quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Registrando Momentos- Retiro dos Jovens da Área Pastoral São José- Quanto a ti : Vem e Segue-ME

   




    
 




 






 




      Domingo, encerrando o final de semana e terminando o  Retiro com a Santa Missa presidida pelo Padre Francisco Martins . A missão continua, então, VEM E SEGUE-ME. Deus abençoe a todos. Foi um fim de semana mais que abençoado, Obrigada Senhor!

Tarefa fascinante

Dia é o espaço de tempo que vai, em determinados lugares da Terra, entre o instante do nascer do Sol e o seu ocaso, com claridade de luz e sol. É a esperança de cada dia que começa a despontar, circunstância durante a qual o Sol ilumina o horizonte,  para o nosso contexto dentro do planeta, com duração de vinte e quatro horas, regulada pela rotação da Terra sobre si mesma.
O dia é sinônimo de claridade, de sol. Para nós cristãos, aos olhos da fé, “sol” é uma palavra que vai muito além da definição acima, transcende, e torna-se indizível no mistério insondável de Deus, no que assevera o Livro Sagrado:  “Nunca mais o Sol a iluminará de dia, nem a Lua de noite, pois eu, o Senhor, serei para sempre a sua luz, e a minha glória brilhará sobre você” (cf. Is 60, 19).
Como é maravilhoso recordar o apóstolo Paulo, missionário por excelência; não conviveu pessoalmente com o seu Mestre e Senhor. No início, de perseguidor ferrenho da Igreja e dos cristãos, abraçou a fé na viagem para Damasco, que se deu no ápice da luz do Sol, transformando-o por completo: “Ora, aconteceu que, na viagem, estando já perto de Damasco, pelo meio-dia, de repente, uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim. Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Eu perguntei: ‘Quem és tu, Senhor?’. Ele me respondeu: ‘Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu estás perseguindo’” (cf. At 22, 6-8).
Jesus é o Sol da justiça, da verdade e da solidariedade a nos desafiar, nas palavras do Papa Francisco (24.01.2016), em sua costumeira alocução precedida do Ângelus, ao dizer que comunidades católicas devem se juntar aos empobrecidos marginalizados, deixando claro:  “Trata-se de oferecer a força do Evangelho de Deus, que converte os corações, cura as feridas, transforma as relações humanas e sociais segundo a lógica do amor; ser cristão com o ser ‘missionário’ implica em ‘anunciar o Evangelho com a palavra e, antes ainda, com a vida’”.
Dom Helder Câmara, força mística e poética da figura humana, nos assegura que o Sol da Justiça é dom e graça de Deus: “Há pessoas que, independente de idade, pelo que são, pelo que dizem e pelo que fazem, são sempre meio-dia”. Nesse sentido, recordando o Apóstolo dos Gentios, seja no anúncio do Evangelho e carismas, seja na missão e viagens, o Artesão da Paz, com enorme disposição e sabedoria interior, se esforçou para imitá-lo.
Guardemos as palavras do Mestre e Doutor das Nações, que intrepidamente soube anunciar a Boa-Nova do Senhor Jesus, consciente de que era para ele uma exigência, por isso mesmo sua disposição para tudo, até a própria vida por causa do Evangelho: “Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. Combati o bom combate, terminei minha corrida e guardei a fé” (2 Tm 4, 6). Amém!
Padre Geovane Saraiva*
Pároco de Santo Afonso e vice-presidente da Previdência  Sacerdotal, integra a  Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – geovanesaraiva@gmail.com

O DOUTOR ANGÉLICO

No dia 28 de janeiro a Igreja Católica celebra cada ano a festa de Santo Tomás de Aquino, um de seus filhos mais famosos e admirados. Tomás de Aquino nasceu no castelo de Rocaseca, Aquino, Nápolis no ano de 1225, filho do conde Landulf de Aquino e da condessa Teodora de Theate. Fez seus estudos básicos na abadia beneditina de Monte Cassino. Completou seus estudos superiores na Universidade de Nápolis. Aos 18 anos, contrariando a vontade dos familiares, ingressou na Ordem dos Pregadores de São Domingos (Dominicanos). De 1245 a 1248 estudou em Paris sob o magistério de Santo Alberto Magno. De 1253 até 1259 foi professor na Sorbonne. Volta à Itália para desempenhar o cargo de mestre em teologia na corte pontifícia de Agnani, Orvieto.
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“Ele era antes de tudo intelectual. Conhecido como “doctor angelicus”. Imerso nos estudos, seguidamente perdia a noção do tempo”. Sem dúvida, “seus escritos constituem um dos maiores monumentos de filosofia e teologia católica”. Seus pensamentos continuam exercendo grande influência nos estudos das universidades católicas e dos seminários católicos até hoje. Entre seus muitos escritos encontramos: A Suma contra os gentios (1259-1264), A famosa e conhecida Suma Teológica (1266), Os Comentários à Sagrada Escritura, Comentários ao Mestre das sentenças, De Trinitate, De Veritatem, Quaestiones disputate, Comentários ao Credo, ao Pai Nosso, e à Ave-Maria, além dos sermões sobre os mistérios e as festividades do Senhor. Segundo Dante “Tomás foi homem muito cortês, de bom trato para conversar e suave no falar”.
Em 1264, o Papa Urbano lV solicitou ao Tomás de Aquino que compusesse os cânticos e orações para a festa de “Corpus Christi”. O resultado foi algumas das mais famosas e emocionantes composições da música sacra. Entre as quais podemos citar: “O Sacrum Convivium”, “Lauda Sion”, “Adoro Te Devote”, “Pange Lingua”, “Sacris Sollemnis”, e “Verbum Supernum” etc. Esses cânticos foram usados nos cultos católicos até 1965 quando o Concílio Vaticano ll aprovou o uso das línguas vernáculas e a Igreja parou de usar cânticos em latim.
Faleceu no dia 7 de março de 1274, no mosteiro cisterciense de Fossanova, quando regressava do Concílio de Lião, convocado pelo Papa Gregório X. Foi canonizado em 1323 pelo Papa João XXll. O Papa Pio V declarou-o Doutor da Igreja em 1567. No ano 1880 foi declarado patrono de todas as escolas católicas.  No dia 28 de janeiro de 2015 a Igreja recorda sua memória, seu exemplo de vida, suas grandes obras teológicas e filosóficas. O lema de Santo Tomás era “contemplar e transmitir aos outros o fruto da contemplação”.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

No Ano da Misericórdia, a construção da Paz.

“VENCE A INDIFERENÇA E CONQUISTA A PAZ.” Com este lema o Santo Padre Francisco iniciou sua mensagem para o Dia Mundial da Paz que é celebrado no dia 1º. de janeiro de cada ano. O mesmo Papa tem chamado a atenção dos fiéis da Igreja Católica e de todas as pessoas de todo o mundo para esta realidade: “Não há dúvida de que o comportamento do indivíduo indiferente, de quem fecha o coração desinteressando-se dos outros, de quem fecha os olhos para não ver o que sucede ao seu redor ou se esquiva para não ser abalroado pelos problemas alheios, caracteriza uma tipologia humana bastante difundida e presente em cada época da história; mas, hoje em dia, superou decididamente o âmbito individual para assumir uma dimensão global, gerando o fenômeno da «globalização da indiferença».”
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E diante da indiferença generalizada e cultural que perpassa a humanidade de hoje, chama à confiança do Evangelho e a conservar as razões da esperança, pois embora “o ano passado (2015) tenha sido caracterizado, do princípio ao fim, por guerras e atos terroristas, com as suas trágicas consequências de sequestros de pessoas, perseguições por motivos étnicos ou religiosos, prevaricações, multiplicando-se cruelmente em muitas regiões do mundo, a ponto de assumir os contornos daquela que se poderia chamar uma “terceira guerra mundial por pedaços”, todavia alguns acontecimentos dos últimos anos e também do ano passado incitam-me, com o novo ano em vista, a renovar a exortação a não perder a esperança na capacidade que o homem tem, com a graça de Deus, de superar o mal, não se rendendo à resignação nem à indiferença. Tais acontecimentos representam a capacidade de a humanidade agir solidariamente, perante as situações críticas, superando os interesses individualistas, a apatia e a indiferença.” Há muitos sinais de solidariedade em nosso mundo, mais do que se propaga pelos meios de comunicação social, pois parece que o mal faz mais barulho que o bem.
“Variadas são as razões para crer na capacidade que a humanidade tem de agir, conjunta e solidariamente, reconhecendo a própria interligação e interdependência e tendo a peito os membros mais frágeis e a salvaguarda do bem comum. Esta atitude de solidária corresponsabilidade está na raiz da vocação fundamental à fraternidade e à vida comum. A dignidade e as relações interpessoais constituem-nos como seres humanos, queridos por Deus à sua imagem e semelhança. Como criaturas dotadas de inalienável dignidade, existimos relacionando-nos com os nossos irmãos e irmãs, pelos quais somos responsáveis e com os quais agimos solidariamente. Fora desta relação, passaríamos a ser menos humanos. É por isso mesmo que a indiferença constitui uma ameaça para a família humana. No limiar dum novo ano, quero convidar a todos para que reconheçam este fato a fim de se vencer a indiferença e conquistar a paz.”
Foi nesta perspectiva que foi instituído o já iniciado Jubileu da Misericórdia, com o qual quis o Papa “convidar a Igreja a rezar e trabalhar para que cada cristão possa maturar um coração humilde e compassivo, capaz de anunciar e testemunhar a misericórdia, de «perdoar e dar», de abrir-se «àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática», sem cair «na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói».”

Pois, em “seu Filho Jesus, Deus desceu ao meio dos homens, encarnou e mostrou-Se solidário com a humanidade em tudo, exceto no pecado. Jesus identificava-Se com a humanidade: «o primogênito de muitos irmãos» (Rm 8, 29). Não se contentava em ensinar às multidões, mas preocupava-Se com elas, especialmente quando as via famintas (cf. Mc 6, 34-44) ou sem trabalho (cf. Mt 20, 3). O seu olhar não Se fixava apenas nos seres humanos, mas também nos peixes do mar, nas aves do céu, na erva e nas árvores, pequenas e grandes; abraçava a criação inteira. Ele vê sem dúvida, mas não Se limita a isso, pois toca as pessoas, fala com elas, age em seu favor e faz bem a quem precisa. Mais ainda, deixa-Se comover e chora (cf. Jo 11, 33-44). E age para acabar com o sofrimento, a tristeza, a miséria e a morte. Jesus ensina-nos a ser misericordiosos como o Pai (cf. Lc 6, 36).”
Como Ele o faz, ensina a seus discípulos “a parar junto dos sofrimentos deste mundo para aliviá-los, junto das feridas dos outros para tratá-las com os recursos de que disponham, a começar pelo próprio tempo apesar das muitas ocupações. Na realidade, muitas vezes a indiferença procura pretextos: na observância dos preceitos rituais, na quantidade de coisas que é preciso fazer, nos antagonismos que nos mantêm longe uns dos outros, nos preconceitos de todo o género que impedem de nos fazermos próximo.” “A misericórdia é o coração de Deus. Por isso deve ser também o coração de todos aqueles que se reconhecem membros da única grande família dos seus filhos; um coração que bate forte onde quer que esteja em jogo a dignidade humana, reflexo do rosto de Deus nas suas criaturas. Jesus adverte-nos: o amor aos outros – estrangeiros, doentes, encarcerados, pessoas sem-abrigo, até inimigos – é a unidade de medida de Deus para julgar as nossas ações. Disso depende o nosso destino eterno.”
E aos discípulos sempre será lembrado, como o faz São João, o Evangelista, que escreve: “Se alguém possuir bens deste mundo e, vendo o seu irmão com necessidade, lhe fechar o seu coração, como é que o amor de Deus pode permanecer nele?” (1Jo 3, 17; cf. Tg 2, 15-16).
E o Papa Francisco: “É por isso que «é determinante para a Igreja e para a credibilidade do seu anúncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. A sua linguagem e os seus gestos, para penetrarem no coração das pessoas e desafiá-las a encontrar novamente a estrada para regressar ao Pai, devem irradiar misericórdia. A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até ao perdão e ao dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai. Nas nossas paróquias, nas comunidades, nas associações e nos movimentos – em suma, onde houver cristãos –, qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia».”
“Deste modo, também nós somos chamados a fazer do amor, da compaixão, da misericórdia e da solidariedade um verdadeiro programa de vida, um estilo de comportamento nas relações de uns com os outros. Isto requer a conversão do coração, isto é, que a graça de Deus transforme o nosso coração de pedra num coração de carne (cf. Ez 36, 26), capaz de se abrir aos outros com autêntica solidariedade. Com efeito, esta é muito mais do que um «sentimento de compaixão vaga ou de enternecimento superficial pelos males sofridos por tantas pessoas, próximas ou distantes». A solidariedade «é a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente responsáveis por todos», porque a compaixão brota da fraternidade.” (Mensagem do Santo Padre Francisco para a celebração do XLIX Dia Mundial da Paz – 1º de Janeiro de 2016).
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

Primeiro pré-carnaval católico de Fortaleza

Evento será no sábado, 30, em preparação para o Retiro de Carnaval Renascer, que será realizado de 7 a 9 de fevereiro
O Pré-Renascer, primeiro pré-carnaval católico de Fortaleza, será realizado no próximo sábado, 30, a partir das 14h, no bairro Messejana. O bloco trará para a capital cearense animação e oração, com uma alegria diferente que durará até depois do Carnaval. O evento é em preparação para o retiro de Carnaval Renascer 2016, que será realizado de 7 a 9 de fevereiro.
Na Região Metropolitana de Fortaleza, o Renascer acontecerá em 14 locais, com destaque para o Ginásio Paulo Sarasate. O retiro é realizado simultaneamente em mais de 80 cidades brasileiras. A entrada é gratuita.
O bloco com trio elétrico terá concentração na Praça do colégio Paulo Benevides (Rua Angélica Gurgel, 186 – Messejana). Seguirá pelas ruas Guarujá, Padre Pedro de Alencar, Coronel Francisco Pereira, José Hipólito até a rua Tenente Jurandir Alencar. O ponto final do Pré-Renascer será em frente à Igreja Matriz de Messejana (Rua Tenente Jurandir Alencar, 141 – Messejana).
Teremos entre as atrações Shalom God e Pegada Santa.  Esta é a primeira vez em que o Pré-Renascer é realizado. A entrada e gratuita, mas estaremos comercializando o kit Renascer com blusa, viseira e garrafa d’água.

  • Renascer em 14 locais
 A misericórdia de Deus e a bula de proclamação do Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia serão base das palestras das manhãs do Renascer 2016. Com o tema “Uma vida toda nova”, o evento será realizado de 7 a 9 de fevereiro. A entrada é gratuita.
O Retiro de Carnaval, que acontece em Fortaleza desde 1986, será realizado em 14 locais na capital cearense e em toda a arquidiocese de Fortaleza. A expectativa é alcançar 35 mil pessoas apenas no Ginásio Paulo Sarasate (Rua Idelfonso Albano, 2050). O evento também é sediado em mais de 50 cidades brasileiras. A realização é da Comunidade Católica Shalom.
A proposta do Renascer é ser um carnaval diferente, cuja alegria não acaba na Quarta-feira de Cinzas. A programação conta com palestras, cursos, Seminário de Vida no Espírito Santo e atrações musicais. O palco em 360 graus com quatro faces permite ao público acompanhar o evento de todos os lados do Ginásio Paulo Sarasate.
O evento conta ainda com padres para confissão, além de ministros de oração e aconselhamento. Cerca de dois mil voluntários se revezam nos diversos serviços do Renascer. O esforço é para que “cada vez mais pessoas possam participar dessa felicidade”, destacou Jeovana Freitas, responsável pelas ações de evangelização da Comunidade.

  • SERVIÇO
 Bloco Pré-renascer
Quando: Sábado, 30 de janeiro, a partir das 14h
Onde: Concentração na Praça do colégio Paulo Benevides (Rua Angélica Gurgel, 186 – Messejana)

Renascer 2015
Quando: 7 a 9 de fevereiro
Onde: Ginásio Paulo Sarasate (Rua Idelfonso Albano, 2050)
Entrada Gratuita
Fonte: Comunidade Católica Shalom

Jubileu da Vida Religiosa

Em carta, o senhor arcebispo Metropolitano convoca todas as congregações religiosas para celebrarmos juntos o Jubileu da Misericórdia dos Religiosos. O evento será dia 2 de fevereiro de 2016,  Festa da Apresentação do Senhor, na catedral Metropolitana de Fortaleza com início às 8 horas em um programa especial.
Será também momento oportuno para confraternização de todos os religiosos e religiosas como testemunho luminoso do Amor de Deus no encantamento do seguimento de Jesus – testemunho vivo no Ano da Misericórdia, nas graças de suas Indulgências.
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Calendário do Ano da Misericórdia na Arquidiocese de Fortaleza

A abertura do Ano da Misericórdia foi realizada em duas datas:
– no dia 13 de dezembro de 2015, às 10 horas, na Catedral Metropolitana, com a abertura da Porta da Misericórdia e a Festa da Vida;
– no dia 20 de dezembro em Canindé, na Basílica de são Francisco das Chagas, com a Romaria da Seca.
  • Janeiro: Curso de Formação do Clero
  • Fevereiro
– 2, terça-feira: Encerramento do Ano da Vida Consagrada – Jubileu da Vida Consagrada…
– 10, Quarta-feira de Cinzas: Envio dos missionários da Misericórdia, Abertura da CF 2016.
– 28, III Domingo da Quaresma: CAMINHADA PENITENCIAL JUBILAR
  • Durante a Quaresma: CATEQUESES E CONFISSÕES PARA OS JOVENS NAS REGIÕES – SUBSÍDIO COM 4 ENCONTROS: 1. Kerigma 2. Obras de Misericórdia 3. Indulgências e Comunhão dos Santos 4. Confissões
  • Março
20, DOMINGO DE RAMOS: Jubileu da Misericórdia com os Jovens na Catedral…
  • Abril: Jubileu da Misericórdia – enfermos, idosos, encarcerados, moradores de rua, instituições de recuperação,…
  • Maio: MISSÃO ROTA 300 – Nossa Senhora Aparecida: Jovens evangelizando jovens…
– 26, quinta-feira: CORPUS CHRISTI – Coleta para Congresso Eucarístico Nacional
  • Junho: continua ROTA 300 – Romaria a Aparecida para levar a imagem.
– 3, sexta-feira: SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – Dia de Oração para a Santificação dos Padres e Jubileu na Catedral!
  • Julho: I RETIRO DO CLERO;
– 10 a 17: MISSÃO DOS SEMINARISTAS;
– 26 a 31: JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE em Cracóvia, Polônia
  • Agosto: VOCAÇÕES
– 7 a 14: JUBILEU DA FAMÍLIA (Semana da Família);
– 15, segunda-feira: NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO – Caminhada com Maria – Salve Rainha, Mãe de Misericórdia – Coleta destinada aos cristãos perseguidos… ;
– 29, segunda-feira: Confraternização dos Padres
  • Setembro:
-7, GRITO DOS EXCLUÍDOS: – em sintonia com CF 2016 e Ano da Misericórdia
– 24 e 25, sábado e domingo: SIMPÓSIO sobre a MISERICÓRDIA : As consequências sociais da fé cristã – Doutrina Social da Igreja, Ginásio Paulo Sarasate (?).
  • Outubro: Missão da Misericórdia: periferias existenciais – hospitais, prisões, favelas, comunicadores, escolas, universidades…
  • Novembro:
2, quarta-feira, FINADOS NA MISERICÓRDIA: assumir uma ação evangelizadora em todos os cemitérios – celebrações, pregações, orações.
20, Domingo da Solenidade de Cristo Rei do Universo: Encerramento do ANO DA MISERICÓRDIA. Canindé (manhã) e Catedral (tarde).
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Cinco pontos da mensagem do Papa Francisco para o 50º Dia Mundial das Comunicações

