quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Poema da paz


A coisa mais fácil? Equivocar-se.

O obstáculo maior? O medo.

O erro maior? Abandonar-se.

A raiz de todos os males? O egoísmo.

A distração mais bela? O trabalho.

A pior derrota? O desalento.

Os melhores professores? As crianças.


A primeira necessidade? Comunicar-se

O que mais faz feliz? Ser útil aos demais.

O mistério maior? A morte.

O pior defeito? O mal humor.

A coisa mais perigosa? A mentira.

O sentimento pior? O rancor.

O presente mais belo? O perdão.

O mais imprescindível? O lar.

A estrada mais rápida? O caminho correto.

A sensação mais grata? A paz interior.

O resguardo mais eficaz? O sorriso.

O melhor remédio? O otimismo.

A maior satisfação? O dever cumprido.

A força mais potente do mundo? A fé.

As pessoas mais necessárias? Os pais.

A coisa mais bela de todas? O amor.

Madre Teresa de Calcutá
Fonte: Catequese Católica

23º Semana Comum - Quarta-feira 10 de Setembro- Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.
Primeira leitura: 1Cor 7,25-31
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos, 25a respeito das pessoas solteiras, não tenho nenhum mandamento do Senhor. Mas, como alguém que, por misericórdia de Deus, merece confiança, dou uma opinião: 26Penso que, em razão das angústias presentes, é vantajoso não se casar, é bom cada qual estar assim.
27Estás ligado a uma mulher? Não procures desligar-te. Não estás ligado a nenhuma mulher? Não procures ligar-te. 28Se, porém, casares, não pecas. E, se a virgem se casar, não peca. Mas as pessoas casadas terão as tribulações da vida matrimonial; e eu gostaria de poupar-vos disso. 29Eu digo, irmãos: o tempo está abreviado. Então, que, doravante, os que têm mulher vivam como se não tivessem mulher; 30e os que choram, como se não chorassem, e os que estão alegres, como se não estivessem alegres, e os que fazem compras, como se não possuíssem coisa alguma; 31e os que usam do mundo, como se dele não estivessem gozando. Pois a figura deste mundo passa.
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 45
          — Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto!
— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto!

— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!

— Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro. Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo.

— Entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”. Deixareis vossos pais, mas tereis muitos filhos; fareis deles soberanos da terra. 
 
 
Evangelho: Lc 6,20-26
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 20Jesus, levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! 21Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque havereis de rir! 22Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem!
23Alegrai-vos, nesse dia, e exultai pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. 24Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! 25Ai de vós que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós que agora rides, porque tereis luto e lágrimas!26Ai de vós quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
O Reino de Deus como promessa de transformação.Os destinatários deste trecho do sermão da planície são os discípulos. São eles que estão compreendidos no “vós” dos macarismos. Assim como em Mateus, o discurso se abre com os macarismos que em Lucas somam somente quatro. Uma das características do discurso da planície é que ele pode ser considerado um desdobramento do discurso de Jesus na sinagoga de Nazaré (4,16-30). Os quatro macarismos são seguidos de quatro lamentações. Aos macarismos e lamentações subjaz uma promessa: a transformação da realidade deste mundo. Na verdade, o Reino de Deus é o objeto dessa promessa de transformação. O substantivo “pobre” tem, aqui, um duplo significado: trata-se daqueles que não têm os bens necessários para sobreviver e, também, os discípulos que são perseguidos em razão de sua fé em Jesus Cristo. As lamentações estão em paralelo com os macarismos. Por “ricos” entenda-se aqueles que levam uma vida confortável sem se preocupar com os seus semelhantes (cf. Lc 16,19-31). Jesus não se propõe resolver os problemas socioeconômicos do povo, nem promete uma vida fácil para os discípulos. O que ele promete e anuncia é o Reino de Deus que, através dos seus valores, é capaz de transformar o coração do ser humano e a realidade (cf. Mt 13).
 
Leitura Orante

Oração Inicial

- A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Oração ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande,
aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora,
fechado a todas as ambições mesquinhas,
alheio a qualquer desprezível competição humana,
compenetrado do sentido da santa Igreja!
Um coração grande,
desejoso de tornar-se semelhante ao Coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte para amar todos,
para servir a todos, para sofrer por todos!
Um coração grande e forte para superar todas as provações,
todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa!
Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, se for necessário!
Um coração cuja felicidade é palpitar com o Coração de Cristo e
cumprir, humildemente a vontade do pai. Amém.
Papa Paulo VI

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 6,20-26, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Este é um solene discurso de Jesus que abre um grande discurso. É como um eco daquele primeiro na sinagoga de Nazaré. Também Lucas fala da “boa nova” para os pobres: o Reino de Deus, a sua justiça para os pobres, os famintos, os que sofrem e que são rejeitados. Para compreender o texto do Evangelho de hoje, precisamos nos perguntar: Qual a finalidade das bem-aventuranças? Quem são os pobres e os ricos? O que é o Reino de Deus? As bem-aventuranças , aqui expressas na palavra “felizes” é um estilo literário da Bíblia, usado pelos sábios e profetas para anunciar a alegria que relaciona o presente com uma promessa futura. Os destinatários destas promessas são os pobres, ditos também os “anawim”, ou seja, aqueles que dependem dos outros, privados de segurança material e social: os famintos, aflitos, oprimidos. Neste anúncio Jesus não está dizendo que os pobres são felizes pela sua condição carente, mas porque Deus toma a defesa do pobre. Também não é porque o pobre é melhor do que o rico, mas porque Deus é justo, misericordioso e Pai que “faz nascer o sol sobre justos e injustos”. Na verdade as bem-aventuranças de Jesus não significam que ele ratifica, abençoa a situação dos pobres, famintos, aflitos. Isto seria a consagração da injustiça, das diferenças e da prepotência humana,que na verdade, são denunciadas nos “ai de vós”. Nesta narrativa de Lucas, as bem-aventuranças são dirigidas aos discípulos que pelo Reino partilham a condição dos pobres e da rejeição: “felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem”.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
Recordo as palavras dos nossos pastores, em Aparecida, palavras que repercutem as de Jesus: “No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: (...) a mudança de paradigmas culturais; o fenômeno da globalização e a secularização; os graves problemas de violência, pobreza e injustiça; a crescente cultura da morte que afeta a vida em todas as suas formas.”(DA 185)
Como enfrento estes e outros desafios?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou lembrá-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica

Critérios do Papa Francisco para o bem Comum e a Paz Social

Dom Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo de Campos (RJ)

No capítulo IV da “Evangelii Gaudium”, o Papa Francisco apresenta quatro grandes postulados da Doutrina Social que podem nos servir neste processo eleitoral como discernimento e reflexão. O primeiro critério é que o tempo é superior ao espaço. Significa nunca deixar a visão de longo prazo, a esperança que sustenta a caminhada e ser capaz de gerar processos, ações que tragam transformações e mudanças profundas. As eleições muitas vezes ficam relegadas a seu contexto imediato priorizando uma política de resultados e não uma dinâmica social de empenhos contínuos e permanentes para o bem comum.

O segundo postulado é que a unidade prevalece sobre o conflito. Neste ponto somos convidados a não ignorar a realidade conflitiva e contraditória, mas trabalhar para a comunhão e reconciliação, construindo uma visão política de superação tanto dos oportunismos como das polarizações estéreis. O cristão é anunciador de uma paz que recapitula tudo em Cristo e no seu Reino, alargando e superando a visão dos interesses conflitivos para a das convergências a nível de Estado, de Nação, construindo pontes e valorizando diferenças numa unidade maior e centrada em valores permanentes.
O terceiro critério nos faz ver que a Realidade é mais importante que a idéia. Aqui o Papa afirma certamente a possibilidade de uma interação positiva entre a idéia e a realidade, mas deve-se evitar cair em idealismos e nominalismos ideológicos que nos tiram a percepção dos fatos e nos afastam das pessoas, etiquetando-as segundo nossa preferência e construto de idéias.
Os cristãos se orientam pela Palavra da verdade, que é real e ilumina todos os ambientes e relacionamentos pessoais e sociais. Finalmente o referencial que o todo é superior a parte. Trabalha-se neste tópico a tensão entre um universalismo abstrato e um localismo bairrista. Torna-se necessário manter as raízes e os pés no chão, mas ter um olhar global e abrangente, sabendo que o todo é superior a soma das partes. As eleições não podem nos fazer esquecer o paradigma maior da civilização humana que está em crise e da perspectiva da grande mudança de época.
Especialmente para os cristãos é exigida a fidelidade a totalidade e integralidade do Evangelho, nos impele a anunciá-lo como Boa Nova da vida plena para todos/as pessoas e criaturas. Como podemos apreciar estes elementos de juízo político contribuem a não nos deixar cair em propagandas eleitorais ilusórias e manipuladoras, estimulando nossa consciência cristã e sócio-política.
Deus seja louvado!
 Fonte: CNBB

Divulgada lista de participantes do Sínodo

O Vaticano divulgou na terça-feira, 9, a lista dos participantes da 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá de 5 a 19 de outubro, com o tema "Os desafios pastorais da família no âmbito da evangelização". Entre os 253 presentes, estão os cardeais brasileiros: Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB; João Braz de Aviz, prefeito da Congregação Pontifícia para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo; Orani João Tempesta, arcebispo do  Rio de Janeiro; acompanhados do Monsenhor Edgard Madi, bispo de Nossa Senhora do Líbano, em São Paulo. Também participará do evento, como auditores, o casal de brasileiros Arturo e Hermelinda Zamberline, responsável pela “Equipe Notre-Dame” para a super região do Brasil.
De acordo com informações do Vaticano, estarão presentes na  3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos representantes de cinco continentes, sendo: 114 presidentes de conferências episcopais, 13 chefes de igrejas Católicas Orientais "sui iuris", 25 chefes de dicastérios da Cúria Romana, nove membros do Conselho Ordinário de Secretaria, o secretário geral, o subsecretário, três religiosos eleitos pela União de Superiores Gerais, 26 membros nomeados pelo papa, oito delegados fraternos, 38 auditores, dos quais 13 casais, 16 especialistas.

Durante as duas semanas da assembleia sinodal, os participantes irão refletir sobre o Documento de trabalho publicado em junho. Conforme recordou o secretário geral do Sínodo, cardeal Lorenzo Baldisseri, o objetivo é “propor ao mundo de hoje a beleza e os valores da família, que emergem do anúncio de Jesus Cristo que dissolve o medo e sustenta a esperança”. Como anunciado, os trabalhos seguirão uma nova metodologia interna, visando favorecer uma participação mais dinâmica dos padres. Não está previsto um documento final na conclusão da assembleia. Trata-se apenas da primeira etapa de um percurso que se concluirá no próximo ano, quando entre os dias 4 e 15 de outubro de 2015, se realizará o 14º Sínodo Geral Ordinário, que tratará do tema “Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família”.

Este é o terceiro Sínodo extraordinário da história da Assembleia Sinodal. Os primeiros aconteceram em 1969 e em 1985, respectivamente, sobre Conferências Episcopais e colegialidade dos bispos e sobre a aplicação do Concílio Vaticano II.
Fonte: CNBB

Desafio da Cruz

Dom Paulo Mendes PeixotoArcebispo de Uberaba (MG)

A cruz, formada por uma haste vertical e outra horizontal, é o maior símbolo da vida cristã. No tempo do Império Romano era usada como lugar de execução de quem era condenado à morte. Ela aterrorizava as pessoas, porque o condenado ficava agonizando até morrer, e o cadáver ali apodrecia, sem direito de um sepultamento digno. Era humilhação, tortura e considerada uma maldição.

É difícil compreender o fato de um instrumento de tortura, como esse, tornar-se meio para o seguimento de Jesus Cristo. Um símbolo de maldição que se transforma em caminho de salvação. Isto revela a intensidade com que Deus amou o mundo, descendo no mais profundo da realidade humana. Com isto o sofrimento passa a ser expressão visível de amor até às últimas consequências.
Quem ama de verdade, como o fez Cristo, é capaz de superar situações extremas de sofrimento. Somos iguais nos prazeres e nos sofrimentos, na perfeição e nas imperfeiçoes, uns mais e outros menos. Tudo isto fazendo parte do mistério da vida humana, que deve ser encarado com discernimento, equilíbrio, coragem e vontade de vencer. O importante é não perder o rumo da história.
Duas coisas devem pesar na consciência de todos nós: uma é a prática do amor, da doação, da partilha e de atos com responsabilidade; outra, como ofensa ao Criador, é a prática do ódio, da vingança e do desrespeito. A via da cruz pode ser um grande caminho de libertação, porque supõe a interiorização do amor.
Não é fácil amar a quem nos ofende, como não deve ter sido fácil Cristo, na cruz, dizer aos carrascos: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Portanto, a cruz é um desafio, pois ela exige despojamento do poder sem objetivos altruístas e conquista do bem pelo caminho do bem.
Para muitos cidadãos honestos, uma simples eleição pode ser momento de cruz, principalmente por não conseguir visualizar um candidato que seja confiável. Seu voto pode ser causador de sofrimentos e de muitas cruzes durante mais quatro anos.
Fonte: CNBB