sábado, 26 de outubro de 2013

A internet no dia a dia

Precisamos compreender a forma como se deve lidar com os "novos" pecados dos usuários, que fizeram da "rede" um espaço desordenado para a sua vida afetiva, laboral e moral.
De acordo com a Dra. Michela Pensavalli, é muito importante que a pessoa analise e se responda se é ou não "dependente" da Internet . Ou seja, se consegue dominar as emoções e impulsos que os sites e as redes sociais geram, seja quando se está conectado, como também quando se deve passar longos períodos off line.
Para a especialista, o domínio e o equilíbrio é vital, porque em uma sociedade "Tecnolíquida", segundo a definição recente do psiquiatra italiano, Tonino Cantelmi, os diversos dispositivos podem manter as pessoas em uma conectividade permanente, onde é difícil distinguir os limites ou o tempo passado, em detrimento de outros fins ou obrigações.
A teoria do "tudo e rápido"
Outro risco que o navegante moderno encontra, é a tendência a encurtar as coisas e evitar os encontros. Ou seja, se por uma mensagem de texto podemos explicar alguma coisa rapidamente, por que estender-se ou aprofundar? Ou pior ainda, se temos tantas plataformas de comunicação instantânea, para que encontrar-nos?
Também o usuário, na sua necessidade de estar conectado, pode perder a atenção do que as pessoas lhe falam, por exemplo, numa aula ou conferência, por estar pendente do modo rapidíssimo de como continuam a interagir os seus contatos e listas de interesses "lá fora".
O fato de não poder se desconectar (switch off), já é um sinal de que deve ser observado… Porque nem hoje e nem no passado, foi possível estar num lugar e ao mesmo tempo em outro –fora – , não porque a internet não te deixe fazer isso, mas porque as normas básicas de convivência ou da vida comunitária te exigem. Mas para alguns – isso sim é de ontem e de hoje – , sua necessidade pessoal está por acima da dos demais, o que é um mau sinal…
O que mais oferece a Internet? Segundo a doutora Pensavalli, te oferece emoções – até mesmo fortes – relações – não sem perigos – , e te facilita as coisas para sair do "tédio". Para outros, o tempo passa mais rápido conectando-se à rede, por tanto ajuda a evadir-se; enquanto que para um grupo de usuários é a porta entre o privado e o público, cuja chave se abre ou fecha de acordo com a conveniência ou a vontade.
Sobre isso, foi clara em advertir que, como emissor e dono das suas conexões de internet, o usuário se predispõe a evitar o que ele não gosta, e a eleger só aquilo que não lhe chateia; assim como selecionar o que não lhe coloque tenso e nem lhe faça refletir muito. Ou seja, a ambivalência toma conta da pessoa, e assim quando se vivem as relações humanas, e diante de uma situação real de convivência, em que se exige mais da mesma pessoa, chega-se a acreditar que é hora de "desligar a conexão" e basta…
Amizades perigosas
Tudo na internet parece tão fácil e acessível, que o usuário começa a clicar onde não deveria se aproximar nem um pouquinho, ou a "aceitar" convites de amigos que não tem nem a menor ideia de quem sejam.
Na internet todo mundo é igual, pelo menos, naqueles locais de acesso público e gratuito. Mas nem todos somos o mesmo, foi outra ideia da doutora Michela Pensavalli, pois as redes fazem surgir na pessoa o seu lado mais narcisista, exibicionista e sem dúvida, o voyeurista.
Somos assim nas relações cotidianas, por assim dizer, física? Na verdade não, de modo que o uso compulsivo da rede (líquido, sem padrões ou limites), às vezes nos obriga a mudar de atitude para interagir, de tal forma que aparecem também tendências patológicas …
Só para citar os graus mais baixos de cada tendência – porque os mais altos são para correr deles – , pode-se identificar o narcisismo só no fato de colocar a "melhor foto" no perfil de uma rede social, tanto faz se é antiga ou que não esteja de acordo com a realidade atual .
No caso de exibicionismo, aí estão as conquistas ou os comentários expressos sem medida, só pelo fato de que podemos também incluí-los nas nossas contas, independentemente de se os outros querem tanto bombardeio "made em mim mesmo".
E uma terceira tendência comentada pela especialista – não menos grave, dependendo da pessoa – é o voyeurismo, ou essa antiga obsessão por olhar sem que nos vejam; ainda que hoje em dia, graças à Internet, pode-se fazer de modo consentido, falsificado ou pago sem controles. Ela alertou para o alto consumo do chamado "cybersexo", que de acordo com dados dos EUA, no mundo, consome-se 3.000 dólares de pornografia por segundo.
É necessário considerar, portanto, o risco que significa que uma pessoa possa ser o oposto a si mesma na rede, distanciando-se dos seus princípios, obrigações e faltando com a confiança dos superiores. Pois muitas vezes estes toleram o uso da internet com a esperança de que ajude para aprofundar no estudo, para combater a distância recebendo mensagens dos familiares e amigos de bem, ou para dar os "primeiros passos" de uma futura e urgente pastoral na rede.
Uma conclusão clara foi que o mundo atual do ciberespaço, é um mundo onde se pode viver, mas cuidando a qualidade do uso que se faz e não deixando-se dominar pelos impulsos que este gera. E, assim com ontem, não confundir nunca o instrumento com a mensagem…
Fonte: Catequese Católica

