terça-feira, 17 de março de 2015

A Festa de São José

padre-Brendan200No dia 19 de março celebramos a festa de São José, o pai legal de Cristo, o esposo puríssimo da mais nobre e alta de todas as criaturas, a Santíssima Virgem Maria. Dada a escassez de dados bibliográficos relativos a José, à literatura apócrifa dos primeiros séculos encarregou-se de enriquecê-los a seu gosto. Por exemplo, que José era um homem muito avançado em idade, casada com uma donzela. Não há base histórica para isso.  O nome de José em Hebraico significa: “Deus acrescenta ou cumula de bens”, e de fato José, o carpinteiro de Nazaré, teve um crescimento contínuo de graças e privilégios. Conhecemos pouco sobre a vida de São José: unicamente as rápidas referências transmitidas pelos Evangelhos.  Três passagens, porém, destacam-no acima de todos: “José era homem justo” (Mt 1, 19), “desposada a um homem chamado José” (Lc 1, 27), “a ele darás o nome de Jesus” (Mt 1, 21). Este pouco, contudo, é o suficiente para destacar seu papel primordial na história da salvação.
Pode se disser que a devoção a José é antiga, mas o culto público e litúrgico é bastante recente, com o início no fim de século XV. Em 1870 o papa Pio lX  declarou José patrono da Igreja Católica e, em 1955, o grande papa Pio Xll o declarou patrono dos operários. Dois documentos oficiais do Vaticano falam sobre o culto de São José: a Carta Encíclica “Quamquam Pluries” do papa Leão Xlll e a Exortação Apostólica  “Redemtoris Custos” do papa João Paulo ll (1989). O papa João XXlll pediu sua proteção especial para o Concílio Vaticano ll e acrescentou seu nome ao Cânon da Missa (1962). José é o ele de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento e o último dos patriarcas. A missão de José na história da salvação constitui em dar a Jesus um nome, fazê-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas. “A primeira vez que José é mencionado no Evangelho é na cena da anunciação em que Maria é chamada noiva de um homem da casa de Davi de nome José. Depois aparece quando Maria aparentava os sinais de sua divina maternidade e José lhe desconhecia a origem. Ele foi tomado de terrível dúvida, na incerteza de como agir, mas o evangelista diz que, sendo ele “homem justo”, não quis denunciar Maria de infidelidade, mas preferiu tomar uma solução que, salvando a honra de Maria, teria provocado certa odiosidade sobre a sua própria pessoa. Decidiu sumir do lugar” (cf. S.Conti, O Santo do dia, Vozes, Petrópolis, 1990, p. 126).  Foi então em sonho que um anjo o avisou: “José , filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa: o que foi gerado nela provém do Espírito Santo, e ela dará à luz um filho a quem porás o nome de Jesus, pois é ele que salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1 20-22). Depois deste fato, ainda se fala dele, quando outra vez o anjo lhe apareceu em sonho avisando-o das intenções diabólicas de Herodes que pretendia matar o Menino Jesus, e o manda fugir para o Egito.  Pela última vez seu nome é mencionado no Evangelho quando recebeu ordem de voltar do Egito porque já tinha falecido o Rei Herodes. Depois disso só se fala dele indiretamente.
“Os evangelistas não citam uma só palavra de José que aparece como o homem do silêncio, escondido e humilde. Mas em compensação ele é o homem do trabalho, para sustentar sua família, é o homem reto, obediente, de fé profunda, inteiramente disponível à vontade de Deus; alguém que amou, creu e esperou em Deus e no Messias contra toda a esperança” (op.cit. p.126). José cooperou com o mistério da Encarnação desde o matrimônio com Maria. Ela foi instrumento direto e físico gerando de sua carne o Verbo. José foi instrumento indireto e moral, por consentir num casamento virginal e por integrar a Sagrada Família.
Este é o santo incomparavelmente grande e simpático que veneramos no dia 19 deste mês de março. Sua figura quase desaparece nos primórdios do Cristianismo, para que se firma melhor a origem divina de Jesus. Porém, grandes santos como São Bernardo, Santo Tomás de Aquino e Santo Afonso Maria de Ligouri lhe dedicaram tratados cheios de devoção e entusiasmo. Desde então seu culto cresceu continuamente. É ainda patrono dos pais de família, dos tesoureiros, dos trabalhadores em geral. É advogado da boa morte e especialmente dos seminários e centros de formação sacerdotal.
                                                      Pe. Brendan Coleman Mc Donald,  Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

Campanha da Fraternidade

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)

A Campanha da Fraternidade teve sua origem na Arquidiocese de Natal, no ano de 1961. Padres daquela Arquidiocese idealizaram uma campanha durante a Quaresma daquele ano, em favor das atividades assistenciais e promocionais desenvolvidas, a fim de arrecadar fundos para manutenção das mesmas. Tal iniciativa foi o embrião da Campanha da Fraternidade estendida a toda a Igreja no Brasil.

