sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Jovens têm suas vidas transformadas após serem voluntários da JMJ


Na JMJ de Madri, no ano passado, foram 26 mil voluntários. Agora, aqui no Rio, já são mais de 60 mil, e este número está crescendo a cada dia. Isso não é por acaso. Entre a maioria dos jovens que participaram das Jornadas anteriores, é fato que, após a JMJ em que trabalharam como voluntários, a vida deles foi transformada de alguma forma, sempre com o fortalecimento da fé e do amor ao próximo. Essa foi a experiência do jovem Udo Mendes, da cidade de Natal (RN), na JMJ de Madri. Ele se inscreveu para ser voluntário da equipe de sistemas, porém, segundo ele, viveu o voluntariado em todos os instantes, desde dar informações a peregrinos até ajudar na acessibilidade de pessoas com deficiência no aeroporto e conduzir jovens aos alojamentos, mesmo quando não sabia chegar. “Em Madri, tive a experiência de um novo Pentecostes. Um fato marcante foi quando na hora da tempestade um pai me procurou e eu estava trabalhando no portão de acesso ao local onde estava o Santo Padre. O seu filho passava muito mal e precisava ir ao banheiro. Fiquei bem apreensivo, pois minha credencial não dava acesso ao palco e nem àquela área posterior do portão, porém falei com o segurança que era voluntário e ele me deixou passar com a criança. Naquele momento, questionei-me o que fez aquele pai confiar em mim diante de toda a multidão, e tive o grande entendimento que temos a mesma fé em Jesus: Ele O ama como eu O amo, e busca a Deus como eu busco”, destacou. Após a experiência de Madri, Mendes decidiu ser novamente voluntário na JMJ Rio2013. Hoje, ele faz a diagramação e tradução para inglês da revista dos voluntários e atualiza a fan page dos voluntários. Para Mendes, se de graça ele recebeu assim, também deve servir com muita generosidade. “É a alegria do brasileiro que sobretudo vem da nossa fé que esses jovens vão ver. É muito legal fazer parte desse evento que é vivo, pois é de Cristo para os jovens. A Igreja é viva e a Jornada é o grande evento para vivenciarmos essa experiência”, disse. A jovem Priscilla Costa, de Belo Horizonte (MG), que hoje é voluntária na equipe de mídias sociais da JMJ, também fez parte do voluntariado da JMJ de Madri. De acordo com ela, foi a experiência mais marcante de sua vida. “Ver a Igreja reunida com o sucessor de Pedro e dois milhões de jovens de todo o mundo me fez sentir parte da família de Jesus. Aprendi que a obra mais bonita que Deus fez foi a Igreja Católica Apostólica Romana e que vale a pena gastar a nossa vida para edificar o Corpo de Cristo, que é a Igreja. Depois da JMJ Madri, decidi dedicar um ano da minha vida para Deus. Fui voluntária no Encontro Mundial das Famílias, em Milão. Cresci muito na busca de conhecer os escritos do Papa e os documentos da Igreja, e nisso resultou o meu aprofundamento na fé e testemunho de santidade de vida. Minha expectativa é que o Brasil será transformado depois dessa experiência de fé magnífica da JMJ”, frisou. Para quem quer ter essa experiência de servir como voluntário, ainda dá tempo de se inscrever através do site oficial da JMJ Rio2013: www.rio2013.com.

