domingo, 16 de setembro de 2012

O Papa no Oriente Médio será exemplo para a comunidade internacional

16/0

O sacerdote jesuíta italiano Paolo Dall'Oglio, expulso da Síria em junho por promover manifestações pacíficas a favor da reconciliação do país, considerou que a viagem do Papa Bento XVI ao Oriente Médio será um luminoso exemplo de compromisso com a paz para toda a comunidade internacional.
Através de um comunicado assinado no dia 11 de setembro, o Pe. Dall’Oglio expressou que, ante a situação na Síria, confia em que o exemplo e a presença do Papa suponha "um ponto decisivo na construção de uma sociedade civil governada segundo a justiça e a harmonia de todos seus componentes sociais, cristãos e muçulmanos".
Além disso, o Pe. Dall’Oglio promove desde Roma a Semana pela Solidariedade, que consiste em orar pelos frutos da viagem que o Papa Bento XVI realizará ao Líbano, do 14 ao 16 de setembro.
Na nota, escrita com a colaboração de um grupo de cristãos e muçulmanos e a coalizão Religions for Peace (Religiões pela Paz), o sacerdote expressou também, seus desejos de que o povo libanês faça uma adesão ao Santo Padre no seu chamado à liberdade e ao respeito para a vida da população civil na Síria.
"Confiamos em que esta viagem represente um ponto de referência luminoso sobre o sentimento que o povo do Oriente Médio tem para a realização das suas justas aspirações de liberdade e dignidade", particularizou.
Conforme denunciou o presbítero, que está há mais de 30 anos intercedendo pela paz na Síria, "a destruição do país está acontecendo com a cumplicidade internacional e pela omissão culposa de todos, que ao invés de levar a uma possível paz, acarretará consequências horríveis e divisórias que se estenderiam com grande alcance e sem exceção tanto aos países mais próximos como aos mais longínquos".
Nesta linha, indicou que o governo sírio durante a visita "tentará, com efeito, apropriar-se de frases evangélicas e chamadas à reconciliação para justificar as mentiras do regime e oferece-las aos países de maioria cristã".
Estes pronunciamentos, serão utilizados "como pretextos para continuar deixando de exercer suas responsabilidades e dar ao regime a possibilidade de derramar ainda mais sangue na Síria", consideraram.
O Pe. Dall’Oglio recordou que o povo sírio é "vítima da violência e da repressão do regime".
"Desgraçadamente, há alguns atores no conflito que pertencem a todos os componentes da sociedade síria e que continuam defendendo, embora a níveis diversos, o regime genocida sírio, e vivem uma situação de medo, submissão e cumplicidade", acrescentou.
Finalmente, recordou que a visita do Papa acontece em um momento decisivo do processo de transformação da nação síria, e mostrou seu desejo de que este ato de presença alente a todos os entes internacionais a que se pronunciem de maneira decisiva em relação aos direitos do povo sírio e de sua luta pela dignidade e a liberdade.

Fonte: acidigital

Primeiro-ministro libanês, Najib Miqati, define a visita do Papa histórica

16/09 -

“Uma visita histórica”: assim o Primeiro-Ministro libanês, Najib Miqati, define a viagem de Bento XVI ao País dos Cedros. Numa entrevista a Aki- Adnkronos, o premiê afirma que o Papa “renova um ato de confiança ao país, que foi e continuará sendo um ponto de encontro e de integração entre as civilizações e as culturas e um modelo luminoso de convivência entre muçulmanos e cristãos”.
“Todos os libaneses cristãos e muçulmanos – continua – esperam a chegada do Papa confiantes de que esta visita será portadora de bem e será o início de uma verdadeira colaboração entre os povos de todos os países do Oriente Médio aos quais Bento XVI endereça a sua Exortação Apostólica pós-sinodal, que dará a eles esperança em um futuro melhor”.
“Somente uma paz justa, duradoura e total é o caminho para a estabilidade e a segurança”, destacou Miqati, colocando em evidência que “quem conhece as posições do Papa sabe que esses princípios sempre estiveram no centro de suas orações pela paz no Oriente Médio e no mundo”.
O primeiro-ministro recordou então o encontro ocorrido com o Papa no Vaticano, sublinhando ter “percebido na Sua Santidade um grande desejo de consolidar a presença cristã no Líbano e na região”. “A visita do Pontífice – conclui o premiê libanês – é a vista de um mensageiro de paz que sabe quanto sofre essa região”.

Fonte: comshalom

Primeira leitura (Isaías 50, 5-9a)


24º Domingo Comum


Leitura do Livro do profeta Isaías:
5
O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás.
6
Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas.
7
Mas, o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
8
A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se.
9a
Sim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

Segunda leitura (Tiago 2,14-18)




Leitura da Carta de São Tiago:
14
Meus irmãos: que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo?
15
Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos”, e: “Comei à vontade”, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso?
17
Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta.
18
Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática!” Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras!


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

(Salmos 114)




— Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

  R-Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

— Eu amo o Senhor, porque ouve/ o grito da minha oração./ Inclinou para mim seu ouvido,/ no dia em que eu o invoquei.

— Prendiam-me as cordas da morte,/ apertavam-me os laços do abismo;/ invadiam-me angústia e tristeza;/ eu então invoquei o Senhor:/ “Salvai, ó Senhor, minha vida!”
— O Senhor é justiça e bondade,/ nosso Deus é amor-compaixão./ É o Senhor quem defende os humildes;/ eu estava oprimido e salvou-me.
— Libertou minha vida da morte,/ enxugou de meus lábios o pranto/ e livrou os meus pés do tropeço./ Andarei na presença de Deus,/ junto a ele na terra dos vivos.

Um Pouco de Reflexão!

Estamos, hoje, exatamente no “coração” do Evangelho de Marcos. Novamente,  aparece o tema da identidade de Jesus: Cristo, o Filho de Deus. Ele tem uma identidade rica e misteriosa, que, desde o início ao fim, o evangelista quer revelar, gradualmente, a todos nós.
O texto de hoje, no capítulo oito, contém a resposta radiante de Pedro que se destaca das opiniões correntes entre as pessoas. As grandes figuras religiosas do passado são superadas, visto que Jesus de Nazaré é o Messias, o Cristo. Na sua simplicidade e brevidade, Marcos condensa a revelação do Mestre nas palavras de Pedro: «Tu és o Messias».
Para Marcos, Jesus entrou numa etapa nova: deixa as multidões da Galileia para dedicar mais tempo à formação dos Seus discípulos e começa com a revelação da Sua dupla identidade de Messias e de Servo sofredor. Duas realidades inalcançáveis pela mente humana por si mesma.
Pedro, com dificuldade, consegue colher a verdade de Jesus Messias-Cristo, mas tropeça totalmente na realidade do Messias-Servo que “devia sofrer muito… ser morto e ressuscitar”. O discípulo se arma, inclusive, em “mestre” de Jesus, repreende-o por aquele tipo de discurso, a ponto de Jesus o censurar duramente, convidando-o a tomar o lugar que lhe compete atrás de Jesus: o discípulo caminha atrás do Mestre, segue os Seus passos.
Sobre o tema do sofrimento e da cruz, Pedro é prisioneiro da mentalidade corrente, pensa “segundo os homens”; só mais tarde, quando vier o Espírito, chegará a pensar “segundo Deus”.
“Tu não compreendes segundo Deus, mas segundo os homens”: é a advertência severa de Jesus a Pedro e aos discípulos de então e de todos os tempos. Uma advertência que petrifica qualquer forma de religiosidade acomodada e retórica. Um convite desconcertante a percorrer o caminho estreito da humildade e da austeridade: deixar de pensar apenas em si mesmo, tornar-se responsável pelos outros, partilhar a opção de Jesus que aceitou – por amor – a própria morte, para que todos “tenham a vida em abundância” (Jo 10,10).
Nós somos chamados ao discipulado e à missão. Mas isso só será possível se, como Pedro, reconhecermos e compreendermos a verdadeira identidade de Jesus. Ele nos propõe as “coisas de Deus”, a comunicação da vida sem limites. Não podemos nos ater às “coisas dos homens” à exemplo de Pedro, à preservação do poder e à paz da ordem iníqua estabelecida.
Jesus está nos chamando e nos apresentando a proposta de Seu seguimento. A vida de cada um, ao ser doada em comunhão com outras vidas em ações concretas nos alcançará a salvação, isto é, se insere e permanece no seio de Deus, na eternidade.
Senhor Jesus, revela-me sempre mais Sua face de Messias-Servo, para que eu não me engane no caminho do Seu seguimento.
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Marcos 8,27-35)

24º Domingo Comum— O Senhor esteja convosco.

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo,
27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”
28
Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”.
29
Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.
30
Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito.
31
Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias.
32
Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo.
33
Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”.
34
Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.