quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Podemos prestar culto aos Santos?


http://estudos.gospelmais.com.br/files/2012/07/agradecendo.jpgO culto dos Santos e a estima de suas relíquias são contestadas pelos protestantes; eles julgam haver nisto graves desvios doutrinários, que atribuem à Tradição católica. Mas essa prática é plenamente justificada pela Tradição cristã mais antiga, apoiada na Bíblia, desde o Antigo Testamento.   3
Com a certeza de que os Santos já estão no Céu, a Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo (cf Jo 16, 12-13), já nos seus primeiros tempos, começou a prestar veneração particular àqueles falecidos que tiveram uma vida confessando Jesus Cristo, especialmente pelo martírio.  
O culto de veneração (não de adoração) dos Santos foi até o século XVI prática tranquila e óbvia entre os cristãos. Note bem, durante dezesseis séculos não houve contestação a esta prática. O Concílio de Trento (1545-1563) confirmou a validade e importância deste culto, ao mesmo tempo que ensinou a evitar abusos e mal-entendidos muitas vezes enraizados na religiosidade popular. Também o Concílio do Vaticano II (1963-65) reiterou esta doutrina, mostrando o aspecto cristocêntrico e teocêntrico do culto aos santos.  
A comunhão entre os membros do povo de Deus não é extinta com a morte; ao contrário, o amor fraterno é liberto de falhas devidas ao pecado na outra vida, o que faz esta união mais forte. Deus, que gera esta comunhão, proporciona aos Santos no céu o conhecimento de nossas necessidades para que eles possam interceder por nós, como intercederiam se estivessem na Terra. Santa Terezinha do Menino Jesus, dizia que “passaria a sua vida na Terra”; isto é, viveria o Céu intercedendo pelos da Terra. São Domingos de Gusmão, fundador dos Dominicanos, ao morrer dizia a seus frades que no Céu ele lhes seria mais útil do que na Terra.  
Uma das orações eucarísticas da santa Missa diz que “os Santos intercedem no Céu por nós diante de Deus, sem cessar.” Que maravilha!

Fonte: cancaonova

O Papa pede ser Bons Samaritanos sempre vivendo o amor de Deus




VATICANO, 08 Jan. 13 / 07:54 pm (ACI).- Em sua mensagem para a 21º Jornada Mundial do Doente que se celebra no dia 11 de fevereiro na Festa de Nossa Senhora de Lourdes, o Papa Bento XVI exortou os fiéis católicos a que sejam sempre bons samaritanos, como o da parábola do Evangelho, vivendo concretamente o amor para com o outro, embora seja um desconhecido e não tenha recursos.
Depois de recordar que este ano a jornada se realizará de maneira solene no Santuário Mariano de Altötting (Alemanha), o Papa recordou umas palavras de João Paulo II quem disse que este é "um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade".
Bento XVI indicou que "nesta ocasião, sinto-me particularmente unido a cada um de vós, amados doentes, que, nos locais de assistência e tratamento ou mesmo em casa, viveis um tempo difícil de provação por causa da doença e do sofrimento. Que cheguem a todos estas palavras tranquilizadoras dos Padres do Concílio Ecuménico Vaticano II: ‘Sabei que não estais (…) abandonados, nem sois inúteis: vós sois chamados por Cristo, a sua imagem viva e transparente’".
Sobre a parábola do Bom Samaritano, o Santo Padre destacou que com as palavras finais da mesma "Vai e faz tu também o mesmo", o Senhor "indica qual é a atitude que cada um dos seus discípulos deve ter para com os outros, particularmente se necessitados de cuidados".
"Trata-se, por conseguinte, de auferir do amor infinito de Deus, através de um intenso relacionamento com Ele na oração, a força para viver diariamente uma solicitude concreta, como o Bom Samaritano, por quem está ferido no corpo e no espírito, por quem pede ajuda, ainda que desconhecido e sem recursos", explicou.
O Papa explicou que vários Padres da Igreja veem no Bom Samaritano o próprio Jesus e no homem que caiu na mão dos alteadores a Adão. Cristo, amando ao ser humano, "não Se vale da sua igualdade com Deus, do seu ser Deus (cf. Flp 2, 6), mas inclina-Se, cheio de misericórdia, sobre o abismo do sofrimento humano, para nele derramar o óleo da consolação e o vinho da esperança".
Depois de assinalar que o Ano da Fé é uma boa ocasião para viver intensamente a caridade, o Papa pôs alguns exemplos deste modo de atuar como o de Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, o do venerável Luigi Novarese, Raúl Follereau, e da Beata Teresa da Calcutá que "começava sempre o seu dia encontrando Jesus na Eucaristia e depois saía pelas estradas com o rosário na mão para encontrar e servir o Senhor presente nos enfermos, especialmente naqueles que não são ‘queridos, nem amados, nem assistidos’".
Outros exemplos são a Santa Ana Schäffer de Mindelstetten e a Virgem Maria que "não perde jamais a esperança na vitória de Deus sobre o mal, o sofrimento e a morte, e sabe acolher, com o mesmo abraço de fé e de amor, o Filho de Deus nascido na gruta de Belém e morto na cruz. A sua confiança firme no poder de Deus é iluminada pela Ressurreição de Cristo, que dá esperança a quem se encontra no sofrimento e renova a certeza da proximidade e consolação do Senhor".
"Quero dirigir um pensamento de viva gratidão e de encorajamento às instituições sanitárias católicas e à própria sociedade civil, às dioceses, às comunidades cristãs, às famílias religiosas comprometidas na pastoral sanitária, às associações dos operadores sanitários e do voluntariado.?Possa crescer em todos a consciência de que, ‘ao aceitar amorosa e generosamente toda a vida humana, sobretudo se frágil e doente, a Igreja vive hoje um momento fundamental da sua missão’".
O Papa concluiu confiando esta Jornada do Doente à intercessão da "Santíssima Virgem Maria das Graças venerada em Altötting, para que acompanhe sempre a humanidade que sofre, à procura de alívio e de esperança firme, e ajude todos quantos estão envolvidos no apostolado da misericórdia a tornar-se bons samaritanos para os seus irmãos e irmãs provados pela enfermidade e o sofrimento". Fonte: Acidigital

O Papa recebe uma homenagem especial do seu secretário pessoal



Dom Georg Gaenswein e seu escudo episcopal
VATICANO, 09 Jan. 13 / 12:09 am (ACI).- Dom Georg Gaenswein, o secretário pessoal do Papa Bento XVI, fez uma homenagem ao Santo Padre em seu novo escudo episcopal que está inspirado na figura do Pontífice.
Em 6 de janeiro o Santo Padre lhe concedeu a ordenação episcopal em uma cerimônia solene na Basílica de São Pedro. Os novos bispos devem escolher os simbolismos que irão plasmados em seu brasão, e como é tradição, estes simbolismos inspiram seu novo ministério.
A ordenação de Dom Gaenswein era iminente desde que em 7 de dezembro foi nomeado Prefeito da Casa Pontifícia, um cargo que pode ser exercido somente por um Bispo.
Dom Gaenswein reproduziu na metade direita do seu escudo o escudo papal de Bento XVI, a quem acompanha como secretário pessoal desde antes que fosse eleito Papa em 2005.
O escudo papal inclui a concha de Santo Agostinho; o urso de São Corbiniano; e a cabeça de mouro da Frisinga, um elemento que lembra as origens bávaras do Pontífice: a cabeça de etíope que há mil anos aparece no escudo dos bispos da Frisinga (Alemanha).
Para o lado direito, Dom Gaenswein escolheu a figura de um dragão que olha para o escudo papal. Segundo a interpretação heráldica, o dragão representa a fidelidade, a vigilância e o valor, e se se analisa seu sentido católico, o dragão evoca a São Jorge que teve que lutar e derrotar ao dragão dos infernos.
Além disso, outro aspecto do escudo com o qual o Prelado também mostra sua admiração ao papa Bento XVI, é o lema eleito escrito em latim "Testimonium perhibere veritati", "Dar testemunho da verdade", muito parecido ao do Santo Padre que diz assim: "Cooperatores Veritatis", "Cooperadores da verdade".
Dom Gaenswein chegou em 1995 à Santa Sé para servir na Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, e um ano mais tarde foi transferido à Congregação para a Doutrina da Fé, onde começou seu trabalho e caminho de secretário pessoal do então prefeito de dito dicasterio, o Cardeal Joseph Ratzinger, hoje o Papa Bento XVI.
Fonte : Acidigital

Os pecados contra o Espírito Santo


Catecismo Maior de São Pio X.  
Todo o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século vindouro. (Mt. 12,32)  
Quanto pior castigo julgais que merece quem calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança, em que foi santificado, e ultrajar o Espírito Santo, autor da graça! (Hb. 10,29)  
O pontificado do Papa São Pio X de 1903 a 1914 – em seu Catecismo Maior, ensinou que são seis os pecados contra o Espírito Santo:  
O pecado contra o Espírito Santo consiste na rejeição da graça de Deus; é a recusa da salvação. Implica numa rejeição completa à ação, ao convite e à advertência do Espírito Santo.  
1º – Desesperar da salvação: quando a pessoa perde as esperanças na salvação, achando que sua vida já está perdida e que ela se encontra condenada antes mesmo do Juízo. Julga que a misericórdia divina é pequena. Não crê no poder e na justiça de Deus.  
2º – Presunção de salvação, ou seja, a pessoa cultiva em sua alma uma idéia de perfeição que implica num sentimento de orgulho. Ela se considera salva, pelo que já fez. Somente Deus sabe se aquilo que fizemos merece o prêmio da salvação ou não. A nossa salvação pode ser perdida, até o último momento da nossa vida, e Deus é o nosso Juiz Eterno. Devemos crer na misericórdia divina, mas não podemos usurpar o atributo divino inalienável do Juízo.  
O simples fato de já se considerar eleito é uma atitude que indica a debilidade da virtude da humildade diante de Deus. Devemos ter a convicção moral de que estamos certos em nossas ações, mas não podemos dizer que aos olhos de Deus já estamos definitivamente salvos.  
Os calvinistas, por exemplo, afirmam a eleição definitiva do fiel, por decreto eterno e imutável de Deus.  
A Igreja Católica ensina que, normalmente, os homens nada sabem sobre o seu destino, exceto se houver uma revelação privada, aceita pelo sagrado magistério. Por essa razão, os homens não podem se considerar salvos antes do Juízo.  
3º – Negar a verdade conhecida como tal pelo magistério da Santa Igreja, ou seja , quando a pessoa não aceita as verdades de fé (dogmas de fé), mesmo após exaustiva explicação doutrinária. É o caso dos hereges.  
Considera o seu entendimento pessoal superior ao da Igreja e ao ensinamento do Espírito Santo que auxilia o sagrado magistério.  
4º – Inveja da graça que Deus dá aos outros. A inveja é um sentimento que consiste em irritar-se porque o outro conseguiu algo de bom. Mesmo que você possua aquilo ou possa ganhar um dia. É o ato de não querer o bem do semelhante. Se eu invejo a graça que Deus dá a alguém, estou dizendo que aquela pessoa não merece tal graça, me tornando assim o juiz do mundo. Estou me voltando contra a vontade divina imposta no governo do mundo. Estou me voltando contra a Lei do Amor ao próximo. Não devemos invejar um bem conquistado por alguém. Se este bem é fruto de trabalho honrado e perseverante, é vontade de Deus que a pessoa desfrute daquela graça.  
5º – A obstinação no pecado é a vontade firme de permanecer no erro mesmo após a ação de convencimento do Espírito Santo. É não aceitar a ética cristã. Você cria o seu critério de julgamento ético. Ou simplesmente não adota ética nenhuma e assim se aparta da vontade de Deus e rejeita a Salvação.  
6º – A Impenitência final é o resultado de toda uma vida de rejeição a Deus: o indivíduo persiste no erro até o final, recusando arrepender-se e penitenciar-se, recusa a salvação até o fim. Consagra-se ao Adversário de Cristo. Nem mesmo na hora da morte tenta se aproximar do Pai, manifestando humildade e compaixão. Não se abre ao convite do Espírito Santo definitivamente.

Fonte: reporterdeCristo

Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo


papa-escrevendoA Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou na manhã desta terça-feira, 8, a mensagem de Bento XVI para o 21º Dia Mundial do Enfermo, que é celebrado em 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes.
“Nesta circunstância, sinto-me particularmente unido a cada um de vós, amados doentes, que, nos locais de assistência e tratamento ou mesmo em casa, viveis um tempo difícil de provação por causa da doença e do sofrimento”, escreve o Pontífice.
Este ano, o Dia Mundial do Enfermo será celebrado de forma solene no Santuário mariano de Altötting, no sul da Alemanha, com o tema “Vai e faz tu também o mesmo”, extraído da parábola do Bom Samaritano narrada por São Lucas.
Com essas palavras, o “Senhor indica qual é a atitude que cada um dos seus discípulos deve ter para com os outros, particularmente se necessitados de cuidados. Trata-se, de auferir do amor infinito de Deus a força para viver diariamente uma solicitude concreta, como o Bom Samaritano, por quem está ferido no corpo e no espírito, por quem pede ajuda, ainda que desconhecido e sem recursos”.
Bento XVI cita ainda o Ano da fé, que “constitui uma ocasião propícia para se intensificar o serviço da caridade nas nossas comunidades eclesiais, de modo que cada um seja bom samaritano para o outro, para quem vive ao nosso lado”.
Por fim, o Pontífice dirige um pensamento de gratidão e de encorajamento às instituições sanitárias católicas e à própria sociedade civil, às dioceses, às comunidades cristãs, às famílias religiosas comprometidas na pastoral sanitária, às associações dos operadores sanitários e do voluntariado.
Fonte: CNBB

Beleza tão antiga e tão nova: a Fé


Uma das páginas mais comoventes do livro das Confissões de Santo Agostinho é a oração que dirige a Deus, com um misto de alegria e de dor, ao lembrar-se das hesitações e as demoras que atrasaram a sua conversão:
«Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Tu estavas dentro de mim e eu te procurava fora: lançava-me transtornado sobre as belezas que tu criaste.  Tu estavas comigo, e eu não estava contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas criadas que, se não fossem sustentadas por ti, nem mesmo existiriam. Chamaste, clamaste e rompeste a minha surdez; brilhaste, resplandeceste, e a tua luz afugentou a minha cegueira; exalaste o teu perfume e respirei, suspirei por ti; saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti; Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo da tua paz» (liv. 10, 27).
Santo Agostinho sentiu, desde muito jovem, uma sede ardente de felicidade, de amor, de verdade. Percorreu aos trambolhões um longo caminho de procura. Foi sincero. Por isso Deus ouviu as suas súplicas e lhe deu a resposta, acendendo-lhe na alma a luz da fé em Cristo. A partir desse instante, foi invadido por uma alegria que nunca mais iria abandoná-lo.
«Senhor…, fizeste-nos para ti e o nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em ti», escrevia no começo das suas Confissões. Descansou na fé e no amor. Essa foi a sua experiência.
Alegria! Paz! Todos nós as desejamos… e como nos custa encontrá-las. Continuam a ser para nós um tesouro escondido (cf. Mt 13, 44). E, no entanto, poderíamos achá-las se nos puséssemos em condições de alcançar a graça da fé. Não o incentiva pensar que a Bíblia, o Novo Testamento, nos mostra que a alegria autêntica é inseparável da fé?
Lembre. Jesus acabava de nascer e já houve uns homens, os Magos, que, acolhendo com fé o sinal profético de uma estrela, empreenderam um  duro caminho. São Mateus conta assim o final dessa aventura: E eis que a estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. Ao verem a estrela – ao acharem Jesus –, sentiram uma imensa alegria (Mt 2,9-10). O tamanho dessa alegria deduz-se do texto original do Evangelho, que é difícil reproduzir com exatidão: Alegraram-se com uma alegria muito grande, e muito! Uma explosão de alegria no coração.
Lembremos também outro relato do Novo Testamento. A comunidade cristã acabava de nascer e já sofria perseguição. Como é que viviam a fé? São Pedro o conta: Este Jesus vós o amais sem o terdes visto; credes nele sem o verdes ainda, e isto é para vós a fonte de uma alegria inefável e gloriosa, porque estais certos de obter, como preço da vossa fé, a salvação de vossas almas  (1 Ped 1,8-9).
Os testemunhos sobre a alegria da fé são inúmeros. Quero trazer agora apenas um de tempo relativamente recente, o do jornalista André Frossard. Era filho do primeiro Secretário geral do Partido Comunista francês, e foi criado totalmente à margem da religião. Entrou um dia por acaso numa igreja, ponto de espera marcado por um amigo. De repente, instantaneamente, Deus o atingiu com a sua graça, e passou a crer sem nenhuma dúvida, a crer em “todas” as verdades da fé católica. Foi um milagre do amor de Deus, que jamais esqueceria. Assim o comentava posteriormente: «Como esquecer o dia em que, numa capela subitamente rasgada de luz, se descobre o amor ignorado pelo qual se ama e  se respira, em que se aprende que o homem não está só, que uma presença invisível o penetra, o rodeia e o espera, que para lá dos sentidos e da imaginação existe um outro mundo, em comparação com o qual este universo material, por mais belo que seja e por mais atrativo que se apresente, não passa de vaga neblina e reflexo distante da beleza que o criou» (Há um outro mundo, Quadrante 2003).
Como já sabe, estamos no Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI em 11 de outubro de 2011, com a Carta Apostólica Porta fidei (“A porta da pé”), comemorando os 50 anos do início do Concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Vai terminar na Solenidade de Cristo Rei, 24 de novembro de 2013. A carta Porta fidei incentiva-nos a desejar ter ou aumentar a nossa fé. Fala da «necessidade de redescobrir o caminho da fé, para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo» (n. 2).
Na audiência da quarta-feira 10 de outubro de 2012, véspera do início deste Ano da Fé, o Papa voltou a exortar-nos a «redescobrir cada dia a beleza da nossa fé». No dia seguinte, inaugurando o Ano da Fé, voltava a referir-se em uma homilia à «alegria de crer e à sua importância vital para nós, homens e mulheres». E, poucos dias depois, na audiência da quarta-feira 17 de outubro, anunciou o seu propósito de dedicar, neste Ano da Fé, as alocuções das quartas-feiras à catequese sobre o tema da fé: «Quereria – dizia –que fizéssemos um caminho para reforçar ou reencontrar a alegria da fé, compreendendo que a fé não é algo alheio, separado da vida concreta, mas é a sua alma». Não deixe de ler, se puder, essas catequeses de Bento XVI, que pode encontrar no site www.vatican.va [em “Ano da fé” ou “Audiências”], e no site noticias.cancaonova.com, entre outros.
Na Carta Porta fidei o Papa faz um resumo sintético das finalidades dste ano: «Descobrir novamente os conteúdos da fé professada (as verdades da fé), da fé celebrada (nos Sacramentos), da fé vivida (na conduta, na vida real, na vida moral), e da fé rezada (da oração e da vida de oração)» (Porta fidei, n. 9).
Se você conhece o Catecismo da Igreja Católica, deve ter observado que, em poucas palavras, o Papa menciona as quatro partes em que o Catecismo se divide: I. A profissão da fé; II. A celebração do mistério cristão; III. A vida em Cristo; IV. A oração cristã.
É natural, pois, que a Carta Porta fidei insista em que «o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica [...]. Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária» (n. 11).
Todos somos conclamados, portanto, a estudar e a difundir o conteúdo – assimilado, esmiuçado, traduzido em linguagem acessível – do Catecismo da Igreja e do seu Compêndio, bem como a redescobrir os documentos do Concílio Vaticano II.
Deixe-me acabar esse trecho com uma pergunta: Você vai fazer alguma coisa? O que poderia fazer para aprofundar e dar a conhecer a “doutrina” católica, os “conteúdos” da fé?
Por Padre Francisco Faus

Fonte: cancaonova

Evangelho do Dia-Mc 6,45-52

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Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele mesmo despediria a multidão. Depois de os despedir, subiu à montanha para orar. Já era noite, o barco estava no meio do mar e Jesus, sozinho, em terra. Vendo-os com dificuldade no remar, porque o vento era contrário, nas últimas horas da noite, foi até eles, andando sobre as águas; e queria passar adiante. Quando os discípulos o viram andar sobre o mar, acharam que fosse um fantasma e começaram a gritar. Todos o tinham visto e ficaram apavorados. Mas ele logo falou: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" Ele subiu no barco, juntando-se a eles, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados. De fato, não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles continuava endurecido.
Leitura Orante
Saudação
- A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo. - Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! Preparo-me para a Leitura, rezando: Jesus Mestre, Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras. Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão. (Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto na Bíblia: Mc 6,45-52. Tantos aspectos poderiam ser considerados neste texto. Vamos nos deter na afirmação de Jesus: "Sou eu!" Quem ainda não teve fé suficiente, vê Jesus como um fantasma. Os discípulos não haviam entendido o milagre dos pães. O Evangelho diz que a "o coração deles continuava endurecido". Como aos discípulos diariamente Jesus Cristo faz acontecer uma infinidade de milagres ao nosso redor, mas o coração "endurecido" não deixa reconhecer a ação de Deus. O que acontece com um coração endurecido? Paraliza num turbillhão de apelos e vozes no dia-a-dia, o consumismo, a perda dos valores, e, sobretudo a perda da fé, da esperança e do amor aos demais.
2. Meditação (Caminho) O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração? Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento? Os bispos, em Aparecida, disseram: "Jesus saiu ao encontro de pessoas em situações muito diferentes: homens e mulheres, pobres e ricos, judeus e estrangeiros, justos e pecadores... convidando-os a segui-los. Hoje, segue convidando a encontrar n'Ele o amor do Pai. Por isto mesmo, o discípulo missionário há de ser um homem ou uma mulher que torna visível o amor misericordioso do Pai, especialmente aos pobres e pecadores." (DAp 147).
3.Oração (Vida) O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo com todos na web: Jesus Mestre, faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo testemunhas vivas do teu Evangelho. Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração. Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.
4.Contemplação (Vida e Missão) Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de fé, para encontrar Jesus que vem a meu encontro.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. - Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. - Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. - Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Fonte: paulinas