Fonte: catolicos

Catequese de Bento XVI: a origem de Jesus


Queridos irmãos e irmãs,
O Natal do Senhor ilumina mais uma vez com a sua luz as trevas que muitas vezes cercam o nosso mundo e o nosso coração e traz esperança e alegria. De onde vem esta luz? Da gruta de Belém, onde os pastores encontraram “Maria e José e o menino, deitado na manjedoura” (Lc 2,16). Diante desta Sagrada Família surge uma outra e mais profunda pergunta: como pode aquele pequeno e indefeso Menino ter levado uma novidade tão radical no mundo a ponto de mudar o curso da história? Não tem talvez algo de misterioso na sua origem vai além daquela gruta?
Sempre de novo emerge assim a pergunta sobre a origem de Jesus, a mesma que coloca o Procurador Pôncio Pilatos durante o processo: “De onde és tu?” (Gv 19,29). No entanto, trata-se de uma origem bem clara. No Evangelho de João, quando o Senhor afirma: “Eu sou o pão descido do céu”, os judeus reagem murmurando: “Não é este Jesus, o filho de José? Dele não conhecemos o pai e a mãe? Como então pode dizer: “Sou descido do céu? (Jo 6,42). E, um pouco mais tarde, os cidadãos de Jerusalém se opõem com força diante da messianidade de Jesus, afirmando que se sabe bem “de onde é; o Cristo, em vez disso, quando vier, ninguém saberá de onde é” (Jo 7,27). O próprio Jesus faz notar quanto seja inadequado a pretensão deles de conhecer a sua origem, e com isso oferece já uma orientação para saber de onde vem: “Não sou vindo de mim mesmo, mas quem me mandou é verdadeiro, e vós não o conheceis” (Jo 7, 28). Certamente, Jesus é originário de Nazaré, é nascido em Belém, mas o que se sabe da sua verdadeira origem?
Nos quatro Evangelhos emerge com clareza a resposta à pergunta “de onde” vem Jesus: a sua verdadeira origem é o Pai; Ele vem totalmente Dele, mas de modo diferente de qualquer profeta enviado por Deus que o precederam. Esta origem do mistério de Deus, “que ninguém conhece”, está contida já nas histórias sobre a infância dos Evangelhos de Mateus e de Lucas, que estamos lendo neste tempo natalício. O anjo Gabriel anuncia: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso aquele que nascerá será santo e chamado Filho de Deus” (Lc 1, 35). Repetimos estas palavras cada vez que recitamos o Credo, a Profissão de fé: “et incarnatus est de Spiritu Sancto, ex Maria Virgine”, “por obra do Espírito Santo encarnou-se no seio da Virgem Maria”. Nesta frase ajoelhamos porque o véu que escondia Deus, vem, por assim dizer, aberto e o seu mistério insondável e inacessível nos toca: Deus se torna o Emanuel, “Deus conosco”. Quando escutamos as missas compostas por grandes mestres da música sacra, penso no exemplo da Missa de Coroação de Mozart, notamos imediatamente como se afirmam, se baseiam especialmente sobre esta frase, como para tentar expressar com a linguagem universal da música isso que as palavras não podem manifestar: o grande mistério de Deus que se encarna, se fez homem.
Se considerarmos atentamente a expressão “por obra do Espírito Santo encarnou-se no seio da Virgem Maria”, encontramos que essa inclui quatro sujeitos que atuam. De modo explícito são mencionados o Espírito Santo e Maria, mas é subentendido “Ele”, isso é o Filho, que se fez carne no seio da Virgem. Na Profissão de fé, o Credo, Jesus aparece definido com nomes diversos: “Senhor, ... Cristo, Filho unigênito de Deus ...Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro...consubstancial ao Pai” (Credo niceno-constantinopolitano). Vemos então que “Ele” refere-se a uma outra pessoa, aquela do Pai. O primeiro sujeito desta frase é então o Pai, que, com o Filho e o Espírito Santo, é o único Deus.
Esta afirmação do Credo não é sobre o ser eterno de Deus, mas nos fala de uma ação à qual tomam parte as três Pessoas divinas e que se realiza “ex Maria Virgem”. Sem ela a entrada de Deus na história da humanidade não chegaria ao seu fim e não teria tido lugar aquilo que é central na nossa Profissão de fé: Deus é um Deus conosco. Assim Maria pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história. Ela coloca à disposição toda a sua pessoa, “aceita” transformar-se lugar da morada de Deus.
