segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Mensagem do Papa Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais

papa-escrevendo
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 47º DIA MUNDIAL
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
«Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização»
[12 de Maio de 2013]
Amados irmãos e irmãs,
Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam actualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.
Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contactos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.
O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem.
A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. «Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza» (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).
O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interacção humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo.
A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afectiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé.
A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam «escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social.
Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da acção de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no «murmúrio de uma brisa suave» (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a «luz gentil» da fé.
As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um factor de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efectiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interactivo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine» (1 Cor 13, 1).
No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem actual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contacto inicial feito on line – a importância do encontro directo, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.
Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15).
Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013.

BENEDICTUS PP. XVI

Cascavel será palco da Catequese sobre Fé para os Jovens

O Ano da Fé é o momento propício, proclamado pelo Papa Bento XVI, para reavaliarmos nosso ‘crer’ diante do sinal dos tempos. “Em que você acredita?”, essa pergunta norteará a Catequese sobre Fé para os Jovens que irá acontecer em Cascavel nos dias 29 e 30 de janeiro.
Na oportunidade haverá a presença da Capelinha do Ano da Fé, que está peregrinando pelas Regiões Episcopais da Arquidiocese. As Catequeses serão ministradas pela Luiza de Oliveira com o tema “O Credo e o Ano da Fé” e Eleni Cândido com “Os jovens em intimidade com Deus” nos dias 29 e 30 de janeiro, respectivamente, nos horários de 18h às 21h na Capela do Patronato.
Além das Catequeses durante a noite, a Juventude Mariana Vicentina de Cascavel promoverá momentos de partilha sobre o Ano da Fé, na manhã do dia 30, no Hospital da cidade. Durante a tarde a Capelinha será exposta aos alunos do Centro Educacional Juvenal de Carvalho onde Luiza de Oliveira falará sobre as temáticas da Catequese. Já na tarde do dia 31 a Capelinha será levada para a Vila de Idosos São Vicente onde haverá uma conversa sobre a oração do credo.
A Catequese sobre Fé para os Jovens é uma realização da JMV de Cascavel em parceria com a Paróquia Nossa Senhora da Conceição e faz parte da agenda de atividades prévias à Jornada Mundial da Juventude de 2013 na Arquidiocese de Fortaleza.
Catequese-G Serviço
Catequese sobre Fé para os Jovens
Data: 29 e 30 de janeiro de 2013, das 18 às 21 horas.
Local: Capela do Patronato (Rua Padre Valdevino Nogueira, 2070, Centro). Entrada gratuita.
Mais informações: 085 8559 5327 e 085 9900 1051, ou no e-mail jmvdecascavel@hotmail.com.

Bento XVI expressa proximidade espiritual aos doentes de lepra

Vaticano, 27 Jan. 13 / 02:36 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras posteriores à oração do Ângelus, o Papa Bento XVI expressou sua proximidade espiritual às pessoas que padecem lepra, por ocasião da Dia Mundial de Luta contra a Lepra.

O Santo Padre expressou sua “proximidade às pessoas que sofrem desta enfermidade e ânimo aos pesquisadores, aos agentes sanitários e aos voluntários, em particular aos que formam parte de organizações católicas e da Associação de Amigos de Raoul Follereau”.

“Invoco para todos o apoio espiritual de São Damião Veuster e da Santa Mariana Cope, que entregaram sua vida pelos doentes de lepra”, concluiu. Fonte: Acidigital

Bento XVI: A falta de fé gera crises no matrimônio

Vaticano, 26 Jan. 13 / 02:46 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em seu discurso de sábado pela manhã aos membros do Tribunal da Rota Romana, o mais alto tribunal eclesiástico da Santa Sé, o Papa Bento XVI assinalou que “a carência de fé pode ferir os bens do matrimônio: procriação, fidelidade conjugal e indissolubilidade”.

O Santo Padre sublinhou que a atual crise de fé ocasiona uma crise na união conjugal, acrescentando que o rechaço da proposta de Deus leva a um profundo desequilíbrio em todas as relações humanas.

O “acentuado subjetivismo e relativismo ético e religioso” da cultura contemporânea impõe à família “desafios urgentes”, disse o Papa.

Bento XVI lamentou que exista uma “difundida mentalidade” de que a pessoa “seja ela mesma permanecendo ‘autônoma’ e entrando em contato com o outro só mediante relacões que possam ser interrompidas em qualquer momento”.

O Papa sublinhou que “só abrindo-se à verdade de Deus é possível compreender, e realizar no concreto da vida também conjugal e familiar, a verdade do homem como filho dele, regenerado pelo Batismo”.

Ao refletir sobre a indissolubilidade do pacto matrimonial entre um homem e uma mulher, indicou que este “não requer, por fins sacramentais, a fé pessoal dos noivos”, mas o que se pede, “como condição mínima necessária é a intenção de fazer aquilo que faz a Igreja”.

Entretanto, apontou, “embora seja importante não confundir o problema da intenção com aquele da fé pessoal dos contraentes, não é possível separá-los totalmente”.

Ao recordar os três bens do matrimônio, mencionados por Santo Agostinho, procriação, fidelidade conjugal e indissolubilidade, o Papa advertiu que não se deve prescindir “da consideração de que possam apresentar-se casos nos que justamente pela ausência de fé, o bem dos cônjuges resulte comprometido e portanto excluído do consenso mesmo”.

O Santo Padre advertiu que “com estas considerações, não pretendo certamente sugerir algum fácil automatismo entre carência de fé e nulidade da união matrimonial, mas evidenciar como tal carência poderá, embora não necessariamente, ferir também os bens do matrimônio, a partir do momento em que a referência à ordem natural querida por Deus é inerente ao pacto conjugal”.

O Papa assinalou que sobre a problemática da validez do matrimônio, “sobretudo no contexto atual, será necessário promover ulteriores reflexões”.

Bento XVI também recordou aqueles Santos que viveram o matrimônio de acordo à perspectiva cristã”, obtendo assim “superar também as situações mais adversas, conseguindo às vezes a santificação do cônjuge e dos filhos com um amor sempre reforçado por uma sólida confiança em Deus”.

O Papa: antes de poder falar de Deus e com Deus temos que escutá-lo

Vaticano, 27 Jan. 13 / 02:09 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI assinalou que o Evangelho de hoje, “nos convida a perguntar-nos sobre nossa capacidade de escuta”. “Antes de poder falar de Deus e com Deus, é preciso escutá-Lo”.

O Santo Padre indicou que “a liturgia da Igreja é a ‘escola’ desta escuta do Senhor que nos fala”.

O Evangelho de hoje, indicou o Papa, “apresenta-nos Jesus que “com o poder do Espírito” ia aos sábados à sinagoga de Nazaré” onde “levantou-se para ler e encontrou uma passagem do profeta Isaías que inicia assim: “o Espírito do Senhor Deus repousa sobre mim, / porque o Senhor consagrou-me pela unção; / enviou-me a levar a boa nova aos humildes””.

“Jesus, de fato, terminada a leitura, em um silêncio cheio de atenção, disse: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir””.

O Papa assinalou que “São Cirilo de Alexandria afirma que o “hoje”, localizado entre a primeira e a última vinda de Cristo, está ligado à capacidade do crente de escutar e arrepender-se. Mas em sentido ainda mais radical, é o próprio Jesus o “hoje” da salvação na história, porque completa a plenitude da redenção. O termo “hoje”, muito querido por São Lucas, relata-nos o título cristológico preferido pelo próprio Evangelista, aquele de salvador (s?t?r). Já nos relatos da infância, esse está presente nas palavras do anjo aos pastores: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, Cristo Senhor”.

Queridos amigos, esta canção desafia “hoje” também nós. Antes de tudo nos faz pensar no nosso modo de viver o domingo: dia de repouso e da família, mas antes ainda dia de dedicar ao Senhor, participando da Eucaristia, na qual nos alimentamos do Corpo e Sangue de Cristo e da sua Palavra de vida”.

“Cada dia (kath?meran) pode se transformar no hoje salvífico, porque a salvação é história que continua para a Igreja e para cada um dos discípulos de Cristo. Este é o sentido cristão do “carpe diem”: aproveite o hoje em que Deus te chama para doar-te a salvação!”.

“A Virgem Maria seja sempre o nosso modelo e a nossa guia no saber reconhecer e acolher, a cada dia da nossa vida, a presença de Deus, Salvador nosso e de toda a humanidade”, concluiu.

Bento XVI “consternado” pela tragédia que deixou mais de 230 mortos no Brasil

Vaticano, 28 Jan. 13 / 11:40 am (ACI).- Na manhã desta segunda, 28, o Papa Bento XVI enviou ao Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Hélio Adelar Rubert, um telegrama expressando seu pesar e consternação pela tragédia ocorrida na madrugada do domingo (27) na boate Kiss ocasionando a morte de 233 jovens e a internação de centenas de outros, alguns em estado grave.

“Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontíficie pede a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados”, afirma a missiva.

“Ao mesmo tempo em que confia a Deus Pai de misericórdia os falecidos, o Santo padre pede ao céu o conforto e restabelecimento para os feridos, coragem e a consolação da esperança cristã para todos atingidos pela tragédia e envia, a quantos estão em sofrimento e ao mesmo procuram remediá-lo, uma propiciadora bênção apostólica”, conclui a nota do Santo Padre.

A mensagem é assinada pelo cardeal Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado de Sua Santidade.

O incêndio já pode ser considerado uma das maiores tragédias da história do país que este ano será sede da Jornada Mundial da Juventude que ocorre na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho.

Comissões pastorais de Juventude e universidades da CNBB de manifestam solidariedade a familiares e vítimas

Em novembro de 2012, os Símbolos da JMJ foram acolhidos na cidade de Santa Maria (RS). Foto: Jovens Conectados
BRASILIA, 28 Jan. 13 / 11:23 am (ACI).- Após o trágico incêndio que deixou mais de 230 mortos na cidade de Santa Maria (RS), na sua maioria jovens e universitários, as Comissões pastorais da Juventude e Universidades lançaram notas oficiais manifestando seu pesar e solidariedade para com as vítimas, seus familiares e amigos. Apenas poucas semanas atrás a cidade de Santa Maria acolhia os símbolos da JMJ em peregrinação pelo sul brasileiro.

“Estamos todos atônitos! Sentimentos de dor e impotência se misturam e nos deixam confusos! Justamente no ano em que a Igreja do Brasil celebra a Juventude, como foco de suas atenções com diversos acontecimentos a seu favor, presenciamos esta tragédia”, afirma a nota do setor Juventude da CNBB.

“Nós, que formamos a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, queremos dizer que estamos com vocês nesta hora em que tudo parece perder sentido e a realidade só nos mostra morte e sofrimento. Não temos palavras humanas de consolação; mas nossas convicções de fé devem encontrar espaço especial neste momento para continuar sustentando a caminhada. É o próprio Jesus quem nos diz: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas [...] Vou preparar um lugar para vós [...] a fim de que onde eu estiver estejais também vós.” (Jo 14, 1-3”).

“Há poucas semanas a juventude de Santa Maria acolheu com entusiasmo e fé a Cruz da Jornada Mundial da Juventude: ninguém podia imaginar que pouco tempo depois vocês – e nós todos do Brasil! – estariam vivendo esta incompreensível experiência de dor. Sim, a morte é e permanece um mistério, sobretudo quando atinge os projetos e sonhos de tantos jovens, a quem a Igreja tem se dedicado com esmero”.

“Esforcemo-nos por colocar esta cruz na Cruz de Cristo, e vida nova surgirá, garantida por Aquele que não nos abandonou, principalmente no momento do mistério do sofrimento e da morte! E contemplemos aos pés daquela Sagrada Cruz a presença consoladora de sua Mãe, Santa Maria! Não é para menos que o papa João Paulo II quis que o Ícone de Nossa Senhora acompanhasse a Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude! Maria, que sabe a dor da perda de um filho, console todas as famílias que acabaram de perder seus filhos e filhas”.

“Rezamos por vocês e com vocês para poderem enfrentar e superar este momento. Que este acontecimento provoque, também, em toda sociedade e na Igreja um sério questionamento, se, realmente, estamos acreditando na juventude, apostando nela e defendendo sua vida”, conclui a missiva da comissão pastoral para a Juventude.

Por sua parte, o Setor Universidades da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da CNBB, cujo bispo referencial é Dom Tarcísio Scaramussa, Auxiliar de São Paulo (SP), ao receber a notícia do acidente ocorrido com um grande número de universitários em uma boate na cidade de Santa Maria (RS) publicaram a nota a seguir:

“Eu sou a ressureição e a vida. Quem crê em mim,
ainda que tenha morrido, viverá.” (João 11, 25)

Os colaboradores do Setor Universidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunidos na cidade de Salvador, Bahia, profundamente impactados com a tragédia ocorrida na manhã deste domingo na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, Rio Grande Sul, se solidarizam com as famílias dos universitários e manifestam com carinho e oração o desejo de que recebam o conforto de Deus neste momento tão difícil”. Fonte : Acidigital

Em luto Igreja no Brasil mostra solidariedade às vítimas do incêndio em Santa Maria (RS)

Imagem: CNBB
REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jan. 13 / 11:15 am (ACI).- Após um incêndio ocorrido em uma casa noturna da cidade de Santa Maria (RS), que deixou um trágico saldo de 233 mortos e centenas de feridos, alguns deles em estado grave, bispos brasileiros e católicos de todo o país manifestaram solidariedade e proximidade espiritual às vítimas e seus familiares através de notas de imprensa, campanhas de oração e postagens nas redes sociais. A maioria das vítimas eram jovens universitários.

Segundo informou o jornal o Estado de São Paulo, uma fagulha de um show pirotécnico realizado dentro da boate Kiss entrou no sistema de exaustão causando o fogo que atingiu o teto do salão fazendo que as chamas se espalhassem rapidamente. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros gaúcho, Cel. Guido Pedroso de Melo disse ao jornal paulistano que o Plano de Prevenção de Combate a Incêndio da Kiss estava vencido desde agosto. A casa também não tinha saída de emergência: só havia um local de acesso, que funcionava como entrada e saída. Assim, afirma a nota do Estado, a existência de “uma única porta, saída não sinalizada, escuridão, fumaça, falta de orientação e pânico aumentaram a tragédia na boate Kiss”. Os bloqueios no caminho fizeram com que 90% das 233 vítimas morressem por asfixia enquanto tentavam escapar.

Durante o domingo, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos bispos do Brasil emitiu uma nota no site da entidade unido-se ao arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Hélio Adelar Rupert, manifestando solidariedade às famílias das vítimas.

Por sua parte, Dom Rupert, em nota oficial, escreveu aos fiéis: “Como Igreja de Santa Maria lastimamos este acidente e manifestamos a nossa solidariedade às famílias e a toda a sociedade. Não se perca a esperança: olhemos para Jesus Cristo, fonte da vida, o nosso Salvador. Oramos pelos falecidos e seus familiares e toda a sociedade que sofre esta tragédia”.

Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude, enviou mensagem ao arcebispo de Santa Maria, Dom Hélio Rupert, afirmando que milhares jovens cariocas realizaram uma vigília na Catedral para rezar pelos falecidos, familiares e amigos das vítimas.

“A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, a Coordenação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 e o Regional Leste 1 da CNBB rezam pelos falecidos, como pelos hospitalizados e os que estão trabalhando com afinco para minorar a dor de todos, como também pelo consolo dos amigos e familiares das vítimas”, escreveu também Dom Orani.

Por sua parte, Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo, pediu ao clero de sua Arquidiocese que celebrem missas em intenção das vítimas do incêndio. Em sua nota de pesar, expressou sua solidariedade e recordou que “a tristeza aumenta com a constatação de que a tragédia foi consequência de uma série de erros e omissões, certamente evitáveis, se tivessem sido observadas as normas de segurança prescritas”.

“Em nome da Arquidiocese de São Paulo, apresento as mais sinceras condolências aos familiares e parentes das vítimas dessa dolorosa tragédia. Elevo orações a Deus pelos jovens que perderam tão prematuramente suas vidas, por aqueles que ficaram feridos e por seus familiares, que vivem este momento com profunda dor e consternação. Rogo a Deus que os conforte!”, afirma ainda a nota de Dom Odilo.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, junto com os bispos auxiliares da diocese também manifestam solidariedade aos pais, familiares e amigos das jovens vítimas do incêndio em Santa Maria unido-se em oração ao arcebispo Hélio Adelar Rupert.
“Que Nossa Senhora da Piedade cubra com seu manto de amor os pais e familiares destes jovens, nesse momento de dor e sofrimento enchendo os corações de esperança e fé”.

No Santuário Nacional de Aparecida também recordou-se a tragédia com missas e orações. Aos pés da Imagem da Padroeira do Brasil foi colocada uma vela e a mensagem “Oremos pelos jovens de Santa Maria (RS)”, enquanto eram mostradas pelos monitores internos através da TV Aparecida, que transmitia a missa ao vivo, imagens do velório dos falecidos unindo ainda mais os peregrinos no Santuário na oração pelos falecidos e hospitalizados.

No facebook foi criado o fanpage “SANTA MARIA- Ajudando as vítimas do desastre na boate Kiss em Santa Maria”, que conta com mais de 1100 membros, onde estão sendo postados os pedidos de ajuda e manifestações de solidariedade e proximidade às vítimas e seus familiares.

Entre as manifestações nesta rede social estão postagens como as de Mary, que diz: “Mais do que nunca agora é momento de unirmos as nossas preces e suplicarmos a Deus que dê força, coragem e sabedoria a todos que estão trabalhando no resgate de vítimas e apoio aos familiares. Nosso pensamento está com vocês. Força e coragem!”.

Já a usuário Ivana escrevia: “oremos, oração é um dos melhores presentes que podemos dar a alguém, pois ninguém melhor que Deus para fazer algo por estas famílias!”

Já o twitter da Jornada Mundial da Juventude 2013 (@jmj_pt) dizia ontem às 19h “Rezemos pelas vítimas de #SantaMaria e por seus familiares” e “JMJ Rio2013: Unidos em oração e solidariedade pela tragédia em Santa Maria http://po.st/EFNORi

Já a conta da Arquidiocese do Rio (@ARQRIO), sede da próxima JMJ dizia:

“Multidão reza pelas vítimas de Santa Maria na Santa Missa http://instagr.am/p/U_0k6bgOG7/  http://fb.me/GNXOpxt8