terça-feira, 2 de abril de 2013

Papa Francisco concede Bênção Urbi et Orbi e lança apelo pela paz

Após a celebração da Missa de Páscoa, Papa Francisco assomou ao balcão central da Basílica de São Pedro para conceder a tradicional Benção Urbi et Orbi (para a cidade e o mundo), a Indulgência Plenária e os augurios de Boa Páscoa. Antes da leitura da mensagem e após conceder a Indulgência, as bandas da Guarda Suiça e das Armas italianas executaram trechos dos hinos Pontifício e da Itália.

Na mensagem Urbi et Orbi, o Santo Padre falou sobre como Jesus e sua misericórdia são a resposta a tantos desertos atravessados pelo homem hoje, apelou pela paz em todo o mundo, especialmente naquelas regiões palco de conflitos e nos convidou a sermos guardiões da criação.

Eis na íntegra a mensagem:

“Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boa Páscoa!

Que grande alegria é para mim poder dar-vos este anúncio: Cristo ressuscitou! Queria que chegasse a cada casa, a cada família e, especialmente onde há mais sofrimento, aos hospitais, às prisões... Sobretudo queria que chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou, uma esperança despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia!

Também nós, como as mulheres discípulas de Jesus que foram ao sepulcro e o encontraram vazio, nos podemos interrogar que sentido tenha este acontecimento (cf. Lc 24, 4). Que significa o fato de Jesus ter ressuscitado? Significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte; significa que o amor de Deus pode transformar a nossa vida, fazer florir aquelas parcelas de deserto que ainda existem no nosso coração.

Este mesmo amor pelo qual o Filho de Deus Se fez homem e prosseguiu até ao extremo no caminho da humildade e do dom de Si mesmo, até a morada dos mortos, ao abismo da separação de Deus, este mesmo amor misericordioso inundou de luz o corpo morto de Jesus e transfigurou-o, o fez passar à vida eterna. Jesus não voltou à vida que tinha antes, à vida terrena, mas entrou na vida gloriosa de Deus e o fez com a nossa humanidade, abrindo-nos um futuro de esperança. Eis o que é a Páscoa: é o êxodo, a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem. Porque Deus é vida, somente vida, e a sua glória é o homem vivo (cf. Ireneu, Adversus haereses, 4, 20, 5-7).

Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14).

Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.E assim, a Jesus ressuscitado que transforma a morte em vida, peçamos para mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz. Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro.

Paz para o Oriente Médio, especialmente entre israelitas e palestinos, que sentem dificuldade em encontrar a estrada da concórdia, a fim de que retomem, com coragem e disponibilidade, as negociações para pôr termo a um conflito que já dura há demasiado tempo. Paz no Iraque, para que cesse definitivamente toda a violência, e sobretudo para a amada Síria, para a sua população vítima do conflito e para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto. Já foi derramado tanto sangue… Quantos sofrimentos deverão ainda atravessar antes de se conseguir encontrar uma solução política para a crise?

Paz para a África, cenário ainda de sangrentos conflitos: no Mali, para que reencontre unidade e estabilidade; e na Nigéria, onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes, e onde não poucas pessoas, incluindo crianças, são mantidas como reféns por grupos terroristas. Paz no leste da República Democrática do Congo e na República Centro-Africana, onde muitos se vêem forçados a deixar as suas casas e vivem ainda no medo.

Paz para a Ásia, sobretudo na península coreana, para que sejam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação.

Paz para o mundo inteiro, ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis, ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família – um egoísmo que faz continuar o tráfico de pessoas, a escravatura mais extensa neste século vinte e um. Paz para todo o mundo dilacerado pela violência ligada ao narcotráfico e por uma iníqua exploração dos recursos naturais. Paz para esta nossa Terra! Jesus ressuscitado leve conforto a quem é vítima das calamidades naturais e nos torne guardiões responsáveis da criação.

Amados irmãos e irmãs, originários de Roma ou de qualquer parte do mundo, a todos vós que me ouvis, dirijo este convite do Salmo 117: «Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o seu amor. Diga a casa de Israel: É eterno o seu amor» (vv. 1-2)”.

Antes da leitura da mensagem e após conceder a Indulgência, as bandas da Guarda Suiça e das Armas italianas executaram trechos dos hinos Pontifício e da Itália.