Às vezes, também no caminho e na vida de fé podemos sentir a nossa pobreza, a nossa insuficiência frente ao testemunho para oferecer ao mundo. Mas Deus escolheu justamente uma mulher humilde, em uma vila desconhecida, em uma das províncias mais distantes do império romano. Sempre, também em meio às dificuldades mais difíceis de enfrentar, devemos ter confiança em Deus, renovando a fé na sua presença e ação na nossa história, como naquela de Maria. Nada é impossível para Deus! Com Ele a nossa existência caminha sempre em terras seguras e está aberta a um futuro de firme esperança.
Professando no Credo: “por obra do Espírito Santo encarnou-se no seio da Virgem Maria”, afirmamos que o Espírito Santo, como força de Deus Altíssimo, operou de modo misterioso na Virgem Maria a concepção do Filho de Deus. O Evangelista Lucas reporta as palavras do arcanjo Gabriel: “O Espírito descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra” (1, 35). Duas referências são evidentes: a primeira é no momento da criação. No início do livro do Gênesis lemos que “o espírito de Deus pairava sobre as águas” (1, 2);  é o Espírito criador que deu vida a todas as coisas e ao ser humano. Isso que acontece em Maria, através da ação do mesmo Espírito divino, é uma nova criação: Deus, que chamou o ser do nada, com a Encarnação dá vida a um novo início da humanidade. Os Padres da Igreja muitas vezes falam de Cristo como do novo Adão, para marcar o início da nova criação do nascimento do Filho de Deus no seio da Virgem Maria. Isto nos faz refletir sobre como a fé traz também em nós uma novidade tão forte a ponto de produzir um segundo nascimento. De fato, no início do ser cristão tem o Batismo que nos faz renascer como filhos de Deus, nos faz participar da relação filial que Jesus tem com o Pai. E gostaria de salientar que como o Batismo se recebe, nós “somos batizados” – é um passivo – porque ninguém é capaz de tornar-se filho de Deus por si mesmo: é um dom que é conferido gratuitamente. São Paulo refere-se a esta filiação adotiva dos cristãos em uma passagem central da sua Carta aos Romanos, onde escreve: “Todos aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus. E vós não recebestes um espírito da escravidão para cair novamente no medo, mas recebestes o Espírito que torna filhos adotivos, por meio do qual clamamos: “Abá! Pai”. O próprio Espírito, junto ao nosso espírito, atesta que somos filhos de Deus”, não servos (8,14-16). Somente se nos abrimos à ação de Deus, como Maria, somente se confiamos a nossa vida ao Senhor como a um amigo no qual nós confiamos totalmente, tudo muda, a nossa vida adquire um novo sentido e uma nova face: aquela dos filhos de um Pai que nos ama e nunca nos abandona. 
Falamos de dois elementos: o elemento primeiro o Espírito sobre as águas, o Espírito Criador; tem um outro elemento nas palavras da Anunciação.
O anjo diz a Maria: “O poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra”. É um lembrete da nuvem santa que, durante o caminho do êxodo, parava na tenda do encontro, na arca da aliança, que o povo de Israel levava consigo, e que indicava a presença de Deus (cfr Es 40,40,34-38). Maria, então, é a nova tenda santa, a nova arca da aliança: com o seu “sim” às palavras do arcanjo, Deus recebe uma morada neste mundo, Aquele que o universo não pode conter para habitar no ventre de uma virgem.
Retornamos então à questão com a qual começamos, aquela sobre a origem de Jesus, sintetizada pela pergunta de Pilatos: “De onde és tu?”.  Das nossas reflexões aparece claro, desde o início dos Evangelhos, qual é a verdadeira origem de Jesus: Ele é o Filho Unigênito do Pai, vem de Deus. Estamos diante do grande e perturbador mistério que celebramos neste tempo do Natal: o Filho de Deus, por obra do Espírito Santo, encarnou-se no seio da Virgem Maria. Este é um anúncio que soa sempre novo e que traz em si esperança e alegria ao nosso coração, porque nos doa toda vez a certeza de que, mesmo se muitas vezes nos sentimos fracos, pobres, incapazes diante da dificuldade e do mal do mundo, o poder de Deus age sempre e opera maravilhas propriamente na fraqueza. A sua graça é a nossa força. (cfr 2 Cor 12,9-10). Obrigado.
                  Fonte: Canção Nova

“A importância Pastoral do Catecismo da Igreja Católica” é tema de estudo para o Clero de Fortaleza


catbookAcontecerá de 7 a 11 de janeiro de 2013, com início às 18h00min, o Encontro Anual de Formação do Clero da Arquidiocese de Fortaleza. Os participantes estudarão a importância pastoral do Catecismo da Igreja Católica – como instrumento de nova Evangelização, com a assessoria do Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom José de Castro Homem. O local do encontro será o Seminário Arquidiocesano São José – Teologia, que fica na Avenida Alberto Craveiro, 2300, Castelão, Fortaleza.
Informações na Sala da Comissão Arquidiocesana do Clero com Maria de Jesus [85] 3388.8725, no Centro de Pastoral “Maria, Mãe da Igreja”; ou com padre Clairton Alexandrino de Oliveira [85] 3231.4196.

Arquidiocese de Fortaleza distribui YOUCAT-“A Igreja só será jovem; quando o jovem for Igreja”.


youcatA Arquidiocese de Fortaleza acaba de receber os YOUCAT pela “Igreja que sofre”.  O YOUCAT é o catecismo Jovem para facilitar a compreensão de nossa juventude daquilo que precisamos saber,  pois “A Igreja só será jovem; quando o jovem for Igreja”.
O Setor Juventude da Arquidiocese de Fortaleza esteve no Centro de Pastoral Mãe da Igreja para poder dividir os YOUCAT. Serão 27 para cada paróquia ou área pastoral  e  devem ser adquirido em cada Secretaria de Região Episcopal.
Vamos minha juventude começar a estudar, “Abrem-se novos caminhos”! Chegou a nossa hora! Rumo à Jornada Mundial da Juventude!
Setor Juventude da Arquidiocese de Fortaleza
setorjuventudearqfortaleza@googlegroups.com

Comunicadores das Comunidades Eclesiais de Base e da 5ª Semana Social Brasileira realizam encontro sobre comunicação


FALANTE200O 1º Encontro de Comunicação em preparação ao 13º Intereclesial de CEBs acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de janeiro de 2013, com inicio às 8h30, no Centro de Expansão, Diocese do Crato, Ceará. A atividade é promovida em parceria com a coordenação da 5ª Semana Social Brasileira (SSB) e tem o objetivo de contribuir no planejamento e no desenvolvimento de atividades comunicacionais, antes, durante e depois do Intereclesial, dando visibilidade a caminhada das CEBs e aos debates em torno da temática da 5ª SSB, despertando a necessidade de se investir de modo mais eficiente na comunicação. O tema central do encontro é “Processos comunicativos na prática das CEBs e dos Movimentos Sociais” e terá como palestrantes a jornalista Milene Madeiro, o jornalista padre Júlio Ferreira, o diretor da Rádio FM Dom Bosco, João Augusto Stascxak e da assessora nacional das CEBs, Ana Maria de Freitas.
Os organizadores do encontro esperam a presença de uma pessoa de cada Regional do Brasil, três de cada Diocese do Ceará e uma representação de movimentos sociais que integram a 5ª SSB. Oficinas de Web (blog, facebook, site), jornal impresso, rádio, vídeos, fotografias estão previstas e serão assessoradas por jornalistas e comunicadores parceiros da 5ª Semana Social Brasileira e do 13º Intereclesial de CEBs. Os assessores são da Rádio FM Dom Bosco, Adital, Pascom da Arquidiocese de Fortaleza e da Rádio Padre Cicero.
13º Intereclesial
O 13º Intereclesial acontecerá de 07 a 11 de janeiro de 2014, em Juazeiro do Norte, Diocese Crato, Ceará, e reunirá membros das Comunidades Eclesiais de Base de todo o Brasil e América Latina. A iniciativa de organizar um encontro Intereclesial surgiu na década de 70, sendo realizado o primeiro em 1975, na cidade de Vitória, Espírito Santo. Os Intereclesiais nasceram com a finalidade de partilhar as experiências, a vida e as reflexões das CEBs.
5ª Semana Social Brasileira
A 5ª Semana Social Brasileira é um processo nacional que está em curso desde 2011 em todo o Brasil. A Semana Social Brasileira promove a participação ampla de pessoas e entidades, a abertura ao ecumenismo e diálogo inter-religioso, o pluralismo de ideias e valores, o exercício do debate democrático em todas as instâncias e o ensaio coletivo de iniciativas transformadoras. O momento de encerramento dos trabalhos da 5ª Semana acontcerá em agosto de 2013 de 2 a 5 de setembro.
Informações com padre Júlio Ferreira (Jornalista, coordenador da Comissão de Comunicação para o 13º Intereclesial) (85) 9906.7039 ou Francisco Vladimir (Jornalista, assessor de Comunicação da 5ª Semana Social Brasileira e do Secretariado de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza) (85) 9969.7804, ou com a secretária operativa do 13º Intereclesial de CEBs através do e-mail intereclesialcrato@yahoo.com.br

