quinta-feira, 28 de março de 2013

Páscoa 2013

 


padre-Brendan200A palavra “páscoa”, do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e do latim “pache” significa passagem. A Páscoa desde os tempos antigos sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes. Estamos em clima de Páscoa e a expressão sugere a “passagem” da misericórdia de Deus pelos caminhos tortuosos do homem. Foi assim quando Moisés, em nome do Altíssimo, conseguiu libertar o povo escravizado de Israel das mãos opressoras dos governantes do Egito. O conceito de Páscoa, que se cristalizou na vida religiosa do Povo de Deus, “passou a um estágio diferente e mais definitivo, no momento em que a inesgotável misericórdia de Deus voltou a passar e, desta vez, com maior intensidade e abrangência, pelas estradas da vida humana em terras da Palestina, para firmar o pacto da Nova Aliança, através de Jesus Cristo, homem-Deus, nascido de Maria”. Domingo da Páscoa é um dia de grande felicidade, porque da tristeza da Semana Santa emerge a alegria da Ressurreição do Senhor. Jesus saiu glorioso de seu sepulcro e agora vive para sempre na Glória do Pai. É a vitória brilhante, completa, que surge quando tudo parecia perdido. É a vida que brotou da morte. A Festa da Ressurreição do Senhor deve ser comemorada por nós com uma profunda renovação da Fé e uma reafirmação da Ressurreição histórica, real e evangélica. O Cristo, por sua morte, libertou o homem de todos os males, que são o resultado do pecado. Quando hoje olhamos nossa pátria ou nossa comunidade onde nos encontramos inseridos, constatamos a existência de muitas injustiças, que são sombras ao ofuscar o brilho do Sepulcro vitorioso. Parece-me que o Cristo não ressuscitou no patrão que não paga o salário justo; no rico que esbanja riqueza quando falta o essencial ao seu próximo; nas pessoas que exploram os pobres em todos os sentidos; nas pessoas que abusam sexualmente menores inocentes, nas pessoas que empregam a violência para alcançar seus fins; nas pessoas que vendem drogas que destroem vidas e transformam lares em verdadeiros infernos; nos políticos e autoridades corruptas; nos administradores da justiça que faltam imparcialidade; enfim, nas pessoas responsáveis que deviam cuidar das vidas a eles confiadas..
Não nos iludamos. A Páscoa do Senhor, tanto no Antigo como no Novo Testamento, não se limite a uma libertação dos males físicos. Seria empobrecer demasiado o conceito da Páscoa. Ele é muito mais amplo. Penetra em nossas consciências, exige compromissos morais, atitudes religiosas, exercício constante da solidariedade e obediência à lei do amor recíproco. A Páscoa é a passagem de Cristo por cada um de nós, por cada família, pela sociedade cearense, para nos libertar do egoísmo que reside dentro de nós e para oxigenar o ambiente externo, contra o desamor e as injustiças. Seria importante nesse momento ressaltar que o desenvolvimento social, com a libertação dos males físicos não deve ocupar o primeiro plano justamente pelo respeito devido à escala evangélica de valores. O Evangelista São Mateus nos orienta aqui quando disse: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6, 33).
O catecismo da Igreja Católica afirma: “A ressurreição de Cristo é princípio e fonte da nossa ressurreição futura”. Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram. Assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida” (l Cor 15, 20-22). Na expectativa desta realização, o Cristo ressuscitado vive nos corações dos seus fiéis” (CIC, 665). Para os cristãos, há sempre a ressurreição como garantia de uma vitória final, a mesma de Cristo. Depois dos sofrimentos da Grande Semana, símbolo de nossas lutas e da vida humana veio à ressurreição. Morto numa cruz e sepultado, Cristo ressuscitou dos mortos verdadeiramente. Sua ressurreição até hoje e para sempre alimenta as esperanças de um mundo melhor e mais humano. A Páscoa é a consciência de que Jesus Cristo está em nós e nós estamos nele, e assim caminhamos, no desejo de construir um mundo melhor e na certeza de que estamos marchando para a casa do Pai.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1.

Abertas as inscrições para semana de formação para coordenadores diocesanos de pastoral













A Comissão Episcopal para a Missão Continental (CNBB) e o Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM) promovem, de 20 a 24 de maio de 2013, o Encontro de Formação para Coordenadores Diocesanos de Pastoral, com o tema: “Missão permanente e Igreja local”.
Trata-se de uma oportunidade de formação direcionada às pessoas que exercem a função de coordenação pastoral nas dioceses de todo o páis. “Conhecendo a primeira urgência de nossas Diretrizes, a de sermos ‘uma Igreja em estado permanente de missão’, e de sua centralidade na proposta da Missão Continental, desejamos prestar esse serviço de assessoria às nossas Igrejas Locais”, explica dom Adriano Vasino Ciocca, bispo de São Félix do Araguaia (MT) e presidente da Comissão Episcopal para a Missão Continental.
O desejo dos organizadores é aprofundar temas como a pastoral presbiteral e a missionariedade do clero diocesano, a articulação das forças vivas da Diocese, e a organização de uma pastoral orgânica em busca da missão permanente. Podem participar ministros ordenados, religiosos e religiosas, leigos atuantes em projetos missionários, envolvidos diretamente na coordenação pastoral em suas Dioceses.
A Semana será realizada de 20 a 24 de maio, no Centro Cultural Missionário, em Brasília (DF). As inscrições podem ser feitas pela internet, no endereço www.ccm.org.br. Mais informações pelo telefone (61) 3274.3009.

A seguir, o cronograma do curso:

20/05 – segunda – 19h

Abertura

21/05 – terça

A PESSOA DO COORDENADOR DIOCESANO DE PASTORAL

Dom Esmeraldo Barreto de Farias, Arcebispo de Porto Velho (RO)

22/05 – quarta

DIOCESE: UNIDADE PASTORAL DA MISSÃO PERMANENTE

Pe. Sidnei Marco Dornelas, CS. Assessor da Comissão Episcopal para a Missão Continental

23/05 – quinta

PARA UMA IGREJA MISSIONÁRIA NUMA SOCIEDADE FRAGMENTADA: ARTICULAÇÃO E MEDIAÇÕES

Pe. Estêvão Raschietti, sx, diretor do CCM e Prof. Sérgio Coutinho, Assessor da Comissão Episcopal para o Laicato.

24/05 – sexta, até 12h

CONCLUSÃO, ENCAMINHAMENTOS, AVALIAÇÃO.

Fonte: CNBB

Papa Francisco toma posse da Catedral de Roma

2013-03-27 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - Realiza-se em 7 de abril próximo, em Roma, a celebração eucarística de tomada de posse da Cátedra do Bispo de Roma, Papa Francisco, na Basílica de São João de Latrão, sede da diocese. A missa terá inicio às 17h30 locais.
A chamada cerimônia de 'incatedratio' de Francisco na cátedra romana sublinha a ligação do Papa à Diocese de Roma, e é dedicada ao Espírito Santo para implorar sabedoria.
Sendo o Papa o Bispo de Roma, São João de Latrão é sua Igreja Catedral, onde está sua cátedra, sua cadeira de pastor e mestre. A cátedra é uma palavra utilizada na Teologia como símbolo da autoridade do ensinamento cristão, atribuído em especial à sede de Roma, que preside sobre todas as outras Igrejas locais na comunidade católica.
A Basílica de São João de Latrão é a mais antiga das quatro basílicas papais de Roma: a sua consagração, em 320, é celebrada anualmente no calendário litúrgico da Igreja a 9 de novembro.
A construção foi primeiramente dedicada a Cristo Salvador, cuja figura está no alto do frontispício da mesma, e mais tarde recebeu o título de São João, pela dedicação a São João Batista e São João Evangelista.
Na última década do século XVII a basílica, restaurada por Inocêncio X sob a direção do arquiteto Borromini (1646-50) adquiriu a sua configuração atual, com uma fachada de 1700 desenhada por Alexandro Galilei, com cinco portas, uma para cada nave; a porta da direita é a Porta Santa que se abre nos anos jubilares. (MJ/Agência Ecclesia)  Fonte: News.VA

Legalização do aborto no Brasil não é a solução para os problemas das gravidezes indesejadas, assinala bispo brasileiro

BRASILIA, 27 Mar. 13 / 04:48 pm (ACI/EWTN Noticias).- Após uma nota publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no dia 12 de março e mais amplamente difundida no último dia 20, na qual se propõe a descriminalização do aborto, inclusive, pela simples vontade da gestante, até a 12ª semana de gestação, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini, divulgou algumas considerações a respeito do apoio do CFM, assinalando que o aborto legalizado não soluciona os problemas das mulheres que enfrentam gravidezes indesejadas.

Diante do fato, pró-vidas de todo o Brasil também se manifestaram contra o apoio do CFM a este ítem do anteprojeto do novo código penal, especialmente por alegar que a prática anti-vida estaria legalizada até à 12ª semana da gravidez porque “a partir de então o sistema nervoso central já estará formado”, fato desmentido pela literatura médica atual, como afirma a Dra. Lenise Garcia, presidente da entidade pró-vida Brasil Sem Aborto, reiterando que a justificativa do conselho causa surpresa pois “qualquer estudante do segundo ano de Medicina já aprende, em suas aulas de embriologia, que os doze pares de nervos cranianos se formam durante a quinta e a sexta semanas do desenvolvimento”.

Dom Petrini, por sua parte, também fala da surpresa por parte da sociedade brasileira pela decisão tomada pelo Conselho Federal de Medicina, durante o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina, favorável à interrupção da gravidez até a 12ª semana, como prevê a proposta do novo Código Penal, em discussão no Senado Federal.

“As imediatas reações contrárias a esse posicionamento demonstram a preocupação dos que defendem a vida humana desde sua concepção até a morte natural”, afirma o bispo.

“O drama vivido pela mulher por causa de uma gravidez indesejada ou por circunstâncias que lhe dificultam sustentar a gravidez pode levá-la ao desespero e à dolorosa decisão de abortar. No entanto, é um equívoco pensar que o aborto seja a solução”, assevera Dom Petrini.

“As constituições dos principais países ocidentais apresentam uma perspectiva claramente favorável à vida. A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 1º, afirma que a República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a dignidade da pessoa humana. E, no seu artigo 5º, garante a inviolabilidade do direito à vida”, remarca a nota do bispo brasileiro.

Segundo Dom Petrini, para evitar o aborto não é necessária sua legalização, mas antes, “a implantação de políticas públicas que criem formas de amparo às mulheres grávidas nas mais variadas situações de vulnerabilidade e de alto risco, de tal modo que cada mulher, mesmo em situações de grande fragilidade, possa dar à luz seu bebê. Esta solução é a melhor tanto para a criança, que tem sua vida preservada, quanto para a mulher, que fica realizada quando consegue ter condições para levar a gravidez até o fim, evitando o drama e o trauma do aborto”.

“O Conselho Federal de Medicina ao se manifestar favorável ao aborto até 12 semanas parece não ter levado em consideração todos os fatores que entram em jogo nas situações que se pretendem enfrentar. Sua decisão, que não contou com a unanimidade dos Conselhos Regionais, deixa uma mensagem inequívoca: quando alguém atrapalha, pode ser eliminado”, prossegue a nota.

Como outra justificativa para apoiar a medida abortista, o bispo denuncia que “o CFM evoca a autonomia da mulher e do médico, ignorando completamente a criança em gestação”.

“Esta não é um amontoado de células sem maior significado, mas um ser humano com uma identidade biológica bem definida; com um código genético próprio, diferente do DNA da mãe. Amparado no ventre materno, o nascituro não constitui um pedaço do corpo de sua genitora, mas é um ser humano vivo com sua individualidade. A esse respeito convergem declarações de geneticistas e biomédicos”, afirmou ainda o presidente da Comissão da CNBB dedicada à defesa da vida.

“Que os legisladores sejam capazes de considerar melhor todos os aspectos da questão em pauta e que seja possível um diálogo efetivo, com abertura para alargar o uso da razão. O uso apropriado da mesma não descartaria nenhum fator, reconhecendo os direitos do nascituro, o primeiro deles, o direito inviolável à vida. Deste modo, será possível legislar em favor do verdadeiro bem das mulheres e dos nascituros, e se consolidará o Estado democrático, republicano e laico, que tanto desejamos”, conclui a nota com data de 22 de março do presente ano. Fonte: Acidigital

Área Pastoral São José- Quinta feira - Ceia do Senhor



 


Santa Ceia
*Setor I - Às 17:00 na Comunidade São José-Barroso II-Presidente: Padre Luciano Gonzaga


* Setor II - Às 19:30 na Comunidade Nossa Senhora de Fátima- Jardim Castelão-Presidente: Padre Luciano Gonzaga
                                                 Participem!

Lava-pés: colocar-se a serviço de modo humilde, dos mais humildes


2013-03-28 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - Na tarde desta Quinta-Feira Santa, Papa Francisco celebra a Santa Missa da Ceia do Senhor no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo. Esta Missa é caracterizada pelo rito do Lava-pés.
Celebrando no Instituto Penal para Menores, Francisco dá assim continuidade a uma tradição que assumiu quando ainda sacerdote. Em Buenos Aires, Bergoglio costumava celebrar esta Missa em prisões ou casas para pobres e marginalizados.
Para uma reflexão sobre o significado deste gesto, nós contatamos o Bispo responsável pela Pastoral Carcerária, Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes, em São Paulo:
A Semana Santa é um momento tão importante na vida da Igreja, um momento tão importante para a vida dos cristãos católicos. É um retiro espiritual, como se costuma dizer. Celebramos os principais mistérios das passagens da vida do Cristo e o mistério da salvação: a paixão, a morte e a ressurreição do Senhor – o tríduo pascal é assim a maior festa litúrgica da Igreja Católica durante o ano.
Na Quinta-feira Santa, o Evangelho traz o texto do Lava-pés, ou seja, no fundo é a Igreja querendo ensinar que quem entendeu o significado da eucaristia deixado por Jesus, memorial da Páscoa, da Nova Aliança, quem celebra a eucaristia tem que se colocar a serviço e a serviço de modo humilde, e a serviço dos humildes e dos pequenos. E aí que entra a proclamação do Evangelho de João, capítulo 13, que é o texto do lava-pés – esta passagem tão bonita de Jesus, que antes de entregar sua vida quis realizar este gesto. Gesto simples, mas ao mesmo tempo tão contundente a ponto de S. Pedro não entender. Ou seja, quem celebra a eucaristia tem que se colocar a serviço, a serviço do mais humilde.
Este ano, a Festa da Páscoa coincide com a chegada de Francisco. Este Papa que nos surpreendeu vindo da América Latina, nos surpreendeu pelo nome que escolheu – é a primeira vez que um Papa se chama Francisco, evocando a figura de S. Francisco de Assim, que mais do que ninguém foi o santo que lavou mesmo os pés: ele foi abraçar o leproso, foi ao encontro dos mais pobres. Então tudo coincide e mais ainda o fato de que o Papa Francisco escolheu lavar os pés de jovens que estão privados da liberdade, em recuperação. Isso será um gesto muito profético. Vamos aprender com tudo isso, vamos aprender com o gesto de Jesus, que se repete na Igreja, e ao qual todos nós, cristãos, somos chamados a realizar e que o Papa Francisco está evidenciando.
E quando se trata da situação dos presos, dentro daquele espírito do Evangelho de Mateus, ‘estive preso e me visitaste’ – quando se fala desta situação, estamos diante da situação social mais grave. Porque uma coisa é socorrermos uma criança indefesa, todos nós gostamos de fazer isso, outra coisa é ir ao encontro daqueles que um dia praticaram atos contra a sociedade e que vivem numa situação muito precária, muito desafiadora.
(BF)