quarta-feira, 15 de maio de 2013

Cristo ressuscitado disse: "Recebei o Espírito Santo"

Pode dizer-se que a "elevação" messiânica de Cristo no Espírito Santo atingiu o seu auge na Ressurreição, quando se revelou como Filho de Deus, "cheio de poder". E este poder, cujas fontes jorram da imperscrutável comunhão trinitária, manifesta-se, antes de mais nada, pela dupla ação de Cristo Ressuscitado: realizar, por um lado, a promessa de Deus já expressa pela boca do Profeta: "Dar-vos-ei um coração novo... porei dentro de vós um espírito novo, o meu espírito"; e cumprir, por outro lado, a sua própria promessa, feita aos Apóstolos com estas palavras: "Quando eu for, enviar-vo-lo-ei". É Ele: o Espírito da verdade, o Paráclito enviado por Cristo Ressuscitado para nos transformar e fazer de nós a sua própria imagem de Ressuscitado.

Sucedeu que "na tarde desse dia, que era o primeiro da semana, depois do sábado, estando fechadas às portas do lugar onde se encontravam os discípulos, por medo dos judeus, veio Jesus, colocou-se no meio deles e disse-lhes:” A paz esteja convosco “. Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. E os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo:” A paz esteja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós “. Dito isso, soprou sobre eles e disse-lhes:” Recebei o Espírito Santo ““.

Todos os pormenores deste texto-chave do Evangelho de São João têm o seu significado, especialmente se os relermos em conexão com as palavras pronunciadas por Cristo no mesmo Cenáculo, no início dos acontecimentos pascais. Estes tactos -o triduum sacrum de Jesus, que o "Pai consagrou com a unção e enviou ao mundo" - tiveram a sua consumação. Cristo, que "tinha entregado o espírito" sobre a Cruz, como filho do homem e Cordeiro de Deus, uma vez ressuscitado, vai ter com os Apóstolos para "soprar sobre eles" com aquele poder de que fala a Carta aos Romanos. A vinda do Senhor enche de alegria os presentes: "A sua tristeza converte-se em alegria", como Ele já lhes tinha prometido antes da sua paixão. Verifica-se, sobretudo, o anúncio principal do discurso de despedida: Cristo ressuscitado, como que dando início a uma nova criação, "traz aos Apóstolos o Espírito Santo". Trá-lo à custa da sua "partida"; dá-lhes o Espírito como que através das feridas da sua crucifixão: "mostrou-lhes as mãos e o lado". É em virtude da mesma crucifixão que lhes diz: "Recebei o Espírito Santo".

Estabelece-se assim íntima ligação entre o envio do Filho e o do Espírito Santo. Não existe envio do Espírito Santo (depois do pecado original) sem a Cruz e a Ressurreição: "Se eu não for, não virá a vós o Consolador". Estabelece-se também íntima ligação entre a missão do Espírito Santo e a missão do Filho na Redenção. Esta missão do Filho em certo sentido, tem o seu "cumprimento" na Redenção. A missão do Espírito Santo "vai haurir" algo da Redenção: "Ele receberá do que é meu para vo-lo anunciar".

A Redenção é totalmente operada pelo Filho, como o Ungido, que veio e agiu com o poder do Espírito Santo, oferecendo-se por fim em sacrifício supremo no madeiro da Cruz. Esta Redenção é constantemente operada nos corações e nas consciências humanas - na história do mundo - pelo Espírito Santo, que é o "outro Consolador".

O Espírito Santo na Vida da Igreja e do Mundo
in:Carta Encíclica "Dominum et Vivificantem" do Papa João Paulo II

Os jovens e um novo Pentecostes



 Por Geraldo Trindade *   
  
O maior país católico está prestes a vivenciar um momento ímpar no processo de evangelização. A Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013) convocada por Bento XVI para o Brasil em julho, com o tema “Ide e fazei discípulo entre todas as nações” (Mt 28,19) entrará na história por ser uma Jornada de dois papas e ainda mais porque será presidida pelo papa Francisco, o 1º papa latino-americano.
A Jornada quer ser um novo Pentecostes na vida de inúmeros jovens e católicos. O Espírito Santo em ação infinita nos corações cansados e feridos, quer dar um novo impulso e ânimo na fé.
O Brasil é inegavelmente de raiz cristã-católica, mas isso não o blinda das problemáticas da pós-modernidade. Avança a secularização na concepção de uma vida sem Deus, na qual o ser humano se absolutiza e passa a querer construir a si mesmo sem o referencial do Absolutamente Outro, Deus. O progresso, em especial nos meios de comunicação social e as distâncias geográficas quase chegam a ser anuladas. Porém tais avanços não foram capazes de gerar e fortalecer valores como compreensão e comunhão. Tais valores quando existentes são marcados pela superficialidade e acabam gerando conflitos entre as gerações e entre as pessoas.
Assistimos, quase cotidianamente, conflitos e agressões, onde transparece a mentalidade de que compreender o outro é passado e difícil demais, pois cada um quer que prevaleçam o seu “eu” e interesses. Outro fator, que é o progresso da ciência e da técnica quer ter o intuito do domínio absoluto do corpo humano e das forças da natureza.
É diante desde mundo que a Igreja Católica lança o convite a todos os jovens a serem testemunhas do Absoluto, a perseguirem valores que engrandeçam o coração cansado, a doarem-se por um projeto de vida elevado, que só Jesus Cristo é capaz de dar, por meio da vivência do amor, do perdão, da caridade e da solidariedade. O grande convite é viver hoje a realidade histórica da presença do Espírito Santo em nós.
Pentecostes foi a vinda do Espírito Santo, de modo visível e palpável sobre os Apóstolos e a Igreja em Jerusalém. Sob a forma de um vento forte, o Espírito impeliu a Igreja que nascia a trilhar seu caminho na história. Como fogo veio iluminar as mentes e inflamar de amor os corações temerosos dos apóstolos. Com ousadia e coragem saíram anunciando a novidade do Evangelho, rompendo com barreiras geográficas e linguísticas.
A ação do Espírito Santo não está presa ao passado da Igreja, mas se prolonga e se perpetua no tempo, aqui e agora. Ele quer a cada dia renovar a Igreja e o mundo, além de toda e qualquer fronteira. Ele quer conduzir homens, mulheres, jovens e crianças de hoje em vista de um mundo novo.
E eis que vem um simpático senhor, pai do mundo todo, o Papa Francisco convidando a abrir a porta da nossa vida à novidade de Deus: “Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Abramos a porta ao Espírito, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a ação contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus, que o Espírito Santo nos dá.”
O nosso papa Francisco une suas palavras ao desejo do papa emérito, Bento XVI, de ver todos os jovens santos-missionários, testemunhas apaixonadas de Cristo e evangelizando no meio de uma sociedade que quer esconder Deus dos olhos apaixonados de inúmeras pessoas que guardam a fé.
Os jovens de fé de cada uma de nossas comunidades são chamados por Cristo, pelo papa e pela Igreja e a darem testemunho de fé, a edificar uma nova civilização de vida, de amor e de verdade. Nesta grande empreitada, o Espírito Santo quer nos transformar e renovar. Infelizmente nem sempre abrimos o nosso coração à sua novidade, sabedoria e força. Ele tem pressa, quer agir e só depende de nós.
Com espírito novo e renovado somos convidados a agir como cristãos, não nos fechando em nosso próprio eu, mas orientando-nos ao outro por Cristo; ou seja, acolher em nossa vida, atos e palavras toda a Igreja e deixarmos que ela nos acolha e nos oriente. Quando o discípulo-missionário de Cristo, fala, pensa, age; ele o faz pensando na humanidade que necessita do seu testemunho de viver como Cristo, inspirado pelo Espírito Santo segundo o desígnio do Pai.
* Geraldo Trindade, bacharel em filosofia, cursa teologia no Seminário da Arquidiocese de Mariana e mantém o blog: http://pensarparalelo.blogspot.com  Fonte: POM


               



Pe. Junior Periquito, no Stand da Ave-Maria, no encontro de Marketing Católico

 


Assista aqui ao vídeo. Imagens: Alexandre Joca – Pascom da Arquidiocese de Fortaleza.

A restauração da Igreja com Francisco

 

geovanePor Padre Geovane Saraiva*

Estamos orgulhos e satisfeitos com o Papa Francisco, sem jamais esquecer o Papa Emérito Bento XVI, nos seus quase oito anos à frente da Sé de Pedro e, sobretudo, seu gesto que surpreendeu o mundo, revelando-nos o sopro do Espírito Santo, humildemente acolhido por todos os católicos no mundo inteiro, na sua renúncia, que durante seis séculos, foi tida como um sinal de fraqueza, mas que agora se transformou num gesto e atitude de extraordinária grandeza, na eleição do novo representante de Cristo da Terra, no nosso querido Jorge Mário Bergoglio.

Somos tocados e sensibilizados pela graça de Deus, através do novo Vigário de Cristo, homem convicto e corajoso, que não tem medo de dialogar com o mundo contemporâneo, nas questões internas da Igreja e nos desafios, dores e angústias do planeta, onde percebemos sua maestria e disposição, como o apanágio espiritual, sempre inspirado e consequente causando enorme inspiração.

A nova fase inaugurada no dia 13 de março de 2013, com a eleição do Sucessor de Pedro, requer e clama por novos agentes e missionários, com propostas bem diretas, à luz do Evangelho, numa mensagem de alegria e esperança, no reavivamento da proposta de Francisco de Assis, onde no cântico das criaturas, Deus é louvado de modo integral, na clara afirmação da fraternidade universal.

Aquela voz que inspirou o Santo de Assis, de ir e restaurar a Igreja, está muito clara no nosso Sumo Pontífice, nos seus generosos gestos de humildade, sem esquecer na sua palavra profética, sempre provocando impacto como uma boa notícia… A capela de São Damião, a Igreja Porciúncula e Igreja de São Pedro, restauradas pelo pobrezinho de Assis, representam a Igreja inteira e a própria humanidade que precisa mais do que nunca ser restaurada.

Restaurar a Igreja de Nosso senhor Jesus Cristo hoje é tarefa nossa, dizendo não a busca do poder, do ter e do prazer, quando percebemos uma acentuada tendência de se retornar ao luxo e à glória do mundo, mesmo dentro da Igreja. É neste sentido que o Papa Francisco surpreende, impressiona e causa admiração, quando anuncia ao mundo a importância da simplicidade, do despojamento, do diálogo e da proximidade com as pessoas, também quebra protocolos e dispensa honrarias. Deus seja louvado por suas santas criaturas!

*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal – Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com

Apresentado ao Papa o Anuário Pontifício 2013: a Igreja cresce no mundo, sobretudo na África e Ásia

 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 

A Igreja Católica cresce no mundo, sobretudo na África e Ásia, enquanto a Europa continua registrando sinais negativos, esse é o dado que se constata no Anuário Pontifício 2013, apresentado ao Papa na manhã desta segunda-feira, 13 de maio, pelo cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e pelo Substituto dos Assuntos Gerais, dom Angelo Becciu.
A redação do novo Anuário foi feita sob os cuidados do encarregado do Setor Central de Estatística da Igreja. Nesse contexto foi também apresentado o Annuarium Statisticum Ecclesiae 2011. O Papa Francisco agradeceu pelo volume a ele presenteado mostrando interesse pelos dados ilustrados e expressando gratidão a todos aqueles que colaboraram na nova edição dos dois anuários.
Observa-se que no Anuário Pontifício 2013 se encontra duas vezes o nome Bento XVI: a primeira na série dos Sumo Pontífices, a segunda na página dedicada à Diocese de Roma, Sé do Vigário de Cristo, na qual é definido Sumo Pontífice emérito.
População católica
Os católicos no mundo são 1 bilhão e 214 milhões (os dados referem-se a 2011); em 2010 eram 1 bilhão e 196 milhões. Portanto, houve um aumento relativo de 1,5%, e como esse crescimento resulta pouco superior ao da população mundial (1,23%), a presença dos católicos no mundo resulta substancialmente invariável (17,5%).
A análise territorial das variações no biênio mostra um aumento de 4,3% de católicos na África, que teve um crescimento populacional de 2,3%. Também no continente asiático foi registrado um aumento de católicos superior ao da população (2,0% contra 1,2%). Na América e na Europa verifica-se um gradual crescimento dos católicos e da população (0,3%).
Em 2011 o total dos católicos batizados é distribuído por continente da seguinte forma: 16% na África; 48,8% na América; 10,9% na Ásia; 23,5% na Europa e 0,8% na Oceania.
O número de bispos no mundo passou – de 2010 a 2011 – de 5.104 para 5.132, com um aumento de 0,55%. O incremento disse respeito, particularmente, à Oceania (+4,6%) e à África (+1,0%), enquanto a Ásia e a Europa se colocam pouco acima da média mundial. A América não registrou variações. Diante de tais dinâmicas diferenciadas, todavia, a distribuição dos bispos por continente permaneceu substancialmente estável no último biênio 2010 – 2011, com América e Europa que, sozinhas, continuam representando quase 70% do total.
Sacerdotes
A presença dos sacerdotes – diocesanos e religiosos – no mundo aumentou no tempo, passando na última década dos 405.067 (31 de dezembro de 2001) para 413.418 (31 de dezembro de 2011), registrando um incremento de 2,1%.
Todavia, tal evolução não foi homogênea nas diferentes áreas geográficas. A dinâmica do número dos presbíteros na África e na Ásia resulta bastante confortadora, com + 39,5% e + 32,0% respectivamente (e com um incremento de mais de 3 mil unidades, para os dois continentes, somente em 2011); enquanto na América se mantém estacionária em torno de uma média de 122 mil unidades. Contracorrente em relação à média mundial, a Europa registrou no mesmo período (2001 – 2011) uma diminuição de mais de 9% de presbíteros.
Diáconos
Por sua vez, os diáconos permanentes estão em forte expansão tanto em nível mundial quanto em cada continente, passando, ao todo, de mais de 29.000 em 2001 para 41.000 em 2011, com uma variação superior a 40%.
Europa e América registram tanto a consistência numérica mais significativa, quanto a tendência de crescimento maior.
De fato, os diáconos europeus, pouco mais de 9 mil em 2001, eram quase 14 mil em 2011, com um incremento de mais de 43%. Na América, de 19.100 em 2001 passaram para mais de 26.000 em 2011. Estes dois continentes representam, sozinhos, 97,4% da consistência global, com o restante 2,6% subdividido entre África, Ásia e Oceania.
Religiosos
O grupo dos religiosos professos não sacerdotes consolidou-se no mesmo período, posicionando-se em pouco mais de 55 mil unidades em 2011. Na África e na Ásia observam-se variações de +18,5% e de +44,9%, respectivamente. Em 2011 estes dois continentes representavam, ao todo, uma cota de mais de 36% do total (eram menos de 28% em 2001).
Inversamente, o grupo constituído por Europa (com variação de -18%), América (-3,6%) e Oceania (-21,9%) registrou redução de quase 8 pontos percentuais entre 2001 e 2011.
No que tange às religiosas professas observa-se uma dinâmica fortemente decrescente, com uma contração de 10% no período de 2001 a 2011. Efetivamente, o número total de religiosas professas passou de mais de 792 mil unidades em 2001 para pouco mais de 713 mil dez anos depois. A queda concerne a três continentes (Europa, América e Oceania), com variações também relevantes (-22% na Europa, -21% na Oceania e -17% na América).
Na África e Ásia, ao invés, o incremento foi decididamente constante, superior a 28% no primeiro continente, e superior a 18% no segundo. Consequentemente, a fração das religiosas professas na África e Ásia no total mundial passou de 24,4% para 33%, em detrimento da Europa e da América, cuja incidência se reduziu, no conjunto, de 74% para 66%.
Seminaristas
Os candidatos ao sacerdócio no mundo – diocesanos e religiosos – passaram de 112.244 em 2001 para 120.616 em 2011, com um incremento de 7,5%. O crescimento foi muito diferente nos vários continentes. De fato, enquanto a África (+30,9%) e Ásia (+29,4%) mostraram dinâmicas evolutivas consistentes, a Europa e América registram uma contração de 21,7% e de 1,9%, respectivamente.
Consequentemente, observa-se um redimensionamento da contribuição do continente europeu para o crescimento potencial da renovação do quadro de sacerdotes, com uma cota que passa de 23,1% para 16,8%, frente a uma expansão dos continentes africano e asiático.
Circunscrições eclesiásticas
Durante 2012 e até a eleição do Papa Francisco foram criadas 11 Sedes Episcopais, 2 Ordinariatos Pessoais, 1 Vicariato Apostólico e 1 Prefeitura Apostólica; 1 Prelazia Territorial foi elevada a Diocese e 2 Exarcados Apostólicos foram elevadas a Eparquias.               Por CNBB

