quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CNBB 60 anos: a formação missionária

CCM                                                                     O Centro Cultural Missionário (CCM) tem início com a XV Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (1977) que tratou como tema principal o das “Regiões missionárias do Brasil”. Para resolver os problemas pastorais das igrejas carentes de recursos humanos próprios e orientar as mesmas na “caminhada rumo à autonomia”, apontava-se à urgência de constituir um Centro Missionário, destinado à formação e acompanhamento de missionários, autóctones e estrangeiros, que atuam no país ou se destinam ao exterior.
O projeto, já em via de realização, foi apresentado à XIX Assembleia Geral (1981). Após o estudo em grupo e o debate em plenário, os Bispos aprovaram a seguinte proposição: “A Igreja no Brasil, reconfirmando seu empenho de corresponsabilidade e comunhão intereclesial, na evangelização de regiões missionárias, dentro e fora do país, julga válida a constituição de um centro de animação e formação de missionários, que sirva especialmente para a formação inicial e contínua de missionários brasileiros e estrangeiros, destinados às situações e regiões missionárias, dentro e fora do país”.
Em 29 de dezembro de 1982 a Presidência e CEP da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), definiram a estruturação do Centro.
Hoje, o CCM é um organismo da CNBB que tem por instituições promotoras a própria CNBB, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e as Pontifícias Obras Missionárias (POM). A partir de 1995, funciona na quadra 905 Norte, Conjunto “C”, em Brasília, DF, num imóvel doado pela Congregação do Espírito Santo e reformado pela CNBB com a colaboração das POM. O CCM tem por finalidade: oferecer um percurso de iniciação à missão no Brasil para missionárias e missionários que chegam do exterior; promover cursos de formação missionária para brasileiras e brasileiros enviados a outra região ou além-fronteiras; fomentar o surgimento, a formação, e a capacitação de animadores missionários na Igreja no Brasil; realizar eventos de estudo e aprofundamento sobre teologia, espiritualidade e prática de missão.
O CCM é constituído por três departamentos: Centro de Animação e Estudos Missionários (CAEM), que proporciona cursos de formação a missionárias e missionários enviados a outros países, ou que atuam em regiões e projetos missionários no Brasil; Centro de Formação Intercultural (CENFI), que se dedica à formação cultural e eclesial dos missionários que vem do exterior; Serviço de Colaboração Apostólica Internacional (SCAI), que oferece assistência jurídica e orientação a missionárias e missionários em relação ao visto de entrada e à permanência legal no Brasil e em outros países.
O CCM oferece dois cursos do Cenfi ao ano, de 90 dias cada um, para missionárias e missionários que chegam do exterior; um curso ad gentes de um mês, para missionárias e missionários que são enviados ao exterior; um curso de formação de um mês, para missionárias e missionários enviados a regiões necessitadas no Brasil; três cursos de idiomas de um mês para missionárias e missionários enviados além-fronteiras e para missionárias e missionários estrangeiros; vários cursos e eventos de animação, formação e espiritualidade missionária para agentes de pastoral, leigos e leigas, religiosos e religiosas, seminaristas e presbíteros.
Pe. Estêvão Raschietti, SX, Secretário Executivo do CCM

Primeira leitura (Juízes 13,2-7.24-25a)

Leitura do Livro dos Juízes.

Naqueles dias, 2havia um homem de Saraá, da tribo de Dã, chamado Manué, cuja mulher era estéril. 3O anjo do Senhor apareceu à mulher e disse-lhe: “Tu és estéril e não tiveste filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. 4Toma cuidado de não beberes vinho nem licor, de não comeres coisa alguma impura, 5pois conceberás e darás à luz um filho. Sua cabeça não será tocada por navalha, porque ele será consagrado ao Senhor desde o ventre materno, e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus”. 6A mulher foi dizer ao marido: “Veio visitar-me um homem de Deus, cujo aspecto era terrível como o de um anjo do Senhor. Não lhe perguntei de onde vinha nem ele me revelou o seu nome. 7Ele disse-me: ‘Conceberás e darás à luz um filho. De hoje em diante, toma cuidado para não beberes vinho nem licor, e não comeres nada de impuro, pois o menino será consagrado a Deus, desde o ventre materno até o dia da sua morte’”. 24Ela deu à luz um filho e deu-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu, e o Senhor o abençoou. 25aO espírito do Senhor começou a agir nele no Campo de Dã.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

( Salmos 70 )


— Minha boca se encha de louvor, para que eu cante vossa glória.
— Minha boca se encha de louvor, para que eu cante vossa glória.

  1-Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. R
  2-Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo. R
  3-Cantarei vossos portentos, ó Senhor, lembrarei vossa justiça sem igual! Vós me ensinastes desde a minha juventude e até hoje canto as vossas maravilhas .R

Um Pouco de Reflexão!

Por exercer as funções sacerdotais, Deus olhou misericordiosamente para as orações de Zacarias e cumpriu a promessa aos homens justos e tementes a Ele. Esse casal, Zacarias e Isabel, vivia uma vida que, para Deus, era correta, pois obedeciam, fielmente, todas as leis e mandamentos do Senhor.
Por meio do anjo Gabriel, extraordinariamente, Deus anuncia o nascimento de João Batista, pois Isabel era já de idade avançada. Tocou-lhe exercer o seu ministério enquanto oferecia o sacrifício divino pelos pecados do povo e também dos seus.
Dentro desta dinâmica, Deus resolve atender, dentre outros, os pedidos do próprio Zacarias. Conceder-lhe um filho que, por providência divina, nasce de uma mulher da estirpe de Aarão, cujo nome é Isabel. Pela razão aludida acima, Deus realiza o impossível na vida dos homens de fé e, se aparece alguma dúvida apesar da fidelidade, Ele manifesta o seu poder sobrenatural.
O povo, rezando do lado de fora, esperava que Zacarias saísse depois do incenso. Enquanto isso, o anjo de Deus se aproxima e conversa com Zacarias. E o conteúdo da conversa é: “Não tenha medo, Zacarias, pois Deus ouviu a sua oração! A sua esposa vai ter um filho, e você porá nele o nome de João”.
Neste filho se vê, antecipadamente, o anúncio do nascimento do Messias, o Emanuel. Ele será mandado por Deus como mensageiro e será forte e poderoso como o profeta Elias. Ele fará com que pais e filhos façam as pazes e que os desobedientes voltem a andar no caminho certo. Ele, João Batista, preparará o povo de Israel para a vinda do Senhor.
Para Lucas, as aparições de anjos são o sinal de que caíram as antigas barreiras entre o céu e a terra, ou, pelo menos, estão por cair, como neste caso. A iniciativa parte de Deus, porque tudo o que é grande vem d’Ele.
Zacarias, ante a impossibilidade humana, expressa a pouca fé nas coisas altas e profundas. Ainda não sentiu que para Deus nada é impossível e que Seu poder começa onde a fraqueza humana mostra os limites de suas possibilidades. Como resultado do seu comportamento, ele fica mudo até que a profecia se cumpra, porque para Deus nada é impossível. Tanto tempo, muita demora e, como agravante, aparece mudo. O povo reage desesperadamente. Como se comunicar com ele? O que será isso? Que milagre terá acontecido? Por inspiração divina, chegam à conclusão de que Zacarias teria tido uma visão. Deus lhe teria falado.
Caríssimos irmãos, assim como a primavera traz belas e perfumadas flores, o Advento nos traz vida. Somos chamados com todo o rigor à conversão, à mudança de nossa vida. É preciso que mudemos, de verdade, o nosso modo de agir e penetremos mais firmemente no caminho do Reino. Se João Batista nos chama à conversão, Jesus, por sua vez, chama-nos e convida a tomar parte no Reino. Se quisermos, verdadeiramente, encontrar Deus, temos de nos converter profundamente.
Acolhamos a voz do anjo que nos anuncia a chegada do Deus menino. Tenhamos uma fé firme e forte, que supere a de Zacarias, pois ele foi norteado somente pela esperança profética. Quanto a nós, sabemos e temos provas concretas da presença de Deus no mundo. Louvor e Glória ao Senhor!
Padre Bantu Mendonça- Canção Nova

Evangelho (Lucas 1,5-25)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

5Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel. 6Ambos eram justos diante de Deus e obedeciam fielmente a todos os mandamentos e ordens do Senhor. 7Não tinham filhos, porque Isabel era estéril, e os dois já eram de idade avançada.
8Em certa ocasião, Zacarias estava exercendo as funções sacerdotais no Templo, pois era a vez do seu grupo. 9Conforme o costume dos sacerdotes, ele foi sorteado para entrar no Santuário, e fazer a oferta do incenso. 10Toda a assembleia do povo estava do lado de fora rezando, enquanto o incenso estava sendo oferecido.
11Então apareceu-lhe o anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. 12Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e o temor apoderou-se dele. 13Mas o anjo disse: “Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João. 14Tu ficarás alegre e feliz, e muita gente se alegrará com o nascimento do menino, 15porque ele vai ser grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada e, desde o ventre materno, ficará repleto do Espírito Santo. 16Ele reconduzirá muitos do povo de Israel ao Senhor seu Deus. 17E há de caminhar à frente deles, com o espírito e o poder de Elias, a fim de converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à sabedoria dos justos, preparando para o Senhor um povo bem disposto”.
18Então Zacarias perguntou ao anjo: “Como terei certeza disto? Sou velho e minha mulher é de idade avançada”. 19O anjo respondeu-lhe: “Eu sou Gabriel. Estou sempre na presença de Deus, e fui enviado para dar-te esta boa notícia. 20Eis que ficarás mudo e não poderás falar, até o dia em que essas coisas acontecerem, porque não acreditaste nas minhas palavras, que se hão de cumprir no tempo certo”.
21O povo estava esperando Zacarias, e admirava-se com a sua demora no Santuário. 22Quando saiu, não podia falar-lhes. E compreenderam que ele tinha tido uma visão no Santuário. Zacarias falava por sinais e continuava mudo.
23Depois que terminou seus dias de serviço no Santuário, Zacarias voltou para casa. 24Algum tempo depois, sua esposa Isabel ficou grávida, e escondeu-se durante cinco meses. 25Ela dizia: “Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em que ele se dignou tirar-me da humilhação pública!”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Que Jesus não nasça numa manjedoura fria


2Sabemos que presente algum poderá eliminar os vazios de nosso coração quando há falta de gestos concretos de solidariedade, paciência e disposição para transformar o ambiente em que vivemos, no lugar onde a harmonia e o respeito mútuo tem morada.
Assim, em vez de permitirmos que o Menino Deus nasça numa manjedoura fria, que possamos testemunhar a alegria de acolher Aquele que pode preencher a nossa alma, abrindo as portas do nosso coração para a Salvação que vem ao nosso encontro.

Dado Moura