Greves e moralidade


padre-Brendan200A recente prolongada greve dos bancários exige uma reflexão a respeito da moralidade das greves. Ninguém nega o direito dos bancários de exigir melhorias salariais. O direito do trabalhador de parar seu trabalho é hoje um assunto pacífico e aceito por todos que, muitas vezes, esquecemos que há uma importante diferença entre uma greve justa e eticamente correta e uma greve injusta e moralmente condenável. Uma greve deve ser em última análise, uma maneira de ameaçar e infligir prejuízo ao governo, uma firma ou uma pessoa que está nos injustiçando, com a finalidade de pressioná-lo a remediar ou acabar com a injustiça. No passado, o prejuízo causado por uma greve era em grande parte limitado ao empregador. Hoje, porém, por causa da interdependência dos diferentes grupos na sociedade, o dano é sofrido, não somente pelo empregador, mas também por muitas outras pessoas.
Antes de iniciar uma greve todos nela envolvidas devem responder quatro perguntas básicas: (i) Há certeza absoluta da existência de uma real injustiça? (ii) Será que esta injustiça é suficientemente grave para justificar a perda ou prejuízo que provavelmente será causada pela greve? (iii) Há uma adequada proporção entre a perda próxima a ser infligida e a finalidade legítima procurada? (iv) Será que todos os esforços para chegar a um acordo através de negociação foram feitos? Uma pessoa tentando decidir se deve ou não fazer greve tem que responder a estas perguntas afirmativamente, antes de poder afirmar que “esta greve é moralmente justificável”. Nunca podemos esquecer que uma greve é uma arma a ser usado somente como último recurso, nada pode justificar seu uso como primeiro passo numa disputa para ganhar melhores salários. Obviamente, a administração pública e administradores de empresas não devem esperar que a inquietação ou agitação se instalasse antes de conceder razoáveis melhoramentos em salários e condições de trabalho. A demora em agir rapidamente frequentemente traz consequências lamentáveis. Greves potenciais são evitadas quando sensíveis administradores de departamentos governamentais e lideranças sindicais responsáveis sentam-se à mesa para negociar num ambiente de respeito mútuo. É realmente deplorável que a experiência torne plausível para os trabalhadores e membros de organizações profissionais que “somente uma greve consegue resultados”, e nada mais funcione.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald – Redentorista.

