14h00 – 1° Testemunho
14h20 – música
14h30 – 2° Testemunho
14h50 – música
15h00 – 3° Testemunho
15h20 – música
15h30 – Tempo para avisos e deslocamento para o Santuário
16h00 – Início Terço no altar central da Basílica
17h30 – Término do Terço
18h00 – Missa de abertura da Peregrinação – Dom Darci José Nicioli
20h00 – Padre do Santuário
Missas do Domingo no Santuário:
5h30 – Padres do Santuário Nacional
8h00 – Dom João Bosco Barbosa de Sousa – Presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB
10h00 – Dom João Bosco Barbosa de Sousa – Presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB
12h00 – Dom João Carlos Petrini – Bispo de Camaçari (BA)

Divulgada a programação da viagem do papa a Sarajevo

“A paz esteja convosco”. Este é o tema da viagem do papa a Sarajevo, Bósnia Herzegovina, que será realizada no dia 6 de junho. A programação foi divulgada hoje, 28, pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
De acordo com informações do Vaticano, a Bósnia Herzegovina possui menos de 4 milhões de habitantes, sendo que 40% seguem o Islã; 31% são cristãos ortodoxos e 15%, católicos. “Os muçulmanos são a população da Bósnia. Os ortodoxos são, na maior parte, sérvios como etnia e os católicos são croatas”, explicou padre Lombardi.
Conforme o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a mensagem do papa terá como foco a construção da reconciliação para o futuro do País, que sai de anos dramáticos de guerra. Para padre Lombardi, a visita do papa “levará sementes para fortalecer o diálogo inter-religioso”.
Programação
O papa Francisco sairá de Roma às 7h30. Chegará em Sarajevo às 9h. Será recebido no palácio presidencial  pela presidência e autoridades. Em seguida, Francisco presidirá missa no estádio por onde passou João Paulo II. Almoçará na Nunciatura Apostólica, onde encontrará os bispos da Bósnia-Herzegovina. No período da tarde, ouvirá testemunhos de sacerdotes, religiosos e seminaristas. Padre Lombardi disse acreditar que “serão testemunhos fortes, intensos e dramáticos pelas histórias que serão contadas”.
Antes de retornar a Roma, Francisco participará de um encontro ecumênico e inter-religioso, no Centro Estudantil Franciscano. No Centro Diocesano João Paulo II, irá reunir com jovens. A volta do papa ao Vaticano está prevista para as 20h.
Com informações da Rádio Vaticano
Fonte: CNBB

A Trindade e a Unidade em Deus nas perspectivas de alguns Padres da Igreja

Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)

Introdução
Domingo, dia 31 de maio festejaremos a Santíssima Trindade, festa linda, cheia do amor de Deus para a realidade humana. É envolvente para o ser humano, o mistério do Deus Uno e Trino de tal modo que, no início de uma vida ou de uma atividade, uma celebração eucarística, outros sacramentos e o fim das atividades, são invocadas as três Pessoas da Santíssima Trindade. Para quem tem fé, o mistério é fascinante, atraente; nele há a plenitude das coisas, da vida com que o ser humano sonha e busca com muito amor uma participação de sua realização neste mundo e um dia na eternidade. No entanto, não basta só falar sobre o mistério: é preciso entrar nele, através da oração, da contemplação e da adoração. No momento atual, da crise da modernidade, marcados pelo individualismo e fragmentação das coisas, faz-se necessária uma experiência de Deus Uno e Trino para realizar as coisas em conformidade com o seu plano em relação ao ser humano. Uma pastoral, um movimento, cada um de nós teremos uma atuação junto ao Povo de Deus e na sociedade com maior ânimo e força, a partir de sua fonte original, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. A fé cristã, católica não diz que eles são três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. O pensamento trinitário foi bastante desenvolvido em todo o período patrístico de modo que veremos alguns dos padres da Igreja, como especificaram o mistério em suas vidas e na missão na comunidade eclesial e no mundo.

1. A doutrina trinitária na liturgia e os termos Trindade, Pessoa, criação do ser humano.
Em geral tem os padres da Igreja elaboraram a doutrina da Unidade e da Trindade em Deus ligada ao batismo e à liturgia eucarística através do Credo, os creios nas suas formas apostólica e o niceno-constantinopolitana. Aqueles e aquelas que recebiam o batismo, a crisma e a eucaristia na noite santa, isto é no sábado santo proferiam a sua fé pública em Deus Uno e Trino e como o deviam demonstrar essas verdades na sua vida pessoal, comunitária e social.
É claro que a doutrina trinitária teve alguns pensadores, pessoas importantes que ajudaram ao povo de Deus a viver o mistério em suas vidas. Tertuliano(160-220) foi o primeiro padre da Igreja que aplicou o termo latino Trinitas(Trindade) às três Pessoas Divinas. Ele explica a compatibilidade entre a unidade e a trindade de Deus fazendo ressaltar a unicidade das três na sua substancia. O Filho é da substância do Pai. O Espírito Santo é do Pai através do Filho. Por isso Tertuliano afirma sempre que tem uma só substancia nas três pessoas unidas. Tertuliano é também o primeiro a usar o termo persona (Pessoa), relação, destinado a tornar-se assim célebre no desenvolvimento de todo o pensamento trinitário, posterior. Apresenta o Logos como outro do Pai no sentido da Pessoa não da substância pela distinção não pela divisão. Tertuliano aplica o termo Pessoa também referido ao Espírito Santo, que ele chama a terceira Pessoa. Na Obra Adversus Praxean, 12, encontramos uma referência linda da santíssima trindade em relação à criação do ser humano, homem e mulher: "A pluralidade na Trindade está ligada à unidade, e por isto nos perguntamos se seria possível um só e singular ser exprimir-se ao plural e dizer: Façamos o homem a nossa imagem e semelhança? Não teria antes dito: Faço o homem a minha imagem e semelhança, enquanto ser único e singular? E logo em seguida nós lemos: vês, o homem tornou-se como um de nós. Não era porque junto ao Pai, estão o Filho e o Espírito Santo que se expressam no plural, considerando-se este aspecto como múltiplo? Certo a razão estava no fato porque já tinha junto de si o seu Filho, o seu mesmo Verbo, a segunda pessoa e além disto uma terceira pessoa, o Espírito no Verbo. Por isto adotou à arte as formas do plural: façamos a nossa imagem; fez-se como um de nós. Com quem criava de fato o homem? e a quem o fazia semelhante? Falava com o Filho que devia revestir a forma humana e com o Espírito que devia santificar o ser humano(homem e mulher), como se falasse com outros ministros e testemunhas".
Orígenes(185-253) também desenvolveu a doutrina trinitária, bastante expressiva na teologia posterior ao afirmar que o Pai é ingerado, o Filho gerado e o Espírito Santo procede do Pai pelo Filho. Ele tem presente que nunca teve um tempo em que o Filho não existisse, mas Ele sempre existiu junto do Pai, assim como o Espírito Santo.
2. A manifestação do mistério do Deus Uno e Trino
Gregório de Nazianzo(330-390) falou da manifestação do mistério por etapas na história humana. O Bispo Gregório era convicto de que a Trindade se revelou ao ser humano aos poucos, progressivamente e pedagogicamente, de modo que Deus mesmo preparou a humanidade à sua manifestação. O AT anunciou de modo explícito a existência do Pai, enquanto a existência do Filho foi anunciada de modo mais obscuro. O NT manifestou a existência do Filho, enquanto faz soar nas entrelinhas a natureza divina do Espírito Santo.
O ser humano foi educado por Deus, para acolher o mistério da Trindade, também pela palavra da Igreja. Esta, aos poucos, foi anunciando a divindade do Pai para assim proclamar manifestamente a do Filho e do Espírito Santo. Dessa forma, não houve uma apresentação de um alimento superior às nossas forças ou se nós tivéssemos que perceber a luz do sol, bastante forte, com um uma vista por demais débil e fraca. Assim Gregório diz que nós adoramos Deus, o Pai, Deus, o Filho, e Deus, o Espírito Santo, três Pessoas numa única natureza divina, à qual é dada a glória, a honra, a onipotência. Não são três seres separados, um do outro, à maneira do politeísmo, como fez Ário ou a doutrina idealizada por Sabélio. O Nazianzeno, como os Padres desse período histórico, procuraram superar essas duas heresias: de um lado, a confusão proveniente de Sabélio, que negava as Pessoas para ressaltar a unidade em Deus, e, de outro, as Pessoas tornavam-se essências diferentes, negando-se a unidade.
3. O que dizer da Trindade?