Liturgia Diária


Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos:

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação.

Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração:
Pai, reforça minha fidelidade a Jesus, de maneira que o Maligno não prevaleça sobre mim. Protege-me contra a maldade do mundo, consagrando-me na verdade.
Primeira leitura: At 20,28-38
Leitura dos Atos dos Apóstolos - Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso: 28“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas, para pastore­ar a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho.
29Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão rebanho. 30Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si. 31Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos de que, durante três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular.
32Agora entrego-vos a Deus e à mensagem de sua graça, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35Em tudo vos mostrei que, trabalhando deste modo, se deve ajudar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais alegria em dar do que em receber’”.
36Tendo dito isto, Paulo ajoelhou-se e rezou com todos eles. 37Todos, depois, prorromperam em grande pranto, e lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam, 38aflitos, sobretudo por lhes haver ele dito que não tornariam a ver-lhe o rosto. E o acompanharam até o navio. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 67
          — Reinos da terra cantai ao Senhor.
— Reinos da terra cantai ao Senhor.

— Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder, confirmai este poder que por nós ma­nifestastes, a partir de vosso templo, que está em Jerusalém, para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes!

— Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos! Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos. Eis que eleva e faz ouvir a sua voz, voz poderosa.

— Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens. Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade! Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém!
 
Evangelho: Jo 17,11b-19
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São João.
          - Glória a vós, Senhor.

         Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11b“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura.
13Agora, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo.
17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Oração sacerdotal de Jesus
Trata-se, ainda, do discurso de despedida de Jesus. É, por assim dizer, o seu testamento.
O capítulo 17 é denominado oração sacerdotal de Jesus. Próprio do sacerdote é oferecer pelo povo súplicas e orações e o sacrifício de louvor. A oração sacerdotal de Jesus é súplica pelos discípulos.
A comunhão do Filho com o Pai sustentou a missão de Jesus. A comunhão dos discípulos é o apoio fundamental para que ela não esmoreça. A missão de Jesus foi manter unida a comunidade (cf. v. 12). A plenitude da alegria dos discípulos é a alegria de Cristo que, ressuscitado, entra definitivamente na glória de Deus.
Nesta oração sacerdotal, o Senhor confia os discípulos aos cuidados de Deus, para que, estando no mundo, não sejam mundanos; para que, na peregrinação terrestre, mantenham o olhar nas coisas celestes
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Começamos nossa oração rezando pela unidade:
Oramos por todos aqueles que têm coração frio.
Oramos por aqueles que pensam que já viram tudo.
Agradecemos pelos profetas do passado e de hoje
que partilharam o que Deus lhes revelou.
Agradecemos por aqueles que, por amor a Cristo,
trouxeram justiça e libertação aos oprimidos.
Louvamos a Deus por todas as pessoas
que estão vivendo revelações de sua Palavra.
Amém.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 17,11b-19, e observo as palavras de Jesus na sua oração ao Pai.
Pai santo, pelo poder do teu nome, o nome que me deste, guarda-os para que sejam um, assim como tu e eu somos um. Quando estava com eles no mundo, eu os guardava pelo poder do teu nome, o mesmo nome que me deste. Tomei conta deles; e nenhum se perdeu, a não ser aquele que já ia se perder para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem. E agora estou indo para perto de ti. Mas digo isso enquanto estou no mundo para que o coração deles fique cheio da minha alegria. Eu lhes dei a tua mensagem, mas o mundo ficou com ódio deles porque eles não são do mundo, como eu também não sou. Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Assim como eu não sou do mundo, eles também não são. Que eles sejam teus por meio da verdade; a tua mensagem é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei. Em favor deles eu me entrego completamente a ti. Faço isso para que, de fato, eles também sejam completamente teus.
Jesus fala ao Pai, na sua oração, por aqueles que ele chamou e com eles formou seu grupo de apóstolos. Aqueles que Ele enviou em missão. Ele deseja que o coração dos seus seguidores sejam cheios da sua alegria. Pede ao Pai que os guarde do Maligno. Mais ainda: entrega-se em favor dos seus seguidores.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Aprendo de Jesus Mestre a orar ao Pai e faço minhas as suas intenções: rezo em favor dos que seguem Jesus. Estando na Semana de Oração pela Unidade dos cristãos, recordamos as palavras dos bispos, Na Conferência de Aparecida: “A compreensão e a prática da eclesiologia de comunhão nos conduz ao diálogo ecumênico. A relação com os irmãos e irmãs batizados de outras Igrejas e comunidades eclesiais é um caminho irrenunciável para o discípulo e missionário, pois a falta de unidade representa um escândalo, um pecado e um atraso do cumprimento do desejo de Cristo: “para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste” (Jo 17,21).(DAp 227).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com todos, e, se possível, com o grupo com o qual trabalho, na comunidade ou minha família, a Oração da Unidade:
Senhor, hoje temos conhecimento de desastres naturais
que ocorrem do outro lado do mundo.
Mas ainda assim deixamos de notar quando nosso vizinho sofre perdas
e não sabemos o que eles festejam na casa ao lado.
Sinto-me como estrangeiros em minha própria terra.
Às vezes somos chamados a ficar quietos.
Se olharmos e escutarmos, encontraremos Cristo no outro.
Se olharmos para dentro, encontraremos Cristo em nós mesmos.
E, se estivermos abertos ao desafio e à vulnerabilidade,
então o Espírito Santo nos mostrará onde Deus nos quer.
Deus está em todas as situações. Ninguém é um estranho para Deus.
Temos visto Deus em ação no que é grande e no que é pequeno.
Oramos por todos que se encontram em circunstâncias trágicas.
Agradecemos pelas agências internacionais de assistência,
por serviços de emergência e por indivíduos que fazem
sacrifícios pessoais para ajudar seu próximo.
Louvamos a Deus, pelo dom e pelo poder da oração
– porque sempre há algo que podemos fazer –
podemos orar.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar quer hoje traduzir o desejo de diálogo com o diferente e descobrir a presença de deus nas mais diversas situações e pessoas. Com os bispos reconheço:
“Faz mais de quarenta anos que o Concílio Vaticano II reconheceu a ação do Espírito Santo no movimento pela unidade dos cristãos. Desde então, temos colhido muitos frutos. Neste campo, necessitamos de mais agentes de diálogo e melhor qualificados.”(DAp 231).

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese católica

Festa de Pentecostes na Área Pastoral São José- Dias 18 e 19 de Maio

Festa de Pentecostes na Área Pastoral São José- Dias 18 e 19 de Maio
 Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

                                                               FESTA  DA UNIDADE
        Então, soprou sobre eles e falou:" Recebei o Espírito Santo"
                A Área Pastoral São José convida à todos para esta festa muito importante do Calendário Litúrgico- Pentecostes, que acontecerá nos dias 18 e 19 de Maio. Você não pode ficar de fora...Sábado será a Vigília( Setor II ) na Comunidade: São Joaquim e Sant'Ana .
 Domingo a Grande Festa Da UNIDADE- Pentecostes( Setor I ) Na Comunidade São José( na Castelo de Castro ).
                                        Convidamos todos a caminharmos juntos  nesta semana de oração , pratiquemos a fraternidade e nos unamos como irmãos no objetivo comum  de servir ao nosso bom e amado Deus.