A Sagrada Liturgia


Na comemoração do 50º. aniversário da Constituição sobre a Sagrada Liturgia que foi o primeiro documento promulgado pelo Concílio Vaticano ll na Sessão Solene de 4 de dezembro de 1963, presidida pelo Papa Paulo Vl com 2.147 votos de aprovação e apenas 4 negativos. (cf. Compêndio do Concílio Vaticano ll,ConstituicaoSacrosanctumconstituições, decretos, declarações, 29a. ed., Vozes, Petrópolis, 2003, p.258), a Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil decidiu agora publicar uma segunda edição da “Sacrosanctum Concilium”  mas agora como  leitura popular. Este livrinho de 108 páginas é um subsídio didático que tem por finalidade auxiliar os integrantes das equipes de pastoral litúrgica na compreensão e na vivência do espírito litúrgico do documento original do Vaticano ll. É um livro de grande utilidade na preparação e na realização das celebrações nas comunidades e nas paróquias. Acredito que exemplares deste livro devem estar disponíveis nos seminários, nos noviciados e nos  demais casas de formação dos religiosos e religiosas.
O documento conciliar “Sacrosantum Concilium”  foi cuidadosamente preparado pela Comissão Litúrgica pré-conciliar, e foi o projeto  aprovado com menos dificuldades entre todos os projetos do Concílio. Agora a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está nos convidando a reler esta importante Constituição sobre a Sagrada Liturgia didaticamente elaborada e em linguagem popular acessível ao povo de Deus. O livro é dividido em sete capítulos e um apêndice. O primeiro capítulo apresenta os princípios envolvidos em reformar e promover a Liturgia. O segundo capítulo trata do Sagrado Mistério da Eucaristia, sua importância e como alcançar sua plena eficácia pastoral. O terceiro capítulo aborda os demais sacramentos e a importância  destes. O quarto capítulo abrange o Ofício Divino ou Liturgia das Horas e o que fazer para que este Ofício se ajuste à vida contemporânea. O quinto capítulo trata do Ano Litúrgico e a importância que tem a comemoração anual dos Mistérios de Salvação para a vida da Igreja.  O sexto capítulo trata da Música Sacra  e sua verdadeira função na liturgia cristã. Este capítulo é muito importante hoje em dia quando a “música” em certas igrejas é ensurdecer e o conjunto musical prega os próprios membros e não Jesus crucificado. Acredito que não podemos perder nosso rico acervo da música sacra que é coisa para ser conservada e até promovida. O canto gregoriano e música polifônica tipo Palestrina devem ser ensinados nos seminários, noviciados e demais casas de formação. O canto popular religioso precisa ser inteligentemente incentivado, de modo que os fiéis possam cantar. O coral, por melhor que seja nunca devia tirar dos fiéis seu direito de cantar.
O capítulo sete trata da Arte Sacra e as Sagradas Alfaias (objetos de adorno). Fala sobre a importância da arte na Liturgia. A arte sacra deve evitar extravagância, improvisação, superficialidade e modismo. Finalmente, o apêndice apresenta a Declaração do Concílio Vaticano ll acerca da Revisão do Calendário. Em fim, é um pequeno livro de grande valor.
                                                     Pe. Brendan Coleman Mc Donald

VI Evangelizar Dom Bosco acontece hoje (26) no Aterro da Praia de Iracema



evangelizarA Rádio FM Dom Bosco, em Fortaleza realiza no dia 26 de outubro, a partir das 12 horas, no Aterro da Praia de Iracema, o VI Evangelizar Dom Bosco com o tema “Heróis da Fé Promotores da Vida e da Cultura”. Todas as paróquias e áreas pastorais, religiosos, religiosas e leigos estão convidados a participar deste momento de graça na Arquidiocese de Fortaleza. A entrada é franca.
O Evangelizar Dom Bosco é o maior evento religioso do estado, visa à promoção da cultura local e regional, da religiosidade popular e o fomento a cultura de paz. Reuniu, em 2012, no Aterro da Praia de Iracema um público superior a 1,5 milhão de pessoas.
O evento é organizado pela Rádio FM Dom Bosco. Emissora de rádio educativa mantida pela Fundação Educacional Salesiana Dom Bosco. O Evangelizar Dom Bosco é um projeto realizado durante todo o ano.
O Evangelizar Dom Bosco, em 2013 está na sexta edição. Sua importância religiosa, cultural e educativa garantiu-lhe espaço no calendário de eventos do Estado do Ceará, em conformidade com a Lei nº 14.657, de 14 de abril de 2010. O evento vem se consagrando de grande porte em meio a seu contexto cultural e religioso. E consequentemente, tornar-se um atrativo potencializador do Turismo Religioso na Capital Cearense.
Existe ainda a parceria com instituições como o Hemoce que ganha mais doadores com a Campanha “Evangelizar é doar de Coração”. O Movimento Emaús Vila Velha que faz a coleta seletiva no dia da celebração. E oito instituições que vão receber este ano os alimentos perecíveis arrecadados: O próprio Movimento Emaús Vila Velha, Centro Educacional Piamarta, Escola Irmã Giuliana Galli, O Pequeno Nazareno, Instituto Filippo Smaldone, Centro Juvenil Dom Bosco, Lar Amigos de Jesus e Casa Família Maria Mãe de Ternura. Em 2012 foram arrecadados uma tonelada e meia de alimentos que foram distribuídos entre o Movimento Emaús Vila Velha e o Pequeno Nazareno.
As atrações deste ano são: Padre Reginaldo Manzotti, Elba Ramalho, Dunga, Padre João Carlos, Frei Jurandir, Ítalo e Reno e Izaias Luciano.
A programação do VI Evangelizar:
Das 10h às 11h20min – Apresentação de Naldo José e Forró in Deus.
De 11h30min às 12h30min – Apresentação de Izaís Luciano.
De 12h30min às 12h50min – Abertura com Locutores da Rádio Dom Bosco com Música Oficial do Evento.
Das 13h às 13h40min – Elba Ramalho com Testemunho.
Das 13h50min às 15h40min – Pe. João Carlos.
Das 15h às 15h40min – Terço da Misericórdia com Frei Jurandir e Padre Geilson.
Das 15h50min às 16h40min – Dunga – Pregação e Show.
Das 16h40min às 17h – VTs dos patrocinadores e avisos.
Das 17h às 17h30min – Abertura Oficial com Padre Salesiano / aniversário da Rádio.
Das 17h30min às 18h – Banda Evangelizar é Preciso – Preparação para Missa.
Das 18h às 20h – Celebração Eucarística com Adoração ao Santíssimo.
Das 20h às 21h40min – Padre Reginaldo Manzotti.
Às 21h40min – Encerramento.
Informações pelos telefones (85) 3231 1940 na Paróquia da Piedade / (85) 3454 1888 na Rádio Dom Bosco.
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração:
Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti.
Primeira leitura: Rm 8,1-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos
Irmãos, 1não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. 2Pois a lei do Espírito que dá a vida em Jesus Cristo te libertou da lei do pecado e da morte.
3Com efeito, aquilo que era impossível para a Lei, já que ela estava enfraquecida pela carne, Deus o realizou; tendo enviado seu próprio Filho numa condição semelhante àquela da humanidade pecadora, e por causa justamente do pecado, condenou o pecado em nossa condição humana, 4para que toda a justiça exigida pela Lei seja cumprida em nós que não procedemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5Os que vivem segundo a carne aspiram pelas coisas da carne; os que vivem segundo o Espírito, aspiram pelas coisas do Espírito.
6Na verdade, as aspirações da carne levam à morte e as aspirações do Espírito levam à vida e à paz. 7Tudo isso, porque as tendências da carne são inimizade contra Deus: Não se submetem – nem poderiam submeter-se – à Lei de Deus.
8Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. 9Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus mora em vós.
Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. 10Se, porém, Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja ferido de morte por causa do pecado, vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça.11E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos mora em vós, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do seu Espírito que mora em vós. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 24
          — É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
— É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração.

— Quem não dirige sua mente para o crime. Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador.” “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face.” 
 
Evangelho: Lc 13,1-9
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

         
1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’
8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
A teoria da retribuição é ultrapassada.
Jesus sobe para Jerusalém. Essa subida é ocasião de ensinamento, por isso ela é constituída de lições que Jesus dá aos seus discípulos. Nosso texto não encontra paralelo nos outros dois sinóticos. Do ponto de vista histórico, nós não temos nenhuma informação, nem mesmo na literatura extrabíblica, dos fatos mencionados nos versículos 1 a 4. No entanto, o importante, aqui, é o valor de interpelação dos fatos, repetido duas vezes: “... se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo” (vv. 3.5). A teoria da retribuição é ultrapassada: “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que qualquer outro Galileu? … Digo-vos que não! … Pensais que eram mais culpados do que qualquer outro morador de Jerusalém? Eu vos digo que não!” (vv. 2-5). A morte de uns e não de outros é sinal do julgamento definitivo, sinal que precisa ser discernido: “… sabeis discernir os aspecto da terra e do céu, e por que não discernis o tempo presente?” (Lc 12,56). São Paulo o exprime muito bem: “Esses acontecimentos se tornaram símbolos para nós, a fim de não desejarmos coisas más…” (1Cor 10,6). A morte dos galileus e dos moradores de Jerusalém é um convite à conversão e ao reconhecimento, no tempo presente, da “visita salvífica” de Deus.

Os versículos 6 a 9 ilustram os versículos precedentes. A figueira é, na tradição rabínica, símbolo da Torá. Ela está plantada na vinha. O povo de Deus tem a Lei cujo fruto deveria ser a conversão. Mas ela não produziu o fruto. Será cortada? Será arrancada do meio da vinha? A parábola acentua a bondade de Deus: a maldade humana não impede Deus de ser bom.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Saudação
- A mim e a você, que navegamos neste ambiente virtual,
a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Creio meu Deus,
Que estou diante de ti,
Que me vês e escutas minhas orações
És tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo, eu te agradeço.
Foste ofendido por mim:
Eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso:
Eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto Lc 13,1-9, na minha Bíblia e observo pessoas que comentam com Jesus sobre a necessidade de arrependimento dos pecados e de contínua conversão do coração.

Num mundo em que se busca justificativa para tudo e isenção das culpas mais evidentes, falar em arrependimento, significando admitir que se cometeu erro e se busca um processo de reconhecimento e de conversão, parece muito difícil. Parece até “fora de moda”. No entanto, é a proposta do Reino, é o que fala Jesus ao povo. Na narração do Evangelho de Lucas o que para os galileus foi uma desgraça passou a ser uma advertência aos demais. No Salmo 50 já se recitava: “Atenção, vós que esqueceis a Deus (...) A quem corrige sua conduta, eu farei desfrutar a salvação de Deus” (VV. 22 e 24). A parábola contada pelo Mestre, aponta para a paciência de Deus que espera e que cerca de cuidados a figueira que não produz frutos. Ele “afofa a terra em volta dela”, ou seja, oferece-lhe possibilidades. Põe “bastante adubo”, quer dizer, apresenta-lhe incentivos que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência. Deus é representado neste homem que espera frutos de sua figueira. O tempo de Jesus Mestre não é só de admoestação, mas de oportunidade de conversão, de salvação. O texto fala de 3 anos de improdutividade da figueira. Deus é infinitamente paciente, mas cada árvore – cada um de nós – pode esgotar seu tempo de tolerância.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
Como vejo as catástrofes no mundo de hoje?
Os tsunamis, as enchentes, as secas, os terremotos?
Como está meu processo de conversão?
Admito que erro, que preciso viver um processo contínuo de conversão?
Minha figueira tem produzido frutos? Quais são os adubos de Deus na minha vida?
Os bispos em Aparecida falaram de quatro eixos que devem ser reforçados na Igreja. O primeiro deles é a conversão. Dizem:
“ Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um “encontro pessoal com Jesus Cristo”, uma experiência religiosa profunda e intensa, um anúncio kerigmático e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral “ (DAp 226, a).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com todos os internautas:
Ó Deus,
Pai de todos os povos,
Vós que nos abraçais
Com a ternura de uma mãe,
Ouvi o clamor
Das multidões do mundo inteiro
Desejosas de vos conhecer
E vos amar.
Ensinai-nos a vos servir,
Na partilha da fé
E dos bens,
Que vós mesmos nos destes.
Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre, que me impede de dar frutos.
Vou demonstrar pela vida que vivo em contínua conversão.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica