quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Quaresma 2015: Papa Francisco propõe três passagens bíblicas para combater a globalização da indiferença

Quaresma 2015 ”Fortalecei os vossos corações” / Foto: Domínio Público
Vaticano, 27 Jan. 15 / 05:34 pm (ACI/EWTN Noticias).- Deus não é indiferente conosco, conhece o nosso nome e nos cuida, afirmou o Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma 2015, na qual propôs aos fiéis três passagens para refletir e renovar seu encontro com Cristo e assim combater a globalização da indiferença.

Cada um de nós interessa a Deus, “o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa conosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença”, assinalou o Papa.

Entretanto, advertiu que “esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial” e é também uma tentação para os cristãos.

Por isso, propôs aos fiéis três passagens para refletir, renovar o encontro com Deus e assim não ser indiferentes:

O primeiro é “Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros” – AIgreja.

Nesta passagem, Francisco explica que com o seu ensinamento e testemunho, a Igreja oferece “o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença”. Entretanto, ninguém pode testemunhar o que antes não experimentou, como ocorreu na Quinta-feira Santa, quando Pedro compreende que o serviço de lavar os pés uns aos outros “só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa ‘tem a haver com Ele’, podendo assim servir o homem”.

“A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele”, afirmou Francisco. “Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença”, acrescentou.

Nesse sentido, recordou que a Igreja é “communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas”, “aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos”. “E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe”, afirmou.

A segunda passagem é “Onde está o teu irmão?” – As paróquias e as comunidades.

O Papa pede levar para a vida das paróquias e comunidades tudo o que se disse para a Igreja universal. “Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada”, perguntou.

Por isso, Francisco pediu unir-se na oração com a Igreja no céu, junto com os santos “que encontraram a sua plenitude em Deus” e que graças à morte e ressurreição de Jesus “venceram definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio”. “Enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham conosco, que ainda somos peregrinos”, afirmou.

Por outra parte, recordou, “cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens”.

“Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!”, expressou.

A terceira passagem é “Fortalecei os vossos corações” – Cada um dos fiéis.

Francisco alertou que “como indivíduos temos a tentação da indiferença”. “Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?”.

Indicou que em primeiro lugar podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. “Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração”, afirmou.

Em segundo lugar convidou a “levar ajuda, com gestos de caridade” para as pessoas que vivem próximas de nós assim como para quem está longe. “A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum”, indicou.

“E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos”, assinalou.

Francisco indicou que “ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus”.

“Um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro”, acrescentou.

Finalmente, convidou a orar “Fac cor nostrum secundum cor tuum”: “Fazei o nosso coração semelhante ao vosso” (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus), para ter “assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença”.
Fonte: Acidigital

Papa Francisco convoca a jornada de oração e confissões “24 horas para o Senhor”

Pôster “24 horas para o Senhor”
Vaticano, 27 Jan. 15 / 05:40 pm (ACI/EWTN Noticias).- "Deus rico de misericórdia” é o tema da jornada de oração e confissão “24 horas para o Senhor”, organizada pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e convocada pelo Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma 2015.

Em sua mensagem de Quaresma o Santo Padre chamou os fiéis a combaterem a globalização da indiferença.

“Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?”, expressou o Papa.

“Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração”.

Nesse sentido, no seu site, o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização informou que se quis celebrar novamente esta iniciativa de “24 horas para o Senhor” depois “do imenso sucesso que teve em 2014”.

Nesse sentido, indicou-se que o tema que “orientará a reflexão em 2015 é: Deus rico de misericórdia (Ef 2,4)”.

Do mesmo modo, informou-se que “o Papa Francisco presidirá a liturgia penitencial em São Pedro, colocando assim o sacramento da reconciliação no centro do caminho da nova evangelização de toda a Igreja”. Além disso, a iniciativa contará com o hashtag #24horasparao Senhor.

No ano passado a iniciativa “24 horas para o Senhor” foi realizada nos dias 28-29 de março.
Fonte: Acidigital

Santos do Brasil

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ)

Visitei recentemente, em Baependi, MG, a Igreja onde se encontra o túmulo da Bem-aventurada Francisca Paula de Jesus Isabel, conhecida como Nhá Chica, a mãe dos pobres, a pérola escondida. Mulher simples, negra, filha de escrava, cheia de fé, devotíssima de Nossa Senhora, imersa na oração e que, apesar de analfabeta, dava sábios conselhos a todos que a procuravam e, não raramente, profetizava o futuro.
O Conselheiro João Pedreira do Couto Ferraz era uma figura das mais eminentes do Império pela sua cultura, virtudes e pelo caráter firme, do qual deu grande prova, pública e corajosa, durante o processo de Dom Vital de Oliveira, Bispo de Olinda. Como diz a História do Brasil, no célebre episódio da questão religiosa, uma das causas da queda da monarquia, Dom Frei Vital de Oliveira, foi levado ao Tribunal pelo crime de defender os direitos da Igreja. Ao entrar o Bispo no Tribunal, acompanhado de mais dois Bispos, o Conselheiro Pedreira que, por dever do seu cargo, estava a contragosto presente, vencendo o respeito humano, foi receber os Bispos e, ajoelhando-se, osculou o anel de Dom Vital, santo Bispo mártir. Houve aplausos e um frêmito de raiva entre os Ministros do Supremo Tribunal. Quando apontaram a Dom Vital o banco dos réus, o Conselheiro Pedreira, secretário do Supremo Tribunal, afastou aquele banco e foi buscar a sua poltrona, convidando o Prelado a assentar-se.
Esse notável Conselheiro do Império, veraneando em Caxambu, MG, acompanhado de sua primeira filha, Zélia, no esplendor dos seus 15 anos, visitou Nhá Chica, na vizinha Baependi, tendo ouvido falar da fama de sua santidade. Ele pediu a Nhá Chica orações pelo futuro da sua filha Zélia, que, constituía, pela sua formosura, inteligência precoce – falava várias línguas -, talento poético e literário e virtudes cristãs, o maior tesouro daquela família. Nhá Chica se retirou a rezar a Nossa Senhora e, após a Missa, disse ao Conselheiro: “Esta moça vai se casar, terá muitos filhos, depois será toda de Deus, Nosso Senhor”.
De fato, Zélia se casou com o Dr. Jerônimo, engenheiro formado em Ciências Humanas na Alemanha e em Engenharia Civil no Rio de Janeiro. Dos seus 9 filhos, 3 se tornaram sacerdotes e 6 se consagraram como religiosas. O casal, dono de grande fazenda de café, se dedicava a obras de caridade e evangelização, tornando-se exemplo de família cristã para o seu tempo e para os dias de hoje.
Jerônimo morreu com fama de santidade em 1909. Zélia, viúva, distribuiu todos os seus bens aos pobres e se consagrou como religiosa na Congregação Sacramentina, vindo a falecer em 1919. Nhá Chica foi beatificada em 4 de maio de 2013, pelo Cardeal Ângelo Amato, delegado do Papa Francisco, em Baependi. Jerônimo e Zélia, como o primeiro casal brasileiro, estão já no processo de beatificação.
A santidade está ao alcance de todos, europeus e brasileiros, ricos e pobres, letrados e analfabetos, brancos e negros. Está ao nosso alcance também. Fonte: CNBB

Comissão estuda documento Sensus Fidei

Arquidiocese de Belo Horizonte
A Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), iniciou reunião na segunda-feira, dia 26, para estudo do documento Sensus Fidei(Sentido da Fé), publicado pela Comissão Teológica Internacional, em 2014. O encontro que acontece no Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), tem a preparação para 53ª Assembleia Geral da Conferência na pauta.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e membro da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, dom Wilson Angotti, comentou sobre o objeto de estudo da reunião, o documento Sensus Fidei. De acordo com ele, a publicação remete à promessa de Jesus Cristo sobre o dom do Espírito Santo, o qual recordaria aquilo que Ele havia ensinado e levaria o povo de Deus ao conhecimento da verdade. “Portanto, é sobre este aspecto que estamos refletindo: todos aqueles que possuem fé, movidos pelo Espirito Santo, têm esse senso de verdade. A igreja traz em si, como dom do Espirito, o sentido da fé", explicou.
A reunião que geralmente ocorre em Brasília (DF), tem o apoio da arquidiocese de Belo Horizonte na acolhida dos participantes. O arcebispo de Brasília e presidente da Comissão, dom Sérgio da Rocha, agradeceu a recepção da Igreja local e destacou a oportunidade de utilizar das “diversas expressões culturais” na compreensão da Doutrina da Igreja. “É muito importante que as reuniões sejam realizadas em diferentes lugares do Brasil para que nós possamos, cada vez mais, considerar a realidade concreta em que vivemos. Temos diversas expressões culturais que devem ser avaliadas quando procuramos compreender a Doutrina da Igreja", disse
Dom Sérgio também destacou outras atividades sob responsabilidade da Comissão. “Neste momento, estamos empenhados na atualização da Bíblia da CNBB, que serve de referência para a liturgia e a catequese. Também estamos celebrando o jubileu do encerramento do Concílio Vaticano II e estamos zelando por uma tradução atualizada dos documentos do Concílio", contou.
Participam da reunião os outros membros da Comissão, o arcebispo de Salvador (BA), dom Murilo Krieger; o bispo de Amparo (SP), dom Pedro Cipolini; e bispo auxiliar do Rio De Janeiro (RJ), dom Paulo Cezar Costa. Além dos assessores, padre Luís Henrique Eloy e Silva e padre Antônio Luiz Catelan Ferreira, o Grupo Interdisciplinar de Peritos, que colabora com a Comissão na área Teológica, também está reunido no Santuário de Nossa Senhora da Piedade.
 Fonte: CNBB

O que é LITURGIA




Liturgia não é só celebração da missa dominical.

Nela estão entendidas todas as formas que a Igreja tem para celebrar o mistério cristão, todas as formas rituais que permitem vivenciar e experimentar a íntima comunhão com Deus e com os irmãos. – (doc 43 CNBB)

Para isto é de grande importância à participação ativa dos fiéis. E para promover esta ativa participação, devem-se "incentivar as aclamações do povo, as respostas, as salmodias, as antífonas e os cânticos, bem como as ações e gestos e o porte do corpo. Há seu tempo seja também guardado o silêncio sagrado".(SC 30)

Na liturgia, ação sagrada por excelência, constitui o ápice para o qual tende a ação da igreja e ao mesmo tempo a fonte de que emana a sua força vital. Mediante a liturgia, Cristo continua na sua igreja, com ela e por meio dela, a obra da nossa redenção. (CIC 1071 – 1075)

Na liturgia realiza-se a mais intima cooperação entre o Espírito Santo e a igreja. O Espírito Santo prepara a igreja para encontrar o seu Senhor; lembra e manifesta Cristo á fé da assembléia; torna presente e atualiza o mistério de Cristo; une a igreja á vida e a missão de Cristo e faz frutificar nela o dom da comunhão. (CIC 1091- 1109, 1112)


3ª Semana Tempo Comum - Quarta- feira- Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, que o programa de ação missionária de Jesus inspire o meu desejo de estar a serviço dos mais pobres, sendo para eles portador de alegria e esperança.
Primeira leitura: Hb 10,11-18
Leitura da Carta aos Hebreus

11Todo sacerdote se apresenta diariamente para celebrar o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, incapazes de apagar os pecados. 12Cristo, ao contrário, depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. 13Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés.
14De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição definitiva os que ele santifica. 15É isto que também nos atesta o Espírito Santo, porque, depois de ter dito: 16“Eis a aliança que farei com eles, depois daqueles dias”, o Senhor declara: “Pondo as minhas leis nos seus corações e inscrevendo-as na sua mente, 17não me lembrarei mais dos seus pecados, nem das suas iniquidades”. 18Ora, onde existe o perdão, já não se faz oferenda pelo pecado.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 109
          Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!
— Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!

— Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!”

— O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos;

— tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!”

— Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec!
 
 
Evangelho: Mc 4,1-20
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Marcos.
          - Glória a vós, Senhor.

         Naquele tempo, 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galileia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia.
2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3“Escu­tai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto.
8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um”. 9E Jesus dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: “A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas,12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados”.
13E lhes disse: “Vós não com­preendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem.
18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um.”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
O texto pode ser dividido, fundamentalmente, em duas partes, a parábola (vv. 1-9) e a explicação da parábola (vv. 10-20). Parece-nos razoável pensar, ainda que não tenhamos acesso ao contexto originário, que a parábola tenha sido contada para responder a uma dificuldade: Deus faz distinção de pessoas? Por que a Palavra de Deus produz frutos em uns e em outros não? Pela parábola, Deus concede sua Palavra a todos indistintamente. A profundidade da acolhida é que permitirá à Palavra de Deus produzir em nós os seus frutos. A explicação é posterior à parábola e dispensa comentários.
 
Leitura Orante
Saudação

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione) 

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? Leio atentamente: Mc 4,1-20.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Que tipo de terreno é meu coração?

3.Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardareitua Palavra, Senhor, meditando-a no coração. 

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e abrir meu coração para que seja terrreno bom e acolhedor da Palavra. 

Bênção 

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém
.
Fonte: Catequese Católica

Pacto com a Felicidade


De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi:
Eu hoje vou ser Feliz!
Vou lembrar de agradecer ao sol, pelo seu calor e luminosidade,
Sentirei que estou vivendo, respirando.
Posso desfrutar de todos os recursos da natureza gratuitamente.
Não preciso comprar o canto dos pássaros, nem o murmúrio das ondas do mar. Lembrarei de sentir a beleza das árvores, das flores, e a suavidade da brisa da tarde. Vou sorrir mais, sempre que puder.
Vou cultivar mais amizades e neutralizar as inimizades.
Não vou julgar os atos dos meus semelhantes ou companheiros,
vou aprimorar os meus.
Lembrarei de ligar para alguém para dizer que estou com saudades!
Reservarei minutos de silêncio, para ter a oportunidade de ouvir.
Não vou lamentar nem amargar as injustiças,
vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos.
Terei sempre em mente que um minuto passado, não volta mais,
Vou viver todos os minutos proveitosamente,
Não vou sofrer por antecipação prevendo futuros incertos,
Nem com atraso, lembrando de coisas sobre as quais não tenho mais ação.
Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter,
Mas em como posso ser feliz com o que possuo,
E o maior bem que possuo é a própria vida.
Vou lembrar de ler uma poesia e de ouvir uma canção,
Vou dedicá-las a alguém.
Vou fazer alguma coisa para alguém, sem esperar nada em troca,
Apenas pelo prazer de ver alguém sorrir.
Vou lembrar que existe alguém que me quer bem,
Vou dedicar uns minutos de pensamento para os que já se foram
Para que saibam que serão sempre uma doce lembrança,
até que venhamos a nos encontrar outra vez.
Vou procurar dar um pouco de alegria para alguém,
Especialmente quando sentir que a tristeza e o desânimo querem se aproximar.
E quando a noite chegar, vou olhar para o céu, para as estrelas e para o luar e Agradecer aos Anjos e a Deus, porque
Hoje Eu fui Feliz!

O mundo moderno tem muita dificuldade de ouvir


Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 


O mundo moderno tem muita dificuldade de ouvir. As pessoas falam demais. Ouvimos queixas de todos os tipos. Escutamos muitas pessoas revoltadas. Outras que jogam “pragas” o dia todo, sempre reclamando da família, do emprego, do governo, da sociedade e, infelizmente, até dos homens da Igreja.

Quem escuta o Senhor é vocacionado para ser discípulo-missionário. Só é feliz, neste vale de lágrimas, quem é feliz no seguimento e no discipulado de Jesus.

Deus, ao chamar Samuel, ouviu de sua parte o “aqui estou”. Foi necessário que o próprio Deus ensinasse a Samuel para que ele pedisse que Deus “lhe falasse, para que ele – Samuel, pudesse escutar!”. Assim acontece conosco. Muitas vezes nós estamos de prontidão. Mas não estamos dispostos, literalmente, para escutar o que o Senhor tem para falar com cada um de nós, conforme cantou o salmista: “Eis que venho, Senhor! Com prazer faço a vossa vontade”(Sl 39).

O chamado de Deus é feito pelo nome, como foi feito ao jovem Samuel e aos discípulos. Deus nos chama e conta com o testemunho e outras mediações humanas. É necessário escutar a voz de Deus e responder. Escutar muito. E fazer a vontade do Pai.

São João nos fala do chamado dos discípulos, depois que João Batista vendo Jesus passar exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus!”(Jo 1,26).

Jesus continua olhando para nós, seus filhos e suas filhas, e repetindo a pergunta: “O que estais procurando?” O que nós, hoje, como batizados procuramos? Uma religião de prosperidade ou o caminho da cruz e da ressurreição?

Nos dias de hoje o convite de Jesus é provocante: “Vinde ver”. E vendo, devemos permanecer com Jesus, encontrar o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Por isso a messe é muito grande, mas os operários são poucos. Vamos rezar, com insistência, nesta semana, para que segundo São Paulo “fugi da imoralidade”, porque o “Espírito Santo, que mora em vós”, dado por Deus nos chama a viver a santidade. Vamos nos esforçar para que possamos aprender a ouvir, a escutar o que o Senhor tem para falar para cada um de nós. Vamos nos desligar um pouco do “frenesi cibernético”. Com confiança peçamos para que o Senhor Deus conceda homens e mulheres que dispersos trabalhem pela Vinha do Senhor. Escutemos a voz do Senhor, sem tardar!

Fonte: Catequese Católica

Ano da Caridade -1

Ano da Caridade – 1Neto-padre.-250
Foi de bom alvitre que o nosso Pastor Arquidiocesano, Dom José Antonio, promulgasse o triênio preparatório ao Jubileu do Centenário da Arquidiocese de Fortaleza. 2013 – Ano da Fé, 2014 – Ano da Esperança, 2015 – Ano da Caridade. Dois Simpósios foram realizados com a participação mais de mil pessoas, e uma vasta programação do Jubileu já foi preconizada.
Estamos em um tempo de fortes transformações, em que os fundamentos maiores da vida das pessoas e povos encontram-se de tal modo abalados que se torna necessário anunciar, testemunhar e irradiar o amor de Deus, mesmo que em meio a situações sofridas e desafiadoras. Esta é uma realidade que o Documento de Aparecida indica com clareza (por exemplo, números 38, 42 e 549).
Mesmo assim, nos alegra saber que na Arquidiocese de Fortaleza, estamos vivendo, com muito denodo, um tempo de amor e caridade, dois termos que nosso idioma distingue, mas que a Escritura Sagrada identifica. O Ano da Caridade é, deste modo, um tempo mais propício para que sejam incessantemente tomadas atitudes de amor ao próximo, como consequência do amor de Deus, do amor a Deus. O Ano da Caridade torna-se um tempo para rompermos com tudo o que destrói a vida, banaliza a existência, desconsidera o ser humano e comercializa a relação com Deus e com o próximo. É um tempo que precisa ser assumido dentro de cada um de nós, através de um firme exame de consciência. É um tempo para que o grande Amor de Deus se manifeste desde os pequenos gestos até aquelas grandes atitudes.
2015 precisa ser para nós, católicos da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e dos vários municípios circunscritos na Arquidiocese, um tempo para olhar mais em direção ao irmão, sorrir, parar, escutar, acolher e socorrer. Precisa ser um tempo em que sejam capazes, principalmente com atitude, de dizer a quem quer que seja: “tua dor é minha dor”. Precisa ser um tempo em que nossas obras sociais se integram unindo forças, mostrando a capacidade de acolher mais pessoas. Precisa ser um tempo em que façamos uma grande revisão de nosso tempo, do modo como usamos o nosso tempo. Tanta correria atropela as pessoas e esmigalha a ternura. O consumismo nos desumaniza, o individualismo nos resseca, a religião comercializada nos ilude. Só o amor ao próximo, com renúncia ao olhar excessivo sobre nós mesmos, é capaz de compreender e acolher Jesus Cristo. Ele que, sendo de condição divina, não se fechou em si mesmo, mas se esvaziou até à morte de cruz. (cf Fl.2,5ss).
2015 deve ser um tempo para descobrirmos em nós os bons samaritanos do século XXI (cf. Lc 10, 29-37). Deve ser um tempo para fugirmos da tentação de querer “ser cristãos mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor “(cf. Evangelli Guadium, 27).
O Ano da Caridade vai terminar em 14 de novembro de 2015, na Festa do Jubileu do Centenário. Até lá, caminhamos com muito entusiasmo, proclamando boas novas em novos tempos, a fim de motivar a prática pessoal e comunitária da caridade. Que todos nós, nesse ano jubilar, possamos estar com o coração mais próximo do Senhor e de toda caridade e, quando for o momento, possamos ouvir dele: “vinde, estive fragilizado e me socorreste (cf. Mt. 25,31-46).
Vivamos com alegria o Ano da Caridade!

Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo

Tia Rita, intercedei por nós!

tia-rita300Hoje, dia 28,quarta feira, às 19:00 horas, na Igreja da Saúde, no Mucuripe, em Fortaleza, parentes e amigos, vamos nos reunir na celebração Eucarística do Sétimo Dia da Páscoa de RITA MARQUES, ou tia Rita, como todos a chamávamos. Mulher marcante na Caminhada dos pobres, tanto na Diocese de Crateús, como em Fortaleza, na região do Mucuripe.
Foi uma das que estiveram muito próximas de Dom Fragoso, na criação do Ninho,organização de atenção e solidariedade com as mulheres marginalizadas e vítimas da prostituição.
A firmeza, a alegria, o carinho,sempre saudando a gente com o seu beijo, pleno de ternura. Os últimos nove anos foram de muito sofrimento,com uma artrose que a paralisou completamente,sendo cuidada com zelo e amor pela filha Cândida. No último dia 22 de janeiro,aos 97 anos, recebeu o Beijo de Deus!
Convidamos a você que mora em Fortaleza a vir celebrar esse momento de ação de graças por tão forte testemunho de fé e compromisso com a vida temperada de amor.
Bença,Tia Rita! Intercedei por nós!
Por Zé Vicente, Cantor, compositor e poeta

Dia mundial da Não Violência

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)

Celebra-se hoje a data que fortalece nosso sonho de paz, o dia consagrado a renovar nossa esperança no poder da não violência, isto éda atitude e decisão de optarmos pela firmeza permanente de não usar nunca a violência contra nenhum ser humano ou criatura. Não nega os conflitos nem a agressividade da pessoa humana, mas rejeita usar a força bruta para impor a vontade sobre alguém.

Reconhece o poder da verdade e da generosidade em todos os seres humanos, como a capacidade de pactuar, negociar e dialogar; recordando que a palavra latina paz vem de pangere, que significa comprometer-se para conseguir um acordo. Enfrenta os conflitos e as injustiças com a criatividade e a cordialidade expressa de muitos modos e maneiras: a não cooperação ou boicotes (lembrar a marcha do sal na Índia), os sit-ins de Martin Luther King contra a segregação racial, os empates na Amazônia contra o desmatamento, a ocupação pacífica de lugares e ruas. Renúncia a considerar um oponente como alguém a ser eliminado ou destruído, mas quem precisa de empatia compassiva e que pode ser transformado quando atingido na sua consciência.
Alguns duvidam da sua eficácia ou pensam ilusória esta ação,no entanto quantas revoluções se perderam na espiral de uma violência interminável, que apenas trocou os opressores. A opção ética pela não violência sempre será uma decisão espiritual, nascida na féna pessoa humana, e de tratar de servir ao Deus da Paz, transparecendo na medida que nos é possível sua bondade, misericórdia e ternura.
A não violência é certamente mais que uma tática ou técnica de resolver conflitos ou mediar situações que escaparam ao controle, ela supõe um estilo e projeto de vida, gerador de cultura de paz. Hoje, quando tantas pessoas ficam apreensivas com o terrorismo jihadista, é importante ressaltar a figura emblemática de Badshah Khan, do povo dos Patham no Paquistão. Ele após ter lido o Alcorão num cárcere britânico, arregimentou 100.000 guerreiros Patham, os quais fizeram o voto de não violência contribuindo para a independência regional e constituindo o maior exército não violento sem armas. A paz é possível, a paz a gente faz, desarmando os corações e optando pela não violência evangélica, capaz de gerar um mundo novo. Deus seja louvado!
Fonte: CNBB

O rosto do terror

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)

Recentemente, fomos informados a respeito de atos terroristas ocorridos na França e na Bélgica. Não se pode, porém, esquecer atos de terror que acontecem em outras regiões do mundo.

Aos fatos ocorridos na França e na Bélgica se seguiram manifestações de emoção, dor e indignação diante do horror. Certamente é necessário se opor, criticar, denunciar tal tipo de ação.
Atos terroristas são manifestações de crueldade humana e causam indignação. Maior indignação produzem quando são expressão de não aceitação da diferença e, consequentemente, da liberdade de expressão. Onde a liberdade de expressão é ameaçada ou não existe, onde a diferença não é respeitada, ali há perigo e ali a tragédia se aproxima.
A pergunta que se impõe é: qual a origem de tamanha selvageria? As respostas podem ser variadas. Não esqueçamos os fatos do 11 de Setembro, com seus distintos desdobramentos mundo afora. Por trás dos movimentos que alimentam tais atos, está a rejeição do modo de viver ocidental, da democracia, do princípio da liberdade em suas distintas conotações, do modo de conceber as relações homem-mulher, do consumismo... O fundamentalismo que caracteriza tais movimentos se difunde através de indivíduos, de pregadores auxiliados pelas redes de comunicação social.
Os movimentos arregimentam membros, principalmente, entre emarginados e desocupados; também encontram simpatizantes onde impera o vazio espiritual, a falta de referenciais seguros, de valores. Também uma laicidade desfocada que priva o espaço público da dimensão religiosa pode cooperar no fomento de tais atos extremos. Nesse sentido, vale recordar que não se pode transcurar o auxílio sempre necessário no itinerário de integração espiritual dos indivíduos. Além disso, há de se conceder a devida atenção à base familiar, pessoal, comunitária, por vezes, marcada por uma educação deficitária e parcial.
O fundamentalismo pode assumir diferentes formas. No entanto, em sua base sempre está uma pessoa que se torna escrava de uma ideologia, de uma religião; como também, por vezes, se torna escrava da moda, do poder, do dinheiro, do conforto, do estético. Assim, a ética perde seu lugar, a simplicidade deixa de ter sua validade, o despojamento passa a ser considerado ridículo, a religião torna-se algo ultrapassado, a diversidade algo a se combater.
Atos terroristas são aberrações! Ao mesmo tempo, porém, se faz necessário um apelo à responsabilidade e ao senso do limite. Certamente, a liberdade de expressão não é sem limites e nem onipotente; ela precisa se conjugar também com a liberdade de consciência, de culto e de religião. Os direitos individuais estão entrelaçados com os direitos dos demais e com o bem comum da sociedade. A própria liberdade tem seu limite no princípio do bem comum e na convivência pacífica.
Atos terroristas atingem toda a sociedade. Ora, a sociedade deve permitir a todos viver e conviver, respeitando as diferenças. O estado seguramente é laico, mas não a sociedade. Por isso, crenças e sentimentos religiosos são respeitados e promovidos. Afinal, “a religião tem que ter um poder saudável, que sirva às dimensões humanas para o encontro com Deus e a plenitude da pessoa. Tem que ser um poder propositivo: eu ajudo”. (J. Bergoglio).
Os atos terroristas noticiados recentemente aconteceram na França e na Bélgica. No entanto, expressões da motivação dos mesmos podem ser detectadas também em outras realidades quando, por exemplo, se ridiculariza a identidade sexual de uma pessoa, se faz brincadeiras de mau gosto em relação à cor da pele de alguém, se caçoa da origem de alguém, se menospreza a fé religiosa que o individuo cultiva e sustenta, se despreza e delapida o bem público, se ignora os pobres.
Fonte: CNBB