quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Roteiro da Caminhada com Maria


Multiplique seus talentos para Deus





O que Jesus quer é que cada um de nós faça render ao máximo aquilo que Ele nos deu. E por que Ele manda tirar daquele que não lucrou nada e dar àquele que tinha cinco e lucrou outros cinco? Porque ele fez render e duplicar os talentos que lhe foram confiados. Essa é a chave da parábola.

"Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens. A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu. Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois. Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas. O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: - Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.' Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: - Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei. Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. Veio, por fim, o que recebeu só um talento: - Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence. Respondeu-lhe seu senhor: - Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei. Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu. Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez. Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter. E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes." (Mt 25, 14-30)

Nesses últimos tempos, precisamos fazer render para o Senhor os nossos talentos, as qualidades que Ele nos deu. Mas nossa reação de cristãos católicos, diante da volta do Senhor, tem sido de medo.

Estamos como aquele servo que recebeu um talento apenas. Ficou com medo do Senhor e foi cavar a terra para esconder esse talento. Por isso foi condenado. Com cada um de nós deve acontecer justamente o contrário. Se recebermos um talento só, arriscaremos menos. Por isso precisamos fazê-lo render ao máximo! Se recebermos dois, com eles vamos lucrar outros dois. Se recebermos cinco, vamos usá-los e lucrar outros cinco. O importante é fazer render os talentos do Senhor.

Em outras palavras: nós, a maioria dos cristãos, já trabalhamos demais para as empresas deste mundo, já demos o melhor de nós para as tarefas mundanas. Onde é que gastamos as melhores horas de nosso tempo? Com o que gastamos tudo aquilo que adquirimos com o estudo, com a experiência?

O Senhor vem nos dizer: "É preciso investir nas coisas do Reino de Deus tanto quanto gastamos com as coisas da Terra. É tempo de usarmos nossos talentos, usar o melhor de nós para pregar o Evangelho, para falar de Jesus, fazer programas de rádio e de televisão. Caso não possamos fazer nada disso, empreguemos nossos talentos dentro das atividades da Igreja, nos vários setores da pastoral.

Sempre e em tudo o nosso melhor deve ser usado para levar o Reino de Deus às pessoas. Façamos isso com a inteligência e com os dotes que temos, com nossa criatividade e voz, servindo-nos dos estudos que fizemos e da experiência já adquirida. Devemos usar tudo isso para o Senhor.

Descubra como empregar seus talentos, dê o melhor de si e trabalhe com jovens, crianças, adolescentes e casais. É urgente usar o seu melhor e o que já adquiriu pela vida afora para investir, desde já, no Reino de Deus, a fim de que o Senhor seja conhecido, amado.

É preciso usar o dinheiro que temos para implantar o Reino de Deus na Terra. Todo dinheiro adquirido com o trabalho, mesmo aquele que nos veio por herança, devemos usá-lo para o Senhor, para que conheçamos Seu Evangelho.

Se você receber cinco talentos, precisará usá-los para o Reino de Deus. Se recebeu um, não pode ficar com medo e escondê-lo. Pelo contrário, se acha que recebeu pouco do Senhor, alegre-se. Você está arriscando pouco. Suponhamos: se recebi cinco talentos, o Senhor deu muito a mim. Então, estou correndo um risco muito maior. Se você recebeu um talento só, é muito mais fácil. Invista-o logo no Reino de Deus.

Esse é justamente o significado da parábola dos talentos. O fim dos tempos é tempo para gastarmos com o Senhor tudo aquilo que recebemos de graça.


"De graça recebestes, de graça dai" (Mt 10,8b).
Texto extraído do livro 'O Pão da Palavra', de monsenhor Jonas Abib.

Liturgia Diária -Quarta- feira 19ª semana Tempo Comum

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.
Primeira leitura: Ez 9,1-7.10,18-22
Leitura da Profecia de Ezequiel
9,1O Senhor gritou a meus ouvidos, com voz forte: “Aproxima-se o castigo da cidade! Cada um tenha sua arma destruidora na mão!” 2Então, eu vi seis homens vindo da porta superior, voltada para o norte, cada qual empunhando uma arma de destruição. Entre eles havia um homem vestido de linho, que levava um estojo de escriba na cintura. Eles foram colocar-se junto do altar de bronze.
3Então a glória do Deus de Israel elevou-se de cima do que­ru­bim sobre o qual estava, em direção à soleira do Templo. E chamou o homem vestido de linho, que levava um estojo de escriba à cintura. 4O Senhor disse-lhe: “Passa pelo meio da cidade, por Jerusalém, e marca com uma cruz na testa os homens que gemem e suspiram por causa de tantos horrores que nela se praticam”. 5E escutei o que ele dizia aos outros: “Percorrei a cidade atrás dele e matai sem dó nem piedade. 6Matai velhos, jovens e moças, mulheres e crianças, matai a todos, até o extermínio. Mas não toqueis em nenhum homem sobre quem estiver a cruz. Co­meçai pelo meu santuário”. E eles começaram pelos anciãos que estavam diante do Templo.
7Ele disse-lhe: “Profanai o Templo, enchei os átrios de cadáveres. Ide”. E eles saíram para matar na cidade! 10,18Então a glória do Senhor saiu da soleira do Templo e parou sobre os querubins. 19Os querubins levantaram suas asas e elevaram-se da terra à minha vista, partindo juntamente com eles as rodas. Eles pararam à entrada da porta oriental do Templo do Senhor, e a glória do Deus de Israel estava em cima deles.
20Eram estes os seres vivos que eu tinha visto debaixo do Deus de Israel, nas margens do rio Cobar, e compreendi que eram querubins. 21Cada um tinha quatro faces e quatro asas, e debaixo das asas, uma forma de mão humana. 22Suas faces eram semelhantes às faces que eu tinha visto junto ao rio Cobar. Cada um seguia em sua frente. 
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 113
          — A glória do Senhor vai além dos altos céus.
— A glória do Senhor vai além dos altos céus.

— Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!

— Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus.

— Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra?
 
 
Evangelho: Mt 18,15-20
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, à sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. 16Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público.
18Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que des­ligardes na terra será desligado no céu. 19De novo, eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isto vos será concedido por meu Pai que está nos céus. 20Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali, no meio deles”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Assim como Deus não desiste de nós, também não devemos desistir de nossos irmãos.
No trecho anterior do discurso sobre a Igreja, duas características da comunidade eclesial foram ressaltadas: a comunidade cristã deve ser caracterizada pelo serviço e pelo cuidado de uns para com os outros, de modo especial por aqueles que se sentem, por algum motivo, desprezados. O evangelho de hoje é, por assim dizer, a aplicação prática do desejo de Deus de que nenhum membro da comunidade se perca (v. 14). A atitude exigida para realizar o desejo de Deus é a iniciativa que cada um deve tomar no que diz respeito à reconciliação, tendo presente que a comunidade cristã é uma comunidade de irmãos (v. 15). O pecado divide a comunidade. Se acontecer a alguém ser vítima do pecado de outro membro da comunidade, trata-se, aqui, de tomar a iniciativa de ajudar o pecador no seu processo de conversão, desde que ele aceite livremente. É Deus quem toma a iniciativa de vir em socorro de nossa humanidade e é ele quem oferece, gratuitamente, o seu perdão. Assim como Deus não desiste de nós, também não devemos desistir de nossos irmãos. O único limite para o perdão e a reconciliação é o fechamento do outro (v. 17). O amor fraterno e, consequentemente, a comunidade cristã são construídos através desse esforço permanente de reconciliação.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos os internautas:
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim,
ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa realizar
a vontade do Pai.
Amém.


1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 18,15-20.
Às vezes, erramos. Os outros também erram. Ninguém está isento de errar, pecar. Jesus ensina como tratar a pessoa que errou na comunidade. O primeiro passo é falar com a própria pessoa, dialogando, ouvindo suas explicações e clareando as causas do erro. Se a pessoa não admite seu erro, o segundo passo: dialogar sobre o fato tendo como testemunhas uma ou duas pessoas. E se a pessoa, ainda assim, recusar a se converter, Jesus sugere o terceiro passo: contar tudo à comunidade. Mas, se ela não ouvir também à Igreja, que seja tratada como um pagão, ou seja, esta pessoa não é cristã, não vive como cristã, não tem porque estar no meio da comunidade. E Jesus fala, por outro lado, da maravilha que é estar juntos, em comunidade, e juntos orar. Ele garante que está no meio deles: "onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Em Aparecida, os bispos afirmaram:
“Faz-se, pois, necessário propor aos fiéis a Palavra de Deus como dom do Pai para o encontro com Jesus Cristo vivo, caminho de “autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade” (DAp 248).
É assim que assumo a Palavra de Deus? É minha referência que me motiva à conversão, me impulsiona à comunhão e solidariedade?

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com um grande sacerdote, o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para reconhecer meus erros, admiti-los e mudar de atitude, inserindo-me na comunidade.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica