segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Continuidade do Boletim Informativo da Arquidiocese de Fortaleza

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Atenção, leitores do Boletim Informativo da Arquidiocese.

No próximo ano o Boletim passará por um processo de mudança em sua publicação e envio. Todas as pessoas e instituições eclesiais que estão cadastradas no banco de dados do Secretariado de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza receberão, a partir de janeiro de 2015, o Boletim Informativo da Arquidiocese de Fortaleza por e.mail, nos seus endereços eletrônicos. Independentes desse envio, podem acessá-lo na página eletrônica da Arquidiocese.
O Boletim Informativo impresso, enviado pelo correio, ainda sairá nos três primeiros meses de 2015. A partir de abril só será impresso o Boletim se houver um bom número de assinantes: padres diocesanos ou religiosos, diáconos e agentes leigos de pastoral; casas religiosas masculinas e femininas, seminários e institutos de formação, regiões episcopais, paróquias, áreas pastorais, capelas, comunidades, reitorias e santuários; pastorais, serviços, comunidades e organismos.
O Boletim impresso, neste ano, teve um custo médio de R$ 5,00 (cinco reais) por unidade, com despesas de gráfica e correio, para uma tiragem mensal de dois mil exemplares. É um custo alto para a Arquidiocese. Com a presença dos meios eletrônicos que facilitam por demais a comunicação, é desejo do senhor arcebispo que não se faça mais o Boletim impresso a não ser que um número considerável de leitores desejem continuar recebendo e queiram arcar com suas despesas, através de assinatura anual. Isso só poderá ser definido posteriormente, conforme as respostas dos leitores.
Por isso, gostaríamos de saber quem de fato deseja receber o Boletim Informativo impresso, via correio, em sua residência. Envie-nos sua resposta, por email, por carta ou por telefone.
E.mail: secretariadodepastoral@arquidiocesedefortaleza; Via correio tradicional: Secretariado de Pastoral, Av. Dom Manuel, 339, Centro, CEP. 60060-090 Fortaleza – CE; Telefones: (85) 3388-8701; 338/8-8723; 3388-8703.
Acesse sempre a página da Arquidiocese: www.arquidiocesedefortaleza.org.br

“No Ano da Caridade, a construção da Paz.”

domjose200No Ano da Caridade, a construção da Paz.”