Para falar da Trindade, Gregório de Nazianzo reforçou a unidade em Deus: um só é Deus, privado de início de causa, não-circunscrito por um ser a ele anterior ou que poderá vir posteriormente. Gregório afirma que as três Pessoas são eternas, estão fora do tempo e do espaço: “Desde quando o Pai existe? Não existe um momento no qual o Pai não existisse; ele sempre existiu. Isto vale também para o Filho e o Espírito Santo”. Assim o Filho e o Espírito Santo são coeternos com o Pai, porque provêm dele. Como o Pai é sem princípio, o Filho e o Espírito Santo são sem princípio, assim como o sol não é anterior à luz.
O Nazianzeno descreve a geração do Filho; ela não é sujeita a paixões (apathês), pelo fato de que é sem corpo (asômatos), enquanto que a geração humana é sujeita às paixões, porque é corpórea. Na geração do Filho, o Pai não sofreu paixão alguma, totalmente diferente das gerações que se confiam à carne, porque é espiritual, inefável, divina. Se, na realidade humana, o pai tem o seu início como pai pelo nascimento de um filho seu, na realidade divina, o tempo não existe, porque as duas Pessoas coexistem, sendo que uma não é anterior à outra.
O Pai é Deus e o é desde sempre, assim como o Filho e o Espírito Santo, um só Deus em três pessoas. Assim a geração do Filho não pode ser compreendida em termos humanos, porque ela foge da razão; ela é também fora do tempo, é eterna, porque o Pai é eterno. Se a própria geração humana é incompreensível, tanto mais aquela divina, a ponto de Gregório dizer: “Quanto Deus é impenetrável ao homem, tanto a geração celeste é mais incompreensível para ti”.
A visão que Gregório tem do Espírito é a sua procedência do Pai. Ele não é gerado, porque ele não é o Filho, mas ele é Deus como o Pai e o Filho. A ele não falta nada, porque é Deus, assim como também o Filho. Ele não é diminuído segundo a substância, enquanto os termos de “não ter sido gerado”, “ter sido gerado e proceder” indicam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, de modo que se conserva não confundida a distinção das três pessoas na única natureza e única dignidade da essência divina. O Filho não é o Pai; o Pai não é o Filho e o Espírito Santo não é o Pai e o Filho. Os três são uma só divindade quanto à natureza e único ser.
4. A Trindade Santa como Luz e Sabedoria e uma só Essência
Agostinho(350-430) fala do mistério da Santíssima Trindade; “O Pai é luz, o Filho é luz, o Espírito Santo é luz; todas as três juntas não constituem três luzes, mas uma só luz. Como conseqüência o Pai é sabedoria, o Filho é Sabedoria e o Espírito Santo é Sabedoria e juntas não fazem três sabedorias, mas uma só Sabedoria. E porque ser é a mesma coisa que ter sabedoria, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma só essência. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus. A Santíssima Trindade mora em nós. Agostinho afirmava que depois que Cristo partiu para a casa do Pai, as três pessoas permaneceram nas pessoas de uma forma espiritual não só o Espírito Santo, mas também o Pai e o Filho.
Ambrósio, bispo de Milão(340-397) diz que o Pai é único, o Filho Unigênito único é único é também o Espírito Santo é único, porque o Pai não é o Filho, nem o Filho é o Pai e nem menos o Espírito Santo é o Filho. Uma pessoa é o Pai, uma outra é o Filho e uma outra ainda o Espírito Santo. Nós lemos de fato; eu pedirei ao Pai e Ele dará um outro Consolador(cf. Jo 14,16); e não há que um só Deus”.
Na mesma linha, o bispo Atanásio de Alexandria(328-373) afirmou a doutrina trinitária contra a doutrina ariana do ser criatura do Filho: “A Trindade santa e perfeita é aquela que se revela no Pai e no Filho e no Espírito Santo; nada de estranho ou extrínseco se lhe mistura, nem consta do Criador e da criatura; mas possui em si todo o poder de criar e fazer. Sua natureza é também igual e indivisa e una é sua eficácia e ação. Pois o Pai, pelo Verbo no Espírito Santo, tudo faz e, deste modo, se conserva a unidade da santa Trindade”.
Conclusão
Nós somos chamados a acolher Deus Uno e Trino em nossas vidas através do batismo, da crisma, da eucaristia e outros sacramentos, bem como pela oração, adoração, meditação da Palavra de Deus. Deus mora em nós. É preciso descobrir esta presença salvadora e amigável em nossos corações, mente, corpo humano, espírito. Nós devemos adorar Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo em nossas vidas, não como três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. É o mistério envolvente em tudo aquilo que realizamos neste mundo. Ele é o principio e o fim de tudo. Procuremos realizar todas as pastorais e os movimentos, sacramentos, ações, em nome de Deus Uno e Trino. Os Padres da Igreja desenvolveram a doutrina trinitária tendo presentes a Unidade em Deus e as Três Pessoas divinas e a sua relação com a criação do ser humano, homem e mulher e toda a natureza. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre, Amém.
Fonte: CNBB

A lei da vida

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém (PA)

"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13, 34; Jo 15, 12). Ao saberem do mandamento que agrada mais a Jesus, seus discípulos de todos os tempos se surpreendem e descobrem horizontes abertos e antes inimagináveis para sua vivência do seguimento de Jesus. A novidade e o segredo se encontram numa palavra, "como"! Nosso Senhor não lhes oferece normas de bom comportamento ou civilidade, ou regras para o trânsito da vida, numa convivência respeitosa. Em nosso tempo, há sociedades extremamente organizadas, com os limites bem definidos em direitos e deveres, e que ao mesmo tempo se tornam frias e secas no relacionamento humano. É que as fontes das decisões ficaram restritas à terra, sem que as pessoas se abram ao transcendente, à vida que vem do Céu! A pretendida laicidade do Estado tem produzido muitos frutos negativos. Já o Concílio Vaticano II (Gaudium et Spes, 36), alertava: "Se com as palavras 'autonomia das realidades temporais' se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem as ordenar ao Criador, ninguém que acredite em Deus deixa de ver a falsidade de tais assertos. Pois, sem o Criador, a criatura não subsiste. De resto, todos os crentes, de qualquer religião, sempre souberam ouvir a sua voz e manifestação na linguagem das criaturas. Antes, se se esquece Deus, a própria criatura se obscurece".

