quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Despedida dos Cardeais ao Papa: Nosso coração ardeu ao caminhar junto a ti


Papa Bento XVI
VATICANO, 28 Fev. 13 / 08:43 am (ACI/EWTN Noticias).- O Decano do Colégio Cardenalício, Cardeal Angelo Sodano, pronunciou nesta manhã as palavras de despedida ao Papa Bento XVI, assegurando-lhe o carinho dos cardeais e que, a semelhança dos discípulos de Emaús com Jesus, "também ardia nosso coração quando caminhávamos contigo nestes últimos anos".
Em seu discurso breve na Sala Clementina do Palácio Apostólico, o Cardeal Sodano assegurou que os Cardeais "em coro lhe repetimos uma expressão típica de sua querida terra natal: ‘Vergelt's Gott’, que Deus lhe pague!".
"Com grande emoção, os Padres Cardeais presentes em Roma se reúnem hoje em torno a Ti, para manifestar-te mais uma vez seu profundo carinho e para expressar-te sua viva gratidão por Teu testemunho de abnegado serviço apostólico, pelo bem da Igreja de Cristo e da humanidade inteira", disse.
O Cardeal Sodano recordou que no sábado passado, ao concluir os Exercícios Espirituais para a Cúria Vaticano, o Papa Bento XVI agradeceu a seus colaboradores "com estas comovedoras palavras: Queridos amigos eu gostaria de agradecer a todos, e não só por esta semana, mas também por estes oito anos, em que levastes comigo, com grande competência, afeto, amor e fé, o peso do ministério petrino".
"Amado e venerado Sucessor de Pedro, somos nós quem devemos agradecer-te pelo exemplo que nos destes nestes oito anos de Pontificado", assinalou.
O Decano do Colégio de Cardeais indicou que "em 19 de abril de 2005, Tu te inserias na longa cadeia de Sucessores do Apóstolo Pedro e hoje, 28 de fevereiro de 2013, Tu te dispões a nos deixar, em espera que o leme da barca de Pedro passe a outras mãos".
"Assim se continuará aquela sucessão apostólica, que o Senhor prometeu a sua Santa Igreja, até quando sobre a terra se ouvirá a voz do Anjo do Apocalipse que proclamará: ‘Tempus non erit amplius ... consummabitur mysterium Dei’ , ‘Acabou-se o tempo da espera!.. Cumprir-se-á o mistério de Deus!’. Terminará assim a história da Igreja, junto à história do mundo, com o advento de céus novos e terra nova", disse.      Fonte: Acidigital

Bento XVI se despede de Cardeais: Prometo total obediência ao futuro Papa



VATICANO, 28 Fev. 13 / 09:00 am (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras de agradecimento aos Cardeais reunidos na Sala Clementina do Palácio Apostólico, o Papa Bento XVI assegurou sua "total obediência e benevolência" para com seu sucessor.
O Santo Padre assegurou aos Cardeais que "também foi uma alegria caminhar com vocês à luz da presença do Senhor ressuscitado. Como falei ontem ante os fiéis que enchiam a Praça de São Pedro, sua proximidade e seu conselho foi de grande ajuda para o meu ministério".
O Papa assinalou que durante seus 8 anos de pontificado, "vivemos momentos muito belos de luz radiante com a Igreja, assim como momentos que foram escuros. Nestes momentos buscamos seguir a Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total".
"Quero alentá-los a crescer nesta amizade profunda, de tal maneira que o Colégio dos Cardeais seja expressão da diversidade da Igreja universal, marcada por uma concorde harmonia".
O Santo Padre recordou as palavras dedicadas a ele por seu mentor, o sacerdote e teólogo italiano Romano Guardini, quem lhe escreveu que "a Igreja não é uma realidade passada, é uma realidade viva, ela vive com o passar do tempo, no suceder, como todo ser vivente transformando-se e, entretanto, permanece sempre a mesma e seu coração é o mesmo".
"Esta é a experiência que tive ontem na Praça, que a Igreja é um corpo vivo", assegurou Bento XVI, acrescentando que a Igreja "está no mundo, mas não é do mundo".
O Papa remarcou que "a Igreja vive, cresce e se reflete nas almas, que como a Virgem Maria acolhem a palavra de Deus e a concebem por obra do Espírito Santo".
"Permanecemos unidos neste mistério, na oração, especialmente na Eucaristia cotidiana", indicou, "esta é a alegria que ninguém poderá nos tirar".
Bento XVI assegurou aos Cardeais que continuará "servindo à Igreja na oração, especialmente nos próximos dias", para que a eleição do novo Papa seja fruto da docilidade ao Espírito Santo.
Depois de concluir suas palavras, o Papa Bento XVI recebeu a afetuosa saudação dos Cardeais presentes, assim como de diversos funcionários da Cúria Vaticana.   Fonte: Acidigital

