sexta-feira, 12 de abril de 2013

Francisco: Que o aniversário da Pacem in Terris sirva à reconciliação

Vaticano, 11 Abr. 13 / 02:21 pm (ACI/EWTN Noticias).- Durante o encontro com os membros da "Papal Fundation", Francisco destacou os 50 anos da Encíclica "Pacem in Terris" do Beato João XXIII e pediu que este aniversário "seja um incentivo para empenhar-se sempre em promover a reconciliação e a paz em todos os níveis".
Nesse sentido, destacou o papel desta fundação criada em 1990 pelo falecido Cardeal John Krol na Filadelfia (EUA) e cujo objetivo é financiar as necessidades da Igreja no mundo. Seus membros e afiliados, afirmou, ajudam o Sucessor de Pedro "sustentando muitas obras de apostolado e de caridade especialmente próximas ao seu coração".
"Nestes anos contribuiu de modo significativo ao crescimento de muitas Igrejas particulares nos países em desenvolvimento ajudando, entre outras coisas, à formação do clero e dos religiosos, oferecendo ajuda, assistência médica e atenção aos pobres e necessitados, e criando oportunidades de formação e trabalho", indicou.
"Estou muito agradecido por tudo. As necessidades do Povo de Deus no mundo são grandes, e os esforços de vocês para avançar na missão da Igreja estão ajudando a lutar contra muitas formas de pobreza material e espiritual presentes na família humana, contribuindo ao crescimento da fraternidade e da paz", acrescentou.
Finalmente o Papa Francisco lhes assegurou suas orações e pediu que também rezem por ele e pelo seu "ministério, pelas necessidades da Igreja, e particularmente para que as mentes e os corações se convertam à beleza, a bondade e a verdade do Evangelho".
"Pacem in Terris" (Paz na Terra), é a última encíclica escrita pelo Beato João XXIII e foi publicada no dia 11 de abril de 1963, poucas semanas antes do Pontífice falecer. O texto reflete sobre as condições necessárias para que exista verdadeira paz no mundo, como a tomada de consciência de que todas as pessoas são parte da família humana.  Fonte: Acidigital

Para refletir: Como você se trata?



Quando crescemos, temos a tendência de recriar o ambiente emocional do lar onde passamos nossa infância.

Isso não é bom ou mau, certo ou errado. É apenas o que conhecemos dentro de nós como "lar".

Também temos a tendência de recriar nos nossos relacionamentos pessoais os mesmos relacionamentos que tínhamos com nossas mães ou pais, ou com o que existia entre eles. Pense quantas vezes você teve um amante ou chefe "igualzinho" à sua mãe ou seu pai.

Também nos tratamos da forma como nossos pais nos tratavam. Repreendemo-nos e castigamo-nos da mesma maneira. Também nos amamos e nos encorajamos da mesma forma. Podem-se quase ouvir as mesmas palavras quando se presta atenção. Também nos amamos e nos encorajamos da mesma maneira se fomos amados e encorajados em crianças.

Você nunca faz nada direito.

É tudo sua culpa.

Quantas vezes você se disse isso?

Sou maravilhoso.

Eu me amo. Quantas vezes você se diz isso?

Louise Hay

Presidente da CNBB lembra os 50 anos da encíclica Pacem Terris do Papa João XXIII

Ao dar as boas-vindas aos participantes da 51ª assembleia geral da CNBB, que acontece em Aparecida (SP), cardeal dom Raymundo Damasceno Assis lembrou, nesta quinta-feira, 11 de abril, o aniversário de 50 anos de publicação da Encíclica Pacem in Terris do papa João XXIII. Recorde algumas passagens da Carta Encíclica: “A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus” (n.1).

“O avanço da ciência e os inventos da técnica demonstram, antes de tudo, a infinita grandeza de Deus, criador do universo e do homem. Foi ele quem tirou do nada o universo, infundindo-lhe os tesouros de sua sabedoria e bondade. Por isso, o salmista enaltece a Deus com estas palavras: "Senhor, Senhor, quão admirável é o teu nome em toda a terra" (Sl 8, 1). "Quão numerosas são as tuas obras, Senhor! Fizeste com sabedoria todas as coisas" (Sl 103, 24). Foi igualmente Deus quem criou o homem à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 26), dotado de inteligência e liberdade, e o constituiu senhor do universo, como exclama ainda o Salmista: ‘Tu o fizeste pouco menos do que um deus, coroando-o de glória e beleza. Para que domine as obras de tuas mãos sob seus pés tudo colocaste’ (Sl 8,5-6) (n.3)”

“Em uma convivência humana bem constituída e eficiente, é fundamental o princípio de que cada ser humano é pessoa; isto é, natureza dotada de inteligência e vontade livre. Por essa razão, possui em si mesmo direitos e deveres, que emanam direta e simultaneamente de sua própria natureza. Trata-se, por conseguinte, de direitos e deveres universais, invioláveis, e inalienáveis”(n.9).

“Todo o ser humano tem direito natural ao respeito de sua dignidade e à boa fama; direito à liberdade na pesquisa da verdade e, dentro dos limites da ordem moral e do bem comum, à liberdade na manifestação e difusão do pensamento, bem como no cultivo da arte. Tem direito também à informação verídica sobre os acontecimentos públicos”(n.12).


“Compete outrossim à pessoa humana a legítima tutela dos seus direitos: tutela eficaz, imparcial, dentro das normas objetivas da justiça. Assim Pio XII, nosso predecessor de feliz memória, adverte com estas palavras: "Da ordem jurídica intencionada por Deus emana o direito inalienável do homem à segurança jurídica e a uma esfera jurisdicional bem determinada, ao abrigo de toda e qualquer impugnação arbitrária (n.27)".

“Todo o cidadão e todos os grupos intermediários devem contribuir para o bem comum. Disto se segue, antes de mais nada, que devem ajustar os próprios interesses às necessidades dos outros, empregando bens e serviços na direção indicada pelos governantes, dentro das normas da justiça e na devida forma e limites de competência. Quer isso dizer que os respectivos atos da autoridade civil não só devem ser formalmente corretos, mas também de conteúdo tal que de fato representem o bem comum, ou a ele possam encaminhar”(n.53).

“As nações fomentem toda espécie de intercâmbio quer entre os cidadãos respectivos, quer entre os respectivos organismos intermediários. Existe sobre a terra um número considerável de grupos étnicos, mais ou menos diferenciados. Não devem, porém, as peculiaridades de um grupo étnico transformar-se em compartimento estanque de seres humanos impossibilitados de relacionar-se com pessoas pertencentes a outros grupos étnicos. Isto estaria, aliás, em flagrante contraste com a tendência da época atual em que praticamente se eliminaram as distâncias entre os povos. Tampouco se deve esquecer que, embora seres humanos de raça diferente apresentem peculiaridades, possuem, no entanto, traços essenciais que lhes são comuns. Isso os inclina a encontrar-se no mundo dos valores espirituais, cuja progressiva assimilação abre-lhes ilimitadas perspectivas de aperfeiçoamento (N.100)”.

“Não se deverá jamais confundir o erro com a pessoa que erra, embora se trate de erro ou inadequado conhecimento em matéria religiosa ou moral. A pessoa que erra não deixa de ser uma pessoa, nem perde nunca a dignidade do ser humano, e portanto sempre merece estima. Ademais, nunca se extingue na pessoa humana a capacidade natural de abandonar o erro e abrir-se ao conhecimento da verdade. Nem lhe faltam nunca neste intuito os auxílios da divina Providência. Quem, num certo momento de sua vida, se encontre privado da luz da fé ou tenha aderido a opiniões errôneas, pode, depois de iluminado pela divina luz, abraçar a verdade. Os encontros em vários setores de ordem temporal entre católicos e pessoas que não têm fé em Cristo ou têm-na de modo errôneo, podem ser para estes ocasião ou estímulo para chegarem à verdade”(n.157).

“Como representante – ainda que indigno – daquele que o anúncio profético chamou o ‘Príncipe da Paz’ (cf. Is 9,6), julgamos nosso dever consagrar os nossos pensamentos, preocupações e energias à consolidação deste bem comum. Mas a paz permanece palavra vazia de sentido, se não se funda na ordem que, com confiante esperança, esboçamos nesta nossa carta encíclica: ordem fundada na verdade, construída segundo a justiça, alimentada e consumada na caridade, realizada sob os auspícios da liberdade”(n. 166).

Papa João XXIII, Roma, 11 de abril de 196
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Fonte: CNBB

Liturgia Diária

Oração
Pai, que a Páscoa de Jesus renove em mim a consciência de pertencer a teu povo, cuja existência deve se pautar pela caridade e pela partilha solidária.
Primeira leitura:
Leitura dos Atos dos Apóstolos - Naqueles dias, 34um fariseu chamado Gamaliel, levantou-se no Siné­drio. Era mestre da Lei e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante.
35Depois disse: “Homens de Israel, vede bem o que estais para fazer contra esses homens. 36Algum tempo atrás apareceu Teu­das, que se fazia passar por uma pessoa importante, e a ele se juntaram cerca de quatrocentos homens. Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram, e nada restou.
37Depois dele, no tempo do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que arrastou o povo atrás de si. Contudo, também ele morreu e todos os seus seguidores se dispersaram. 38Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se este projeto ou esta atividade é de origem humana será des­truído. 39Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” E os membros do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel.
40Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus. 42E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e anunciar o evangelho de Jesus Cristo. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 26
          — Ao Senhor eu peço apenas uma coisa: habitar no santuário do Senhor.
— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa: habitar no santuário do Senhor.

— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu temerei?

— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.

— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
 
Evangelho: Jo 6,1-15
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São João.
          - Glória a vós, Senhor.

         Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.
8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”
13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
A multidão segue Jesus por causa dos sinais em favor dos doentes
O relato da multiplicação dos pães, nós o encontramos também na tradição sinótica (Mt 14,13-21; Mc 6,30-44; Lc 9,10-17). A multidão segue Jesus por causa dos sinais que ele realizava em favor dos doentes. O sinal, por sua própria natureza, é ambíguo; precisa sempre ser interpretado, pois remete a outra realidade, diferente daquela imediatamente percebida. Jesus denunciará a cegueira da multidão e o equívoco a que está imersa: “… vós me procurais não por terdes visto sinais, mas porque comestes pão e vos saciastes” (v. 26).
 
Leitura Orante
 

Oração Inicial

Preparo-me para este momento mais importante do meu dia, invocando o Espírito Santo para mim e para todos e todas que fazem esta mesma oração, aqui na rede da internet.

Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom da sabedoria, para que possamos avaliar todas
as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimento da vida os projetos de amor do Pai.
Dai-nos o dom do entendimento, uma compreensão mais profunda da verdade,
a fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção.
Dai-nos o dom do conselho, que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.
Dai-nos o dom da fortaleza. sustentai-nos, no meio de tantas dificuldades, com vossa coragem,
para que possamos anunciar o Evangelho.
Dai-nos o dom da Ciência, para distinguir o único necessário das coisas meramente importantes.
Dai-nos o dom da piedade, para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco.
E, finalmente, dai-nos o dom do vosso santo temor, para que, conscientes de nossas fragilidades,
reconheçamos a força de vossa graça.
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos um novo coração. Amém.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto?
Faço a leitura lenta e atenta do texto da Palavra do dia na minha Bíblia: Jo 6,1-15
Jesus ficou sabendo que queriam levá-lo à força para o fazerem rei; então voltou sozinho para o monte.
A reflexão e os cálculos dos apóstolos são muito racionais e funcionalistas.
Jesus faz o milagre, a partir de um menino que coloca em comum tudo o que tem - cinco pães e dois peixes. Com certeza, o gesto de desprendimento do menino, que nada segurou para si, permitiu a realização do milagre! O pão foi multiplicado, todos comeram e ainda sobrou! É a lógica da gratuidade, do amor, do olhar mais para o outro do que para si mesmo, o olhar da fé.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Seguro alguma coisa que não quero partilhar, dividir? Minha lógica e do acúmulo, da centralização, do cada um por si ou e a lógica de Jesus, da partilha, da mão que se abre? É a atitude da fé?
Os bispos, em Aparecida, disseram:
"Diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e a vida digna de todo ser humano. De seu Mestre, o discípulo tem aprendido a lutar contra toda forma de desprezo da vida e de exploração da pessoa humana. Só o Senhor é autor e dono da vida. O ser humano, sua imagem vivente, é sempre sagrado, desde a sua concepção até a sua morte natural; em todas as circunstâncias e condições de sua vida. Diante das estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. “Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso, cura os enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça." (DAp 112).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Meu coração já está em sintonia com o coração de Jesus.
Vivo este momento em silêncio. Depois, concluo com a canção (que pode ser rezada):
TEM GOSTO DE DEUS
Pe. Zezinho, scj

Tem gosto de Deus
O pão que a gente parte e reparte
Tem gosto de céu
O pão que se ganhou com suor
Tem gosto de paz
O pão que o povo não desperdiçou

Tiveste pena do povo
Mandaste dar de comer
Alguém falou que era pouco
Tu nem quiseste saber
Mandaste o povo sentar
Mandaste alguém começar
Alguém te obedeceu
Foi milagre, foi milagre, o milagre aconteceu!

Tem gosto de amor
P pão que a gente come lá em casa
Tem gosto de fé
O pão que a gente come no altar
Tem gosto de luz
O pão e o vinho que dão Jesus!

Tem gosto de dor
O pão que vale mais que o salário
Tem gosto de mel
O pão que o meu trabalho ganhou
Tem gosto de fel
O grão de trigo que o país perdeu!

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de fé, para os outros, para as pessoas que encontrar no dia de hoje. Minhas mãos vão estar abertas como as do menino do Evangelho.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém                                Fonte: Catequese Católica