Festa da Epifania

padre-Brendan200Em muitos lugares aqui no Nordeste do Brasil o povo celebra a “Festa dos Santos Reis” no dia 6 de janeiro com a apresentação de folguedos populares e queima da lapinha. É o encerramento do ciclo natalino. Neste ano de 2013 a Igreja Católica celebra no domingo, dia seis de janeiro a Epifania do Senhor; Isto é, a manifestação do Messias a todos os povos do mundo. Epifania significa “manifestação”. Recorda para nós a adoração do menino Deus pelos Magos, representantes do mundo inteiro conhecido naquele tempo. Historicamente falando, a Festa dos Magos ou da Epifania é uma duplicata: enquanto o ocidente celebrava Natal no dia 25 de dezembro, no 4º. século introduziu-se aí, também, a festa natalina dos cristãos orientais, a Epifania, celebrada no dia 6 de janeiro. Será difícil dizer se os magos eram sacerdotes persas ou astrólogos babilônicos. Moravam no Oriente, o que pode significar a Arábia, Babilônia, a Mesopotâmia ou a Pérsia. A julgar pelos presentes que traziam teriam vindo da Arábia. Porém, é mais provável que fossem sábios astrólogos da Babilônia que conheciam o messianismo judaico. O número tradicional (os “três reis magos”) baseia-se, provavelmente, apenas no número de presentes. É importante lembrar que os magos só são mencionados em apenas um dos quatro evangelhos, o de Mateus, e ele não especifica o número deles. Sabe-se apenas que eram mais de um, porque a citação está no plural. De qualquer forma, a tradição permaneceu viva e foi apenas no século lll que eles receberam o título de reis – provavelmente como uma maneira de confirmar a profecia contida no Salmo 72: “Todos os reis cairão diante dele”.
Os nomes Melchior, Baltasar e Gaspar só são mencionados a partir do século Vll. Peritos como Beda os consideram representantes da Europa (Melchior), Ásia (Baltasar) e da África (Gaspar). Curiosamente certas relíquias, que se supunham serem os ossos dos três magos, foram transladadas no século Xll de Milano para a catedral da Colônia, onde são veneradas até hoje. De acordo com uma tradição medieval, os magos teriam se reencontrado quase 50 anos depois do primeiro Natal, em Sewa, uma cidade da Turquia, aonde viriam a falecer. Mais tarde, seus corpos teriam sido levados para Milano, na Itália. “Não sei quem está enterrado lá, mas com certeza não são eles”, diz o teólogo Jaldemir Vitório, do Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus, em Belo Horizonte. Mas isso não diminui a beleza da simbologia do Evangelho de Mateus ao narrar o nascimento de Cristo. Afinal, devemos aos magos até a tradição de dar presentes no Natal.
A Igreja Católica considerou os presentes como símbolos da pessoa e do mistério de Jesus: realeza (ouro), divindade (incenso), morte e sepultura (mirra). Tradicionalmente a estrela é considerada o sinal de Deus que lhes apresentava Jesus como o Rei-Messias. Na noite do Natal, o menino Deus recebeu a visita dos humildes pastores que representam os pobres da humanidade inteira. Nascendo em chocante pobreza e revelando-se primeiramente aos pobres, Jesus quis mostrar que Deus os ama muito. Mas Jesus é o salvador de toda a humanidade, por isso recebe a visita dos magos, estrangeiros, ricos e letrados. Os magos viviam em países longínquos, que o povo de Israel lembrava com certa amargura: a Babilônia, terra do exílio; a Arábia, terra inóspita para os Israelitas. E agora, representantes dessas terras vão adorar o Messias na cidade de Davi, Belém. O menino Deus nascido em Belém atraiu os que viveram longe dele, quer geográfica, quer cultural ou ideologicamente. Os magos simbolizam os homens e mulheres de todo o mundo que buscam a Deus. Jesus não é privilégio de nenhuma raça, de nenhum grupo, de nenhuma classe social. Nasceu e morreu para a salvação de todos: pobres e ricos, das raças branca, negra e amarela, analfabetos e pessoas intelectualmente sofisticadas, pessoas de ideologias divergentes e de religiões diferentes. Que a Estela de Belém brilhe para todos os leitores do jornal O ESTADO no ano 2013.
Pe Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e assessor da CNBB, Reg. NE1