Se praticamente todos os seres humanos, em algum momento, reconhecem a existência de Deus, há um valor que só pode ser experimentado por revelação, o fato de sermos filhos de Deus. Só aquele que é o Filho eterno do Pai, desde toda eternidade compartilhando a alegria do amor que é o Espírito Santo, pode anunciar e abrir as portas para que a humanidade compartilhe este valor único, "somos filhos de Deus". E é do alto, por dom de Deus, que desce gratuitamente o presente do amor da Santíssima Trindade, para que nos amemos na terra como fomos amados. Jesus traz consigo uma "cultura" diferente das lutas pelos interesses individualistas presentes na humanidade, cujos resultados são sobejamente conhecidos, e têm nomes como guerras, opressão, violência e muitos outros.
Podemos pedir licença e entrar na casa da Santíssima Trindade, verificando como vivem as pessoas divinas, com a ajuda dos ensinamentos da Igreja (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 45-48): "O mistério central da fé e da vida cristã é o mistério da Santíssima Trindade. Os cristãos são batizados no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Deus deixou alguns traços do seu ser trinitário na criação e no Antigo Testamento, mas a intimidade do seu Ser como Trindade Santa constitui um mistério inacessível à razão humana sozinha, e mesmo à fé de Israel, antes da Encarnação do Filho de Deus e do envio do Espírito Santo. Tal mistério foi revelado por Jesus Cristo e é a fonte de todos os outros mistérios. Jesus Cristo nos revela que Deus é Pai, não só enquanto é Criador do universo e do homem, mas sobretudo porque, no seu seio, gera eternamente o Filho, que é o seu Verbo, 'resplendor da sua glória, e imagem da sua substância' (Hb 1, 3). O Espírito Santo, que Jesus Cristo nos revelou, é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho. Ele procede do Pai (Jo 15, 26), o qual, princípio sem princípio, é a origem de toda a vida trinitária. E procede também do Filho, pelo dom eterno que o Pai faz de Si ao Filho. Enviado pelo Pai e pelo Filho encarnado, o Espírito Santo conduz a Igreja 'ao conhecimento da Verdade total' (Jo 16, 13). A Igreja exprime a sua fé trinitária confessando um só Deus em três Pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo. As três Pessoas divinas são um só Deus, porque cada uma delas é idêntica à plenitude da única e indivisível natureza divina. Elas são realmente distintas entre si, pelas relações que as referenciam umas às outras: o Pai gera o Filho, o Filho é gerado pelo Pai, o Espírito Santo procede do Pai e do Filho".
O Pai vive "fora de si", gerando e amando o Filho, desde toda a eternidade. O Filho vive totalmente para o Pai e o Espírito Santo é amor do Pai e do Filho. A lei é esta! Não se vive para si, mas na doação contínua, desde a eternidade. "Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo, o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho" (Catecismo da Igreja Católica, 255).
Jesus propõe nada menos do que esta vida para seus discípulos, quando propõe como "seu" mandamento o amor recíproco. É que trazia dentro de si a experiência da eternidade vivida na comunhão da Santíssima Trindade! E ele diz que "este mandamento é 'novo'. 'Eu vos dou um novo mandamento'. 'Novo significa: feito para os 'tempos novos'. Então, de que se trata? Veja: Jesus morreu por nós. Portanto, nos amou até a medida extrema. Mas que tipo de amor era o seu? Certamente não era como o nosso. O seu amor era, e é, um amor 'divino. Ele disse: 'Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo' (Jo 15,9). Ele nos amou, portanto, com o mesmo amor com qual Ele e o Pai se amam. E com esse mesmo amor nós devemos nos amar mutuamente para realizar o mandamento 'novo'. Na realidade, porém, você como homem, como mulher, não possui um amor dessa natureza. Mas se alegre porque, como cristão, você o recebe. E quem é que o doa? É o Espírito Santo que o infunde no seu coração, nos corações de todos os que têm fé. Existe, então, uma afinidade entre o Pai, o Filho e nós cristãos, graças ao único amor divino que possuímos. É esse amor que nos insere na Trindade. É esse amor que nos torna filhos de Deus. É por esse amor que o Céu e a terra estão unidos como que por uma grande corrente. Por esse amor a comunidade cristã se insere na esfera de Deus e a realidade divina vive na terra lá onde existe o amor entre os que creem" (Chiara Lubich, 25 de abril de 1980).
Temos uma nova lei a implantar, primeiro em nossos corações, para depois contagiar outras pessoas e a sociedade, "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Não se trata de fazer uma cruzada para forçar pessoas à conversão, mas testemunho corajoso de valores diferentes. Quem assume como própria esta lei começa a ouvir mais, vai ao encontro dos outros para servir, toma sempre a iniciativa do amor, espalha o perdão, tem calma suficiente para não atropelar os passos no relacionamento com os outros, valoriza o que é diferente e tem ideias novas. Olhando para o Céu, enxerga mais e melhor a terra, para transformá-la segundo plano de Deus.
Fonte: CNBB

Área Pastoral São José -Convite Importante: COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA- Comunidade Nossa Senhora de Fátima

Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Jardim Castelão -Passaré

 
* Encerramento do Mês de Maio com a Coroação de Nossa Senhora
* Neste sábado,30 de Maio de 2015, após a Santa Missa( 19:30h )
*Será um momento cheio de emoção onde expressaremos todo o nosso AMOR e CARINHO por nossa Mãe-Maria!

" Te coroamos Ó Mãe, nossa Rainha"...

Esperamos todos vocês!!!