segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Papa Francisco pede que a participação dos leigos na Igreja seja alentada pelos bispos

Papa Francisco. Foto: Grupo ACI
VATICANO, 17 Fev. 14 / 10:54 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco recebeu os bispos de República Tcheca em visita ad limina, e pediu que eles fortaleçam a preparação dos fiéis para receber os sacramentos e alentem os leigos a assumir responsabilidades que ajudem à renovação e crescimento daIgreja.

No discurso que o Santo Padre lhes entregou no dia 14 de fevereiro, recorda que para que os fiéis conheçam bem a Jesus Cristo precisam “aumentar as iniciativas pastorais adequadas dirigidas a uma sólida preparação dos sacramentos e à participação ativa na liturgia. É também necessário o compromisso na educação religiosa visando uma presença significativa no mundo da educação e da cultura”.

“Não pode faltar, de vossa  parte, uma abertura vigilante e corajosa aos novos impulsos do Espírito Santo, que distribui seus dons e leva os fiéis leigos a assumirem responsabilidades e ministérios para a renovação e crescimento da Igreja”, assinalou.

Explicou que para enfrentar os desafios contemporâneos e as novas urgências pastorais é necessária uma sinergia entre o clero, os religiosos e os fiéis leigos. Disse que se anos atrás a Igreja local esteve “oprimida pelos regimes fundamentados em ideologias contrárias à dignidade e à liberdade humana, agora há outros perigos, tais como o secularismo e o relativismo. Por isso é necessário, junto ao anúncio incansável dos valores do Evangelho, um diálogo construtivo com todos, inclusive com aqueles que estão longe de qualquer sentimento religioso”.

O Papa também insistiu que eles sejam “constantes na oração, no serviço generoso ao vosso povo, ferventes na proclamação da Palavra. É a vossa responsabilidade acompanhar com paternal afeto aos sacerdotes: são vossos principais colaboradores, e o seu ministério paroquial requer uma estabilidade adequada, tanto para conseguir um programa pastoral frutífero, como para fomentar um clima de confiança e serenidade nas pessoas”.

Também os animou a “promover de forma mais orgânica e capilar a pastoral vocacional, sobretudo, para fomentar nos jovens a busca de sentido e de entrega a Deus e aos outros. Que vossa atenção se centre na pastoral familiar: a família é a coluna vertebral da vida social e só trabalhando em nome das famílias pode-se renovar a comunidade eclesial e a própria sociedade civil”.

Sobre o tema econômico, Francisco assinalou que “os meios materiais estão destinados unicamente à missão espiritual da Igreja, para assegurar a cada uma das realidades eclesiais os recursos necessários e a liberdade para a atividade pastoral”.

“É necessário estar atentos para assegurar que os bens eclesiais se administrem com precaução e transparência, para que sejam protegidos e preservados, inclusive com a ajuda de leigos competentes e de confiança”, expressou.

Finalmente reafirmou a importância da comunhão dos bispos com o Sucessor de Pedro. “Esta união fraterna é também essencial para a eficácia do trabalho de vossa Conferência Episcopal, que pode dar-vos uma maior autoridade nas relações com as autoridades civis do país, tanto na vida cotidiana como no tratamento dos problemas mais delicados”, afirmou.
 Fonte: Acidigital

Os sete fundadores da Ordem dos Servitas


No século treze (XIII) a Itália vivia um período de terríveis desentendimentos internos. Na cidade de Florença, sete jovens, unidos em fraterna amizade, eram companheiros em uma associação mariana e reuniam-se para fazer versos e canções para Maria.

Os jovens amigos Alexandre Falconieri, Monaldi, Manetto, Bonaiuto, Amidei, Ugocioni e Sosteni, num desses encontros ao redor da imagem de Maria, tiveram uma experiência de profunda mística. Conta a história que no dia 15 de agosto de 1233 a cabeça da imagem se mexeu e tornou-se triste, como querendo expressar sua dor diante das lutas internas da cidade de Florença.

Extasiados com esta experiência, os jovens abandonaram suas famílias, distribuíram seus bens aos pobres, revestiram-se com hábito penitencial e retiraram-se para um casebre fora dos muros de Florença, no Monte Senário.

Logo a comunidade local começou a chamá-los de "Servos de Maria", pois desde o início eles dedicaram-se ao serviço da caridade e da contemplação dos mistérios de Deus, tendo Maria como a referência de todo este apostolado.

Muitos quiseram participar da vida deles e devagar o grupo inicial foi aumentando. Surgiu a Ordem dos Servos de Maria, cujos membros são chamados de Servitas. Os servitas espalharam-se pela Itália e toda Europa, sempre abençoados pela proteção da Mãe de Deus, de quem sempre foram defensores.

Estes Sete Santos foram canonizados no dia 12 de janeiro de 1888 por Leão XIII, e o vínculo de sincera fraternidade que os uniu na vida, continua a uni-los na morte. Suas cinzas estão guardadas juntas no Santuário do Monte Senário, numa única urna. São chamados na liturgia de "ministros da unidade e da paz".

Reflexão:

A amizade é um dom de Deus. Este dom é ainda maior quando possibilita aos amigos o contato mais íntimo com Deus. O exemplo dos fundadores dos Servos de Maria mostra-nos a amizade é profundamente evangélica. Juntos eles dedicaram suas vidas no serviço aos mais pobres, iluminados por nossa Mãe Maria. Que nossas amizades sejam sinceras e abertas ao próximo. Quando somamos forças somos muito mais eficazes no trabalho da evangelização.

Oração:

Inspirai-nos, ó Deus, a profunda piedade dos Fundadores dos Servitas que se distinguiram pela devoção à Virgem Maria e a vós conduziram o vosso povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Fonte: Catequese Católica

Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração:
Pai, dá-me sensibilidade para reconhecer a messianidade de teu filho Jesus manifestada no bem que ele fez ao povo e no seu modo simples de ser.
Primeira leitura: Tg 1,1-11
Leitura da Carta de São Tiago
1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: Saudações.2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria,3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.
5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos.
9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor, e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 119
          — Venha a mim o vosso amor e viverei.
— Venha a mim o vosso amor e viverei.

— Antes de ser por vós provado, eu me perdera; mas agora sigo firme em vossa lei!

— Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade!

— Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!

— A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.

— Sei que os vossos julgamentos são corretos e com justiça me provastes, ó Senhor!

— Vosso amor seja um consolo para mim, conforme a vosso servo prometestes. 
 
 
Evangelho: Mc 8,11-13
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Marcos.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Os sinais de Jesus, sinais do Reino
A brevidade da cena e do diálogo mostra a decisão deliberada e firme de Jesus de não ceder a nenhum tipo de tentação que possa desviá-lo de sua missão. O nosso texto é a prova de que as tentações de Jesus não fizeram parte de um único momento da sua vida (Mc 1,12-13; Mt 4,1-11; Lc 4,1-13), mas se estenderam por toda a sua existência terrestre. O trecho ajuda o leitor a compreender que as tentações se dão no exercício e em relação à missão e à filiação divina de Jesus. Ele se recusa a fazer qualquer gesto sem motivo e a seu favor, somente para ganhar reconhecimento e aplausos; rejeita toda proposta que o desvie do caminho de um messianismo profundamente marcado pela humildade e pelo serviço. A adesão à pessoa de Jesus não pode se dar através de gestos espetaculares, de um sinal vindo do céu, mas através de uma decisão livre. Nossa perícope está situada imediatamente depois do segundo relato da “multiplicação dos pães”. O sinal sobre o qual se baseia a adesão livre a Jesus é a sua vida entregue, para que todo o povo não desfaleça pelo caminho (cf. Mc 8,3).
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a leitura Orante da Palavra,
rezando com todos que se encontram na rede da internet, ao Espírito Santo:
Vinde, Espírito Santo, e dai-nos o dom da sabedoria,
para que possamos avaliar todas
as coisas à luz do Evangelho
e ler nos acontecimento da vida os projetos de amor do Pai.

1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Faço, na Bíblia, a leitura atenta de Mc 8,11-13.
Vejo três momentos nesta passagem do Evangelho:
- Os fariseus para provar Jesus pedem-lhe um sinal do céu. O Mestre resiste a esta tentação.
- Jesus tem uma reação de tristeza: "deu um grande suspiro".
- Jesus se afasta diante de tanta dureza de coração. 

2- Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Pergunto-me: como é meu relacionamento com Jesus? Também eu fico a espera de sinais especiais de Deus?
Muitas vezes, como Jesus, preciso me retirar, me afastar, tomar distância de certas realidades e apelos que me colocam em contradição com meus princípios cristãos. É melhor ir "para a outra margem", repensar.
Disseram os bispos, em Aparecida:
"A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja reconhecerse com a luz e a força do Espírito."(DAp 11).

3- Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Senhor, não preciso de sinais extraordinários para crer.
Por isso, rezo com o papa Clemente Romano:
Com as tuas obras tornastes visível a eterna ordem do mundo.
Tu, Senhor, criastes a terra, és fiel em todas as gerações,
justo nos teus julgamentos.
Admirável na força e na magnificência,
sábio no criar,
inteligente no sustentar as coisas criadas,
bom nas coisas visíveis,
benévolo para com os que confiam em ti, misericordioso e compassivo.

4- Contemplação (Vida e Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou estar atento a princípios que entram em contradição com meus princípios cristãos. Renovarei minha fé.

Bênção

O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz! (Nm 6,24-27
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. Fonte: Catequese Católica