quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Inconsciência e sinais de Deus em nossa vida

Os caminhos da nossa vida são constantemente orientados por sinais: são os sinais de trânsito que nos advertem das dificuldades da estrada, os sinais em lugares que se podem desmoronar, os sinais em caminhos que não oferecem saída... Quando desobedecemos a esses sinais corremos o risco de não termos saída ou pagarmos com a vida a nossa imprudência. Se estivéssemos atentos a esses sinais estaríamos muito mais protegidos.

Existe também muita semelhança entre estes sinais humanos e os sinais de Deus como indicação segura para a nossa vida.

Deus criou-nos para que fôssemos livres e em responsabilidade pelos nossos próprios atos, a fim de que livremente construíssemos a nossa felicidade. Fomos colocados perante o fogo e a água, segundo a primeira Leitura de hoje (Eclesiástico, 15, 16-21), tendo-nos sido concedida a independência de escolher o caminho que optarmos. A vida e a morte estão diante de todos, e a cada um será oferecido àquilo que escolher. O caminho da vida está marcado pelos mandamentos, o caminho da morte está indicado pelos vícios, paixões, desrespeito aos sinais do Pai, enfim, pela nossa própria inconsciência em corresponder à sabedoria do amor divino.

Essa «sabedoria de Deus», de que nos fala a segunda Leitura (1 Coríntios, 2,6-10), não vem do conhecimento dado pelo mundo, mas brota do próprio Espírito Santo que a ensina àqueles que se deixam conduzir por Ele.

A sabedoria humana é incapaz de responder às interrogações sobre o sentido da nossa existência: o porquê da vida; o porquê da morte.

O Espírito Santo dá-nos a conhecer o projeto amoroso de Deus, pensado desde o princípio do mundo para nos levar à Sua glória.

De posse desta verdadeira «sabedoria», do conhecimento deste «mistério», sabemos o que Deus está realizando, por nós e para nós ultrapassa tudo aquilo que possamos imaginar, todos os nossos desejos e esperanças, todas as nossas interrogações e expectativas.

Tal «sabedoria» aconselha-nos, também, a abrirmos o nosso coração e a nossa razão à atividade do Pai que, «de muitas maneiras», nos foi revelando tais planos, para se manifestarem plenamente na pessoa de Jesus e na sua mensagem, como indicação do caminho certo.

O pleno cumprimento de tudo quanto estava escrito é-nos revelado por Jesus no Evangelho. Ele veio para aperfeiçoar a Lei, libertando-a dos abusos, das falsas interpretações e do legalismo, transformando-os numa relação de amor.

Jesus apresenta quatro exemplos do envolvimento da Lei de Deus na nossa vida. Ao falar da Lei, no Evangelho de hoje (Mateus 7,17-37), Jesus o faz com a autoridade divina que Lhe é própria: «foi dito aos antigos…», «Eu digo-vos…». Abre, assim, novos caminhos de perfeição e exigência espiritual.

«Não matar» não se reduz apenas ao tirar a vida física das pessoas, mas implica as situações de todos quando matamos os outros dentro do nosso próprio coração: aqueles a quem não dirigimos a palavra, os que difamamos, caluniamos ou tiramos o bom nome e reputação, quando proferimos palavras ofensivas, nos irritamos ou deixamos dominar pelo ódio… Recomenda que não é o corpo que precisa de estar limpo, mas o próprio coração para poder amar; e a reconciliação conseguida com o irmão, que substitui todas as purificações exteriores.

Quanto ao adultério, Jesus insiste na interioridade e fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. As pessoas que se deixam levar pelos instintos podem provocar graves problemas a si próprias, às suas famílias e aos outros, pelo que é preciso ter coragem para saber cortar pela raiz determinadas situações que possam vir a causar posteriores contratempos.

Jesus confirma que o matrimônio é indissolúvel. Não nos dá, todavia, o direito de condenar, humilhar ou isolar aqueles que, por qualquer motivo, falharam na sua vida conjugal. Quantos dramas, quantas dificuldades, quantos sofrimentos envolveram as separações matrimoniais. Temos, isso sim, que manifestar a ternura, o acolhimento e a compreensão que o próprio Jesus exprimiu em tais situações.

Por fim, Jesus diz-nos o que se deve entender quanto ao «juramento e a verdade». A necessidade de juramento é sinal de que a mentira e a desconfiança pervertem as relações humanas. Deus Pai apenas exige um relacionamento em que as pessoas sejam verdadeiras e responsáveis. Os discípulos de Jesus não pedem ao Mestre que justifique as suas exigências. Acreditam no amor do Pai e estão certos que este é o verdadeiro caminho da vida.

Saibamos nós percorrer este caminho sendo fiéis ao projeto de Deus, nosso Pa
i.

