domingo, 23 de dezembro de 2012

Bento XVI participa de terceira pregação do Advento


O Papa Bento XVI participou na manhã desta sexta-feira, 21, da terceira pregação do Advento, na Capela Redemtoris Mater. Depois de refletir sobre a graça do Ano da Fé e sobre o aniversário do Concílio Vaticano II, a última meditação do Advento foi dedicada ao terceiro grande tema do ano, a evangelização.
Frei Raniero Cantalamessa, pregador oficial da Casa Pontifícia, começou lembrando que o Papa convidou a Igreja a fazer deste ano uma oportunidade de redescobrir a "alegria do encontro com Cristo"; e verteu sua pregação sobre “como evangelizar através da alegria, procurando permanecer o mais fiel possível ao tempo litúrgico atual, em preparação para o Natal”.
O frade capuchinho citou fatos e personagens dos "Evangelhos da infância": o entusiasmo com que Maria se levanta para ir até a casa de Isabel e os pastores que vão ver a criança, os gestos humildes e típicos da alegria, como as visitas, as saudações, os parabéns, os presentes. Mas, acima de tudo, a alegria da maravilha e da sincera gratidão dos protagonistas: "Deus visitou o seu povo! Lembrou-se da sua santa aliança".
Frei Cantalamessa disse que a intenção do evangelista Lucas não era apenas narrar, mas envolver o público. "Aqueles que lêem estas linhas”, diz um exegeta moderno, “são chamados a partilhar a alegria”. (H. Schürmann, O Evangelho de Lucas, I, Paideia, Brescia 1983).
Segundo ele, isto explica porque os evangelhos da infância têm pouca coisa a dizer a quem busca neles apenas a história, e muito a dizer a quem busca também o significado da história, como faz o Santo Padre em seu último volume sobre Jesus. Muitos fatos aconteceram, mas não são “históricos” no sentido alto do termo, porque não deixaram nenhum vestígio na história, não criaram nada. Já os fatos relativos ao nascimento de Jesus são fatos históricos no sentido mais forte, não só porque aconteceram, mas incidiram, e de forma decisiva, na história do mundo.
A pregação prosseguiu com a constatação que se a Igreja de hoje, no meio de todos os problemas e tribulações que a atingem, quiser reencontrar o caminho da coragem e da alegria, ela deve abrir os olhos para o que Deus está hoje fazendo nela. “O dedo de Deus, que é o Espírito Santo, ainda está escrevendo, na Igreja e nas almas, histórias maravilhosas de santidade que um dia, quando desaparecer todo pecado, farão que se olhe para o nosso tempo com espanto e santa inveja.
Fechamos os olhos, ao fazer isso, aos muitos males que afligem a Igreja e às traições de muitos dos seus ministros? Não. Mas se o mundo e sua mídia não destacam na Igreja nada além dessas coisas, é bom levantarmos o olhar e vermos também seu lado bom, sua santidade”.
Em meio a provas e calamidades que afligem a Igreja, especialmente em algumas partes do mundo, os pastores podem repetir, também hoje, aquelas palavras que Neemias, um dia, depois do exílio, dirigiu ao povo de Israel abatido e em lágrimas: “não haja nem aflição, nem lágrimas, porque a alegria do Senhor é a vossa força"!
A pregação se encerrou com a exortação: “Que a alegria do Senhor, Santo Padre, veneráveis padres, irmãos e irmãs, seja realmente, a nossa força, a força da Igreja”.

Fonte: cancaonova

CNBB já trabalha textos para sua próxima assembleia geral


O texto do tema central da 51ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB já está em processo de elaboração. Desde a manhã de quarta-feira, 19, a Comissão para o Tema Central está reunida na sede da Conferência dos Bispos, em Brasília (DF), trabalhando a temática que será o assunto central da próxima Assembleia Geral dos Bispos: “Comunidade de Comunidades: Uma Nova Paróquia”.
“Este tema está na linha, em primeiro lugar, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que tem como uma das cinco urgências “Igreja: comunidade de comunidades”, e está também na linha do Documento de Aparecida que reafirma a importância da paróquia como lugar de evangelização, solidariedade e de pertença à Igreja, pois pessoas pertencem a uma paróquia, todos nós moramos em uma paróquia. A renovação, ou até a reestruturação da paróquia é fundamental para a Igreja enfrentar os desafios pastorais, a missão, enfim, evangelizar”, destacou o presidente da Comissão para o Tema Central, Dom Sérgio Castriani, arcebispo recém-nomeado para Manaus (AM).
A metodologia de trabalho, segundo Dom Sérgio, está na linha dos grandes documentos da Igreja, como o Concílio Vaticano II e os Documentos de Puebla e Aparecida. “Estamos seguindo a eclesiologia do Concílio Vaticano II, a sua visão de Igreja, também o que disseram as Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano (Puebla – Comunhão e Participação), o Documento de Aparecida e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, explicou.
Ainda de acordo com o presidente da Comissão, já se pode destacar algumas convicções. “A primeira é a experiência de vida cristã como característica maior no convívio comunitário. A segunda é que a paróquia se renovará, passará por mudanças, se reestruturará na medida em que ela criar condições ou possibilitar que as pessoas façam essa experiência de comunidade. Então, o nosso trabalho é apresentar à Assembleia um texto que traga as convicções fundamentais da Igreja a respeito de comunidades e paróquias. E aquilo que vemos como pistas de ação para a renovação da paróquia para termos uma nova paróquia”, frisou dom Sérgio.
Dando prosseguimento à elaboração do material, a Comissão para o Tema Central definiu os integrantes de uma subcomissão que trabalhará o texto até o início de março de 2013. Depois, a Comissão encaminhará o texto ao episcopado brasileiro, e, em seguida, a Comissão para o Tema Central se reúne novamente, já em Aparecida (SP), antes da Assembleia, para os últimos ajustes e apreciação do material em plenário.
Fonte: cancaonova

Discurso de fim de ano: Papa destaca valor da família e do diálogo


O Papa Bento XVI reuniu-se na manhã desta sexta-feira, 21, com a Cúria Romana para os votos de Boas Festas e o tradicional discurso de fim de ano. Entre os diversos temas fundamentais abordados pelo Pontífice no discurso, ele destacou o valor da família e do diálogo, incluindo o inter-religioso.
Ele mencionou alguns momentos no âmbito da vida da Igreja ao longo deste ano, como as viagens ao México, Cuba e ao Líbano, o Encontro Mundial das Famílias em Milão e o Sínodo dos Bispos sobre Nova Evangelização.  
“Todas estas ocasiões permitiram tocar temas fundamentais do momento presente da nossa história: a família (Milão), o serviço em prol da paz no mundo e o diálogo inter-religioso (Líbano), bem como o anúncio da mensagem de Jesus Cristo, no nosso tempo, àqueles que ainda não O encontraram e a muitos que só O conhecem por fora e, por isso mesmo, não O reconhecem”, disse.
Sobre a família, Bento XVI disse que a alegria do encontro em Milão mostrou que, apesar das múltiplas impressões em contrário, a família está forte e viva também hoje. Mas ele não deixou de mencionar a crise que ameaça as bases familiares.
“Na questão da família, não está em jogo meramente uma determinada forma social, mas o próprio homem: está em questão o que é o homem e o que é preciso fazer para ser justamente homem. Os desafios, neste contexto, são complexos”.
Antes de mais nada, o Papa lembrou que há a questão da capacidade que o homem tem de se vincular ou então da sua falta de vínculos. De acordo com ele, a recusa do vínculo humano, “que se vai generalizando cada vez mais por causa duma noção errada de liberdade e de auto-realização”  quer dizer que o homem permanece fechado em si mesmo.
“Com a recusa de tal vínculo, desaparecem também as figuras fundamentais da existência humana: o pai, a mãe, o filho; caem dimensões essenciais da experiência de ser pessoa humana”.
Diálogo
Com relação à importância do diálogo, Bento XVI destacou três campos do tempo atual onde a Igreja deve estar presente lutando pelo significado do ser pessoa humana: o diálogo com os Estados, com a sociedade (incluindo a cultura e a ciência) e o diálogo com as religiões.
“No diálogo com o Estado e a sociedade, naturalmente a Igreja não tem soluções prontas para as diversas questões. Mas, unida às outras forças sociais, lutará pelas respostas que melhor correspondam à justa medida do ser humano”.
Sobre o diálogo com as religiões, o Santo Padre lembrou que esta é uma condição necessária para a paz no mundo no atual contexto da humanidade, o que o torna um dever para os cristãos e outras crenças religiosas. Ele destacou que este diálogo deve falar não de grande temas de fé, mas dos problemas concretos da convivência e da responsabilidade comum pela sociedade, pelo Estado e pela humanidade.
“Há-de ser, antes de tudo, simplesmente um diálogo da vida, um diálogo da ação compartilhada. (...) Aqui é preciso aprender a aceitar o outro na sua forma de ser e pensar de modo diverso. Para isso, é necessário fazer da responsabilidade comum pela justiça e a paz o critério basilar do diálogo”, enfatizou.

Fonte: cancaonova

Subsídio “Hora da Família 2013” entra em sua etapa final


O subsídio “Hora da Família” utilizado em todo o Brasil para encontros e reflexões dos assuntos relacionados à família, chega a sua etapa final. Nesta sexta-feira, 21, o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família, da CNBB, padre Wladimir Porreca, divulgou a finalização da Hora da Família 2013, que depois de acertos em detalhes gráficos será publicada e espera-se que dia 21 de janeiro já esteja à disposição de todos.
“A Hora da Família 2013, no ano da fé e em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude propõe ser um valioso instrumento para o relacionamento pai e filhos, principalmente na transmissão educação da fé cristã”, destacou o padre Wladimir.
Além dos sete encontros, a “Hora da Família 2013” oferece sugestões de celebrações que envolvem os membros da família em ocasiões comemorativas, cantos, bem como, orientações sobre Associações de Família, e ainda, a relação dos endereços eletrônicos de toda a organização da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, relata padre Wladimir Porreca.
Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão da CNBB, apresenta o subsídio e convoca todos os chefes de família a assumirem cada vez mais a missão de transmissão e educação da fé aos filhos.

Fonte: cancaonova

Um Pouco de Reflexão!

Quando Maria ouve do anjo que sua prima Isabel está grávida de seis meses, ela “pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente”. Vemos aí a subida de Maria ao monte onde estava a cidade de sua prima Isabel. Para o judeu, o monte é sempre um lugar de oração.
No Antigo Testamento, encontramos dois belos exemplos de oração no monte: Moisés e Elias. Ainda que o objetivo principal de Maria não fosse o de orar, não podemos imaginar que ela não reservasse largos momentos para sua oração, para seu encontro pessoal a sós com o seu Menino Deus, enquanto ajudava sua prima. Também, na passagem da Transfiguração, não está explícito, no texto, que Jesus subira para orar, mas é claro que Ele leva Seus discípulos para um lugar à parte para isto, ou seja, para orar! Está implícito, subentendido! E você? Também tem reservado seus momentos para “subir ao monte” e rezar?
“Maria entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel” e esta, “repleta do Espírito Santo, grita: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?’”. Naquele momento, Isabel tem o mesmo sentimento dos apóstolos: “É bom estarmos aqui!”. Ela e João, bem como seu marido Zacarias, são beneficiados com a visita de Maria que traz Jesus.
Um outro ponto interessante é podermos associar as figuras de Moisés e Elias que conversam com Jesus, na Transfiguração, com Zacarias e João Batista. Este, foi o último dos profetas e apontado pelo próprio Cristo como figura de Elias. O sacerdote Zacarias exercia sua função no Templo, oferecendo sacrifícios e intercedendo pelo povo como fazia também Moisés, embora não existisse o Templo. Na Transfiguração, Pedro propõe: “Façamos três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Na Visitação, Deus havia providenciado três tendas: A primeira, era a própria casa de Zacarias. A segunda, era o ventre de Isabel que abrigou João Batista, e a terceira, o ventre de Maria, que recebeu Jesus.
Vemos, nas três tendas, um certo crescimento em ordem de construção: A primeira, a casa, fora feita por mãos humanas; a segunda, o ventre de Isabel, a primeira mulher grávida que recebe o Espírito Santo pela visita de Jesus no seio de Maria; e por fim, a própria Maria, a Imaculada, a concebida sem pecado, foi a tenda perfeita para Jesus. Maria, com efeito, é venerada na Ladainha com o título de “Casa de Ouro”. Zacarias, João Batista e Jesus também podiam, cada um a seu modo, dizer: “É bom estarmos aqui!”. “Este é um lugar seguro, pois aqui habita Deus!” E para você? Será que sua casa é um lugar seguro, onde Deus faz sua morada?
Da nuvem luminosa saiu uma voz que disse: “Este é o meu Filho amado em quem pus toda minha afeição, ouvi-o” ou “Este é o meu Filho bem-amado, aquele que me aprouve escolher. Ouvi-o” (cf. as traduções da Ave-Maria e TEB, respectivamente). Há uma diferença, embora sutil, entre as duas traduções, mas somente nos lábios de Maria podemos colocar estas mesmas palavras vindas do Pai, dirigidas ao Filho, inspiradas pelo Espírito Santo: “Este é o meu filho muito amado, aquele em quem ponho toda a minha afeição e a quem eu disse “sim” para que Ele fosse gerado. Eu o escolhi. Ouvi-o”. “Fazei tudo o que Ele vos disser” (cf. Jo 2,5), completaria ela em Caná da Galileia.
Depois destas leituras e meditações, já não temos muitas razões para orar e contemplar? Faça, então, você mesmo sua oração, você que é templo do Espírito Santo (cf. 1Cor 6,19). Glorifique o Senhor pelas maravilhas que Ele faz em sua vida! Se quiser, inicie com o cântico de Maria, o “Magnificat” em Lc 1,46-55, mas deixe-se conduzir pelo Espírito!
Para sua contemplação, neste 4º Domingo do Advento, sugiro que “pinte” mentalmente um ícone com os seguintes personagens: Maria, grávida de Jesus, ao centro. Isabel, exultando no Espírito com a visita, tendo o pequeno João Batista “pulando” de alegria no seu ventre. No outro lado, o mudo sacerdote Zacarias em atitude de respeito e adoração àquela divina presença em sua casa. Uma nuvem luminosa do Espírito Santo envolvendo todo o ambiente em que se encontram e acima de todos um triângulo representando a voz do Pai. Permaneça em silêncio por um bom tempo, contemplando este lindo mistério de uma visita transfigurada do Senhor. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Lucas 1,39-45)


4º Domingo do Advento


— O Senhor esteja convosco. — Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. 

Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.