Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Papa escreve oração pela família
Algumas iniciativas de oração serão realizadas nos próximos dias em preparação à Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá 5 a 19 de outubro de 2014, com o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
No domingo, 29 de dezembro, dedicado à Sagrada Família, durante o Angelus, o papa Francisco fará uma oração especial pela família, escrita por ele. A oração será transmitida, via satélite, pelas basílicas de Loreto, na Itália, e de Nazaré, em Israel.
No mesmo dia, na basílica da Anunciação de Nazaré, o secretário geral do Sínodo, arcebispo Lorenzo Baldisseri, celebrará missa com essa intenção. No Santuário da Santa Casa de Loreto, a missa será presidida pelo delegado pontifício, arcebispo Giovanni Tonucci.
Já o presidente do Pontifício Conselho para a Família, arcebispo Vincenzo Paglia, presidirá a missa, na Sagrada Família de Barcelona, Espanha, no próximo domingo, 22 de dezembro.
Fonte: CNBB
O dia do Natal
Embora paganizado por muitos, o Natal nos oferece, a cada ano, uma extraordinária riqueza espiritual. Desvirtuado por falsas comemorações, continua sendo uma fonte de lições autênticas e bênçãos abundantes. A certeza de que um Deus entrou na história humana, para marcá-la definitivamente, não pode deixar de produzir em nós uma inabalável confiança e uma invencível vontade de viver esta história e de fazê-lo viver, em plenitude, também pelos nossos irmãos. É necessário meditar sobre o Natal, para descobrir-lhe o verdadeiro sentido e não vivê-lo em lamentável superficialidade. Graças a Deus, em numerosos lares de Fortaleza e do interior do Ceará, foi feita, neste ano de 2013, a preparação de “Natal em família”, um excelente livrinho elaborado pela CNBB do Reg. NE1.
A universalidade das comemorações do Natal é algo assombroso em um mundo descristianizado e secularizado que aparenta estar divorciado do eterno. No Natal, pessoas, mesmo que não sejam cristãs, e sejam contra essa celebração ou contestem sua importância, não conseguem ignorá-lo e, dificilmente, deixam de comprar algum presentinho ou enviar um cartão. É que, apesar do consumismo que atualmente marca a celebração, o Natal continua sendo, para cristãos e não cristãos de todas as partes do mundo, a celebração do amor, da gratuidade, da solidariedade, da alegria, da confraternização e da paz.
É preocupação de quase todos os cristãos preservar o verdadeiro sentido do Natal, não permitindo que o consumismo exagerado e o apelo comercial dessa data desvirtuem sua força espiritual e religiosa. Natal sem Jesus não é Natal. É realmente uma tragédia quando cumprimos o ritual: compramos presentes, arrumamos a casa, preparamos a festa, mas esquecemos do aniversariante! Somente uma visão cristã do Natal poderá dar aos homens o que eles desejam: um mundo que não seja somente uma exaltação do econômico, do material, mas a realização do Espírito e a concretização do plano de Deus.
Por Pe. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista.
O trono de Jesus é a cruz
Celebramos, no último domingo do mês de novembro (24/11), a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. É interessante notar que nos Evangelhos de cada Ano Litúrgico (A, B e C), os textos dão uma conotação totalmente diferente da realeza de Jesus Cristo, porquanto uma realeza que se traduz e se exerce no amor, no serviço, no perdão e no dom da vida.
Como informação: no Ano A, o Evangelista é Mateus; no Ano B é Marcos e no Ano C é Lucas. No Ano A, o evangelho que aparece nesta solenidade é Mateus, 25, 31-46; no Ano B é Jo. 18, 33b – 37 e no ANO C (este ano de 2013), Lc. 23, 35-43.
Reconstituindo brevemente cada um destes três evangelhos, que vale a pena ler para contextualizá-los em torno desta reflexão, o que vemos? Em Mt. 25, 31-46 é a cena do juízo final, o Filho do Homem se assentará em seu trono de glória, para justamente dizer quem são os benditos do Pai (os justos) e os que viveram sem compaixão, o que fizeram na vida em termos de solidariedade ou no não. O que conta mesmo, o critério decisivo é viver com compaixão, a ajuda aos que sofrem.
Em João, 18, 33.b – 37, aparece a cena de Jesus diante de Pilatos e no diálogo Jesus afirma “ se a minha realeza fosse deste mundo, os meus guardas teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus” (v.36) e quando interrogado se era Rei ele diz: “és tu que dizes que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade” (v.37). E no Evangelho deste ano, Lc. 23, 35-43, há muita zombaria com Jesus, havia um letreiro com a inscrição “Este é o rei dos judeus” (v. 38), até mesmo um dos malfeitores crucificados ao seu lado o insultava (v. 39).
Qual a ideia central destes textos, para onde eles apontam, o que inspiram em termos de poder e de vida para nós cristãos? O quadro das citações é dominado pelo tema da realeza de Jesus, mas o fundamental é como se define e se apresenta esta realeza! Nos dois últimos textos o ambiente é de proximidade imediata com a paixão e morte de Jesus Cristo e isto já é um forte indicativo de que esta realeza é despojada de todo poder dominador e controlador. Nestes textos e em toda a prática de Jesus não há qualquer sinal que identifique Jesus com poder, com autoridade, com realeza terrena.
A solenidade de Cristo Rei é um convite a repensar nossa existência e nossos valores. Diante deste “rei” despojado de tudo e pregado numa cruz, não nos parecem ridículas as nossas pretensões de honras, de glórias, de títulos, aplausos, de reconhecimentos, de palcos? Diante desse “rei”, que dá a vida por amor, não é questionável as nossas manias de grandeza, as lutas para conseguirmos mais poder, as invejas mesquinhas, as rivalidades?
Contemplar a festa de Cristo Rei do Universo remete-nos como cristãos a avaliar a nossa fé. “Este Deus crucificado não permite uma fé frívola e egoísta num Deus posto a serviço de nossos caprichos e pretensões. Este Deus nos coloca olhando para o sofrimento e o abandono de tantas vítimas de injustiça e de desgraças. Com este Deus nos encontramos quando nos aproximamos de qualquer crucificado… nós cristãos aprendemos, inclusive, a levantar nosso olhar para a cruz do senhor, desviando-o dos crucificados que estão diante de nossos olhos” (Pagola, O Caminho aberto por Jesus, Lucas, Vozes, 2012, pp. 343-344).
Vê-se, portanto que esta solenidade não esgota a sua compreensão apenas em termos de poder, mas a partir daí tem desdobramentos que infelizmente ainda não conseguimos absorver em sua totalidade, ou seja, interiorizar a lógica da realeza de Jesus através da compreensão de que o trono de Jesus é a cruz.
Pe. Almir Magalhães – é padre da Arquidiocese de Fortaleza, diretor e professor da Faculdade Católica de Fortaleza.
Ordenação Presbiteral na Catedral Metropolitana de Fortaleza
A Arquidiocese de Fortaleza realizará hoje, 23 de dezembro, às 18h30min, na Catedral Metropolitana de Fortaleza, a Celebração Eucarística na qual serão Ordenados Presbíteros pela imposição das mãos e oração consecratória de dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza, os diáconos são:
1 – Carlos Daniel Pereira
Primeira Missa no dia 25 de dezembro de 2013 – Paróquia de Parangaba, às 10 horas.
2 – Evanilson Raquel de Oliveira
Primeira Missa no dia 24 de dezembro de 2013 – Paróquia de Baturité, às 19 horas.
3 – Francisco Alexandre Alves de Andrade
Primeira Missa 24 de dezembro de 2013 – Paróquia do Jereissati I, Maracanaú, às 10 horas.
