terça-feira, 19 de agosto de 2014

Mês Vocacional: Vida Religiosa

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
 
No terceiro domingo do mês vocacional celebramos a vocação religiosa. Quando nos referimos à vida religiosa temos presente os homens e mulheres que vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação.
Na solenidade da Assunção de Maria ao céu, a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para todos os cristãos, e, de forma particular, dos que se consagram a Deus pelos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades, apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e missão. Recordamos aqui os inúmeros Institutos Seculares.
Na Igreja no Brasil rezamos pelas vocações à vida consagrada no terceiro domingo de agosto. São João Paulo II instituiu uma data especial para a comemoração da vida consagrada, dia 2 de fevereiro, festa da Apresentação do Senhor. O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem sua existência ao serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida.
A origem da vida consagrada está, pois, no seguimento de Jesus Cristo a partir da profissão pública dos conselhos evangélicos. A referência vital e apostólica são os carismas de fundação. Sua função consiste em dar testemunho de santidade e do radicalismo das bem-aventuranças. Exige-se dos consagrados total disponibilidade e testemunho de vida, levando a todos o valor da vocação cristã. São sinais visíveis do absoluto de Deus através do sinal de Jesus Cristo pobre, casto e obediente.
A vida religiosa nasce em e para a Igreja. Nasce de sua vitalidade intrínseca, como expressão máxima de si mesma, como sua “radiografia” ou seu “substrato” mais profundo. Por isso, a vida religiosa não é algo marginal à Igreja, porém, ela mesma expressando-se em sua pureza total, naquilo que é e naquilo que tende ser no Reino consumado.
A vida religiosa tem como missão expressar visível e socialmente a santidade da Igreja. Por isso, por alguém foi definida “a profissão exterior da perfeição cristã” e afirma que “não supera os compromissos do batismo, mas é sua complementação total e perfeita” e que “neste estado a Igreja professa publicamente a perfeição à qual almeja conduzir todos seus filhos” ainda “o que nele se vive não é um mero acessório, porém, o que há de mais substancial na essência da Igreja”.
A vida consagrada, em suas diversas formas, tanto apostólica como contemplativa e monástica, é evangelizadora pela sua própria existência. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil dizem que a vida consagrada evangeliza na medida em que “vive radicalmente a experiência cristã e testemunha a entrega total no seguimento de Cristo”. Não só, o melhor serviço está na “força pastoral que lhe vem, sobretudo do fato de ser expressão do seguimento de Cristo no meio do Povo de Deus que é sinal de esperança para ele”.
Todo o religioso deve sentir com a Igreja, imbuir-se dos seus problemas, estar a par de suas necessidades, trabalhar fervorosamente no seu serviço e palmilhar suas orientações. Tal empenho é como uma exigência prioritária do seu mesmo ser religioso, de sua consagração, que o engaja no íntimo mistério da Igreja.
A presença dos consagrados e consagradas em nossas comunidades é significativa e imprescindível, pelo que são (a vida) e pelos serviços que prestam nos diferentes campos pastorais. Os religiosos e religiosas encontraram novas maneiras de viver em comunidades e de animar as comunidades eclesiais e as pastorais específicas. Ou seja, em tudo a vida consagrada tem aprofundado sua consagração a Deus na vivência dos conselhos evangélicos em vista da construção do Reino.
Vamos rezar pelos religiosos e religiosas, pelos consagrados e consagrados, para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles vamos formar a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização.
Fonte: Conferência dos Bispos

Padres Jubilandos neste mês de agosto

Jubileu de Prata e de Ourojubileu

Durante o mês de agosto alguns padres de nossa Arquidiocese celebrarão jubileu de prata e de ouro de sua ordenação presbiteral.