Presidente da CNBB: “Muitos comparavam o papa Bento 16 aos grandes padres do início da igreja”


dom-damasceno-cardealEm entrevista concedida ao jornal “Folha de Sâo Paulo”, o cardeal dom Raymundo Damasceno trata de várias questões relacionadas ao momento presente vivido pela Igreja, elogia o Papa Bento XVI e fala da expectativa da eleição do novo Papa.
Folha – O que significa “sinais dos tempos” para o senhor?
Dom Raymundo Damasceno Assis – Significa mudanças profundas que todos nós experimentamos. Estamos falando hoje de uma mudança de época, e não de uma época de mudanças. Não são mudanças superficiais, mas que atingem a pessoa, os seus valores, o seu modo de viver, o seu estilo de vida, a sua maneira de julgar as coisas e de se relacionar com Deus, com o próximo, com a natureza.
O avanço das comunicações está afetando as pessoas no comportamento, nos valores, nas relações. Basta pensarmos hoje no celular, na internet, em todos esses meios modernos de comunicação, blog, YouTube etc.
Há a crise pela qual a família passa, o modelo de família hoje. São muitas as mudanças que estamos enfrentando, e a igreja tem de estar atenta a isso. São sinais dos tempos que nos falam também e que, portanto, o papa e nós, os bispos, temos de estar atentos para responder pastoralmente.
São muitos os desafios, não podemos desconhecer que a igreja também vive neste mundo, numa realidade histórica, não é só humana e divina. E a missão da igreja é responder a esses desafios com o anúncio do Evangelho. Sem perder a fidelidade do Evangelho, mas tem de atualizá-lo. Como fazer? Com que linguagem? De que maneira? Esses são os grandes desafios que nós temos pela frente.
Qual legado o papa Bento 16 deixará para a igreja?
Ele nos deixa um legado muito rico quanto ao magistério. Grande teólogo, grande pensador, mesmo antes de ser papa, como sacerdote, como professor em uma das principais universidades da Alemanha. Depois, como cardeal em Munique e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ele publicou muitos textos, muitos livros.
Como papa, infelizmente não deixou as três encíclicas que esperávamos. Deixou uma sobre a caridade, sobre a esperança, mas faltou a encíclica sobre a fé. As homilias, as audiências gerais às quartas-feiras são riquíssimas.
Muitos comparavam o papa Bento 16 aos grandes padres do início da igreja, tamanha a riqueza teológica. Será apreciado ainda mais com o passar do tempo.
O papa Bento 16 é chamado de conservador, mas inovou ao renunciar pela primeira vez em mais de 600 anos. O ato abriu uma discussão sobre os rumos da igreja, como a fala recente de um cardeal escocês a favor do fim do celibato?
Primeiramente, você vê que esse termo conservador/progressista é relativo. Muitas vezes, chama-se um papa de conservador e ele faz inovações extraordinárias.
João 23 (1958-63) era considerado conservador. Ele começou a usar aquela toca que nenhum papa mais usava e estabeleceu o latim para a igreja, para Roma, num sínodo em que ele realizou.
E, no entanto, foi ele quem convocou o Concílio Vaticano 2º, que maior repercussão teve na vida da igreja.
O papa Bento 16 realmente inovou nesse sentido. Ninguém esperava essa renúncia. Sabíamos que o papa estava fragilizado fisicamente, faltava força, vigor, como ele disse, do ponto de vista físico e também de espírito.
Isso todo mundo sentia e via pela televisão, mas não se esperava que viria a renunciar. Foi um gesto de humildade, porque reconheceu as suas limitações e não ficou apegado ao poder. Quantos ficam apegados ao poder mesmo estando doente, que não largam de jeito nenhum, que se acham insubstituíveis?
Foi também um gesto de coragem, porque ele tem consciência da repercussão que teria o seu ato. Estamos vendo pelos meios de comunicação o impacto que a renúncia teve em toda a igreja.
E é um sinal profético. Se nós estamos preocupados com poder, com carreirismo na igreja, como ele fez aceno em algumas homilias, que é um dos pecados da igreja, essa busca do poder que cria divisão na igreja, então ele diz: “Eu renuncio, o cargo não é fundamental pra mim, eu cumpri a minha missão até quando eu podia cumprir. O apego ao poder, as honras, a glória do cargo, entrego a quem conduzir melhor a igreja no momento de hoje”.
Com a consciência tranquila de quem cumpriu seu dever diante de nós. É um exemplo pra todos. Aqui em Aparecida, o papa nos deu um exemplo de humildade, de simplicidade, até um pouco tímido.
O sr. mencionou o carreirismo. Esse é o grande motivo da divisão interna?
O papa Bento 16 fez uma alusão a isso. Muitas vezes a pessoa está usando o seu cargo não para servir. [Mas] muitas vezes, quem sabe, em busca de benesses, até para se promover mais ainda.
Ele não citou nomes, mas deu a entender que a comunhão é fundamental na igreja, que é fundamental entender na igreja que todo cargo é serviço, serviço à igreja, à comunidade, à sociedade.
Cargo na igreja não é honra, não é poder no sentido como entendemos, de opressão às outras pessoas, ou de ser favorecido pelo cargo. Nesse sentido, a sua renúncia é um gesto profético.
Em 2007, o sr. disse que havia chegado a hora de a América Latina evangelizar a Europa. Essa percepção deveria ser levada em conta na escolha do papa?
Eu digo sempre que o continente não é decisivo, mas a América Latina está contribuindo hoje para a evangelização da Europa, da África, da Ásia. É um fato, é verdade.
Quantos brasileiros hoje, padres, membros de novas comunidades e leigos consagrados estão na Europa no campo da evangelização, da comunicação?
Então a América Latina está contribuindo para a Europa, embora não tanto quanto nós gostaríamos.
Mas isso não quer dizer que seja o critério decisivo para a escolha do papa.
Então quais são esses critérios?
Um perfil que atenda às necessidades de hoje da igreja. Isso se faz num processo de discernimento, num clima de oração e reflexão, de partilha de experiências durante o conclave, talvez até antes do conclave, nos contatos entre os cardeais.
É muito difícil antecipar isso, mas, de um modo geral, é uma pessoa de experiência pastoral, de diálogo, que promova o diálogo no mundo de hoje entre os povos, entre as religiões, cristãs e não cristãs, uma pessoa sensível aos problemas sociais. E preparado também do ponto de vista teológico, filosófico, intelectual. É um conjunto de elementos.
Como presidente da CNBB, o que o senhor quer falar ao novo papa?
Os nossos anseios são de uma igreja missionária, dinâmica, uma igreja capaz de renovar-se para cumprir sua missão, que quer justamente estar no estado permanente de missão. Essa missão não é só dos bispos, mas de todo cristão e de todo batizado.
Uma igreja solidária com os pobres sobretudo, que esteja a serviço do mundo, e não o mundo a serviço da igreja.
Fonte: CNBB

Com o tema “Iluminados pela Palavra de Deus, São José, ajuda-nos a crescer na fé” Área Pastoral Barroso II festeja seu padroeiro

São José3A segunda festa de São José, na Área Pastoral Barroso II, em Fortaleza, acontece no período de 10 a 19 de março e tem o seguinte tema central: Iluminados pela Palavra de Deus, São José, ajuda-nos a crescer na fé. Os festejos estão em sintonia com o ANO DA FÉ e o centenário da Arquidiocese de Fortaleza. No dia 2 de março acontecerá passeata pelas comunidades com a Capelinha Missionária e, no dia seguinte, será o dia “D” de visitas às famílias começando com um momento de oração e envio seguido das visitas, almoço, partilha a partir das visitas e encerramento com celebração eucarística às 17h. Durante o período dos festejos a comunidade contará com a presença do Bispo Auxiliar de Fortaleza, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, e nos demais dias com a participação de sacerdotes diferentes a cada dia.
Padre Luciano, vigário local, e todos os que fazem a Área Pastoral, convidam as comunidades, famílias, escolas, esportistas, comerciantes, amigos e devotos, para participarem desse momento de crescimento espiritual, agradecendo a Deus as bênçãos e graças recebidas, pela intercessão de São José. No dia 19, às 17 horas será realizada Procissão, seguida da Santa Missa presidida pelo padre Luciano Gonzaga, vigário paroquial responsável pela Área Pastoral. Após as celebrações religiosas, como de costume, haverá a parte social com barracas, leilões e shows com artistas da terra.
A capela de São José está localizada na Av. Pompílio Gomes (Castelo de Castro), 300, Passaré, Fortaleza. Informações pelos telefones [85] 3295 3616 e 8731 6117.

NA ÍNTEGRA: Texto da última Audiência Geral de Bento XVI



VATICANO, 27 Fev. 13 / 02:53 pm (ACI).- Catequese
Audiência Geral da Quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Praça São Pedro

Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio!
Ilustres Autoridades!
Queridos irmãos e irmãs!

Agradeço-vos por terem vindo em tão grande número para esta minha última Audiência geral.

Obrigado de coração! Estou realmente tocado! E vejo a Igreja viva! E penso que devemos também dizer um obrigado ao Criador pelo tempo belo que nos doa agora ainda no inverno.

Como o apóstolo Paulo no texto bíblico que ouvimos, também eu sinto no meu coração o dever de agradecer sobretudo a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a sua Palavra e assim alimenta a fé no seu Povo. Neste momento a minha alma se expande para abraçar toda a Igreja espalhada no mundo; e dou graças a Deus pelas “notícias” que nestes anos do ministério petrino pude receber sobre a fé no Senhor Jesus Cristo, e da caridade que circula realmente no Corpo da Igreja e o faz viver no amor, e da esperança que nos abre e nos orienta para a vida em plenitude, rumo à pátria do Céu.

Sinto levar todos na oração, um presente que é aquele de Deus, onde acolho em cada encontro, cada viagem, cada visita pastoral. Tudo e todos acolho na oração para confiá-los ao Senhor: para que tenhamos plena consciência da sua vontade, com toda sabedoria e inteligência espiritual, e para que possamos agir de maneira digna a Ele, ao seu amor, levando frutos em cada boa obra (cfr Col 1,9-10).

Neste momento, há em mim uma grande confiança, porque sei, todos nós sabemos, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida. O Evangelho purifica e renova, traz frutos, onde quer que a comunidade de crentes o escuta e acolhe a graça de Deus na verdade e vive na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha alegria.

Quando, em 19 de abril há quase oito anos, aceitei assumir o ministério petrino, tive a firme certeza que sempre me acompanhou: esta certeza da vida da Igreja, da Palavra de Deus. Naquele momento, como já expressei muitas vezes, as palavras que ressoaram no meu coração foram: Senhor, porque me pedes isto e o que me pede? É um peso grande este que me coloca sobre as costas, mas se Tu lo me pedes, sobre tua palavra lançarei as redes, seguro de que Tu me guiarás, mesmo com todas as minhas fraquezas. E oito anos depois posso dizer que o Senhor me guiou, esteve próximo a mim, pude perceber cotidianamente a sua presença. Foi uma parte do caminho da Igreja que teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos na barca no mar da Galileia: o Senhor nos doou tantos dias de sol e de leve brisa, dias no qual a pesca foi abundante; houve momentos também nos quais as águas eram agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir. Mas sempre soube que naquela barca está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é Sua. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente também através dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma certeza, que nada pode ofuscá-la.  E é por isto que hoje o meu coração está cheio de agradecimento a Deus porque não fez nunca faltar a toda a Igreja e também a mim o seu consolo, a sua luz, o seu amor.

Estamos no Ano da Fé, que desejei para reforçar propriamente a nossa fé em Deus em um contexto que parece colocá-Lo sempre mais em segundo plano. Gostaria de convidar todos a renovar a firme confiança no Senhor, a confiar-nos como crianças nos braços de Deus, certo de que aqueles braços nos sustentam sempre e são aquilo que nos permite caminhar a cada dia, mesmo no cansaço. Gostaria que cada um se sentisse amado por aquele Deus que doou o seu Filho por nós e que nos mostrou o seu amor sem limites. Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão. Em uma bela oração para recitar-se cotidianamente de manhã se diz: “Adoro-te, meu Deus, e te amo com todo o coração. Agradeço-te por ter me criado, feito cristão…”. Sim, somos contentes pelo dom da fé; é o bem mais precioso, que ninguém pode nos tirar! Agradeçamos ao Senhor por isto todos os dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus nos ama, mas espera que nós também o amemos!

Mas não é somente a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na guia da barca de Pedro, mesmo que seja a sua primeira responsabilidade. Eu nunca me senti sozinho no levar a alegria e o peso do ministério petrino; o Senhor colocou tantas pessoas que, com generosidade e amor a Deus e à Igreja, ajudaram-me e foram próximas a mim. Antes de tudo vós, queridos Cardeais: a vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade foram preciosos para mim; os meus Colaboradores, a começar pelo meu Secretário de Estado que me acompanhou com fidelidade nestes anos; a Secretaria de Estado e toda a Cúria Romana, como também todos aqueles que, nos vários setores, prestaram o seu serviço à Santa Sé: são muitas faces que não aparecem, permanecem na sombra, mas propriamente no silêncio, na dedicação cotidiana, com espírito de fé e humildade foram para mim um apoio seguro e confiável. Um pensamento especial à Igreja de Roma, a minha Diocese! Não posso esquecer os Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, as pessoas consagradas e todo o Povo de Deus: nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre percebi grande atenção e profundo afeto; mas também eu quis bem a todos e a cada um, sem distinções, com aquela caridade pastoral que é o coração de cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do Apóstolo Pedro. Em cada dia levei cada um de vós na oração, com o coração de pai.   Fonte: Acidigital

Comentando o Evangelho

A parábola do rico e Lázaro
O rico compreende que é a obediência à Lei o meio de entrar no Reino de Deus, por isso ele pede que Lázaro seja enviado aos irmãos dele para alertá-los. Mas Abraão insiste que eles já têm os meios: Moisés e os Profetas, isto é, a Escritura. Se eles rejeitam esse meio, rejeitarão também Lázaro ressuscitado dos mortos.


Carlos Alberto Contieri, sj- Paulinas

Evangelho do Dia-Evangelho do Dia

Ano C - DIA 28/02

Apelo à conversão - Lc 16,19-31

Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: "Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas". Mas Abraão respondeu: "Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós". O rico insistiu: "Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles para este lugar de tormento". Mas Abraão respondeu: "Eles têm Moisés e os Profetas! Que os escutem!" O rico insistiu: "Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter". Abraão, porém, lhe disse: "Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão".
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a oração, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo,
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser,
eu vos adoro, amo e agradeço.

1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Começo lendo atentamente o texto do dia: Lc 16,19-31.
Nesta parábola que Jesus contou está um forte apelo à conversão. Enquanto vivemos é tempo de conversão, mudança de vida, solidariedade, tempo de viver as propostas do Reino que é amor, justiça, fraternidade. Depois da morte este tempo não existirá mais.

2- Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Pergunto-me se não estou deixando o tempo passar, deixando a conversão para depois.
O bem-aventurado Alberione recebeu de Deus e comunicou à Família Paulina, o apelo de viver em "contínua conversão". Os bipos, na Conferência de Aparecida, disseram: "No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação. (DA 351).

3- Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Jesus me recomenda a dar aos outros o melhor, a partilhar, a viver a fraternidade. Começo meu gesto concreto, com minha atitude de conversão, rezando com toda Igreja, a Oração da CF 2013
Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.
Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.
Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.
Amém!

4- Contemplação (Vida e Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu olhar de contemplação é um olhar de conversão que cancela tudo aquilo que em minha vida é omissão, como evitar as pessoas que precisam de mim. Que Deus abençoe este meu propósito.

Bênção

A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!  Fonte: Paulinas