4 – Francisco das Chagas Martins
Primeira Missa no dia 26 de dezembro de 2013 – Paróquia do Carlito Pamplona, às 19 horas.
5 – Francisco dos Santos Monteiro
Primeira Missa no dia 27 de dezembro de 2013 – Capela de Lagoa de Dentro – Sucatinga, às 19 horas.
6 – José Almir Jucá Junior
Primeira Missa no dia 30 de dezembro de 2013 – Paróquia de Maracanaú, às 19 horas.
7 – Jean Fernandes Costa
Primeira Missa no dia 29 de dezembro de 2013 – Shalom da Paz – Aldeota, às 19 horas.
8 – Leonardo Donelles de Almeida
Primeira Missa no dia 25 de dezembro de 2013 – Shalom da Paz – Aldeota, às 17 horas.
Informações pelo telefone (85) 3231 4196 na Secretaria da Catedral Metropolitana.
Um Menino nos foi dado
É Natal! «Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado» (Is 9,5). Essas palavras do profeta realizaram-se no Natal do Senhor Jesus Cristo.
Recebemos como «dom» um menino. O menino nos veio da ação criadora do Espírito, que o gerou no seio puríssimo de Maria sempre virgem.
Nascendo de uma virgem pela ação do Espírito, fica claro que ele é um verdadeiro «presente» de Deus à humanidade, um presente que a humanidade jamais poderia dar-se a si mesma.
Ele veio do alto. Nasceu de uma mulher porque é plenamente humano. Mas nasceu de uma virgem para significar que sua morada entre nós supera radicalmente as nossas possibilidades ou as nossas forças e mesmo as nossas expectativas.
O mistério de Deus é grande, é por demais profundo! Nossas pobres palavras podem apenas balbuciá-lo. «Senhor, estupendas são as vossas obras! E quão profundos os vossos desígnios!» (Sl 91,6). Ele veio restaurar a criação e levá-la à plenitude do Reino de Deus. Veio libertar-nos do pecado e da morte e de todos os males e garantir-nos a vida verdadeira. Veio apontar-nos o caminho para a comunhão de vida com o próprio Deus, Trindade Santíssima, fonte de toda felicidade e paz. A verdadeira comunhão com Deus gera e sustenta em nós a autêntica comunhão com nossos semelhantes e com toda a criação.
No mistério do menino, é Deus mesmo quem visita seu povo. A celebração do Natal deve levar-nos à contemplação piedosa da extraordinária caridade manifestada no nascimento de Belém. O Todo-Poderoso se faz uma frágil e indefesa criança; o Imenso, que nada pode conter, é reclinado numa manjedoura; Aquele que com seu braço forte rege o universo inteiro é acolhido e conduzido pelas mãos humanas; o Todo se esconde no fragmento; o Invisível se mostra visivelmente; Aquele que habita uma luz inacessível coloca-se ao nosso alcance! Ele é o “rosto humano de Deus”!
Como não reconhecer que estas coisas extraordinárias aconteceram porque Deus ama «loucamente» e sem medidas a sua criatura, a cada um de nós em particular?
A contemplação do mistério de Deus, manifestado no nascimento do menino, não pode deixar-nos indiferentes. Se Deus nos ama tanto, como não amá-lo também? O amor, ensina São Paulo, é o «vínculo da perfeição» (Cl 3,14). Deus nos ama por primeiro (cf. IJo 4,19). Recebendo o seu amor em nossa vida, somos purificados e renovados para amá-Lo como convém e, n’Ele, amar nosso próximo com verdadeiro «amor-doação». O amor vence nosso orgulho e nos abre para a infinitude da Verdade, do Bem e da Beleza, o que enche de alegria nossa vida e dá sentido a nosso caminho.
Sendo mistério de caridade, o Natal deve suscitar em nós o amor que renova todas as coisas. Só no amor podemos construir, pois o amor é positivo. Ao celebrarmos o Natal, tendo os olhos fixos no Menino-Deus, podemos exclamar com as palavras de São João: «Deus é amor» (1Jo 4,8)!
É importante que celebremos com nossas comunidades esse Mistério da Encarnação para que, verdadeiramente, possamos celebrar como cristãos o Natal do Senhor! Que a nossa participação na liturgia seja consciente, piedosa e repleta de admiração pelo mistério celebrado! Que em nossa vida, aquilo que de Deus recebemos seja compartilhado com nossos irmãos! A todos um santo e feliz Natal!
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Recebemos como «dom» um menino. O menino nos veio da ação criadora do Espírito, que o gerou no seio puríssimo de Maria sempre virgem.
Nascendo de uma virgem pela ação do Espírito, fica claro que ele é um verdadeiro «presente» de Deus à humanidade, um presente que a humanidade jamais poderia dar-se a si mesma.
Ele veio do alto. Nasceu de uma mulher porque é plenamente humano. Mas nasceu de uma virgem para significar que sua morada entre nós supera radicalmente as nossas possibilidades ou as nossas forças e mesmo as nossas expectativas.
O mistério de Deus é grande, é por demais profundo! Nossas pobres palavras podem apenas balbuciá-lo. «Senhor, estupendas são as vossas obras! E quão profundos os vossos desígnios!» (Sl 91,6). Ele veio restaurar a criação e levá-la à plenitude do Reino de Deus. Veio libertar-nos do pecado e da morte e de todos os males e garantir-nos a vida verdadeira. Veio apontar-nos o caminho para a comunhão de vida com o próprio Deus, Trindade Santíssima, fonte de toda felicidade e paz. A verdadeira comunhão com Deus gera e sustenta em nós a autêntica comunhão com nossos semelhantes e com toda a criação.
No mistério do menino, é Deus mesmo quem visita seu povo. A celebração do Natal deve levar-nos à contemplação piedosa da extraordinária caridade manifestada no nascimento de Belém. O Todo-Poderoso se faz uma frágil e indefesa criança; o Imenso, que nada pode conter, é reclinado numa manjedoura; Aquele que com seu braço forte rege o universo inteiro é acolhido e conduzido pelas mãos humanas; o Todo se esconde no fragmento; o Invisível se mostra visivelmente; Aquele que habita uma luz inacessível coloca-se ao nosso alcance! Ele é o “rosto humano de Deus”!
Como não reconhecer que estas coisas extraordinárias aconteceram porque Deus ama «loucamente» e sem medidas a sua criatura, a cada um de nós em particular?
A contemplação do mistério de Deus, manifestado no nascimento do menino, não pode deixar-nos indiferentes. Se Deus nos ama tanto, como não amá-lo também? O amor, ensina São Paulo, é o «vínculo da perfeição» (Cl 3,14). Deus nos ama por primeiro (cf. IJo 4,19). Recebendo o seu amor em nossa vida, somos purificados e renovados para amá-Lo como convém e, n’Ele, amar nosso próximo com verdadeiro «amor-doação». O amor vence nosso orgulho e nos abre para a infinitude da Verdade, do Bem e da Beleza, o que enche de alegria nossa vida e dá sentido a nosso caminho.
Sendo mistério de caridade, o Natal deve suscitar em nós o amor que renova todas as coisas. Só no amor podemos construir, pois o amor é positivo. Ao celebrarmos o Natal, tendo os olhos fixos no Menino-Deus, podemos exclamar com as palavras de São João: «Deus é amor» (1Jo 4,8)!
É importante que celebremos com nossas comunidades esse Mistério da Encarnação para que, verdadeiramente, possamos celebrar como cristãos o Natal do Senhor! Que a nossa participação na liturgia seja consciente, piedosa e repleta de admiração pelo mistério celebrado! Que em nossa vida, aquilo que de Deus recebemos seja compartilhado com nossos irmãos! A todos um santo e feliz Natal!
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
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