Dom Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen (RS)

Cristo Folia 2014 " Alegrai-vos no Senhor"

Domingo, 23 de Fevereiro, às 16:00
    Segundo Cristo Folia na Comunidade Nossa Senhora de Fátima- Jardim Castelão

 

II Cristo Folia 


O Grupo JOVENS DE DEUS, convida você a participar de um pré-carnaval onde o dono da festa é Jesus Cristo! 
♫ com Jesus é festa, sem Jesus não dá! que alegria é essa? é felicidade no ar    
Venha, traga seus amigos, traga sua espuma, traga sua alegria e bom carnaval!
               Esperamos vocês!!!!!!

Liturgia Diária


Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração:
Pai, revela-me a verdadeira identidade de Jesus, servo fiel, cuja vida esteve totalmente entregue em tuas mãos. E dá-me a graça de, como ele, ser fiel a ti.
Primeira leitura: Tg 2,1-9
Leitura da Carta de São Tiago
1Meus irmãos, a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas. 2Pois bem, imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, com sua roupa surrada, 3e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: “Vem sentar-te aqui, à vontade”, enquanto dizeis ao pobre: “Fica aí, de pé”, ou então: “Senta-te aqui no chão, aos meus pés”, 4não fizestes, então, discriminação entre vós? E não vos tornastes juízes com critérios injustos? 5Meus queridos irmãos, escutai: não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? 6Mas vós desprezais o pobre!
7Ora, não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? Não são eles que blasfemam contra o nome sublime invocado sobre vós? 8Entretanto, se cumpris a lei régia, conforme a Escritura: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, estais agindo bem. 9Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e a Lei vos acusa como transgressores.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 34
          — Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
— Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
 
 
Evangelho: Mc 8,27-33
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Marcos.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”
28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.
30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente.
Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás!” Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Jesus deixa interrogações sobre sua identidade
Com o trecho de hoje, chegamos ao centro do evangelho segundo Marcos. O segundo evangelho é uma “catequese mistagógica” em cujo centro está a pergunta cristológica por excelência: Quem é Jesus? O pano de fundo da dupla pergunta de Jesus a seus discípulos é a incompreensão e a incredulidade tanto da parte das pessoas, em particular os escribas e fariseus (cf. Mc 8,11-13), como também dos seus próprios discípulos (cf. Mc 8,14-21). É um momento de crise, entenda-se, de discernimento, de tomada de decisão para que a missão recebida do Pai seja levada a termo. Cesareia de Filipe é um vilarejo ao norte do mar da Galileia, lugar onde nasce o rio Jordão. Havia aí um santuário para culto pagão de Pan; mais tarde, Herodes construiu um templo de mármore branco dedicado a Augusto. É exatamente aí que Pedro exprime o reconhecimento de Jesus como Messias, como o verdadeiro e único Salvador (cf. v. 29). Mas, mesmo reconhecendo o messianismo de Jesus, essa profissão não impedirá os discípulos, representados por Pedro, de se oporem ao modo como esse messianismo é exercido (cf. vv. 32-33), passando, inclusive, pela paixão e pela morte (cf. vv. 31-32).
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a leitura Orante, com todos os internautas, rezando,
com Santa Catarina de Sena:
Senhor, Tu me olhas e me conheces!
Entendi isso na tua luz.

1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio na Bíblia o texto do dia em Mc 8,27-33.
No Evangelho de ontem (Mc 8,22-26) o cego não enxergou totalmente, de início. Só numa segunda tentativa, o homem enxergou perfeitamente. O mesmo acontece com Pedro e os outros discípulos. Dizendo que Jesus era o Messias, Pedro era como o cego curado pela metade. Reconhecia o Messias, mas sem a cruz! Jesus completa a cura da visão dele falando que era preciso que o Filho do Homem sofresse, carregasse a cruz, morresse e ressuscitasse ao terceiro dia.

2- Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Posso me perguntar:
Quem é Jesus Cristo pára mim? Aceito as verdades da fé na sua totalidade? Ou uso de meias medidas? Aceito Jesus Cristo como realmente é, ou o faço conforme me convém? Acolho a Palavra como é, ou a interpreto segundo meu modo de ver, para justificar minhas atitudes? Em Aparecida, os bispos afirmaram:"
"Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos "a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus" (Mc 1,1). Como filhos obedientes á voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação." (DAp 103).

3- Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo a Jesus Mestre
Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé.
Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.
Jesus Mestre, libertai-me do erro,
dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós,
tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade,
tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus caminho,
tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.
Jesus Vida,
fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica
diante das pessoas.
Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos
com o vosso amor e a vossa alegria.
(bem-aventurado Alberione)

4- Contemplação (Vida e Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Viverei hoje com um novo olhar: a certeza de que Jesus Cristo em quem acredito é o Filho de Deus vivo.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica