domingo, 29 de dezembro de 2013

[Francisco] A tarefa nova que se impõe


manfredo300Compreendeu-se mundo afora que a escolha do nome Francisco significou a escolha de um programa de vida e de uma forma do serviço que cabe ao bispo de Roma na igreja católica.
Francisco, no discurso de inauguração de suas atividades, afirmou claramente que isto implica uma igreja que seja testemunha de uma vida simples, que tenha cuidado pelos mais frágeis, cuidado pela paz e pela natureza. Francisco de Assis, no mundo conturbado do início da modernidade, concentrou-se naquilo que é essencial para a comunidade de discípulos dos Jesus: o evangelho e com ele os pobres deste mundo para quem em primeiro lugar o anúncio do Reino de Deus constitui uma “Boa-Nova”.
Por isto para o novo Francisco isto significa para a igreja em nossos dias a tarefa de tomar consciência de que o destino do Povo de Deus não é diferente do destino de toda a humanidade e de que, portanto, a missão da igreja consiste em inserir-se no mundo e abrir-se às alegrias e às esperanças, às tristezas e às angústias dos homens e das mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e atribulados. Daí a tarefa urgente: reabrir-se ao mundo para exercer o serviço da evangelização. Isto implica uma reconstrução da igreja a partir do Evangelho e dos últimos deste mundo, uma igreja que não se deixe seduzir pelo poder e pela riqueza, mas antes esteja centrada nos valores evangélicos procurando atuar profeticamente no mundo por sua presença e seu serviço.
Assim, exige-se uma igreja que seja capaz de escutar a sociedade, de ter sensibilidade para as gigantescas desigualdades sociais, considerar com toda seriedade e sem temor todas as questões que a sociedade levanta, conhecendo e respeitando o ser humano em todas as suas dimensões, mostrando profunda compaixão diante do sofrimento e confrontando-se com as inúmeras formas de injustiça. Os gritos que pedem justiça continuam ainda hoje muito fortes, portanto, temos que olhar o mundo compreendendo que ele constitui em si mesmo um desafio ético histórico sem precedentes e que nos desafia de forma radical a tomar decisões corajosas e livres no momento presente refletindo sobre suas consequências a fim de que elas sejam capazes de superar os males que nos afligem .
Para Francisco evangelizar supõe da igreja a capacidade de não se refugiar em si mesma, mas de sair de si mesma e ir para as periferias geográficas e existenciais do mistério da dor, do sofrimento, da violência, da injustiça, de toda miséria na vida humana. Uma igreja que por sua pregação e estilo de vida ajude as pessoas a compreender que somos todos responsáveis pela formação das novas gerações, ajudando-as a reabilitar a política que é uma das formas mais altas da caridade a fim de que cada vez mais cresça a participação das pessoas no enfrentamento dos problemas comuns, que se evite todo tipo de elitismo e imprimindo uma visão humanista à economia se erradique a pobreza.
Numa palavra, o desafio é superar o grande risco de toda comunidade religiosa, a autorreferencialidade, o que significa prender Jesus em si mesma. O lugar da comunidade eclesial não pode ser ela mesma, mas o mundo como ele está hoje configurado e frente a suas crises profundas: uma sociedade secular que não mais se deixa tutelar por instâncias exteriores a si mesma, que por isto reivindica autonomia plena em relação a qualquer compreensão religiosa do mundo, marcada por uma miséria que ameaça a vida de dois terços da humanidade e por um processo gigantesco de destruição das próprias bases da vida no planeta.
Numa palavra, exige-se uma igreja que se organize para servir a todos os batizados e aos homens de boa vontade, que seja capaz de sair da cultura rural onde nasceu para anunciar o evangelho no idioma da cultura de hoje para poder oferecer uma resposta aos problemas existenciais do homem de hoje especialmente das novas gerações.
Diante deste enormes desafios Francisco insiste sempre no único meio que lhe parece necessário: entre a indiferença egoísta e o protesto violento existe uma opção. O diálogo, entre gerações, o diálogo no povo: a capacidade de dar e receber. Para ele um país só cresce verdadeiramente quando suas diversas riquezas culturais dialogam de forma construtiva. É impossível imaginar um futuro digno do ser humano para a sociedade sem uma contribuição significativa das energias morais numa democracia que se entenda ser mais do que o mero equilíbrio da representação dos interesses estabelecidos. Daí porque o único modo para que uma pessoa, uma família, uma sociedade cresça, a única forma que faz avançar a vida dos povos é a cultura do encontro em que cada um tem algo bom para contribuir. A igreja precisa fazer-se humildemente servidora deste processo de reconfiguração da vida humana assumindo o papel fecundo de fermento na vida social.
Por Manfredo Araújo de Oliveira

O ano de 2014


padre-Brendan200Estamos iniciando um novo ano. Fazemos um ato de adoração a Deus e pedimos-lhe proteção e auxílio. Saudamo-nos mutuamente e desejamos felicidades uns aos outros e bons êxitos. Como será este ano novo? O que esperamos do ano 2014? Deixamos de lado a futurologia e a astrologia. Deixamos de lado também o fatalismo do simples “como Deus quiser”. Nós cristãos procuremos compreender, à luz dos mandamentos e dos planos do criador, que, sem em nada diminuir a Fé em Deus e o abandono em sua santa vontade e imperscrutáveis desígnios, o futuro deve ser por nós construídos. Não há dúvida que o futuro não se adivinhe, mas se edifica. O amanhã depende do acerto das nossas opções de hoje. O ano 2014 será aquilo que nós faremos. Acreditamos em Deus e na sua soberania, mas não nos deixamos ficar num passivo providencialismo ou num fatalismo acomodado. Se tudo depende de Deus, tudo depende também de nós.
A Igreja Católica celebra no dia 1º. de janeiro a “Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria”.Um dos títulos de Maria é “Nossa Senhora da Paz”. No início de cada ano a Igreja procura trazer à consciência de cada pessoa cristã a importância da paz e o dever de preservá-la. A melhor maneira de assegurar a paz é trabalhar pela justiça. A paz é o vértice de todos os bens terrenos. Sem ela perdem substância todas as conquistas do homem em seus mais variáveis setores. Há uma enorme falta de paz no mundo e no Brasil. Basta ver o crescimento vertiginoso de todo tipo de violência: assassinatos, estupros, sequestros, prostituição infantil, drogas, pedofilia, furtos etc. para confirmar essa afirmação. Inicialmente ligados à paz estão os direitos humanos. Manter a paz à custa dos direitos humanos é uma contradição em termos. Onde hoje há a insana repressão dos direitos humanos, amanhã haverá toda forma de violência e, finalmente, a convulsão social.
A existência de milhões de empobrecidos em nosso país nos envergonha no início de mais um ano. A Igreja Católica no Brasil olha o conjunto do país a partir das massas sobrantes da modernização, e aponta a solidariedade, a união e a organização do povo como o caminho para uma sociedade mais democrática e não excludente em 2014. Desejo à todos os leitores deste breve artigo e, por extensão às suas famílias, um feliz e abençoado Ano Novo. Que o novo ano de 2014 seja para todos os leitores deste breve artigo um ano cheio de sucesso, de compreensão, de justiça, de unidade e, sobretudo, de amor e paz.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB, Reg. NE1

Papa escreve oração pela família


papafamliaAlgumas iniciativas de oração serão realizadas nos próximos dias em preparação à Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá 5 a 19 de outubro de 2014, com o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
No domingo, 29 de dezembro, dedicado à Sagrada Família, durante o Angelus, o papa Francisco fará uma oração especial pela família, escrita por ele. A oração será transmitida, via satélite, pelas basílicas de Loreto, na Itália, e de Nazaré, em Israel.
No mesmo dia, na basílica da Anunciação de Nazaré, o secretário geral do Sínodo, arcebispo Lorenzo Baldisseri, celebrará missa com essa intenção. No Santuário da Santa Casa de Loreto, a missa será presidida pelo delegado pontifício, arcebispo Giovanni Tonucci.
Já o presidente do Pontifício Conselho para a Família, arcebispo Vincenzo Paglia, presidirá a missa, na Sagrada Família de Barcelona, Espanha, no próximo domingo, 22 de dezembro.
Fonte: CNBB

MISSAS DO DIA 24 (NATAL 2013) NA NOSSA ÁREA PASTORAL

Missas que foram celebradas nas seguintes comunidades: São Joaquim e Santa Ana e São São José......