Iniciamos 2015 sob o sinal da Caridade na construção da Paz. Para nós na Arquidiocese de Fortaleza será este o Ano da Caridade, terceiro ano no triênio na celebração do Jubileu Centenário da Arquidiocese. Para toda a humanidade, nos votos e mensagem do Papa Francisco, a Paz se constrói com a Fraternidade, fundamento e caminho para a Paz: por isto o lema: “Já não escravos, mas irmãos”.
Em sua mensagem para a celebração do 48º Dia Mundial da Paz assim fundamenta com simplicidade direta o Papa Francisco (recomendamos sua completa leitura): “2. O tema, que escolhi para esta mensagem, inspira-se na Carta de São Paulo a Filemon; nela, o Apóstolo pede ao seu colaborador para acolher Onésimo, que antes era escravo do próprio Filemon, mas agora se tornou cristão, merecendo por isso mesmo, segundo Paulo, ser considerado um irmão. Escreve o Apóstolo dos gentios: «Ele foi afastado por breve tempo, a fim de que o recebas para sempre, não já como escravo, mas muito mais do que um escravo, como irmão querido» (Flm 15-16). Tornando-se cristão, Onésimo passou a ser irmão de Filemon. Deste modo, a conversão a Cristo, o início duma vida de discipulado em Cristo constitui um novo nascimento (cf. 2 Cor 5, 17; 1 Ped 1, 3), que regenera a fraternidade como vínculo fundante da vida familiar e alicerce da vida social.”
É da constatação de que: “Infelizmente, o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem fere gravemente a vida de comunhão e a vocação a tecer relações interpessoais marcadas pelo respeito, a justiça e a caridade.” “Infelizmente, entre a primeira criação narrada no livro do Gênesis e o novo nascimento em Cristo – que torna, os crentes, irmãos e irmãs do «primogênito de muitos irmãos» (Rom 8, 29) –, existe a realidade negativa do pecado, que interrompe tantas vezes a nossa fraternidade de criaturas e deforma continuamente a beleza e nobreza de sermos irmãos e irmãs da mesma família humana. Caim não só não suporta o seu irmão Abel, mas mata-o por inveja, cometendo o primeiro fratricídio. «O assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gen 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros».[2]”
Esta infelicidade humana tem entre tantas causas uma fundamental: “4. Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de tratá-la como um objeto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de serem sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objetos. Com a força, o engano, a coação física ou psicológica, a pessoa humana – criada à imagem e semelhança de Deus – é privada da liberdade, mercantilizada, reduzida a propriedade de alguém; é tratada como meio, e não como fim.”
E diante de tantas faces da escravidão (ainda hoje milhões de pessoas – crianças, homens e mulheres de todas as idades – são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às da escravatura) a que são submetidas por outras suas semelhantes, que são suas irmãs, a que somos todos chamados senão ao reconhecimento real da filiação comum de um único Pai, da irmandade comum no Cristo Senhor, o Filho de Deus que se fez Filho do Homem e Irmão de toda pessoa humana para nos unir em comunhão de vida e dignidade em toda a humanidade no único Amor que é o próprio Deus?
O Santo Padre o Papa Francisco convida a todos a “globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença”, com atitudes pessoais, comunitárias em gestos concretos que vão muito além de qualquer retórica: “Nesta perspectiva, desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão. Perguntemo-nos, enquanto comunidade e indivíduo, como nos sentimos interpelados quando, na vida quotidiana, nos encontramos ou lidamos com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres humanos ou, quando temos de comprar, se escolhemos produtos que poderiam razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Há alguns de nós que, por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões econômicas, fecham os olhos. Outros, pelo contrário, optam por fazer algo de positivo, comprometendo-se nas associações da sociedade civil ou praticando no dia-a-dia pequenos gestos como dirigir uma palavra, trocar um cumprimento, dizer «bom dia» ou oferecer um sorriso; estes gestos, que têm imenso valor e não nos custam nada, podem dar esperança, abrir estradas, mudar a vida a uma pessoa que tateia na invisibilidade e mudar também a nossa vida face a esta realidade.”
“Temos de reconhecer que estamos perante um fenómeno mundial que excede as competências de uma única comunidade ou nação. Para vencê-lo, é preciso uma mobilização de dimensões comparáveis às do próprio fenômeno. Por esta razão, lanço um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo,[12] o Qual Se torna visível através dos rostos inumeráveis daqueles a quem Ele mesmo chama os «meus irmãos mais pequeninos» (Mt 25, 40.45)
E neste ANO DA CARIDADE, em que nos reconhecemos “Levados pela Caridade de Cristo”(2 Cor 5, 14)reconhecemos que desde as“origens da família humana, o pecado de afastamento de Deus, da figura do pai e do irmão torna-se uma expressão da recusa da comunhão e traduz-se na cultura da servidão (cf. Gen 9, 25-27), com as consequências daí resultantes que se prolongam de geração em geração: rejeição do outro, maus-tratos às pessoas, violação da dignidade e dos direitos fundamentais, institucionalização de desigualdades. Daqui se vê a necessidade duma conversão contínua à Aliança levada à perfeição pela oblação de Cristo na cruz, confiantes de que, «onde abundou o pecado, superabundou a graça (…) por Jesus Cristo» (Rom 5, 20.21). Ele, o Filho amado (cf. Mt 3, 17), veio para revelar o amor do Pai pela humanidade. Todo aquele que escuta o Evangelho e acolhe o seu apelo à conversão, torna-se, para Jesus, «irmão, irmã e mãe» (Mt 12, 50) e, consequentemente, filho adotivo de seu Pai (cf. Ef 1, 5). No entanto, os seres humanos não se tornam cristãos, filhos do Pai e irmãos em Cristo por imposição divina, isto é, sem o exercício da liberdade pessoal, sem se converterem livremente a Cristo. Ser filho de Deus requer que primeiro se abrace o imperativo da conversão: «Convertei-vos – dizia Pedro no dia de Pentecostes – e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo» (At 2, 38). Todos aqueles que responderam com a fé e a vida àquela pregação de Pedro, entraram na fraternidade da primeira comunidade cristã (cf. 1 Ped 2, 17; At 1, 15.16; 6, 3; 15, 23): judeus e gregos, escravos e homens livres (cf. 1 Cor 12, 13; Gal 3, 28), cuja diversidade de origem e estado social não diminui a dignidade de cada um, nem exclui ninguém do povo de Deus. Por isso, a comunidade cristã é o lugar da comunhão vivida no amor entre os irmãos (cf. Rom 12, 10; 1 Tes 4, 9; Heb 13, 1; 1 Ped 1, 22; 2 Ped 1, 7). Tudo isto prova como a Boa Nova de Jesus Cristo – por meio de Quem Deus «renova todas as coisas» (Ap 21, 5)[3] – é capaz de redimir também as relações entre os homens, incluindo a relação entre um escravo e o seu senhor, pondo em evidência aquilo que ambos têm em comum: a filiação adotiva e o vínculo de fraternidade em Cristo. O próprio Jesus disse aos seus discípulos: «Já não vos chamo servos, visto que um servo não está ao corrente do que faz o seu senhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi ao meu Pai» (Jo 15, 15).
 “No Ano da Caridade, (faremos) a construção da Paz”, vivendo a nossa filiação de Deus e a nossa fraternidade com os irmãos.
 Este Novo Ano, que a bondade infinita de Deus nos dá, seja guiado pela Palavra onipotente  que se fez carne impotente e mortal para nos guiar à imortalidade.
Que brilhe a Luz que ilumina todo homem vindo a este mundo, para que seus dias sejam cheios do Amor, da Paz e da Felicidade que agora prenunciam na História a Feliz Eternidade da qual nos faz participantes o Filho de Deus feito nosso Irmão.
Começamos o Novo Ano sob a proteção da Santa Mãe de Deus, Maria, que trouxe no seio virginal o Filho do Pai Eterno – o Príncipe da Paz: nEle nós somos “Já não escravos, mas irmãos” para sempre.
Feliz e Abençoado Ano do Senhor 2015.
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

Comissão disponibiliza materiais para a CF 2015

O lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2015 será no dia 18 de fevereiro, às 10h30, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Para auxiliar na vivência e divulgação da Campanha nas dioceses, paróquias e comunidades, a Comissão Executiva da CF 2015 disponibiliza materiais para serem baixados, entre eles o cartaz, textos formativos, hino e partitura, oração e apresentações. Confira aqui. 
Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a  Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.
O texto-base utilizado para auxiliar nas atividades da CF 2015 está disponível nas Edições CNBB. O documento reflete sobre a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.
Fonte: CNBB

Sob a proteção de Maria!

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

Aos pés da Bem Aventurada Virgem Maria iniciamos mais um ano civil. Pelo calendário gregoriano estamos entrando no ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2015. Sim, nosso tempo e nosso espaço são guiados por Nosso Senhor Jesus Cristo. A Ele, imortal e invisível, devemos dar a honra e a glória por todos os dias, horas, minutos e segundos do ano inaugurado até quando formos chamados para o nosso juízo pessoal com Deus.

Nossa Senhora, seu filho Jesus, são nossos companheiros já no primeiro dia do ano para lembrarmos que estes sinais vitais de nossa fé são fundamentais, em todos os tempos do ano nascente, para celebrarmos a vida e buscarmos a paz. E como ter paz? Participando do banquete da vida, do banquete Eucarístico.
Logo, na primeira leitura a Igreja, Mãe e Mestra, lança sobre cada um de nós a bênção de Aarão: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a tua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!”(Cf. Nm 6,24-26).
São Paulo, na carta aos Gálatas, fala do tempo de Deus, que mandando o seu Filho primogênito ao mundo, nascido de Maria Virgem, segundo a Lei: “a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva”. E graças a encarnação, graças ao sim incondicional de Santa Maria Mãe de Deus, que nós herdamos o céu e temos como vocação universal a liberdade de sermos filhos e filhas de Deus e a missão imperiosa, em todos os dias de 2015, de anunciar que Jesus Cristo é o Senhor!
O Evangelho desta Solenidade fala dos Pastores. Quem eram os pastores? Eram os homens mais simples de Israel. Eles foram acorrer ao Menino, junto de sua mãe Maria e de São José. E, deram, testemunho do que viram e ouviram. Este deve ser o compromisso de todos os batizados: ver e testemunhar Jesus Cristo, glorificando e louvando a Deus por tudo o que veem e ouvem, conforme a fé vai sendo transmitida de geração em geração. E aqui um alerta se faz necessário: a transmissão da fé deve ser feita, em primeiro lugar, em nossas casas, pelos pais aos filhos, por todos os batizados aqueles e aquelas que ainda não viram e não ouviram Jesus Cristo, Rei do Universo. Nesta tarefa vai nos ajudar a presença e a intercessão de Nossa Senhora. Vamos confiar a Maria Santíssima o ano de 2015 que está começando. Com Ela, que nos aponta ao Seu Divino Filho Jesus, queremos que nossos passos sejam abençoados, que vivamos na verdade e na constância do Divino Espírito Santo, clamando que a paz divina conduza nossos passos.
A todos os meus leitores desejo-lhes, força e coragem, e que Maria nos guie nos passos do seu divino Filho, Nosso Senhor. Feliz ano novo!
 Fonte:CNBB

Construir a esperança

Dom Murilo S.R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia (BA) e Primaz do Brasil

Este ano que inicia será marcado pela fraternidade e pela paz? Saberemos, ao longo dos seus meses, corrigir os erros do passado? Poderemos ter esperança de dias melhores para todos?

Alguns se apressarão em responder: Como ter esperança, num mundo marcado por tantos problemas? Como sonhar com um mundo melhor, quando crescem a insegurança, a imoralidade e as injustiças? Como não desanimar, ao constatar que os filhos das trevas continuam demonstrando ser mais sábios que os filhos da luz?
Há os que respondem não com palavras, mas com atitudes: fecham-se em seu próprio mundo e deixam-se guiar pelo egoísmo. Outros assumem, sem restrições, um estilo de vida marcado pelo consumismo e hedonismo. Alguns não acreditam que alguma coisa possa ser modificada, e se deixam dominar pelo desânimo. Sim, há pessimistas em excesso caminhando por nossas estradas. Por onde passam, semeiam amargor e tristeza.
Mas – felizmente! – há os que acreditam na possibilidade de termos um mundo melhor, e partem para ações concretas. O que os move é a certeza de que é possível se construir, nesta terra dos homens, um mundo novo, uma nova sociedade, uma vida marcada pela solidariedade. Serão sonhadores? Sem dúvida! Quem não tiver um sonho pelo qual acredita que vale a pena viver e trabalhar, doar-se e sofrer, não merece viver.
A construção de uma nova sociedade não é missão para uns poucos. É uma obra na qual todos devem se envolver. Dizem os chineses: “Vale mais acender uma vela do que reclamar da escuridão”. Acredito que uma imensa luz poderá iluminar nossa terra e nossa gente, se as pessoas de boa vontade se unirem, participando com seus dons na construção de um mundo melhor.
Não podemos, é verdade, ignorar a marca do pecado no coração humano: isso seria ingênuo e ineficaz. Não é porque não queremos aceitar determinada realidade que ela deixa de existir. O apóstolo Paulo, conhecedor como poucos da luta que travamos diariamente contra o mal ("Sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros"), perguntou a si próprio: “Quem me libertará deste corpo de morte?” (Rm 7,23-24). Sua resposta foi indireta, mas objetiva: "Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor".
Jesus veio ao nosso encontro para nos falar de um reino em que as mais profundas aspirações do ser humano poderão realizar-se; um reino que é mais forte do que o pecado e a morte. O evangelista João, no último livro da Bíblia, faz referência a esse reino: “Vi, então, um novo céu e uma nova terra” (Ap 21,1). Temos aqui a síntese de um imenso sonho: o sonho de Deus para a vida de seus filhos e filhas. Ele deseja que vivamos num mundo em que a paz seja uma realidade cotidiana, normal e segura. Ora, os planos de Deus são sempre possíveis, porque amparados por sua Palavra e acompanhados por sua graça.
Os que não aceitam seu projeto e se entregam “a um culto detestável e a abominações” terão seus pecados caindo sobre suas próprias cabeças, segundo o profeta Ezequiel (cf. Ez 11,21). Já os que acreditam nos sonhos de Deus e aceitam participar de sua realização, seguem o seu Filho Jesus Cristo. Começa a se concretizar, então, o que o mesmo Ezequiel profetizou: “Porei no seu íntimo um espírito novo: removerei do seu corpo o coração de pedra, dar-lhes-ei um coração de carne, a fim de que andem de acordo com os meus estatutos e guardem as minhas normas e as cumpram. Então serão meu povo e eu serei o seu Deus” (Ez 11,19-20).
Aqui, na terra dos homens, vivemos o tempo da misericórdia e do perdão. Por isso, no início deste ano da graça de 2015, cada um de nós é chamado a escutar, como que dirigida a si próprio, aquela ordem que se lê numa das parábolas de Jesus Cristo: “Filho, vá trabalhar hoje na vinha” (Mt 21,28). É o Pai que nos quer ver envolvidos, cada dia, nos problemas e desafios de nosso mundo e de nosso tempo. Os que ouvirem a sua ordem e aceitarem a sua proposta se tornarão construtores da esperança.
Fonte: CNBB

Seguir a estrela que é Cristo!

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

A Solenidade da Epifania do Senhor é a manifestação de Jesus, Deus Menino, ao mundo como Redentor do gênero humano. A Epifania consiste na visita dos Reis magos, chamados de Gaspar, Belchior e Baltazar quando, vindo do oriente, seguindo a Estrela, ofereceram a Deus Menino os seus presentes: ouro, incenso e mirra.

Qual o significado destes presentes? O ouro significa a realeza. O incensa significa a divindade e a mirra significa a humanidade e o sofrimento antecipado que Ele, por obediência ao Pai, terá que passar na Cruz.
Hoje se nós fôssemos os atores do dia da Epifania, em que Jesus é apresentado como o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o que ofereceríamos a Nosso Senhor?
Creio que, devotamente, o maior presente que podemos e devemos oferecer a Jesus é a nossa vida devota, de arautos e anunciadores do Evangelho, levando com nossa vida a luz divina.
Muitos vivem hoje nas trevas: quanta violência urbana. Quanto descaso com a vida humana. Quanto desrespeito para com os idosos. Quanta indiferença para com os doentes, os desempregados, os sem teto, os que vivem à margem da sociedade do consumo e do transitório, a sociedade do virtual em detrimento ao real.
Vivemos problemas cotidianos que afetam a vida do povo, principalmente no campo da saúde. Não podemos viver numa sociedade anestesiada pela propaganda governamental em que tudo está bem. A sociedade está enferma porque perdeu o temor a Deus e o espírito de oração com sacrifício.
Jesus manifesta ao mundo a salvação. E salvar-se, trilhar o caminho do céu, é viver uma vida virtuosa, que é um caminho difícil e desafiante, que exige sacrifício e mortificação.
Vamos levar a luz de Cristo para que o mundo abandone a solidão do pecado e da morte e, iluminada pelo Senhor, busquemos os caminhos de paz, de partilha, de solidariedade a, acima de tudo, de coerência do que pregamos em viver aquilo que anunciamos.
O ano civil de 2015 requererá de todos nós muitos sacrifícios e renúncias. Vamos inicia-lo com a força da fé e oferecer o ouro do nosso coração, o incenso que eleva a nossa alma a Cristo para nos termos medas das mirras – misérias – que purificadas se tornam vasos construtores de pontes de amor, de misericórdia, de concórdia e de paz!
Fonte: CNBB

Saiba quais serão as atividades mais importantes na vida da Igreja em 2015

Vaticano / Foto: Daniel Ibañez (ACIPrensa)
Vaticano, 02 Jan. 15 / 01:26 pm (ACI/EWTN Noticias).- Um novo ano acaba de começar e com este uma série de atividades e aniversários na vida da IgrejaUniversal, que comemorou ontem, dia 1º de janeiro, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.

Em primeiro lugar é preciso destacar que o ano de 2015 está dedicado à Vida Consagrada, decisão anunciada pelo Papa Francisco em 29 de novembro de 2013 ao final do encontro com a União de Superiores Gerais, assim –informou a Rádio Vaticano-, espera-se que o Santo Padre publique uma nova Constituição Apostólica sobre a vida contemplativa depois da Sponsa Christi promulgada pelo Papa Pio XII em 1950.

O Santo Padre terá em janeiro a sua primeira viagem do ano. Os destinos serão: Sri Lanka entre os dias 12 e 15 de janeiro e as Filipinas de 15 a 19 de janeiro. Depois, em setembro, o Papa viajará à Filadélfia (Estados Unidos) para participar do Encontro Mundial das Famílias.

Além disso, em 2015, serão celebrados os 60 anos do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), que reúne 22 conferências episcopais e que foi instituído em 1955 por Pio XII.

Do mesmo modo, durante 2015 será celebrado o Bicentenário do nascimento de São João Bosco, fundador da família salesiana. Os eventos foram apresentados em uma conferência de imprensa internacional em 6 de fevereiro de 2014.

Além disso, a Igreja recordará o décimo aniversário da morte de São João Paulo II. Na Polônia, seu país natal, o Parlamento decidiu no último dia 5 de dezembro consagrar o ano de 2015 ao Papa Wojtyla.

Também acontecerá a XIV Assembleia Geral Ordinária - Sínodo da Família - que acontecerá entre os dias 4 e 25 de outubro sobre o tema "A vocação e a missão da família na Igreja e o mundo contemporâneo".

Finalmente, este ano a Igreja na Irlanda comemora 1.400 anos da morte de São Columbano, evangelizador da ilha. Para isso, os bispos e religiosos irlandeses têm previsto uma série de eventos para promover as vocações nesta nação, sob o título de “Empreende a viagem. Seja a alegria do Evangelho”.
Fonte: Acidigital

“Cada homem e cada povo têm fome e sede de paz!”, diz o Papa Francisco

Papa Francisco. Foto: Stephen Driscoll / Grupo ACI.
Vaticano, 04 Jan. 15 / 03:44 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ao presidir hoje a oração do Ângelus, o Papa Francisco alentou todos os fiéis a construírem a paz no mundo, e a não fazerem o mal nem escolherem um “silêncio cúmplice”.

O Santo Padre recordou que “São João diz no Evangelho que lemos hoje: ‘Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam’. ‘A Palavra era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, ilumina todo homem’”.

Os homens, lamentou o Papa, “falam tanto da luz, mas frequentemente preferem a tranquilidade enganadora da escuridão. Nós falamos muito da paz, mas com frequência recorremos à guerra ou escolhemos o silêncio cúmplice ou não fazemos nada concreto para construir a paz”.

“Qualquer pessoa, de fato, que faz o mal, odeia a luz. E não vem à luz para que as suas obras não sejam repreendidas. Assim diz o Evangelho de São João. O coração do homem pode rejeitar a luz e preferir as trevas, porque a luz descobre suas obras más. Quem faz o mal, odeia a luz! Quem faz o mal, odeia a paz!”.

Francisco assinalou que “começamos há poucos dias o novo ano em nome da Mãe de Deus, celebrando a Jornada Mundial da Paz sobre o tema: ‘Já não escravos, mas irmãos’. O meu desejo é que se supere a exploração do homem pelo homem”.

“Esta exploração é uma praga social que mortifica as relações interpessoais e impede uma vida de comunhão marcada pelo respeito, justiça e caridade. Cada homem e cada povo têm fome e sede de paz! Portanto, é necessário e urgente construir a paz!”.

O Papa destacou que “certamente a paz não é apenas a ausência de guerra, mas uma condição geral na qual a pessoa humana está em harmonia consigo própria, com a natureza e com os outros. Esta é a paz”.

“Entretanto, silenciar as armas e apagar os focos de guerra continua sendo a condição inevitável para dar início a um caminho que conduz à conquista da paz em seus diferentes aspectos”.

Francisco assinalou que tem o pensamento colocado “nos conflitos que ainda ensanguentam muitas regiões do planeta, nas tensões nas famílias e comunidades: em quantas famílias, em quantas comunidades também paroquiais há guerras!”.

“Assim como também nos contrastes acesos em nossas cidades, nossos países, entre grupos de diferentes estratos culturais, étnicos e religiosos. Temos de convencer-nos, apesar de todas as aparências contrárias, que a concórdia é sempre possível, em todos os níveis e em todas as situações”.

“Não há futuro sem propósitos e projetos de paz! Não há futuro sem paz!”, exclamou.

O Papa indicou que a paz é anunciada no Antigo Testamento “como dom especial de Deus no nascimento do Redentor”.

“Este dom tem que ser implorado e tem que ser recebido cada dia com compromisso, nas situações nas quais nos encontramos”.

Francisco destacou que “nos começos deste novo ano, todos nós estamos chamados a reavivar no coração um impulso de esperança, que deve traduzir-se em obras concretas da paz”.

“Você não está bem com isso? Faz a paz! Na sua casa, faz a paz! Na sua comunidade,  faz a paz! No seu trabalho, faz a paz! Obras de paz, de reconciliação e fraternidade. Cada um de nós pode cumprir gestos de fraternidade para com o próximo, especialmente com aqueles que passam por tensões familiares ou problemas de vários tipos”.

O Papa assegurou que “estes pequenos gestos têm tanto valor: podem ser sementes que dão esperança, podem abrir caminhos e perspectivas de paz”.

“Invoquemos agora a Maria, Rainha da Paz. Ela, durante sua vida terrena, conheceu não poucas dificuldades, relacionadas com o cansaço diário da existência. Mas nunca perdeu a paz do coração, fruto do abandono confiado na misericórdia de Deus. A Maria, nossa terna mãe, peçamos que indique ao mundo inteiro o caminho seguro do amor e da paz”, concluiu.

Que 2015 “seja um ano de paz”, pede o Papa Francisco

Papa Francisco. Foto: L'Osservatore Romano
Vaticano, 02 Jan. 15 / 01:34 pm (ACI/EWTN Noticias).- Nas palavras pronunciadas depois da oração do Ângelus de ontem na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, o Papa Francisco pediu que o novo ano que começa “seja um ano de paz”.

“Bom ano a todos. Que seja um ano de paz, de paz, no abraço de carinho do Senhor e com a proteção de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe”.

O Santo Padre expressou também o seu desejo de “que nunca mais existam guerras, mas sempre o desejo e empenho de paz e de fraternidade entre os povos”.

“Bom ano e, por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Bom almoço”, concluiu.

Fonte: Acidigital

Estes são os 20 novos cardeais anunciados hoje pelo Papa Francisco

Vaticano, 04 Jan. 15 / 10:51 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco anunciou hoje os nomes dos novos cardeais que criará no Consistório do próximo dia 14 de fevereiro. A relação inclui 15 cardeais eleitores com menos de 80 anos além de cinco arcebispos e bispos eméritos que conforme disse o Pontífice "se destacaram pela caridade pastoral no serviço da Santa Sé e àIgreja".  

Entre os novos Cardeais com menos de 80 anos há cinco da Europa, três da Ásia, três da América Latina, dois da África e dois da Oceania:

1 – Mons. Dominique Mamberti, Arcebispo titular de Sagona, prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica
2 – Mons. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Patriarca de Lisboa (Portugal)
3 – Mons. Berhaneyesus Demerew Souraphiel, C.M., Arcebispo de Addis Abeba (Etiópia)
4 – Mons. John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia)
5 – Mons. Edoardo Menichelli, Arcebispo de Ancona-Osimo (Itália)
6 – Mons. Pierre Nguyên V?n Nhon, Arcebispo de Hanóid (Vietnã)
7 – Mons. Alberto Suárez Inda, Arcebispo de Morelia (México)
8 – Mons. Charles Maung Bo, S.D.B., Arcebispo de Yangon (Myanmar)
9 – Mons. Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, Arcebispo de Bangkok (Tailândia)
10 – Mons. Francesco Montenegro, Arcebispo de Agrigento (Itália)
11 – Mons. Daniel Fernando Sturla Berhouet, S.D.B., Arcebispo de Montevidéu (Uruguai)
12 – Mons. Ricardo Blázquez Pérez, Arcebispo de Valladolid (Espanha)
13 – Mons. José Luis Lacunza Maestrojuán , O.A.R., Bispo de David (Panamá)
14 – Mons. Arlindo Gomes Furtado, Bispo de Santiago de Cabo Verde (Capo Verde)
15 – Mons. Soane Patita Paini Mafi, Bispo de Tonga (Ilhas de Tonga)

Os cinco arcebispos e bispos eméritos que serão criados cardeais são:

1 – Dom José de Jesús Pimiento Rodríguez, Arcebispo emérito de Manizales (Colômbia);
2- Dom Luigi De Magistris, Arcebispo de Nova, Pró-Penitencieiro Maior emérito (Itália);
3- Dom Karl-Joseph Rauber, Arcebispo de Giubalziana, Núncio Apostólico; (Alemanha)
4- Dom Luis Héctor Villalba, Arcebispo emérito de Tucumán (Argentina);
5- Dom Júlio Duarte Langa, Bispo Emérito de Xai-Xai (Moçambique).

“Rezemos pelos novos Cardeais para que renovando o seu amor a Cristo, sejam testemunhas de seu Evangelho na cidade de Roma e no mundo, e com sua experiência pastoral me apoiem mais intensamente no meu serviço apostólico”.

O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi, explicou à imprensa a eleição dos novos cardeais e recordou que em relação ao número de 120 eleitores para um eventual Conclave, consideraram-se “12 lugares ‘livres’ atualmente no Colégio ou nos próximos meses. O Papa passou um pouco deste número, mas se manteve muito perto dele, para que fosse respeitado substancialmente".

Para o Pe. Lombardi, “o critério mais evidente é o da universalidade. Entre os novos cardeais eleitores estão representados 14 países diferentes, que atualmente não contavam com um cardeal e alguns nunca o tiveram. Contando com os eméritos, os países representados são 18".

"Vemos a presença de países que nunca tiveram um cardeal (Cabo Verde, Tonga, Myanmar), de pequenas comunidades eclesiais ou em situação de minoria", explicou o porta-voz vaticano.

O cardeal mais jovem é o Bispo de Tonga, Dom Soane Mafi, de 53 anos, e o mais velho é o emérito de Manizales (Colômbia), Dom José de Jesus Pimiento, que em fevereiro fará 94 anos.
Fonte: Acidigital

Desejos da Área Pastoral São José...



Mais um capítulo lindo de sua vida  se encerra, e Deus lhe presenteia com mais 365 páginas em branco de história para você preencher. 


 Desejo que o seu Novo Ano seja um ano pleno de luz e graças, que Deus ilumine sua vida  e guie sempre no caminho do bem e da retidão. 



Que as pessoas que vivem em sua volta tenham paz e lhe tragam oportunidade para ser boa e para seguir a palavra do Senhor.



Você é uma pessoa nobre, com uma bela missão na vida. Peço a Deus que nada lhe desvie desse percurso de bondade,  humildade e caridade.



Que este novo capítulo da sua vida que começa a ser escrito neste Ano Novo, seja guiado pelas linhas que Deus traçou para você.



Fique sempre com Deus.  São os desejos sinceros da amiga de caminhada...

                         Amém...