Ao final, o Papa Francisco saudou em italiano a todos os presentes e a quantos acompanhavam a cerimônia através dos meios de comunicação, desejando que levassem as suas familias e aos países de origem “a mensagem de alegria, de esperança e de paz, que a cada ano se renova com força. O Senhor ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, seja o sustento de todos, especialmente dos mais fracos e necesitados.”

O Santo Padre também agradeceu aos produtores dos Países Baixos que doaram as ‘belíssimas flores’ que ornamentaram a Praça São Pedro e o altar.

“A todos repito com afeto – disse – Cristo resuscitado guie a todos vocês e toda a humanidade no caminho da justiça, do amor e da paz”, concluiu.

Ao final da cerimônia, os sinos da Basílica de São Pedro repicaram efusivamente, em manifestação pela alegria do Senhor ressuscitado.
Fonte: Rádio Vaticano

Ressurreição e Missão

01 / Abr / 2013 09:52
Jesus Ressuscita e confirma sua Missão. Enviado pelo Pai para anunciar o Reino, Jesus nos convida a confiar nele. Assim, a Missão do Pai e do Filho continua.O nosso envolvimento como missionários chamados e enviados tem como grande modelo Jesus Cristo. Não importam os sofrimentos, as dificuldades os desafios. Ele ressuscitou e venceu a morte!
Por isso, nós também devemos estar dispostos a entregar a nossa própria vida pelo Reino.
Com alegria e entusiasmo seguimos os passos de Jesus
Feliz Páscoa e feliz Missão !
São os votos das Pontifícias Obras Missionárias - Brasil           Fonte: POM

DOCAT


                                                                






















Depois do sucesso do YOUCAT, está em fase final de tradução o “YOUCAT – Curso para o Crisma”. Mas já está em preparação também o DOCAT. O nome é uma combinação do verbo inglês “fazer” e “Catecismo” (fazer alguma coisa). O novo instrumento descreverá, em 12 capítulos e numa linguagem jovem, a Doutrina Social da Igreja Católica e seu impacto nas áreas de trabalho, negócios, política, meio ambiente e paz.
O DOCAT terá o mesmo o design gráfico e formato do Catecismo Jovem. Segundo Bonacker Marco, colaborador do projeto, teólogo e Doutor em Ciências Sociais, “essa nova ferramenta também será baseada em perguntas e respostas, para que o jovem compreenda e se aproxime do que a Igreja ensina em sua Doutrina Social”. Para isso, recentemente um grupo de jovens foram novamente convidados para durante um fim de semana fazerem um teste sobre o que está sendo elaborado. A obra também conta com colaboração e orientação do Cardeal Arcebispo de Munique, Reinhard Marx e do especialista em assuntos sociais e político, Norbert Blüm.
Seguindo a proposta da Nova Evangelização, o DOCAT pretende recordar aos jovens que sua principal tarefa enquanto cristãos em todo o mundo é também encher de Fé, Esperança e Caridade, os espaços, que pouco foram sendo instrumentalizados, esvaziados de sentido e dignidade. Documentos como a Encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII, “Pacem in Terris” do Papa João XXIII, e outros dos papas João Paulo II e Bento XVI inspiram o novo subsídio.
A obra que será lançada pelo YOUCAT CENTER de Augsburg entre julho e outubro desse ano, é originalmente alemã. E o processo de concessão para os direitos de tradução e publicação é naturalmente lento. Sendo aprovado durante o curso do segundo semestre pelos órgãos competentes, (tanto a editora que detém os direitos autorais para a língua portuguesa, quanto a Conferência Episcopal Local), provavelmente o DOCAT chegará ao Brasil em 2014.
Fonte: CNBB



     

Uma Igreja despojada, servidora e pobre

Por Padre Geovane Saraiva*
Jesus recebeu a missão de abraçar a cruz, em total fidelidade ao pai, que percebemos com clareza na celebração da Paixão, sempre marcada por um profundo silêncio, que nos leva compreender o despojamento e o aniquilamento, dentro do mistério salvífico do Filho Deus.
Temos um Papa que nos encanta e nos emociona, ocasião oportuna para ainda termos diante dos nossos olhos o pastor da paz e da ternura, Dom Helder Câmara, que com grande sabedoria dizia que tinha pena dos empobrecidos, dos sem abrigo, e mais pena ainda, sentia dos instalados e enraizados, como se este mundo fosse morada permanente.
É o sopro do Espírito Santo através do Concílio vaticano II, iniciado com O Papa João XXIII, o Papa da bondade, agora que se transforma em realidade no Papa Francisco, levando adiante o projeto de Francisco de Assis, num espírito de total abertura e permanente esforço em favor da paz e do diálogo entre as pessoas, classes e forças vivas do planeta, que clama diante da dor, da desorganização e do gemido da sociedade, sonhando com uma Igreja repleta de esperança, uma Igreja que mostre seu verdadeiro rosto pascal.
Também somos convidados a recordar a pessoa de Dom Aloísio Lorscheider, aquele que melhor compreendeu o Concílio Vaticano II, num esforço de vivenciá-lo, numa atitude profética e corajosa sabedoria, ao afirmar: “O vaticano II faz-nos passar de uma Igreja-Instituição para uma Igreja-sociedade perfeita para uma Igreja-comunidade, inserida no mundo, a serviço do reino de Deus; de uma Igreja-poder para uma Igreja pobre, despojada, peregrina; de uma Igreja-autoridade para uma Igreja serva, servidora, ministerial; de uma Igreja piramidal para uma Igreja-povo; de uma Igreja pura e sem mancha para uma Igreja santa e pecadora, sempre necessitada de conversão, de reforma; de uma Igreja-cristandade para uma Igreja-missão, uma Igreja toda missionária”.
A Escritora Lya Luft, mesmo não sendo uma católica praticante, disse palavras belíssimas a respeito do Papa Francisco: “Mas que ninguém se engane e se iluda, ali existe uma alma terna e férrea, como precisamos todos nós na figura de um pai, e ele é o pai. Francisco, Francesco, como o gostoso som italiano, escolheu como inspiração aquele de Assis. Foi eleito para ser pai de um rebanho incontável e olha para, além disso, dirigindo uma bênção aos não crentes, coisa rara até onde sei…” (Revista Veja, p. 20. Ed. 2314).
O Servo dos Servos de Deus manteve tradição de quando era arcebispo de Buenos Aires , lavando os pés de pessoas humildes: “Quem está no ponto mais alto deve servir aos outros”, disse o Papa, ao presidir pela primeira vez como Sumo Pontífice os tradicionais ritos da Semana Santa. “Isso é um símbolo e um gesto: lavar os pés quer dizer que estou a serviço”, explicou o novo Papa a um grupo de cerca de 50 detentos de várias nacionalidades que participaram da missa.
Veja sua mensagem aos idosos em 2005, quando era Arcebispo de Buenos Aires: “Às vezes levamos os velhos ao geriatra. Guardamo-los como a um sobretudo no armário. Só faltaria colocarmos também alguma bolinhas de naftalina em seus bolsos. Mas não pode ser assim. É preciso amá-los”. Deus seja louvado porque temos um Papa completo, para o mundo hodierno, com todos os seus desafios.
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, Escritor, Membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza e vice-presidente da Previdência Sacerdotal. Pároco de Santo Afonso – geovanesaraiva@gmail.com

Assessor da Comissão para a Juventude entrega kit da JMJ ao Papa Francisco



                                                                                                              






















O assessor da Comissão para a Juventude, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, padre Carlos Sávio Ribeiro, teve um encontro com o Papa Francisco, no último dia 26 de março, no Vaticano. Na ocasião, padre Sávio entregou ao Papa um kit da Jornada Mundial da Juventude, contendo uma camisa e uma revista, produzida pelo grupo ‘Jovens Conectados’, ligado à CNBB, mostrando o trabalho que a Igreja Católica, no Brasil, realiza junto à juventude.
O padre disse ao Papa que será uma alegria recebê-lo, no mês de julho, no Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude. Ele conta que o Santo Padre manifestou alegria e disse: “Que bonito! Quero participar de tudo, com muita intensidade”. O Papa também adiantou que a revista o ajudará a entender o trabalho da Igreja junto à juventude, no Brasil. No final da conversa, o Papa abençoou o padre e disse: “Continue firme e nos veremos no Brasil”.
Para o padre Sávio, o encontro com o Papa significou renovação do compromisso sacerdotal e reforçou a opção de se dedicar ao trabalho com os jovens, no Brasil. “Participar da primeira Semana Santa do pontificado do Papa Francisco foi uma grande graça. As atitudes dele e o modo simples e atencioso para com as pessoas me comoveram bastante”, destaca. Fonte:CNBB