  



O “poder da comunicação” é a “proximidade”. A proximidade desencadeia uma tensão bipolar de aproximação e de afastamento e, em seu interior, apresenta uma oposição qualitativa: aproximar-se bem e aproximar-se mal. Essa é a tarefa daqueles que hoje estão comprometidos na comunicação.
Com a sua Mensagem para o 50º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco quis conectar o tema da “Comunicação” ao da “Misericórdia”. A aproximação não é óbvia. O que significa comunicar de maneira misericordiosa? Como se faz para comunicar a misericórdia?
Assinalo em seguida cinco pontos a meu ver centrais na mensagem do papa.
1) A comunicação é “credível” se é “confiável”
O pressuposto de base dessa mensagem é que tudo o que fazemos é comunicação. O amor é comunicação: quando é amor verdadeiro, não pode se isolar. Se fosse isolado, seria uma forma espiritualista de egoísmo. Portanto, justamente no modo em que tentamos viver com todo o nosso ser o que estamos comunicando, contribuiremos para restituir credibilidade à comunicação humana. Esse é o sentido do início da mensagem. A comunicação é “credível” não só se objetivamente corresponde à verdade, mas se é “confiável”, isto é, expressão de uma relação de confiança, de um compromisso do comunicador de viver bem a sua relação com quem ouve ou com quem participa do evento comunicativo.
2) A comunicação da Igreja não é “exclusiva”
Francisco começa logo a falar da comunicação eclesial. E diz que ela deve ser inclusiva, de Mãe, capaz de “tocar os corações das pessoas e sustentá-las no caminho”. Devemos comunicar como filhos de Deus com outros filhos de Deus, sem distinção de credo, ideia, visão de mundo. Portanto, devemos parar o processo de degradação das palavras, o nominalismo da nossa cultura. As pessoas estão cansadas de palavras sem peso próprio, que não se fazem carne, que, na nossa pregação, fazem com que Cristo não se manifesta mais como pessoa, mas como ideia, conceito, teoria doutrinal abstrata. Restitua-se à palavra – especialmente a da pregação – a sua “centelha” que a torna viva e que dá calor e odor humano às palavras da fé.
3) A comunicação não excomunga
“A comunicação tem o poder de criar pontes, de favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo assim a sociedade”, escreve o papa. E “as palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos”. Até mesmo quando “deve condenar com firmeza o mal, procura não romper jamais a relação e a comunicação”. A comunicação, justamente por estimular a criatividade, sempre deve criar pontes, favorecer a acessibilidade, enriquecer a sociedade. Devemos nos alegrar com o poder de palavras e ações escolhidas com cuidado para superar as incompreensões, curar as recordações e construir paz e harmonia. As palavras constroem pontes, são “pontífices” entre as pessoas. E isso em toda a parte: tanto no ambiente físico quanto no digital. Palavras e ações devem nos ajudar a fugir do círculo vicioso da condenação e da vingança que continua enjaulando os indivíduos, as pessoas e as nações, e que, depois, se exprime com mensagens de ódio.
A palavra do cristão, em particular, deve tender à comunhão e, portanto, livrar-se da atitude de “excomunhão”. Recordamos que “a memória das mútuas sentenças de excomunhão, junto com as palavras ofensivas e as reprimendas infundadas por muitos séculos, representou um obstáculo à reaproximação”, mesmo entre os cristãos. “A lógica do antagonismo, da desconfiança e da hostilidade, simbolizada pelas excomunhões recíprocas”, deve ser “substituída pela lógica do amor e da fraternidade”, escrevera o Papa Francisco na sua Mensagem à Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico, para a festa de Santo André, em 2015.
Para não romper a comunhão, é importante saber ouvir, isto é, “ser capaz de compartilhar perguntas e dúvidas, de percorrer um caminho lado a lado, de se livrar de qualquer presunção de onipotência e colocar humildemente as próprias habilidades e os próprios dons a serviço do bem comum”.
4) A misericórdia é política
“Gostaria, portanto, de convidar todas as pessoas de boa vontade a redescobrirem o poder da misericórdia de curar as relações dilaceradas e de restaurar a paz e a harmonia”, escreve o Papa Francisco, salientando que “isso também vale para as relações entre os povos”. Assim, “é desejável que também a linguagem da política e da diplomacia se deixe inspirar pela misericórdia, que nunca dá nada por perdido” Esse é o sentido da “diplomacia da misericórdia” para Francisco: não considerar jamais nada por perdido na relação entre povos e nações. Para isso deve servir a comunicação política, portanto.
O papa convida aqueles que estão presos em velhas hostilidades a tomarem o caminho da misericórdia; a reconhecer as próprias responsabilidades; e a pedir perdão e mostrar misericórdia para com aqueles que lhe fizeram mal. Vamos além da distinção entre “vítimas” e “carrascos”.
Mas também devemos superar outra lógica: a que contrapõe “vencedores” e “vencidos”. Vivemos em um mundo onde estamos acostumados a ter que provar o quanto valemos, a ter que conquistar o respeito e a admiração dos outros. Muitas vezes, tal reconhecimento é reservado para aqueles que alcançaram o sucesso através do bem estar, do poder e da fama. Como resultado, podemos notar um fosso crescente entre aqueles que são vistos como vencedores e aqueles que são julgados como perdedores. Na sociedade, as pessoas competem para impor o seu próprio valor e dignidade, e quem está no topo quer manter os outros embaixo. Tal visão enfraquece a dignidade das pessoas e, em particular, tem como resultado que aqueles que fracassaram ou que são julgados como não à altura das expectativas são marginalizados e rejeitados. O nosso modo de comunicar, portanto, nunca deve expressar o orgulho soberbo do triunfo sobre um inimigo, nem humilhar aqueles que são descartados, que são considerados “perdedores” e são abandonados. A misericórdia pode ajudar a mitigar as adversidades da vida e oferecer calor para aqueles que só conheceram a frieza do juízo. Um homem pode olhar para outro homem de cima para baixo apenas para ajudá-lo a se levantar.
Por fim – lemos – “o estilo da nossa comunicação capaz de superar a lógica que separa nitidamente os pecadores dos justos. Podemos e devemos julgar situações de pecado – violência, corrupção, exploração, etc. –, mas não podemos julgar as pessoas, porque só Deus pode ler profundamente no coração delas”. De fato, “palavras e gestos duros ou moralistas correm o risco de alienar ainda mais aqueles que queríamos levar à conversão e à liberdade, reforçando o seu sentido de negação e defesa”.
5) A rede constrói cidadania
Se a comunicação tem uma relevância política, ela também tem um peso cada vez mais forte no fato de nos sentirmos cidadãos, na construção da cidadania. Reconhecendo a rede como lugar para uma “comunicação plenamente humana”, o papa afirma que, “em rede, também se constrói uma verdadeira cidadania. O acesso às redes digitais implica uma responsabilidade pelo outro, que não vemos mas é real, tem a sua dignidade que deve ser respeitada. A rede pode ser bem utilizada para fazer crescer uma sociedade sadia e aberta à partilha”.
O “poder da comunicação” é a “proximidade”. A proximidade desencadeia uma tensão bipolar de aproximação e de afastamento e, em seu interior, apresenta uma oposição qualitativa: aproximar-se bem e aproximar-se mal. Essa é a tarefa daqueles que hoje estão comprometidos na comunicação: “Em um mundo dividido, fragmentado, polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de Deus e irmãos em humanidade”.
Fonte: Aleteia

Verdade e perseguição

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)


Jesus diz que a verdade liberta, apesar de o processo de libertação exigir grande esforço, busca de ideal elevado, honestidade e remar contra a correnteza de quem é corrupto e não quer saber da verdade. Esta inclui valores de cidadania, honradez, grandeza de caráter, ética e atitude moral de quem valoriza a vida com suas virtudes humanas.
Por falar a verdade e criticar a incredulidade dos judeus reunidos na sinagoga, eles se colocaram contra o Mestre, expulsaram-no da cidade e queriam matá-lo (Cf. Lucas 4,25,30). As agressões contra as pessoas que defendem o bem, a justiça e a verdade muitas vezes acontecem. Em muitas campanhas eleitorais assistimos agressões verbais, perseguições, mentiras e até mortes de opositores políticos. Mesmo durante o mandato de alguns políticos vemos perseguições em relação a quem defende a ética na política. Acontece muito a reprovação contra quem compra e quem vende o voto, sendo corruptos ou corruptores, bem como o modo imoral de governar e legislar, o roubo e o caixa dois na arrecadação ou na prestação de contas em relação a verbas de campanha. 
Não podemos ter medo de defender a verdade e o bem comum, assim como a lisura nas campanhas políticas, nas eleições e no mando político. Afinal, a boa política é a melhor forma de fazer a caridade, conforme nos lembraram alguns Papas, como Pio XI e Paulo VI. De fato, a verdade defendida também no bom encaminhamento da promoção da coisa pública, ajuda  o serviço ao bem comum e, principalmente, aos que são injustiçados na convivência social.
A verdade, fundamentada nos valores inerentes à obra criada por Deus e revelados por Ele através de seu Filho, não pode ser negada sem o efeito danoso para quem vive enganando os outros. Usa-se, então, da mentira, da irracionalidade e da ofensa à dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança do Criador. A mentira ou a falsidade não se coaduna com quem tem o coração realmente humano, superando atitudes desumanas com o próximo . Viver enganando ou sendo enganada, faz a pessoa de pequeno ou de nulo porte de caráter. Ninguém pode trocar a riqueza ilícita e qualquer vantagem social pela grandeza moral e de caráter. O pouco com honestidade vale muito mais do que o muito com desonestidade!
Paulo nos lembra a grandeza do amor ou da caridade, que é fruto da verdade ou da bondade de Deus e de quem O tem na prática da convivência com o semelhante: “A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; não se alegra com a iniqüidade, mas se regozija com a verdade” (1 Coríntios 12,4-6).
Quem é da verdade, é do bem não persegue, não derruba, não diminui os outros, não se vinga, sabe colaborar com o bem do semelhante, ajuda-o a corrigir-se com método fraterno e misericordioso. Saber rever-se e corrigir seu modo de se relacionar, de exercer liderança e de colaborar com o bem comum. Sabe exercer cargos para servir e não para tirar proveito de modo ilícito, desonesto e irresponsável. É humilde em aceitar crítica, correção e sugestões. Por reconhecer a verdade de si, dos outros e de Deus não se julga superior aos outros e sim servidor e responsável. Colabora com a promoção da justiça e da dignidade humana, tendo afeição e compromisso principalmente com os mais fragilizados.
Hoje precisamos de quem realmente promova, defenda e viva os valores humanos e sociais, com a ação de implantar a verdade na família, na comunidade e sociedade. Isso faz a pessoa até  enfrentar corruptos e imorais que  ofendem o bem do ser humano.
Fonte: CNBB

Padre, o pastor-missionário

Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta (RS)


Nos meses de janeiro e fevereiro são realizadas as mudanças de paróquia e funções de vários padres em nossa Diocese. É bom lembrar padre é um dom para uma paróquia. Em primeiro lugar porque sua vocação parte de Deus, que o chama e consagra para uma missão na Igreja. Tem sua identidade e sua missão próprias. Não tira o lugar que os leigos, pelo seu batismo, devem assumir na evangelização e na administração. Antes, é chamado a promover o protagonismo dos leigos. Ele, configurado a Cristo, Bom Pastor, pelo sacramento da ordem, tem uma missão específica no anúncio da Palavra, na presidência dos sacramentos e na condução do povo a ele confiado. É o primeiro responsável pela pastoral paroquial. “O pároco é o pastor próprio da paróquia a ele confiada: exerce o cuidado pastoral da comunidade que lhe foi entregue, sob a autoridade do bispo diocesano, em cujo ministério de Cristo é chamado a participar, a fim de exercerem em favor dessa comunidade o múnus de ensinar, santificar e governar.” (CIC, cân. 519).

Pastor-missionário

Hoje, insiste-se na dimensão missionária de todos os batizados, de uma “igreja em saída”, em “estado permanente de missão”. Neste estilo evangelizador, apresentado pelo Documento de Aparecida (2007) e reafirmado pelo magistério do Papa Francisco, o agir do padre teráum especial cunho missionário. Deverá ter coragem para superar esquemas pastorais ultrapassados. Será o pastor-missionário, que, juntamente com as noventa e nove ovelhas que estão no redil, vão em busca daquela que se perdeu. Sentir compaixão, partilhar a dor do outro, compreender, acolher, perdoar e se entregar constituem o jeito de ser e agir do pastor. O padre prolonga e atualiza a presença do Senhor na história dos homens de todos os tempos. Ele é chamado a fazer de sua voz, a voz do Pastor que anuncia com ousadia a Palavra que congrega e guia; do seu olhar, o mesmo olhar amoroso do Mestre; de suas mãos, mãos que seguem curando e enfaixando as feridas com “o bálsamo da misericórdia” (Papa Francisco) que devolve a vida, o perdão e a dignidade.

Evangelizador com Espírito

O Papa Francisco apresentou duas características do evangelizador, portanto, também aos padres. A primeira é a do “evangelizador com Espírito”, porque “Jesus quer evangelizadores que anunciem a Boa-Nova, não só com palavras, mas, sobretudo, com uma vida transfigurada pela presença de Deus.” (EG 259). Para isto, são indispensáveis os “momentos prolongados de adoração, de encontro orante com a Palavra, de diálogo sincero com o Senhor.” (EG 262). Padres que rezam e trabalham, que compreendem a si mesmos totalmente e unicamente padres, que “sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária.” (EG 266).

Alegria de ser povo

O padre é chamado a amar seu povo e deixar-se amar por ele. Assim, vai descobrindo que estar com as pessoas, partilhar de sua vida, visitar, ouvir, aconselhar, festejar ou celebrar é fonte de alegria. Jesus “toma-nos do meio do povo e envia-nos ao povo, de tal modo que a nossa identidade não se compreende sem esta pertença.” (EG 268).
A todos os padres de nossa Diocese, desejo um alegre e frutuoso ministério pastoral-missionário.
Fonte: CNBB

Filhos abandonados dentro da própria casa

Encontrar filhos abandonados emocionalmente pelas famílias é uma dura realidade

Hoje, vivemos um tempo de grande transformação nos relacionamentos sociais. Em pouco tempo, evoluímos enormemente nas possibilidades de comunicação pessoal a distância. Eu, por exemplo, peguei a época em que só existia telefone fixo (com fio) e “orelhões” de rua (sem celular ou internet), e a comunicação escrita era feita por carta. Na minha adolescência, passei muitas horas (todos os dias!) brincando e conversando na rua com os amigos, e em casa com a família. Quando alguém estava presencialmente com outra pessoa, havia muito pouca distração. Tínhamos de investir no relacionamento “ao vivo”, demonstrar sentimentos, conquistar a simpatia dos outros. Mas os tempos mudaram e estima-se que o brasileiro passa, aproximadamente, de três a quatro horas por dia conectado, interagindo via internet, o que reduz muito sua convivência física com amigos e familiares.

Estamos esquecendo como amar

Fico impressionada quando vejo o desenvolvimento de formas de demonstrar emoções via internet (desenhos, “se sentindo…”, carinhas de todos os tipos). As pessoas estão se tornando ótimas no marketing emocional externo, mas estão esquecendo como amar, como fazer carinho físico, como olhar nos olhos e dar atenção a quem está perto. Será que isso não é reflexo da dificuldade de nos abrirmos aos laços emocionais reais e fortes na nossa intimidade?

Medo de expor traumas e fraquezas

Será que não é medo de expor nossos traumas e fraquezas? Digo isso, porque, apesar da internet ser um meio real de conhecimento pessoal e uma forma de diálogo, há um fator limitante que tendencia essa experiência a ser uma ilusão: eu mostro somente o que quero mostrar. Já no convívio concreto, não tenho tanto o domínio sobre a exposição, porque meus gestos, minha entonação de voz, a linguagem corporal, a resposta imediata frente aos estímulos e minhas atitudes reais tornam-me muito mais vulnerável a ser realmente conhecido de maneira mais completa, inclusive naquilo que ainda não está bem equilibrado em mim.

Consequências da ausência dos pais

Claro que essa desconexão dos relacionamentos concretos é um problema. Ele se torna muito mais grave (e com fortes repercussões) quando a conexão enfraquecida é o laço familiar com uma criança ou adolescente. A criança nasce completamente dependente da atenção dos pais. À medida que vai crescendo, vai aprendendo a ter autonomia e tornando-se mais independente. Porém, a atenção real dos pais é indispensável para o saudável desenvolvimento emocional dos filhos. Vários estudos mostram que as consequências da ausência dos pais são graves e podem causar agressividade, tristeza, desenvolvimento de tiques e problemas na escola.

Presentes e ausentes ao mesmo tempo

A questão que quero levantar é que, hoje, muitos pais estão presentes e ausentes ao mesmo tempo. Em corpo estão ali, mas envolvidos com outras coisas. A criança se sente ignorada emocionalmente. Celular, Ipad, notebook, TV… Corpo presente, mente e atenção em outro lugar, com outro foco. Essa falta de atenção gera o sentimento de não ser importante, de não ser amado, de não ser suficiente para atrair a mãe e pai. Os filhos precisam sentir que há envolvimento dos pais, que eles sentem prazer em estar em sua companhia, que estão se divertindo ao brincar com eles. O contato físico e o carinho representam estabilidade e segurança para que eles aprendam o que é um relacionamento afetivo.

Degraus do amadurecimento humano

Sei que a vida é corrida, por isso mesmo é preciso que o tempo designado para estar com os filhos seja de grande qualidade. São preferíveis trinta minutos de exclusividade do que mais tempo ao lado deles, porém fazendo uso das redes sociais. Um dos grandes degraus do amadurecimento humano é aprender a dar importância ao que é importante. Sei que seus filhos e sua família são importantes para você; então, simplesmente esteja ali, de verdade, por inteiro onde estiver. O amor de Deus age por meio de nós, para nos ensinar novas formas de demonstrar o que nós sempre sentimos, o amor que temos aos que nos são preciosos. Você vai se surpreender com a resposta dos seus filhos ao se conectarem com você de verdade.

Roberta Castro Roberta Castro - www.cancaonova.com
Ginecologista e especialista em terapia familiar. Coordenadora do Ministério de Música e Artes da Renovação Carismática Católica no Estado do Espírito Santo. Escritora pela editora Canção Nova