Jubileu de Ouro – 50 anos

Pe. José Maria Cavalcante Costa e Pe. Francisco de Assis Apolônio, diocesanos, ordenados em 15 de agosto de 1964; Pe. Estevão José Castelo de Lima, cistenciense, ordenado em 20 de agosto de 1964.
Pe. José Maria e Pe. Apolônio foram ordenados por Dom José de Medeiros Delgado, juntamente com Pe Pascoal Rios Osterne, hoje pertencente à diocese de Itapipoca, Miguel Arcanjo Fernandes Brandão e Antônio Aroldo Passos Aquino, hoje casados e professores. A ordenação se deu em agosto, comemorando antecipadamente o centenário do Seminário da Prainha, cuja data de fundação é 18 de outubro (este ano é o sesquicentenário), porque o arcebispo e os bispos de setembro a dezembro estariam participando da 3ª sessão do concílio Vaticano II. Esta ordenação foi a primeira celebrada, aqui na arquidiocese, em vernáculo, ou seja, em português.
Os padres José Maria e Apolônio, durante estes cinquenta anos, sempre foram párocos em diversas paróquias da Arquidiocese.
  • Padre José Maria
- De 06/01/1965 a 07/03/1966: Vigário Cooperador da Salete.
- De 13/05/1966 a 04/02/1967: Voluntário na Arquidiocese de São Luís, Paróquia de São Mateus – MA.
- De 19/02/1967 a 4/08/1974: Vigário de Aratuba.
- De 24/09/1974 a 04/02/1978: Aluno de Teologia Pastoral na Universidade dos Dominicanos, em Roma e voluntário na diocese de Rio Branco – AC.
- 1978: Aratuba.
- De 19/03/1979 a 20/03/1983: Vigário de Palmácia e Aratuba.
- De 21/03/1983 a 08/02/1986: Voluntário em São Geraldo, Conceição do Araguaia-PA.
- De 04/03/1986 a 06/10/1990: Pároco de Acarape e Barreira.
- De 06/10/1990  a 11/10/1992: Pároco de Messejana.
- De 11/10/1992 a 16/02/1997: Pároco de Pitombeiras.
- De 19/02/1997 a 28/02/2003: Animador da Área Pastoral do Guajeru.
- Desde 20/01/2003 até 25/12/2010: Pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Graças, Ideal.
- Desde 2011 tem sua residência e ação pastoral, como padre missionário itinerante na comunidade de Timbaúba, paróquia de Chorozinho.


  •  Padre Apolônio
- De 06/01/1965 a 12/02/1966: Vigário de Itapipoca e Assunção.
- De 06/03/1963 a 01/03/1968: Pároco de Guanacés.
- De 16/03/1968 a 15/08/1977: Pároco de Itapebussu, em Maranguape.
- De 23/09/1977 a 20/09/1978: Estudos em Roma.
- De 25/09/1978 a 22/02/1979: Diretor Espiritual do Seminário.
- De 06/10/1978 a 22/02/1979: Pároco da Cidade dos Funcionários.
- De 24/02/1979 a 23/12/1983: Pároco de Caucaia.
- De 27/12/1983 a 31/12/1984: Reitor do Seminário de Filosofia NE 1.
- De 01/03/1983 a 28/02/1984: Administrador Paroquial de Guaiúba.
- De 06/04/1985 a 30/06/1988: Pároco de Santo Afonso.
- Desde 30/07/1988:  Pároco de Santa Luzia.

Pe Estevão é cisterciense, mas estudou no Seminário Menor da Prainha, em Fortaleza, na década de cinquenta. Entrou na Congregação Brasileira dos Cistercienses na qual foi ordenado. Na década de noventa, veio fundar uma casa dos cistercienses na Arquidiocese de Fortaleza, no bairro Barroso, grande Messejana.

Jubileu de Prata – 25 anos

-Pe. Juarez de Brito Cardoso, ordenado no dia 12.08.1989;
-Pe. Alderi Leite de Araújo, ordenado no dia 13.08.1989


  • Pe. Juarez
pertencia à diocese de Tianguá e foi ordenado na Paróquia de Viçosa. Desempenhou seu trabalho pastoral nas seguintes paróquias da Diocese de Tianguá e da Arquidiocese de Fortaleza a que pertence atualmente.
- 20/08/1989 a 15/09/1994: Vigário paroquial de Camocim, Diocese de Tianguá.
- 01/10/1994 a 25/02/1998: Vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Fortaleza.
- 25/02/1998 a 28/02/2004: Pároco de Antônio Bezerra.
- Desde 01/03/2004: Pároco da Paróquia Nossa  Senhoras das Graças, Vila Manoel Sátiro.


  • Pe. Alderi
 sempre exerceu o ministério presbiteral na Arquidiocese de Fortaleza.
- De 13/08/1989 a 30/06/1993: Animador da Área Pastoral de Tancredo Neves;
- De 28/06/1993 a 24/06/1995: Pároco de Horizonte;
- 13/08/1989 a 30/06/1995: Reitor do Seminário Propedêutico e Centro Vocacional;
- De 01/03/1988 a 30/06/1995: Professor da ESPAC;
- De 01/03/1991 a 30/06/1995: Professor do ICRE
- De 02/07/1995 a 05/01/2006: Pároco de Messejana;
- Desde 05/01/2006: Pároco do Mucuripe.

Aos queridos jubilandos, nossos parabéns pelos anos de amor, dedicação e disponibilidade no serviço do Senhor na Arquidiocese de Fortaleza e por onde passaram. As bênçãos de Deus desçam permanentemente sobre eles concedendo-lhes saúde, graça abundante e vida plena.

Plebiscito Popular e Reforma Política


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A Igreja Católica no Brasil, através da Comissão da CNBB que acompanha a Reforma Política, está empenhada na coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular de Reforma Política Democrática, e para a votação no Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana para a Reforma Política no Brasil.
Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, Bispo Auxiliar de Belo Horizonte e Presidente da Comissão da CNBB que acompanha a Reforma Política, em uma carta dirigida à Plenária dos Movimentos Sociais assim se expressa:
“Os Movimentos Sociais são um eficiente termômetro da participação popular imprescindível à condução do Brasil pelas estradas da justiça e da paz, da vida digna para todos, da partilha dos frutos do desenvolvimento sustentável, da democracia e da liberdade, do respeito à diversidade e aos princípios éticos”.
Mais adiante afirma:
“Estou certo que hoje somos todos desafiados a melhorar o Brasil em todos os aspectos, não obstante os reconhecidos avanços já conquistados. Isto exige um hercúleo esforço para melhorarmos nossa linguagem e formas de comunicação com a sociedade, particularmente com os pobres e com os jovens”.
No final nos convoca a participar desse movimento pela Reforma Política, afirmando que ela é urgente e indispensável, pois é mãe de várias outras reformas esperadas pelo povo.
“Estamos em campanha de conscientização e coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular de Reforma Política Democrática, da Coalizão pela Reforma Política e para o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva para a Reforma Política no Brasil. Sabemos que só alcançaremos as assinaturas necessárias se nos unirmos. Se nos unirmos, podemos melhorar a política e o Brasil. Recebam meu fraterno abraço”.
No dia 9 de agosto, a convite da articulação das Pastorais Sociais, CEBs e Organismos da Arquidiocese de Fortaleza, tivemos um encontro com o Prof. Pedro Ribeiro de Oliveira, cientista político, que em diversas ocasiões tem prestado assessoria a CNBB e a dioceses no Brasil, exatamente para nos esclarecer sobre estes dois encaminhamentos. Cerca de 150 pessoas, leigos, leigas e padres das diversas Regiões Episcopais estiveram presentes.
  •  Para que fique bem claro:
Projeto de Lei de Iniciativa Popular de Reforma Política Democrática
1 – Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político: de 1 a 7 de setembro. Está em sintonia com O Grito dos Excluídos. As cédulas para a votação devem ser apanhadas na CUT. A lista para assinatura dos que votarem pode ser conseguida no Secretariado de Pastoral. Para votar é necessário um documento comprobatório.
Informações: Secretaria operativa Nacional
  •  Comitê Regional Ceará:
Rua Solon Pinheiro 915, Rua José Bonifácio – Fortaleza
(85) 3464 7377
Facebook: plebiscitoconstituintece

2 – Projeto de Lei de Iniciativa Popular de Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. É necessário que haja a assinatura com o número do título eleitoral de 1% do eleitorado brasileiro para que possa ser encaminhado ao Congresso Nacional. O final do prazo não é uma data, mas a totalização de assinaturas.
As listas com as assinaturas podem ser buscadas no Secretariado de Pastoral da Arquidiocese, nas secretarias das Regiões Episcopais ou impressas a partir do saite: www.reformapoliticademocratica.com.br
Depois de assinadas podem ser encaminhadas ao Secretariado de Pastoral da Arquidiocese para que as envie à CNBB.
 Faça o download do formulário para assinar a favor da proposta de lei da Reforma PolíticaCLIQUE AQUI

O Papa Francisco e a ecologia


Padre Geovane Saraiva*

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O mundo  aguarda ansioso e, ao mesmo tempo se regozija, pelo sopro do Espírito Santo de Deus em Francisco, na sua prática ecológica e ambiental, vivendo verdadeiramente o compromisso assumido no dia 13 de março de 2013, entregando em breve nas mãos do povo de Deus sua nova Encíclica sobre a ecologia. O exemplo maior é dado por ele mesmo, o Papa Francisco, a nos dizer que sempre mais devemos nos convencer que de Deus viemos, para Deus é que existimos e para Deus voltaremos. Que a fé é verdadeiramente um grande tesouro, e isto me faz imediatamente lembrar as palavras de Jesus à Samaritana: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva.” (cf Jo 4,10), encaixando-se de um modo especial na preciosíssima pérola que é nossa fé. Daí o nosso esforço de fazermos de tudo para possuí-la, uma vez que sem ela nossa vida seria completamente pobre, a ponto de perder todo aquele belo e maravilhoso encanto e mesmo seu sentido !

A fé no seu sentido mais amplo é a nossa grande e maior riqueza; é o abandono total de cada pessoa nas mãos de Deus, entregando nossos destinos aos destinos do nosso Deus, infinitamente bom.  Francisco de Assis, depois de descobrir o enorme amor de Deus, insondavelmente se perguntou: “Quem sou eu, quem sois Vós? Uma noite toda foi insuficiente para saborear esta realidade tão grande. Francisco embeveceu-se no amor divino. A transcendência de Deus manifestando-se na imanência da Encarnação encantou seu coração. Mais e mais ele se extasiava diante do Bom Senhor, do Altíssimo, do Sumo Bem, do Único Bem, de todo o Bem. E o que sentia ia-se tornando oração. Convém ler e meditar as orações que brotaram, espontâneas, desta alma toda repleta da imensa misericórdia do Senhor” (Os Fioretti de São Francisco de Assis).
Pensando em uma vida com maior encanto na face da terra, no seu sentido mais largo e profundo, é que o nosso querido Papa Francisco está trabalhando na elaboração de sua nova Encíclica sobre o tema da ecologia, que ainda não tem data certa para a sua publicação. O maravilhoso, no entanto, é a sua humildade explicitada em sua atitude de acercar-se de especialistas para escrever este documento, além da contribuição de pessoas da melhor qualidade, no que diz respeitos aos indígenas, ao ecossistema e à vida da floresta amazônica, tais como, Dom Erwin Krautler, Bispo do Xingu, sem esquecer o grande antropólogo e teólogo Paulo Suess, ambos do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), no Brasil.
Colaboração vital e de uma importância incomensurável, não poderia faltar, oriunda dos filhos espirituais de São Francisco de Assis, na pessoa do Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Michael Perry, que já entregou ao Sumo Pontífice o documento “Franciscanos pela Ecologia”. Com absoluta certeza o Papa irá falar aos cristãos, bem como as pessoas de boa vontade do planeta em sua Carta Encíclica sobre a importância da ecologia, dizendo alto e em bom tom que este mundo tem que ser reflexo da cidade santa, da nova Jerusalém e que jamais podemos pensar em edificar este mundo sem Deus.
Que as palavras do Cardeal Lorscheider, impoluto filho de São Francisco e grande baluarte na defesa da vida e da ecologia, que do céu não cessa de pensar no nosso mundo tão contraditório, sobretudo, quando o mesmo encantava as pessoas, ao falar do pobrezinho de Assis: “No Cântico das Criaturas, que expressa esta liberdade interior e exterior, conseguida pelo Santo de Assis; que só uma vida inteiramente aberta a Deus e ao Irmão é capaz de dar à criatura humana o gozo da libertação, que conduz à liberdade pura e santa com que Deus nos criou”, para que tenhamos um mundo, a partir da ecologia, mais de acordo com o projeto do Criador e Pai. Assim seja!
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, colunista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal – Pároco de Santo Afonso – geovanesaraiva@gmail.com

Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração:
Pai, desapega meu coração das coisas deste mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça minha fé na Providência!
Primeira leitura: Ez 28,1-10
Leitura da Profecia de Ezequiel
1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2“Filho do homem, dize ao príncipe da cidade de Tiro: Assim fala o Senhor Deus: Porque o teu coração se tornou orgulhoso, tu disseste: ‘Eu sou um deus e ocupo o trono divino no coração dos mares’. Tu, porém, és homem e não um deus, mas pensaste ter a mente igual à de um deus.
3Sim, tu és mais sábio do que Daniel! Segredo algum te é obscuro. 4Com talento e habilidade adquiriste uma fortuna, acumulaste ouro e prata em teus tesouros. 5Com grande tino comercial aumentaste tua fortuna, e com ela teu coração se tornou soberbo. 6Por isso, assim diz o Senhor Deus: Por teres igualado tua mente à de um deus, 7vou trazer contra ti os povos mais violentos dos estrangeiros. Eles puxarão suas espadas contra a tua bela sabedoria e profanarão o teu esplendor.
8Eles te farão baixar à cova, e morrerás de morte violenta no coração dos mares. 9Porventura, ousarás dizer: ‘Sou um deus!’ na presença de teus algozes, tu que és um homem e não deus, nas mãos dos que te apunhalam? 10Morrerás da morte dos incir­cuncisos, pela mão de estrangeiros, pois fui eu que falei — oráculo do Senhor Deus”. 
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Dt 32,26-36
          — Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!
— Sou eu que tiro a vida, sou eu quem faz viver!

— Pensei: “Vou espalhá-los pela terra, farei cessar sua memória inteiramente”. Mas receava a reação dos inimigos, a má interpretação dos adversários.

— Eles diriam: Nossa mão prevaleceu, não foi o Senhor Deus que isto fez. Porque meu povo é gente sem juízo, é gente que não tem discernimento.

— Como pode um homem só perseguir mil, como dois podem fazer fugir dez mil? Não é porque sua Rocha os vendeu, não é porque o Senhor os entregou?

— Já vem o dia em que serão arruinados e o seu destino se apressa em chegar. Porque o Senhor fará justiça ao seu povo e salvará todos aqueles que o servem.
 
 
Evangelho: Mt 19,23-30
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”.
27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
A salvação é dom de Deus.O evangelho de hoje apresenta que a riqueza pode se constituir em um obstáculo intransponível para entrar na comunhão com Deus. A preocupação desordenada com o ter entrava a liberdade e impede a pessoa de confiar e depender unicamente de Deus. Nesse sentido, o ter pode ser e é expressão da idolatria. Ante a intervenção dos discípulos, Jesus responde que tudo está remetido à misericórdia divina, pois a salvação é dom de Deus. A teologia da retribuição contaminou desde há muito tempo a relação do povo com seu Deus. A pergunta de Pedro a Jesus, “Que haveremos de receber?”, uma vez que tinham deixado tudo por Cristo, é expressão dessa teologia. A resposta de Jesus aponta para a escatologia e promete, para os que permanecerem fiéis no seu seguimento, a participação no juízo do mundo. O cêntuplo prometido é o reconhecimento de Deus do valor inestimável de cada pessoa e a participação dela na vida divina. É preciso insistir: cada um deve se esforçar, segundo suas possibilidades, para entrar no Reino dos Céus. No entanto, a salvação não é medida por esse esforço, pois ela é dom de um Deus que torna possível o que aos olhos do mundo parece impossível.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura orante, rezando ao Espírito, com todos os que estão na web:
Espírito santificador,
a ti consagro a minha vontade:
Ajuda-me a dizer sim
ao Projeto de Deus para a minha vida.






1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto Mt 19,23-30,
e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Parece não soar bem ouvir Jesus dizer que é difícil um rico entrar no Reino do Céu. Ele sempre foi tão bom e misericordioso. Posso pensar então, de que rico é este que ele fala. Para Jesus, rico é quem faz dos bens materiais verdadeiros ídolos, colocados em primeiro lugar na sua vida. Rico é que fecha o coração para os irmãos e para Deus. Rico é quem explora o pequeno e pobre para aumentar sua fortuna. Rico é quem engana e suborna os demais. Rico é aquele que não se sensibiliza com o necessitado. Só pensa em si. Por isso, não existe no seu coração espaço para Deus e sua graça. Para ele é impossível entrar no Reino do Céu.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Vou verificar se não tenho também eu, alguns ídolos que me atrapalham para,
desde já, viver em clima do Reino de Jesus.
Apego-me a alguma coisa da qual posso abrir mão, dificuldade em dividir o que tenho, partilhar coisas, mas também a bondade, o amor, a paciência, o carinho, as alegrias e até as dores com as pessoas de minha família, de meu círculo de amigos e colegas de trabalho ou escola.
Os bispos na Conferência de Aparecida, disseram: "devemos dar a partir da alegria de nossa fé". E falam, até da "outra margem". " Nosso desejo é que esta V Conferência seja um estímulo para que muitos discípulos de nossas Igrejas vão e evangelizem na "outra margem". A fé se fortalece quando é transmitida e é preciso que entremos em nosso continente em uma nova primavera da missão ad gentes. Somos Igrejas pobres, mas "devemos dar a partir de nossa pobreza e a partir da alegria de nossa fé" e isto sem colocar sobre alguns poucos enviados o compromisso que é de toda a comunidade cristã. Nossa capacidade de compartilhar nossos dons espirituais, humanos e materiais com outras Igrejas, confirmará a autenticidade de nossa nova abertura missionária. (...) (DAp 379).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo: Oração pelas Vocações
Jesus, Mestre divino,
que chamastes os Apóstolos a vos seguirem,
continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias,
pelas nossas escolas e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens.
Dai coragem às pessoas convidadas.
Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos,
como diáconos, padres e bispos,
como religiosos e religiosas,
para o bem do Povo de Deus
e de toda a humanidade.
Amém.
Papa Paulo VI

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Como vou vivê-lo na missão?
Meu novo olhar é para as necessidades dos irmãos com um abrir as mãos e o coração para acolhê-los.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica