domingo, 19 de janeiro de 2014
2º Domingo do Tempo Comum - Liturgia Diária
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos:
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém
Oração: | |
Pai, tu enviaste Jesus com a missão de nos introduzir no Reino da fraternidade. Dá-me a graça de reconhecê-lo e fazer-me seguidor dele. | |
Primeira leitura: Is 49,3.5-6 | |
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Salmos: Sl 40 | |
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2° Leitura: 1Cor 1,1-3 | |
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Evangelho: Jo 1,29-34 | |
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Comentário do Evangelho | |
O Servo escolhido por Deus O livro do profeta Isaías abrange um período de quase três séculos. Convenhamos que o profeta do século VIII não viveu tanto tempo assim. Certamente, há uma longa tradição literária que subjaz ao livro que leva o nome do profeta. O texto de Isaías proposto para este domingo faz parte do que se convencionou chamar Dêutero-Isaías, que, normalmente, retrata fatos do período do exílio, na Babilônia. É parte de um dos cânticos do “servo sofredor”. Num enorme esforço apologético, os cristãos encontraram em textos como esse o apoio para justificarem, ante a oposição dos judeus, a paixão e morte daquele que eles professavam como Messias. Na releitura cristã deste texto, a personalidade coletiva, Israel, passa a ser um indivíduo, reconhecido como Messias, Jesus. Ele é o servo escolhido por Deus. O tema do testemunho de João Batista sobre Jesus já está antecipado no prólogo do quarto evangelho (cf. Jo 1,15). O “dia seguinte” (v. 29) refere-se a Jo 1,19-28, episódio em que João é submetido a um verdadeiro interrogatório por parte dos sacerdotes e levitas, enviados pelos judeus de Jerusalém. Esse interrogatório serve ao leitor do evangelho para esclarecer que João não é o Cristo (cf. Jo 1,20). A declaração de João continua ao apontar Jesus como o “cordeiro de Deus” (cf. Jo 1,29). Essa é a única ocorrência, no Novo Testamento, do título cristológico atribuído a Jesus. Trata-se de um título carregado de evocações veterotestamentárias: pode evocar o “servo sofredor” (Is 53,7) e/ou o cordeiro pascal cujo sangue aspergido nas portas das casas livraram os hebreus das pragas do Egito (cf. Ex 12,1ss), aspecto que recorre em Jo 19,14.31-36; pode ainda ligar-se a Ap 17,14, em que o Cordeiro imolado é apresentado como vitorioso. O “cordeiro de Deus” é aquele a quem a missão de João Batista está subordinada (cf. Jo 1,30-31). O reconhecimento do Filho de Deus se dá por uma “visão” (cf. Jo 1,32-34), entenda-se, por revelação, por uma experiência interna e pessoal de Deus. O critério do reconhecimento é a inabitação do Espírito em Jesus. Essa visão em que o Espírito Santo é tangível na pessoa de Jesus faz com que João declare a filiação divina do Nazareno (cf. Jo 1,34). (ver 3 de janeiro) | |
Leitura Orante | |
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O CHAMADO
Infelizmente, ou até felizmente, vivemos numa situação humana marcada por grandes diferenças. Em determinados casos podemos chamar de profundos abismos, seja na área social, política, econômica, psicológica, religiosa etc. Isto está muito claro entre o Criador, totalmente perfeito, e a criatura, condicionada às inumeráveis imperfeições.
Dentro das condições naturais da vida, todas as pessoas são chamadas à perfeição ou, pelo menos, a fazer esforço para viver nestas condições. Portanto, a correspondência a isto depende de cada um. Só assim é possível haver ordem social, convivência harmoniosa e diminuição dos extremos, porque eles são excludentes e, às vezes, desumanos.
Todo chamado supõe alguma resposta, que deve ser assumida com muita responsabilidade. A proposta de Deus, contida na Sagrada Escritura, é apresentada nestas condições, e traz consequências para a vida social. Agindo assim, estamos contribuindo com o bem das pessoas e participando da construção do que motiva o bem viver, a harmonia na comunidade.
Quem faz o bem pode ser chamado de “ungido do Senhor”, de quem entendeu o sentido da vida, e exercita suas qualidades para construir um mundo e uma sociedade como ambiente saudável. Todos nós podemos contribuir para vivenciar essa utopia, quebrando os muros existenciais que aumentam e fortalecem as distâncias.
Um chamado, na visão cristã, identifica-se com a palavra vocação, ou missão de construir alguma coisa. A vida não pode ser infecunda, como uma parasita, que não contribui com nada. Sendo criatura, cada pessoa participa do projeto criador, de construir, de dar perfeição e condições de vida para toda a obra criada, principalmente, o ser humano.
Falar de chamado, como vocação, significa perfeição, mas também santidade, isto é, de uma vida ofertada para o bem da comunidade e para o seguimento de Jesus Cristo. Supõe engajamento comunitário para transforma a sociedade em ambiente de amor e fraternidade. Corremos o grande perigo da fuga e do distanciamento da realidade, da rebeldia contra a vontade do Criador, deixando lugar para o envolvimento do reino do mal, da injustiça e da falta de paz.
Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO ARCEBISPO DE UBERABA - MG www.bispado.org.br |
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