quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

É na esperança que fomos Salvos!


O Credo ensina que "Jesus desceu à mansão dos mortos". Isso significa que, de fato, Ele morreu e que, por Sua morte por nós, venceu a morte e o diabo, o dominador da morte (Hb 2,14). São João disse que Ele veio a nós para "destruir as obras do demônio" (1 Jo 3,8). "Ele foi eliminado da terra dos vivos" (Is 53,8). "Minha carne repousará na esperança, porque não abandonarás minha alma no Hades nem permitirás que teu Santo veja a corrupção" (At 2,26-27).
Jesus morreu, mas Sua alma, embora separada de Seu corpo, ficou unida à Sua Pessoa Divina, o Verbo, e desceu à morada dos mortos para abrir as portas do céu aos justos que o haviam precedido (cf. Cat. §637). Para lá foi como Salvador, proclamando a Boa Nova aos espíritos que ali estavam aprisionados. Os Santos Padres da igreja dos primeiros séculos explicaram bem isso. São Gregório de Nissa (†340) disse: "Deus [o Filho] não impediu a morte de separar a alma do corpo, segundo a ordem necessária à natureza, mas os reuniu novamente um ao outro pela Ressurreição, a fim de ser Ele mesmo, em Sua pessoa, o ponto de encontro da morte e da vida, e tornando-se, Ele mesmo, princípio de reunião para as partes separadas” (Or. Catech. , 16: PG: 45,52B).
 São João Damasceno (†407), doutor da Igreja e patriarca de Constantinopla ensinou que: “Pelo fato de que, na morte de Cristo, a Sua alma tenha sido separada da carne, a única pessoa não foi dividida em duas pessoas, pois o corpo e alma de Jesus existiram da mesma forma desde o início na pessoa do Verbo; e na Morte, embora separados um do outro, ficaram cada um com a mesma e única pessoa do Verbo” (De fide orthodoxa, 3, 37: PG 94, 109 BA).
A Escritura chama de 'Morada dos Mortos', Inferno, Sheol ou Hades, o estado das almas privadas da visão de Deus; são todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor. Mas o destino deles não é o mesmo como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no "seio de Abraão". Jesus não desceu aos infernos (= interior) para ali libertar os condenados nem para destruir o inferno da condenação, mas para libertar os justos, diz o Catecismo (§ 633).
Assim, a Boa Nova foi anunciada também aos mortos, como fala São Pedro (1Pd 4,6). Esta descida de Jesus ao Hades é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio do Evangelho da salvação, e é a última fase da missão de Cristo, é a extensão da redenção a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares. São João disse que Cristo desceu ao seio da terra [um modo de falar], a fim de que "os mortos ouçam a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem vivam" (Jo 5,25). Assim, Jesus, "o Príncipe da vida", "destruiu  pela morte o dominador da morte, isto é, o diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte" (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado "detém a chave da morte e do Hades" (Ap 1,18), e "ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos" (Fl 2,10). Uma antiga homilia, de um autor grego desconhecido, e que a Igreja colocou na segunda leitura da Liturgia das Horas, no dia de Sábado Santo, diz:
“Um grande silêncio reina, hoje, na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se, porque Deus adormeceu na carne e foi acordar os que dormiam desde séculos. Ele vai procurar Adão, nosso primeiro Pai, a ovelha perdida. Quer visitar todos os que se assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles dos quais é filho e para os quais é Deus: Adão, acorrentado, e Eva com ele cativa. "Eu sou teu Deus e por causa de ti me tornei teu filho. Levanta-te, tu que dormes, pois não te criei para que fiques prisioneiro do Inferno: Levanta-te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos."
O Papa beato João Paulo II, falando sobre este mistério, disse: “Depois da deposição de Jesus no sepulcro, Maria é a única que permanece a ter viva a chama da fé, preparando-se para acolher o anúncio jubiloso e surpreendente da ressurreição. A espera vivida no Sábado Santo constitui um dos momentos mais altos da fé da Mãe do Senhor. Na obscuridade que envolve o universo, Ela se entrega plenamente ao Deus da vida e, recordando as palavras do Filho, espera a realização plena das promessas divinas”. (L'Osservatore Romano, ed. port. n.21, 24/05/1997, pag. 12(240).
Por Professor Felipe Aquino

Fonte: cancaonova

NAS ÁGUAS DO BATISMO





Por que Jesus foi batizado?

E o nosso batismo, o que significa?

Quando Jesus completou 30 anos. achou ter chegado a hora de revelar ao povo quem era ele. Desde menino ele morava em Nazaré e trabalhava como carpinteiro. Mas para cumprir a sua missão na Terra, precisava viajar pelas cidades de seu país. Uma das primeiras viagens que fez foi para a região do rio Jordão, onde se encontrava João Batista.

João era primo de Jesus. Seus pais chamavam-se Zacarias e Isabel; ele era seis meses mais velho que o Mestre. João nasceu por verdadeiro milagre de Deus, pois os seus pais estavam bem idosos. Ele veio ao mundo com a missão de preparar as pessoas para receber o Messias Jesus, que estava para chegar. João se tornou pregador, ou seja, falava ao povo para mudar de vida e ser mais bondoso. Também batizava as pessoas que se arrependiam de seus pecados. Era o chamado batismo de penitência.

Um dia.João avistou Jesus no meio das pessoas que queriam ser batizadas. Imediatamente reconheceu que o Mestre era o Messias esperado e lhe disse: "Eu é quem devo ser batizado por você. e não você por mim". Sabe o que o Mestre respondeu? "É vontade do meu Pai que você me batize." Depois, entrou no rio Jordão e seu primo o batizou.

Jesus era o Filho de Deus, por isso, na hora de seu barismo o céu se abriu e uma voz disse "Você é meu filho querido.Coloco todo o meu amor". Ao mesmo tempo, o Espirito de Deus em forma de pomba ficou sobrevoando a cabeça de Jesus. Para saber mais detalhes dessa história, leia na Bíblia, no evangelho de São Lucas, capitulo 3, versículos de 1a 22.

Nosso Batismo

Apesar de Jesus não ter pecado algum, quis ser batizado para nos mostrar que era solidário com a humanidade pecadora, a qual viera salvar. A voz que veio do céu e o aparecimento da pomba foram os sinais de Deus de que o Mestre tinha sido escolhido para cumprir uma missão especial: salvar não os justos, mas os pecadores. Jesus foi batizado antes de começar a ensinar ao povo as coisas de seu Pai. Só a partir dai iniciou suas viagens para anunciar o Reino de Deus.

Você também foi batizado quando bebezinho. Seus pais e padrinhos o levaram à igreja para que, através do batismo. você se tornasse filho de Deus e membro da Igreja. Por essa razão, sempre que uma criança é ba~ tizada, a família fica muito contente e convida parentes e amigos para se alegrarem com ela. Algumas até fazem festa.

Como você era muito pequeno c não tinha condições de assumir o compromisso de viver a fé todos os dias de sua vida, seus pais e padrinhos, na hora do batismo, se respon-sabilizaram por você e assumiram o compromisso em seu lugar. Mas agora que você cresceu e já entende as coisas, eles não só o ensinam a rezar em casa e a conhecer o Papai do céu. mas o incentivam a frequentar o catecismo, que é uma forma de conhecer e viver mais a religião. 

Conhecendo melhor a religião, sua fé e seu amor a Jesus vão crescendo, ajudando-o a se tornar um verdadeiro cristão. É que o compromisso assumido no batismo exige a nossa participação na vida da Igreja e nosso trabalho para que o Reino de Deus cresça e Jesus se tome conhecido entre aqueles que não o conhecem ou se afastaram dele.

Toda pessoa que é batizada se torna, também, testemunha de Jesus. Quer dizer: deve viver segundo seus ensinamentos, sendo justa, honesta, solidária, capaz de ajudar as pessoas necessitadas. Ser bom cristão é vivenciar o batismo todos os dias de nossa vida.


