sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Dom Odilo Scherer critica pressa na aprovação do novo Código Penal

14/09
Com um texto de 1940, o Código Penal, em fim, está sendo revisado e reformado de acordo com os costumes da atualidade. Desde 2011, uma comissão de juristas, nomeada pelo Senado Federal, se reuniu periodicamente para debater e propor uma reforma completa do atual Código. O texto final, com todas as propostas, foi entregue no dia 27 de junho ao presidente da Casa, o senador José Sarney, que encaminhou o Projeto de Lei do Senado nº 236/2012 para apreciação dos senadores e, em seguida, dos deputados.
Em artigo intitulado “Código Penal: Por que tanta pressa?”, publicado no último sábado, 8 de setembro, no jornal O Estado de São Paulo, o cardeal arcebispo de São Paulo (SP), dom Odilo Pedro Scherer, faz um crítica à pressa pela aprovação do texto.
“Mulheres e homens sensatos do Congresso Nacional, não seria melhor amadurecer mais esta reforma do Código Penal?”, questiona o arcebispo.
Segundo dom Odilo, houve audiências públicas, “mas reclama-se de uma escuta desigual do pensamento da sociedade e de uma atenção privilegiada a grupos de interesse e pressão, em detrimento também da comunidade especializada do mundo jurídico, que sente a falta de um tempo mais adequado para a reflexão serena sobre as propostas de mudança”.
O cardeal destaca algumas propostas controvertidas, entre elas está a do aborto. “Além dos casos de aborto ‘não punível’ já previstos - em caso de risco de vida para a mãe; em caso de estupro; em caso de malformação do cérebro -, introduzem-se, agora, casos em que o aborto deixa de ser crime e outros, em que, mesmo ainda prevendo penas, na prática essas não se aplicam. O aborto praticado sem o consentimento da mãe será punido; mas se for praticado com o consentimento da mãe, a pena acaba não sendo aplicada. Desse modo, resguarda-se a decisão de um sujeito adulto e autônomo, mas não se protege o direito à vida de um sujeito inocente e indefeso. Se o Projeto Sarney for aprovado, como proposto, a natureza lesiva do aborto ficará radicalmente alterada”, diz dom Odilo.
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, esteve, no dia 30 de agosto, com o senador José Sarney, para entregar oficialmente um pedido de extensão do prazo para o debate com a sociedade civil a respeito do novo Código. O prazo já foi ampliado uma vez e a intenção da Conferência dos Bispos é que este prazo possa ser estendido mais uma vez para que haja maior participação de entidades, organismos da sociedade civil no aperfeiçoamento do Código.
Dom Damasceno também conversou com o senador sobre outros assuntos ligados ao Código Penal, como o aumento da penalização, que segundo o cardeal “vai resultar numa superpopulação das nossas prisões”, questões sobre a vida humana, “que deve ser preservada desde o seu início até o seu termino natural” e a eutanásia.
“O que queremos é que alguns princípios norteiem o nosso Código Penal, como o princípio da pessoa humana, o bem público, a convivência social, e que o novo Código não haja só a preocupação de penalizar, mas que tenhamos alternativas, como as chamadas Penas Alternativas”, explicou o cardeal arcebispo de Aparecida (SP).
A CNBB, ao final da 50ª Assembleia Geral dos Bispos, aprovou a criação de uma Comissão de especialistas a fim de também dar sua contribuição sobre o projeto do novo Código. Outras entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, o Instituto dos Advogados Brasileiros, o Conselho Nacional do Ministério Público, igrejas evangélicas, seguem o mesmo caminho.
Outras opiniões
“O debate sobre o novo Código Penal exige tempo e cautela”, afirmou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, durante audiência pública realizada no mês passado, em Brasília (DF). Ele pediu pelo menos 60 dias para que a análise seja madura e profunda.
“Este é um Código que mexe com a vida das pessoas e lida com o bem maior do ser humano: a liberdade” ressaltou Ophir. Ele ainda explicou que a OAB também criou uma comissão de juristas para estudar a reforma do Código.
Para Ophir, é preciso cuidado com a elaboração de uma legislação com base no clamor popular. Ele admitiu que o cidadão brasileiro não tolera mais a impunidade e outros desmandos, mas obervou que não deve haver precipitação no novo Código.
Ophir disse ainda que questões como maus-tratos a animais, crimes ambientais e bullying precisam de uma reflexão sociológica. Em sua opinião, o bullying, por exemplo, deve ter um tratamento mais educativo e menos penal.
O presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Fernando Fragoso, também pediu que a análise do novo código seja feita sem pressa. Ele lembrou que o debate sobre temas polêmicos, como a ampliação das possibilidades do aborto legal, será importante para a sociedade brasileira.
Já Taís Schilling Ferraz, integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), disse que o conselho também não esgotou o debate sobre o assunto. Ela afirmou que a elaboração do novo texto legal é um grande desafio, que exige tempo e dedicação.
Taís criticou a diminuição de algumas penas e prometeu encaminhar, à comissão especial, sugestões sobre crimes contra crianças e mulheres.

Fonte: cancaonova

A PORTA DO CORAÇÃO



Um homem havia pintado um lindo quadro.
No dia de apresentá-lo ao público, convidou todo mundo para vê-lo. Compareceram as autoridades do local, fotógrafos, jornalistas, e muita gente, pois o pintor era muito famoso e um grande artista.
Chegado o momento, tirou-se o pano que velava o quadro. Houve caloroso aplauso. Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa. O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte.
Um observador curioso, porém, achou uma falha no quadro: A porta não tinha fechadura. Então foi perguntar ao artista:
- Sua porta não tem fechadura! Como se fará para abri-la?
- É assim mesmo - respondeu o pintor. - Esta é a porta do coração humano. Só se abre do lado de dentro.
AUTOR DESCONHECIDO

Exaltação da Santa Cruz


14 de Setembro

Santa Cruz, sede a nossa salvação!

Exaltação da Santa Cruz  Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso :

"Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos " (I Cor 1,23)

Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus.

A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Graças a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: "Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada".

"Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!"

México: Começa 16º Encontro Nacional de Enfermos e Idosos Missionários


Teve início nesta quinta-feira, 13, e segue até o próximo dia 16, em Tampico, México, o 16º Encontro Nacional de Enfermos e Idosos Missionários, atividade da Pontifícia Obra da Propagação da Fé.

A Argentina participará do encontro através do coordenador nacional dos enfermos e idosos missionários, Dr. Fabian Romano. O diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) do México, padre Guillermo Martinez Morales, convidou as POM da Argentina para expor o serviço desenvolvido pelos Enfermos e Idosos, atividade que não só tem crescido significativamente naquele país, nos últimos anos, também, muitas pessoas têm descoberto a sua vocação missionária.
“Esta visita ao México será oportuna para conhecermos a experiência da comunidade das Irmãs Missionárias Camilas, desenvolvido com os pobres e necessitados, como fez São Camilo de Lellis”, comentou Dr. Fabian. “Também, no Centro de Humanização São Camilo, haverá uma reunião na qual vou fazer uma exposição sobre a dignifidade da pessoa, a defesa da vida e da realidade dos doentes e idosos”, completou.Fonte: POM

Síntese do congresso de 20 anos do Catecismo e sobre o Ano da Fé


Hino da JMJ Rio2013 é lançado hoje no Rio de Janeiro


14/09
O Hino oficial da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 é lançado hoje, no evento “Aventura da Cruz”. A cerimônia contará com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D´Aniello, e do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que também é Presidente do Comitê Organizador Local da JMJ.
Em um palco montado ao lado da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz, perto de onde será a vigília e a missa final da JMJ uma sucessão de eventos artísticos e religiosos marcará, a partir das 20h, a divulgação do Hino oficial do evento que contará com a presença do Papa Bento XVI. A Jornada, considerada o maior evento mundial direcionado à juventude, reunirá milhões de pessoas entre os dias 23 e 28 de julho do próximo ano na cidade do Rio de Janeiro, e além de Santa Cruz, Copacabana será o palco dos outros eventos centrais.   O lançamento do Hino “Esperança do Amanhecer!” será feito por Dom Orani João Tempesta, às 22h, seguido de missa presidida por Dom Giovanni D´Aniello e da tradicional Vigília de jovens adoradores. O autor da canção – escolhido por meio de um concurso com mais de 180 inscritos – é o Padre José Cândido, da paróquia de São Sebastião de Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele é autor de músicas litúrgicas conhecidas no Brasil, como "Toda bíblia é comunicação" e "Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo".   Para o Padre José Cândido, a maior expectativa é em relação à sua repercussão entre os jovens durante a Jornada. "Espero que cause entusiasmo e alegria. Esta é a maior gratificação”, assinalou.
 Tanto o Hino quanto o clipe – que foi filmado no Cristo Redentor com câmeras Full HD (High Definition) e contou no seu elenco com cerca de 150 voluntários – foram produzidos pelo renomado produtor musical Marco Mazzola, da MZA Music. “Quando recebi a missão do Hino, senti que precisava dar cara jovem, moderna, com uma ritmia que pudesse embalar toda a juventude. Foi quando um dia, dirigindo, escutei uma voz que dizia: seja audacioso, faça com que a batida do coração do Senhor possa sacudir toda a juventude do Brasil e do mundo. E este foi mais um dos desafios da minha vida”, diz Mazzola.
Além de Bispos do Estado do Rio e de sacerdotes, estarão presentes nesta seta-feira os cantores que participaram da gravação do Hino e do clipe da JMJ: Adriana Arydes, Olivia Ferreira, Eliana Ribeiro, Walmir Alencar e Leandro Souza (banda Frutos de Medjugore).
 A escolha da data e do local foi proposital: além do bairro de Santa Cruz estar completando 445 anos, neste dia comemora-se na Igreja Católica a “Festa da Exaltação da Santa Cruz” e a cruz é o principal símbolo das Jornadas mundiais da Juventude, que se encontra peregrinando pelo país atraindo milhares de jovens por onde passa.
A Paróquia Nossa Senhora da Conceição fica na Praça Dom Romualdo, número 11. O evento é gratuito, aberto ao público de todas as idades e estima-se a presença de 10 mil pessoas.
A Programação da “Aventura da Cruz” e lançamento do Hino da JMJ Rio2013 divulgada no site oficial da Jornada (www.rio2013.com) é a seguinte:
18h - Encontro dos jovens com o Núncio Apostólico Dom Giovanni D´Aniello (Embaixador do Vaticano no Brasil)
20h - Animação para acolher a juventude
20h45 - Apresentação do Setor de Juventude (Coordenadores Gerais dos jovens na Arquidiocese do Rio de Janeiro)
21h - Início do show dos cantores católicos
22h - Palavras do Núncio Apostólico Dom Giovanni D´Aniello e lançamento do Hino feito por Dom Orani João Tempesta
22h30 - Missa presidida pelo Núncio
23h45 - Procissão para o interior da Igreja - Inicio da Vigília dos Jovens Adoradores.

Fonte: acidigital

Pai e mãe são necessários na igreja doméstica que é a família, recorda teólogo


14/09 -
Ao participar do Congresso "A Mariologia do Concílio Vaticano II", celebrado em Roma, o Secretário da Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos, Dom Juan Miguel Ferrer Grenesche, recordou que toda família, como igreja doméstica, necessita de um pai e uma mãe.  
Dom Ferrer, natural de Toledo (Espanha), foi professor de liturgia por 20 anos. Desde o ano 2009 trabalha na Santa Sé, além disso, faz parte da Sociedade Mariológica Espanhola, a qual serve como especialista liturgista.  
Em entrevista com o grupo ACI, o funcionário vaticano recordou que dentro da família que forma a Igreja, "Deus é nosso Pai, Jesus Cristo é nosso irmão mais velho, o Espírito Santo é a alma da nossa vida, e a Virgem Maria reflete o ser maternal de Deus, e manifesta como no homem e na mulher, em Cristo e nela, está presente a imagem e semelhança de Deus".  
Da mesma maneira, em cada família, igreja doméstica, "sempre tem que haver um pai e uma mãe", indicou.  
Dom Ferrer acentuou especialmente que para um católico e para um cristão Maria "é algo essencial no desígnio de Deus e na vida dos cristãos".  
"De fato nossos irmãos protestantes estão recuperando agora este sentir e protagonismo da Virgem Maria em sua vida de cristãos", enquanto que "os ortodoxos nunca o perderam, porque o papel da Virgem Maria na nossa vida é o papel que Deus quis", disse.  
O funcionário vaticano, falou no dia 6 de setembro na Pontifícia Universidade Antonianum ante mais de 300 participantes sobre "As implicações práticas e pastorais da Mariologia pós-conciliar".  
Ao explicar a renovação teológica que aconteceu ao longo destes anos na Mariologia do Concílio Vaticano II, ressaltou algumas mudanças:  
"Primeiro na teologia, depois na catequese, na pregação, na maneira de celebrar as festas e as devoções da Virgem, logo, seu reflexo na liturgia e na Missa de cada dia, e nas Missas das Festas da Virgem Maria".  
Finalmente, e à luz dos ensinamentos dados pelo Concílio Vaticano, Dom Ferrer indicou que Deus escolheu a Maria "para ser a mãe de Cristo nosso salvador".  
"Cristo na cruz nos entrega a Maria como Mãe na pessoa de João, portanto, é Deus o que já está decidindo um pouco o papel que a Virgem tem na nossa vida".  
A Virgem, disse o teólogo, "de maneira alguma eclipsa a Jesus, de maneira alguma eclipsa a Deus, e sempre nos leva a Jesus, sempre nos leva a Deus, Ele quis que ela estivesse presente".

Fonte: acidigital

Primeira leitura (Números 21,4b-9)


Sexta-Feira, 14 de Setembro de 2012
Exaltação da Santa Cruz


Leitura do Livro dos Números.

Naqueles dias,
4bos filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem o povo começou a impacientar-se, 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela, viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente, e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!


Ou
(escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura
(Fl 2,6-11)

Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses.


6
Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9
Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor” — para a glória de Deus Pai.


- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

(Salmos 77)



— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!
R— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!


— Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.
R
— Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.R
— Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.R
— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor. R

Um pouco de Reflexão!

A Palavra de Deus nos convida, irmãos e irmãs, a uma profundidade que vem do Espírito Santo, o qual pode fazer calar a verdade em nossas almas, gerando atitudes concretas que apontam para o mistério dos mistérios, fonte de toda a graça: a Santíssima Trindade!
Em busca de beber da fonte, e talvez ainda marcado pelo medo de se expor, Nicodemos vai ter com Jesus no cair da tarde (cf. Jo 3). Sendo a Luz do mundo, o Senhor não o condena, mas o acolhe em sua procura e miséria para nos revelar o Senhorio no amor que salva! Senhorio que abrange o passado, presente, futuro e toda eternidade!
Jesus é Senhor para aproximar e nos levar ao Céu! Mesmo que, depois de mais dois milênios, Ele tenha de ouvir, até de cristãos: “Mas ninguém veio de lá!” “Ninguém voltou de lá para contar!”. A primeira interrogação pode expressar uma triste distração quanto à Palavra de Deus, enquanto a afirmação segunda pode patentear uma ignorância que precisa ser superada, pois Aquele que só tem palavras de vida eterna veio do Alto, para “lá” (mais a frente será explicada as aspas) retornou e, ao mesmo tempo, continua no meio de nós de diferentes maneiras. Fundou a Sua Igreja como sacramento universal do amor e da verdade que não abandona os amados: “Ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu: o Filho do Homem” (Jo 3, 13).
Cristo é ponte de comunhão salvífica, Ele continua na história a se comunicar o Seu plano de amor pelo poder do Espírito Santo! Plano de salvação da Santíssima Trindade para toda realidade criada, tendo o ser humano como o centro e meio de plenificação de todas as coisas no amor: “De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o Seu Filho único, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (cf. Jo 3,16).
Sabe-se que, no Evangelho de São João, diferente dos Evangelho Sinóticos, utiliza-se pouco a palavra Reino; no lugar desta, encontra-se os conceitos vida ou vida eterna. Par dizer que a comunhão com Jesus pela fé, esperança e amor significa participação real no Reino e certeza de uma vida plena e eterna a partir do tempo: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17, 3). Sim! O Evangelho a ninguém engana! É possível experimentarmos a vida eterna (escatologia presente) já agora, mediante um relacionamento sincero com Ele: a vida eterna que apareceu no nosso meio! Uma graça que não merecemos, mas, por misericórdia, foi conquistada pela entrega total d’Ele por cada um de nós. Um amor oblativo e radical: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna” (Jo 3, 14-15).
O Filho de Deus, não se importou em humilhar-se cada vez mais (cf. Fl 2, 6-11), até o ponto de poder ser comparável àquela antiga serpente de bronze feita por Moisés (cf. Nm 21, 6-11). Tudo isto por força do humilde amor! Ou conceito chave, que encontramos também nas Escrituras, quando se refere ao mistério de Cristo.
Só Jesus poderia revelar a necessidade do Amor Eterno, em se expressar de tantas formas, que chegou a ligar, intimamente, o momento de Sua crucifixão e morte à glorificação-exaltação. Por isso, ensina o Catecismo da Igreja Católica, sem erro: “A Morte de Jesus não foi fruto do acaso, nem coincidência infeliz de circunstâncias várias. Faz parte do mistério do desígnio de Deus…” (CIC nº 599). Projeto de amor que não exclui ninguém e tampouco anula a liberdade humana para que ele se concretize totalmente na vida de cada um.
É verdade que Jesus já fez o “necessário” para a salvação de todos, mas o Seu incansável amor continua a agir mediante a Sua Igreja, ou ainda, por meio de membros do Seu Corpo Místico que, por influxo do Espírito Santo, caminha neste mundo como povo de Deus, rumo à pátria definitiva.
Explicando as aspas, e não só, uma morada Eterna revelada por Quem de “lá” veio, ainda que este “lá”, não seja um lugar geográfico-material no tempo e no espaço, enquanto realidade pós-morte, pois Céu é o jeito glorioso de Deus (cf. CIC nº 2794)! No entanto, o aqui e o agora da decisão de exaltar a cruz e todos demais mistérios de Cristo, com a nossas palavras e vida, não pode, de forma alguma, esperar o juízo particular ou final. O tempo da conversão é agora: “É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (2Cor 6,2). Exaltado seja a cruz do Senhor! A Ele toda a honra e toda a glória, por todos os séculos dos séculos! Amém!
Padre Fernando Santamaria- Comunidade Canção Nova

Evangelho (João 3,13-17)




— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos:
13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.
16
Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.


- Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.