terça-feira, 18 de setembro de 2012

Peregrinação dos Símbolos da JMJ: um ano percorrendo o Brasil

Por Assessoria de Imprensa   
18 / Set / 2012 10:31
Levem-na ao mundo como sinal do amor do Senhor Jesus para a humanidade e anunciem a todos que somente em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção”.
Com essas palavras o Papa João Paulo II deu aos jovens de toda a Terra a missão de fazer chegar a todos os povos o Evangelho, despertando-os para o chamado à conversão, para a realidade do amor de Jesus. Como sinais desse anúncio, os jovens levam consigo uma cruz de madeira de 3,8 metros e uma imagem de Nossa Senhora Protetora do Povo Romano, pintada em estilo bizantino. Esses dois objetos foram a pbençoados pelo Papa João Paulo II – em 1984 e 2003, respectivamente – e doados aos jovens para serem levados mundo afora. Com o tempo, eles se tornaram os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sempre peregrinando pelos países que a sediam.
No Brasil, essa missão começou a ser cumprida no dia 18 de setembro de 2011, quando a Cruz – que passou a ser conhecida como Cruz dos Jovens – e a imagem de Maria – que passou a ser chamado de Ícone de Nossa Senhora – foram acolhidos com uma grande festa em São Paulo. O calor intenso naquele dia não impediu que quase 80 mil pessoas se aglomerassem no Campo de Marte para receber os Símbolos da JMJ, que desembarcaram primeiro em Brasília, vindos da Espanha.
A grande festa em São Paulo foi chamada de “Bote Fé” – um nome que se popularizou e passou a denominar simultaneamente os shows musicais realizados nas capitais para celebrar a passagem da Cruz e do Ícone, e também as etapas da peregrinação em cada diocese brasileira.
Na Arquidiocese de São Paulo, os Símbolos da JMJ permaneceram uma semana. Foram ao encontro dos jovens em diversos lugares: na catedral, em uma favela, em um abrigo de moradores de rua, na Cracolândia.
Depois da capital paulista, começou a longa peregrinação que está passando por quase todas as dioceses brasileiras. Primeiro, foi percorrido o interior do estado de São Paulo, com exceção do Vale do Paraíba. Em seguida, os Símbolos foram acolhidos em Minas Gerais, onde percorreram várias dioceses, incluindo as cidades históricas. Foi então a vez do Nordeste, onde todas as dioceses foram visitadas, começando pela Bahia e terminando no Maranhão. Em Recife, a celebração final reuniu cerca de 120 mil pessoas – numa noite de segunda-feira! – e em Fortaleza, foram 110 mil. Mas não só as capitais acolheram a Cruz e o Ícone: os jovens das cidades do sertão também puderam demonstrar sua devoção.
Depois de ir ao Nordeste, os Símbolos iniciara uma trajetória rumo ao sul, e entraram no Tocantins. Ali peregrinaram por prelazias, foram recebidos na jovem capital Palmas, e seguiram para Goiás, onde passaram por várias cidades e fizeram a tradicional romaria até o Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade. Em Brasília, um momento marcante: a Cruz e o Ícone entraram no Palácio do Planalto, o centro do poder do país. No Centro-Oeste, os Símbolos também foram ao Mato Grosso do Sul e ao Mato Grosso, onde foram acolhidos por várias comunidades indígenas.
A partir daí, recomeçou a trajetória rumo ao norte do Brasil: agora, para o coração da Amazônia. A Cruz e o Ícone foram para Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas. Se antes, a peregrinação era quase sempre feita de caminhão, agora passou a ser feita também nos barcos que navegam pelos rios Amazonas, Negro, Solimões, Madeira, Mamoré...
Neste momento em que a peregrinação completa um ano, a Cruz dos Jovens e o Ícone de Nossa Senhora estão na Prelazia de Borba, no sul do Amazonas. É a diocese de número 169 a acolhê-los. Faltam ainda cerca de uma centena – no Pará, no Amapá, em toda a Região Sul, nos países do Cone Sul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile), no Espírito Santo e ainda em regiões de São Paulo e Minas Gerais, sem falar no ultimo estado a receber os Símbolos: o Rio de Janeiro.
Nunca a peregrinação da Cruz e do Ícone foi tão longa e complexa. Cada diocese é responsável por buscar os Símbolos na diocese vizinha. Em geral, o traslado é feito por caminhão e, no começo da programação diocesana, ambos são montados e colocados em seus respectivos suportes. É preciso tomar enorme cuidado com eles, pois, apesar de grandes, são frágeis. Em São Luís e em Brasília, a Cruz e o Ícone passaram por rápidas restaurações. Mas o carinho do povo com os dois Símbolos é evidente.
Ao longo de todo o trajeto, a Cruz e o Ícone percorreram dezenas de milhares de quilômetros no interior do Brasil, atraindo multidões tanto nas grandes capitais como nos pequenos lugarejos. Foram visitadas igrejas, catedrais, escolas, universidades, hospitais, centros de detenção masculinos e femininos, centros de reabilitação de dependentes químicos, favelas, lixões, ginásios esportivos, aldeias indígenas – sem falar nas incontáveis procissões, caminhadas e carreatas que percorreram ruas, rodovias e estradas de terra.
Em cada lugar, um sem número de manifestações de fé, de amor, de devoção. Os jovens fazem festa e barulho, cantam e dançam, os idosos e crianças também não perdem a oportunidade. Todos se aglomeram e tentam tocar, quem sabe até carregar a Cruz e o Ícone. Alguns conseguem um toque rápido, mas suficiente para reavivar a fé. Outros conseguem ficar por vários minutos em meditação.
Quantos jovens não vararam a noite buscando os Símbolos na diocese vizinha, ou em vigília com eles a madrugada toda? Quantos não tiveram a oportunidade de montá-los e de carregá-los? Quantos milhares de voluntários não se mobilizaram país afora preparando toda a complexa estrutura de acolhimento – que inclui organizar o roteiro e a liturgia, divulgar e mobilizar a população, negociar com autoridades, agendar com artistas, garantir equipes de segurança e socorro médico, fazer a cobertura jornalística, etc. Quanta atenção a peregrinação não trouxe para refletir sobre a realidade juvenil tanto na Igreja quanto na sociedade com suas dificuldades e encantos?
Quantos corações não se converteram a Jesus em cada etapa dessa peregrinação? Quantos não choraram e pediram graças a Maria? Quantos não as alcançaram? Só Deus conhece essas respostas, mas podemos suspeitar que os números são altos...
Fonte: Jovens Conectados
Confira as melhores fotos da peregrinação da Cruz e do Ícone

Nomeados os membros para o Sínodo dos Bispos 2012

Por Assessoria de Imprensa   
18 / Set / 2012 10:15
O papa Bento XVI nomeou os Padres sinodais da 13ª Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar do dia 7 a 28 de outubro de 2012, com o tema, “A Nova Evangelização para a transmissão de Fé cristã”. O  Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização irá discutir a distinção teórica entre a evangelização como atividade regular da Igreja; o primeiro anúncio 'ad gentes',
aos que não conhecem ainda Jesus Cristo e a nova evangelização, que se dirige sobretudo aos que se afastaram da Igreja, às pessoas batizadas mas não suficientemente evangelizadas.Do Brasil foi convocado o bispo de Lorena (SP), dom Benedito Beni dos Santos.
Confira os demais nomes de cardeais e (arce) bispos.

Os Cardeais:
  • Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardinalício;
  • Joachim Meisner, Arcebispo de Köln (Rep. Federal da Alemanha);
  • Vinko Puljic, Arcebispo de Vrhbosna (Bosnia e Herzegovina);
  • Polycarp Pengo, Arcebispo de Dar-es-Salaam (Tanzania),
  • Presidente do Symposio das Conferências Episcopais da África de Madagascar (S.C.E.A.M.);
  • Christoph Schönborn, O.P., Arcebispo de Wien (Áustria);
  • George Pell, Arcebispo de Sydney (Austrália);
  • Josip Bozanic, Arcebispo de Zagreb (Croácia);
  • Péter Erdo, Arcebispo de Esztergom-Budapest (Hungria), Presidente do Conselho das Conferências dos Bispos Europeus (C.C.E.E.);
  • Agostino Vallini, Vigário Geral de Sua Santidade para a diocese de Roma;
  • Lluís Martínez Sistach, Arcebispo de Barcelona (Espanha);
  • André Vingt Trois, Arcebispo de Paris (França);
  • Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim (India), Secretário Geral da Federação das Conferências dos Bispos da Ásia (F.A.B.C.);

Os Bispos:
  • Francesco Moraglia, Patriarca de Veneza;
  • John Olorunfemi Onaiyekan, Arcebispo dei Abuja (Nigéria);
  • Héctor Rubén AGUER, Arcebispo de La Plata (Argentina);
  • Antonio Arregui Yarza, Arcebispo de Guayaquil (Equador), Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana;
  • John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia), Presidente da Federação das Conferências dos Bispos da Oceania (F.C.B.C.O.);
  • José Octavio Ruizarenas, Arcebispo emérito de Villavicencio, Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização;
  • José Horacio Gómez, Arcebispo de Los Angeles (Estados Unidos da América);
  • Carlos Aguiar Retes, Arcebispo de Tlalnepantla (México), Presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (C.E.L.AM.);
  • Bernard Longley, Arcebispo de Birmingham (Gran Bretanha);
  • Ricardo Antonio TOBÓN RESTREPO, Arcebispo de Medellín (Colômbia);
  • Luis Antonio G. Tagle, Arcebispo de Manila (Filipinas);
  • Filippo Santoro, Arcebispo de Taranto (Itália);
  • Javier Echevarría Rodríguez, Bispo tit. de Cilibia, Prelado da Prelatura pessoal da Opus Dei;
  • Dominique Rey, Bispo de Fréjus-Toulon (França);
  • Menghesteab Tesfamariam, M.C.C.J., Eparca de Asmara (Eritreia);
  • Benedito Beni dos Santos, Bispo de Lorena (Brasil);
  • Santiago Jaime Silva Remales, Bispo titular de Bela, Auxiliar de Valparaíso (Chile), Secretário General do Conselho Episcopal Latino-americano (C.E.L.AM.);
  • Luigi Negri, Bispo de San Marino-Montefeltro (Itália);
  • Alberto Francisco María Sanguinetti Montero, Bispo de Canelones (Uruguai);
  • Enrico Dal Covolo, S.D.B., Bispo tit. di Eraclea, Reitor Magnífico da Pontifícia Universidade Lateranense em Roma;
  • o Rev.mo Julián Carrón, Presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação;
  • os Rev.mos Padres: Renato Salvatore, M.I., Superior Geral dos Clérigos Regulares Ministros dos Enfermos (Camilianos); Heinrich Walter, Superior General dos Padres de Schönstatt; Jose Panthaplamthottiyil, C.M.I., Prior Geral dos Carmelitas da B. V. Maria Imaculada.(CAS)
Fonte: Rádio Vaticano
 

O Líbano mostrou ao mundo que cristãos e muçulmanos podem viver em paz, afirmou o Papa.

18/09 -

Em sua mensagem de despedida do aeroporto internacional "Rafiq Hariri", o Papa Bento XVI agradeceu a acolhida oferecida por fiéis e autoridades civis e religiosas libanesas, e assegurou que nestes dias onde a violência reinou no Meio Oriente, o mundo viu aos cristãos e muçulmanos libaneses "reunidos para celebrar a paz".
"O mundo árabe e o mundo inteiro terão visto, nestes momentos de confusão, os cristãos e os muçulmanos reunidos para celebrar a paz", afirmou o Papa minutos antes de partir do Líbano, aonde chegou para entregar a Exortação Apostólica Pós-sinodal Ecclesia in Medio Oriente.
O Santo Padre agradeceu "a Deus por estas ocasiões que Ele permitiu, pelos importantes encontros que pude ter, e pela oração de todos por todos os libaneses e o Meio Oriente, qualquer que seja a origem ou a confissão religiosa de cada um".
Bento XVI recordou que quando Salomão pediu que se erigisse uma casa como morada do Nome de Deus, um santuário para a eternidade, foi-lhe enviada “madeira proveniente dos cedros do Líbano”.
“O Líbano estava presente no Santuário de Deus", ressaltou Bento XVI.
"Que o Líbano de hoje, seus habitantes, possa seguir estando presente no santuário de Deus. Que o Líbano continue sendo um espaço onde os homens e as mulheres possam viver em harmonia e em paz uns com os outros para dar ao mundo, não só o testemunho da existência de Deus, primeiro tema do passado Sínodo, mas também também o da comunhão entre os homens, qualquer que seja sua sensibilidade política, comunitária ou religiosa, segundo tema do Sínodo", exortou o Papa.
O Santo Padre pediu a Deus para que este país siga vivendo em paz "e resista com valentia tudo o que possa destrui-la ou miná-la. Desejo que o Líbano siga permitindo a pluralidade das tradições religiosas, sem deixar-se levar pela voz daqueles que querem impedi-lo".
"Desejo que se fortaleça a comunhão entre todos seus habitantes, qualquer que seja sua comunidade ou sua religião, rechaçando resolutamente tudo o que possa levar à desunião e optando com determinação pela fraternidade", expressou.
O Santo Padre assegurou que "a Virgem Maria, venerada com tenra devoção pelos fiéis das confissões religiosas aqui pressente, é um modelo seguro para avançar com esperança pelo caminho de uma fraternidade vivida e autêntica".
"O Líbano entendeu bem isto ao proclamar há algum tempo o 25 de março como dia festivo, permitindo assim que todos seus habitantes vivam com mais serenidade sua unidade. Que a Virgem Maria, cujos antigos santuários são tão numerosos em seu país, siga acompanhando-lhes e inspirando-lhes ", expressou.

Fonte: acidigital

Santa Missa na TV Ceará voltará ao ar no próximo domingo dia 23 de setembro


Santa Missa200Após um período de recesso para a construção de um novo cenário, a transmissão da Santa Missa na TV Ceará voltará ao ar no próximo domingo dia 23 de setembro.
Há 38 anos no ar a Santa Missa da TV continua sendo um dos programas de maior audiência na manhã do domingo no Ceará. Produzida e organizada pelo Setor de Comunicação da Arquidiocese de Fortaleza conta com a colaboração dos bispos, 10 padres, 18 comentaristas, 16 corais e 3 fiéis colaboradores.
O novo cenário foi projetado pelo artista plástico Wanderley da Silva, experiente na arte sacra, e transporta ao ambiente de uma igreja com os seus vitrais.
O Setor de Comunicação agradece a todos os que colaboraram para que fosse possível a confecção total do cenário, que contou com a ajuda monetária de algumas regiões e paróquias.
Convidamos a todos para conferir o novo cenário participando espiritualmente da Santa Missa no próximo dia 23, às 8 horas, transmitida pela TV Ceará. O presidente será Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, Arcebispo de Fortaleza.                                   Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Encontro Nacional de formadores de seminários menores e propedêutico

seminário

Teve início no final da tarde desta segunda-feira mais um ENCONTRO NACIONAL DE FORMADORES DE SEMINÁRIOS MENORES E PROPEDÊUTICO PROMOVIDO PELA OSIB em Aparecida, SP. Confira a programação e algumas fotos do primeiro dia em http://pastoralvocacionalfor.blogspot.com.br/. Da Arquidiocese de Fortaleza estão presentes os Padres Rafhael e Roberto, Formadores do Seminário Propedêutico de Fortaleza.
Por: Pe. Rafhael

Embotamento ideológico


manfred1boletimOuve-se muito as pessoas comentar que não veem grandes diferenças nas propostas apresentadas pelos candidatos dos mais diversos partidos e coligações na atual campanha eleitoral. De certo modo isso confirma a interpretação político-ideológica de vários analistas de nossa situação presente. O que caracteriza essa conjuntura para essa corrente de pensamento é o desaparecimento da contraposição radical de posturas: estaríamos em plena feira ideológico-político-partidária, um cenário que leva a justificar alianças absurdas que se apresentam como legítimas pelos resultados que o governo tem conseguido no campo das políticas sociais.
Muitos insistem no fato fundamental de que hoje muitas famílias tenham saído da pobreza ou da miséria, tenham conseguido um emprego com todas as garantias trabalhistas e que as políticas de cotas tenham levado muitos jovens da periferia para o ensino superior.
O professor de filosofia na USP V. Safatle, por exemplo, considera nosso momento marcado por um conservadorismo que é filho bastardo do “lulismo” definido pela aliança de setores da esquerda brasileira e alas de políticos conservadores à busca de sobrevida. Essa aliança tornou possível tanto a constituição de um sistema de seguridade social até hoje inédito em nosso país quanto a ascensão econômica de grandes parcelas da população brasileira por meio, sobretudo, da ampliação do consumo.
Para Safatle, tal ascensão foi capaz de gerar um sentimento de cidadania, mas não passou pelo acesso a serviços sociais ampliados e consolidados em sua qualidade. Essa ascensão significou, além de uma importante expansão das universidades federais, poder pagar escola privada, plano de saúde privado, celular, eletrodomésticos e frequentar universidade privada. Isso significa dizer que os direitos da cidadania foram interpretados como direitos do consumidor.
Defende-se, contudo, a ideia de que essas medidas, apesar de significativas, não são capazes de romper com as raízes mais profundas das desigualdades que historicamente têm marcado nossa formação social. É nesse sentido que hoje se costuma dizer que acabou a diferença entre direita e esquerda. Aqui se pensa esquerda como postura ou movimento que luta por mudanças estruturais direcionadas para a igualdade e a justiça social e ecológica. A afirmação vai na direção de dizer que no Brasil de hoje todos se situam no centro com exceção dos pequenos partidos ideológicos que praticamente não pesam no cenário político.
Com isso ocorre, na realidade, um enorme encurtamento do horizonte da ação política o que a faz incapaz de responder ao grande desafio de nossa situação: a busca de instituições e mecanismos capazes de efetivar uma configuração nova da vida coletiva, uma sociedade em que todos os direitos sejam reconhecidos, promovidos e efetivados para todas as pessoas num mundo em que a terra tem o direito de manter-se com as energias que a fazem fonte de vida.
Nessa perspectiva, a democratização de nossa vida passa por mudanças profundas do atual sistema centralizado com reformas estruturais abrangentes que realizem o objetivo básico estabelecido na Constituição: a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Filósofo e professor da UFC. Padre da Arquidiocese de Fortaleza - manfredo.oliveira@uol.com.br
Artigo publicado no jornal O Povo, domingo, 16 de setembro de 2012: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2012/09/15/noticiasjornalopiniao,2920393/embotamento-ideologico.shtml

Primeira leitura (1º Coríntios 12,12-14.27-31a)



Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos,
12como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. 14Com efeito, o corpo não é feito de um membro apenas, mas de muitos membros.
27
Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. 28E, na Igreja, Deus pôs, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que têm o dom e a missão de ensinar; depois, outras pessoas com dons diversos, a saber: dom de milagres, dom de curas, dom para obras de misericórdia, dom de governo e direção, dom de línguas. 29Acaso todos são apóstolos? Todos são profetas? Todos ensinam? Todos realizam milagres? 30Todos têm o dom das curas? Todos falam em línguas? Todos as interpretam? 31aAspirai aos dons mais elevados.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

(Salmos 99)




— Nós somos o seu povo e seu rebanho.
R— Nós somos o seu povo e seu rebanho.


— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
  R
— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho. R
— Entrai por suas portas dando graças, e, em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei! R
— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente! R

Um Pouco de Reflexão!

O texto de hoje é caraterizado pela compaixão, pois tudo nasce de um sentimento espontâneo de Jesus como Homem, mas também como o Senhor da vida. Não é um pedido, não é exigência de fé, é o Senhor que tem compaixão dos órfãos e  faz justiça às viúvas. De repente, Ele levanta a voz para a viúva e lhe diz: “Não chores!”
O Autor da vida usa o verbo no presente do imperativo para dizer que aquela mãe deve parar de chorar, uma vez que não existirá mais motivo para esse lamento e dor. Quem tem Jesus deixa de sofrer a morte, e os sofrimentos do tempo presente não têm nada a ver com a glória que se há de revelar no final dos tempos, “quando tudo se consumar em todos”, dirá São Paulo. Portanto, trata-se de uma palavra de consolação que prepara uma intervenção, a qual evitará a causa do pranto.
“E então tendo-se adiantado, tocou o caixão. Os portadores param e Ele diz: ‘Jovem, a ti digo: levanta-te’. E ergueu-se o morto e começou a falar e Jesus o entregou à sua mãe”.
A ordem de Jesus é imperiosa e contundente. O verbo é imperativo passivo, o qual podemos traduzir por impessoal ou reflexivo. Jesus era Senhor dos mortos e estes Lhe obedecem assim como as forças da natureza. “Quem é este a quem os ventos e o mar obedecem?” O morto ergueu-se e começou a falar. O alento da vida se expressa, de novo, por meio da fala.
Jesus tomou o jovem pela mão e o levou até a mãe que não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. No ato há uma reminiscência da atitude de Elias quando, ressuscitado o filho, desceu até o andar térreo para entregá-lo à sua mãe viúva. Além de ser o Senhor da vida, Jesus atua como uma cópia de Elias, o antigo profeta, restaurador do verdadeiro culto divino a Javé entre os israelitas. Por isso, a exclamação dos presentes: “Um grande profeta há surgido! Deus visitou o seu povo!” E a fama de Jesus se espalhava por toda a parte.
Num mundo como o atual, em que a ausência do Deus criador entrega ao homem o direito de sua vida e até a faculdade de outras vidas sob seu domínio, como no caso dos fetos maternos, é bom refletir sobre este milagre de Jesus. A vida depende de quem a pode dar, não de quem a quer tirar. Destruir é fácil; porém, isso não implica direito, mas força; justiça, mas violência. O verdadeiro poder tem como base a construção do bem, da saúde e da cura. O médico cura, o criminoso mata; aí está a diferença.
Jamais Jesus destruiu um inimigo ou ameaçou um rival: “Quem soube recriminar discípulos que queriam botar fogo sobre os que não queriam hospedá-los (cf. Lc 9,54), chorou sobre Jerusalém, prevendo sua destruição (cf. Lc 19,41) e advertiu as mulheres que se compadeciam da sina fatal de seus filhos (cf. Lc 23,28)? Quem sempre usou Seu poder e Sua autoridade para fazer o bem (At 10,38)? Quem usou Sua autoridade moral para pedir perdão para os inimigos e fazer o bem aos Seus perseguidores (Lc 6, 27)? Deriva-se desta conduta uma teologia que tem como base a revolução e a luta pela justiça, a qual considera inimigos e opressores os mais favorecidos e oprimidos e com direito à retaliação os mais desprotegidos?
No episódio de hoje, vemos como Jesus atua sem ser pedido, unicamente pela Sua compaixão como ser humano. Ter piedade dos que sofrem é um exercício aprovado pela atuação de Jesus até tal ponto que opera um milagre com poderes fora do comum. Oxalá esta seja a nossa atitude perante os nossos irmãos!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Lucas 7,11-17)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo,
11Jesus dirigiu-se a uma cidade chamada Naim. Com ele iam seus discípulos e uma grande multidão. 12Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único; e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade a acompanhava. 13Ao vê-la, o Senhor sentiu compaixão para com ela e lhe disse: “Não chores!”
14
Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então, Jesus disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” 15O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: “Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo”. 17E a notícia do fato espalhou-se pela Judeia inteira e por toda a redondeza.


- Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.