Fonte: Catequese Católica

Comitê Organizador Local da JMJ tira dúvidas sobre a acolhida aos peregrinos

Campanha_de_Hospedagem_JMJ_2013Faltando pouco menos de 200 dias para a peregrinação que vai reunir milhões de jovens do mundo inteiro junto ao papa Bento XVI, no Rio de Janeiro, a diretora executiva do Setor de Hospedagem da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), irmã Graça Maria, enviou, na última sexta-feira, dia 4 de janeiro, uma carta e um vídeo para todas as paróquias da arquidiocese do Rio com o objetivo de intensificar a divulgação da Campanha de Hospedagem.
A campanha “Abra seu coração. Abra sua casa” já começou pelo site da JMJ, e agora cartazes serão colocados nas paróquias. Haverá também a adesivagem dos carros e de acordo com a secretária executiva do Setor, Isadora Baptista, é mais uma maneira de expandir e alcançar o maior número de pessoas possível que possam acolher os peregrinos e não sabem como fazer.
Segundo irmã Graça Maria, para acolher os jovens não precisa de muito, apenas boa vontade e um pequeno espaço em casa. Ela afirma ainda que acolher um peregrino é muito seguro.
“O Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013 tem os dados dos documentos dos peregrinos, e dos responsáveis pelo grupo, além de informações sobre sua diocese de origem, paróquia ou movimento. Tudo passa pela organização da JMJ antes de chegar à casa da família de acolhida. O peregrino inscrito não é um desconhecido. Acolher em sua casa um peregrino é seguro”, ressaltou.
Além da acolhida ser simples, não há custo algum e não existe uma data limite para se inscrever. Após o cadastro, a família receberá a visita de responsáveis pela hospedagem, que esclarecerão as dúvidas que surgirem, dando mais informações, se necessário.
“Quanto ao tempo de permanência na casa, o acolhedor também não precisa se preocupar, porque os peregrinos não passam o dia no local de hospedagem. Eles têm uma programação intensa na Jornada. A casa de acolhida é um local para dormir e fazer higiene pessoal. Eles já trazem em sua bagagem colchonete ou saco de dormir e, portanto, é preciso oferecer apenas um espaço para que possa descansar e um banheiro para fazer sua higiene pessoal. A casa pode acolher dois, três peregrinos e até o quanto couber. Quem acolhe também não precisa se preocupar com a segurança do peregrino fora de casa. Eles serão orientados a avisarem a família caso decidam passar a noite fora de casa. Todas as orientações estarão no Manual do Peregrino. O mais importante neste momento é que os cariocas juntem-se a nós na construção da JMJ Rio2013 sendo uma família de acolhida”, destacou irmã Graça.
Dúvidas frequentes:
Por que acolher em família?
Porque colabora com a Igreja, põe em prática a hospitalidade cristã. É uma oportunidade de conhecer jovens do mundo inteiro.
O que oferecer?
Os jovens trazem na bagagem saco de dormir ou colchonete e durante o dia eles estarão em atividades da JMJ. Basta oferecer um espaço para o pernoite e higiene pessoal.
Preciso oferecer refeição?
Não. O peregrino inscrito na JMJ terá alimentação completa (café da manhã, almoço e jantar), oferecida pela própria organização da JMJ. Quando não for feita essa opção no ato da inscrição, a alimentação será de responsabilidade do próprio peregrino.
Quando hospedar?
No período de 21 a 31 de julho de 2013. Isso porque alguns peregrinos chegam antes da JMJ e/ou saem depois, por conta da disponibilidade de transporte.
Irei acolher peregrinos que não falam português?
Sim. Os laços com pessoas de outros países fazem parte da emoção de uma JMJ. Não será necessário aprender outro idioma, pois as necessidades básicas do peregrino são de fácil entendimento.
Como faço para participar?
Entre no site www.rio2013.com, acesse o menu “Participe/Seja uma Família de Acolhida” e preencha o formulário. Se você não tem acesso à internet, entre em contato pelo telefone: (21) 3177-2013. Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

"Mitos Litúrgicos”


O objetivo deste artigo é expor alguns Mitos Litúrgicos e os contrapor com a palavra oficial da Santa Igreja.  
Todas as citações utilizadas sobre disciplina litúrgica, de documentos da Santa Igreja, se aplicam à forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI (que é atualmente a forma ordinária).  
Mito 1: “Na consagração deve-se estar em pé”  
Na Consagração os fiéis devem estar de joelhos, em sinal de adoração. Quanto a isso a lei da Santa Igreja é clara em afirmar na Instrução Geral no Missal Romano (n. 43), que determina que os fiéis estejam “de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração.”
Mito 2: “A noção da Missa como Sacrifício é ultrapassada”  
Não é.  
O Sagrado Magistério da Igreja, por graça do Espírito Santo, é infalível em matéria de fé e moral (Cat., n.2035). Por isso, a fé católica não muda.  
A Santa Missa é a Renovação do Único e Eterno Sacrifício de Nosso Senhor, oferecido pelas mãos do sacerdote. Diz o Catecismo da Igreja Católica (n. 1367): “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício.”  
O Catecismo anterior, publicado pelo Papa São Pio X em 1905, afirma (n. 652-654): “A santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do sacrifício da Cruz. (…) Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta diferença e esta relação: que Jesus Cristo sobre a cruz se ofereceu derramando o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e Morte.”  
Mito 3: “É mais expressivo no altar a imagem de Jesus Ressuscitado do que de Jesus crucificado”  
Não é.  
A Instrução Geral do Missal Romano determina (n.308): “Sobre o altar ou junto dele coloca-se também uma cruz, com a imagem de Cristo crucificado, que a assembléia possa ver bem. Convém que, mesmo fora das ações litúrgicas, permaneça junto do altar uma cruz, para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor.”  
Essa cruz alude ao Santo Sacrifício de Nosso Senhor, que se renova no altar. Nosso Senhor está vivo e ressuscitado, mas a Santa Missa renova o Sacrifício.  
Mito 4: “Quem celebra a Missa não é o Padre, e sim toda a comunidade”  
A Instrução Redemptions Sacramentum (n. 42), de 2004, discorrendo sobre o Santo Sacrifício da Missa, afirma: “O Sacrifício Eucarístico não deve, portanto, ser considerado “concelebração”, no sentido unívoco do sacerdote juntamente com povo presente. Ao contrário, a Eucaristia celebrada pelos sacerdotes é um dom que supera radicalmente o poder da assembléia. A assembléia, que se reúne para a celebração da Eucaristia, necessita absolutamente de um sacerdote ordenado que a presida, para poder ser verdadeiramente uma assembléia eucarística. Por outro lado, a comunidade não é capaz de dotar-se por si só do ministro ordenado.”  
Mito 5: “A Igreja pode vir a ordenar mulheres”  
Não pode.  
O saudoso Papa João Paulo II definiu que a Santa Igreja não tem a faculdade de ordenar mulheres, quando em 1994, publicou a Carta Apostólica “Ordinatio Sacerdotalis”, que afirma explicitamente: “Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cf. Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.”  
Mito 6: “A Missa é para os fiéis”  
A Santa Missa, essencialmente, é para Deus e não para os fiéis, pois ela é a Renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor, oferecido a Deus Pai pelas mãos do sacerdote.  
Por isso, o saudoso Papa João Paulo II lamenta na sua Encíclica Ecclesia de Eucharistia (n. 10): “As vezes transparece uma compreensão muito redutiva do mistério eucarístico. Despojado do seu valor sacrifical, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesma. Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial, que se fundamenta na sucessão apostólica, fica às vezes obscurecida, e a sacramentalidade da Eucaristia é reduzida à simples eficácia do anúncio. (…)  A Eucaristia é um Dom demasiadamente grande para suportar ambiguidades e reduções.”  
Embora, como foi dito, os fiéis que participam da Santa Missa se beneficiam. Pois na Missa, Nosso Senhor “se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e Morte.” (Catecismo de São Pio X, n. 254)  
Mito 7: “Não se assiste à Missa”  
Embora os documentos da Santa Igreja utilizem TAMBÉM o termo “participar”, NÃO é errado utilizar o termo “assistir”. O próprio Papa Pio XII, na encíclica Mediador Dei, de 1947, exorta os Bispos: “Procurai, sobretudo, obter, com o vosso diligentíssimo zelo, que todos os fiéis assistam ao sacrifício eucarístico e dele recebam os mais abundantes frutos de salvação.” Também o Catecismo de São Pio X (n.391) fala em “assistir devotamente ao Santo Sacrifício da Missa.”  
O que este termo frisa é a verdade de fé de que é o sacerdote que oferece o Santo Sacrifício da Missa, e não o leigo.   Por outro lado, é evidente que o fiel precisa assistir a celebração de forma participativa (Sacrossanctum Concilium, n.14), unindo sua vida ao Mistério do Santo Sacrifício que se renova no altar.  
Mito 8: “Qualquer pessoa pode comungar”  
Não pode.  
Escreve São Paulo: “Todo aquele que comer o Pão ou beber o Cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte, cada um examine a si mesmo antes de comer desse Pão ou beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação.” (ICor 11,27-29)   O Código de Direito Canônico diz que pode comungar “qualquer batizado, não proibido pelo direito” (cânon 912) A preparação primeira necessária para receber o Corpo de Nosso Senhor é a preparação interior, ou seja: estar em estado de graça, que significa estar em ausência de pecados mortais (Cat. 1385). Tal estado nos é dado quando recebemos o Sacramento do Batismo, e, após a queda em pecado mortal, através de uma Confissão bem feita (Cat. 1264; 1468-1470). A Santa Igreja também instituiu o chamado “jejum eucarístico” (isto é, estar a uma hora antes de comungar sem ingerir alimentos, a não ser água e medicamentos necessários, como especifica o Cânon 919).  
É preocupante vermos filas para a Sagrada Comunhão tão longas, e filas para o confessionário tão pequenas…  
Mito 9: “A absolvição comunitária substitui a confissão individual”  
Não substitui.  
Diz o Catecismo da Igreja Católica (n.1483):  
“A confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário pelo qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja: somente a impossibilidade física ou moral o escusa desta forma de confissão”.  
Continua o Catecismo (n.1483):  
“Em casos de grave necessidade, pode-se recorrer à celebração comunitária da reconciliação, com confissão geral e absolvição geral. Tal necessidade grave pode ocorrer quando há perigo iminente de morte, sem que o sacerdote ou os sacerdotes tenham tempo suficiente para ouvir a confissão de cada penitente. A necessidade grave pode existir também quando, tendo em conta o número dos penitentes, não há confessores bastantes para ouvir devidamente as confissões individuais. Neste caso, para a validade da absolvição, os fiéis devem ter o propósito de confessar individualmente os seus pecados graves em tempo oportuno.
Mito 10. “A comunhão tem que ser em duas espécies”  
Não tem.  
Embora a Comunhão sob duas espécies tenha um significado simbólico expressivo (Redemptionis Sacramentum, n.100), a Santa Igreja tem a justa preocupação de evitar heresias e profanações, e por isso só permite a Comunhão sob duas espécies em casos particulares e sob rígidas determinações.  
Por isso que o Sagrado Magistério, no Concílio de Trento (séc. XVI), definiu alguns princípios dogmáticos á respeito da Comunhão Eucarística sob as duas espécies; princípios estes que foram expressamente relembrados na Redemptionis Sacramentum (n. 100). Assim definiu o Concílio de Trento (n. 930-932): “Por nenhum preceito divino [os fiéis] estão obrigados a receber o sacramento da Eucaristia sob ambas as espécies, e que, salva a fé, de nenhum modo se pode duvidar que a comunhão debaixo de uma [só] das espécies lhes baste para a salvação. (…) Nosso Redentor, como ficou dito, instituiu na última ceia este sacramento e o deu aos Apóstolos sob as duas espécies, contudo devemos confessar que debaixo de cada uma delas se recebe Cristo todo inteiro e como verdadeiro sacramento.”

Fonte: reporterdecristo

Evangelho do Dia -Lc 4,14-22a


Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu, para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano aceito da parte do Senhor". Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir". Todos testemunhavam a favor dele, maravilhados com as palavras cheias de graça que saíam de sua boca.
Leitura Orante
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Lc 4,14-22, e observo pessoas, palavras, relações, o lugar onde acontece o fato.. Jesus chegou à sinagoga de Nazaré, depois de sua prova no deserto, segundo a narração de Lucas. A cena comunica a síntese e o modelo da pregação de Jesus. De início, as pessoas ficam surpresas com o anúncio e a declaração de Jesus como Messias. "Todos começaram a elogiá-lo". !
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? Nossos pastores nos ajudam a trazer para nossa vida a Palavra que refletimos. Disseram em Aparecida: "Por isso, nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos somos portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras." (DAp 30).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com a Oração a Jesus de Nazaré Nós te adoramos como Sabedoria do Pai, Verbo encarnado, Luz do mundo. Nós cremos que foste escolhido e cumpriste a missão de levar boas notícias aos pobres, de anunciar a liberdade aos presos, de dar vista aos cegos, libertar os que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo da salvação.
Pedimos-te perdão por todos os que te rejeitaram e ainda hoje te rejeitam. Nós te acolhemos para que nos dês sabedoria em nossas palavras, em nosso trabalho, em nossa família, em nossos relacionamentos. Só tu tens Palavras de vida!
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra Meu novo olhar é de alguém que anuncia o amor de Deus. Que Deus não é uma ameaça para nós, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. - Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. - Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. - Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Fonte: paulinas