Ela tem como objetivos permanentes: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho; renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
A cada ano a Campanha da Fraternidade aborda um tema com forte incidência sobre a vida social. Assim, ao longo dos anos, a Campanha contribuiu para evidenciar situações que causam sofrimento e morte no seio da sociedade brasileira, nem sempre percebido por todos.
Assim, também, contribui para que o chamado à conversão próprio da Quaresma se estenda ao âmbito comunitário e social, despertando as consciências para as graves situações de injustiça, dor, sofrimento e morte existentes, tendo em vista ações transformadoras. Trata-se de um modo privilegiado de fazer a Páscoa repercutir ainda mais no seio da sociedade, gerando fraternidade e vida.
Passado mais de meio século, pode-se constatar que a Igreja, também por meio da Campanha da Fraternidade, vem exercendo sua missão de anunciar Jesus Cristo, compromissada com a caminhada histórica do povo brasileiro, apontando para a superação de situações marcadas por injustiças e iluminando a vida de todos com a fraternidade, em vista da construção de uma sociedade de irmãos e irmãs.
‘Ao longo de uma história de solidariedade e compromissos com as incontáveis vítimas das inúmeras formas de destruição da vida, a Igreja se reconhece servidora do Deus da vida’. Isso porque existe uma profunda ligação entre evangelização e promoção humana e cuidado pela vida em todas as suas expressões.
A Igreja possui uma missão que lhe é própria: anunciar o Evangelho a toda criatura. Sabe também da responsabilidade que tem de colaborar com a sociedade. Por isso, ela atua em favor de tudo o que eleva a dignidade humana, consolida a coesão social e confere sentido mais profundo à atividade humana. Dessa forma ela colabora para tornar mais humana a família humana e a sua história.
A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa privilegiada para que sejamos recordados de que não podemos descuidar de nossos deveres temporais, faltando com os deveres em relação ao próximo e com o próprio Deus.
Os critérios da dignidade humana, do bem comum e da justiça social norteiam o diálogo e a colaboração da Igreja para com a sociedade. É por esses mesmos critérios que a Igreja pauta sua própria atuação, enquanto força de transformação deste mundo à luz do Reino de Deus, anunciado e mostrado presente por Jesus Cristo.
A Campanha da Fraternidade visa a despertar e nutrir no seio de toda a sociedade o espírito comunitário e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum, educando para a vida fraterna, a justiça e a caridade, exigências éticas centrais do Evangelho. Assim, a cada ano, através dessa iniciativa, nos é oferecida a oportunidade de integração neste belo momento de comunhão eclesial.
A Igreja, também através da Campanha da Fraternidade 2015, deseja colaborar para despertar a consciência de que as estruturas, as normas, a organização da sociedade devem estar verdadeiramente a serviço de todos; deseja, sobretudo, contribuir para que a festa da Páscoa se torne sempre mais a festa da ‘vida em plenitude para todos’!
 Fonte: CNBB

Eu vim para servir

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

A Campanha da Fraternidade deste ano de 2015 tem como lema “Eu vim para servir”, expressão tirada da palavra de Cristo registrada por São Marcos em seu evangelho: “Eu vim para servir e não para ser servido” (Mc 10, 45).

Toda pessoa humana se realiza pela prática do bem, da generosidade, da misericórdia. Servir gratuitamente vale mais que qualquer remuneração material. O contrário seria culto ao egoísmo e à ganância, o que não dignifica a ninguém. Também a Igreja quer ser servidora, solidária e só se realiza com a prática destas virtudes, pois assim lhe ensinou seu fundador, Jesus. Em que a Igreja quer servir? Em tudo aquilo que dignifica a pessoa humana, em tudo aquilo que leve o planeta e a raça humana serem melhores, mais conformes ao plano do Criador.
Um dos problemas ameaçadores da humanidade hoje é o cuidado com a ecologia. Vivemos num planeta cada vez mais complicado com certas situações, pois o próprio ser humano, que deveria cuidar muito bem de seu habitat natural, coloca-o em risco de sobrevivência. A natureza se compõe de muitos elementos que convivem harmoniosamente, como um jardim de muitos matizes que se completam de forma equilibrada, resultando na formação da beleza natural que encanta e emociona. A imagem do jardim do Éden, descrito no livro do Gênesis, traduz esta realidade harmoniosa entregue pelo Criador ao homem e à mulher. Porém, submissos ao pecado, ao invés de cuidar amorosamente do seu espaço, o ser humano faz queda no egoísmo, e coloca em risco a criação.
Na realidade atual, os cientistas têm alertado, com frequência, a respeito do aquecimento global, sobre o efeito estufa, sobre as mudanças climáticas, afinal sobre o novo comportamento da natureza. O ser humano não é apenas usuário da natureza, nem só seu desfrutador, mas é parte integrante e como tal é parte interessada. Porém, com ele, todo o sistema é também todo ele interessado. Quando faltam condições de vida, faltam-nas para as pessoas, para os animais, para os vegetais, afinal, para o planeta.
Tais preocupantes mudanças experimentadas, sobretudo de 30 anos para cá, têm causado situação realmente alarmante. As causas são muitas, porém as mais graves são as antropológicas. A pessoa humana tem utilizado mal os recursos naturais. Porque não sabe? Não, propriamente. A maioria das pessoas sabe que respeitar a natureza é algo necessário, bom e indispensável para que se possa viver bem. Porém, há um fator inebriador, massificante da consciência que é a sede de lucro. Um provérbio latino cabe bem aqui: Auri Sacra Fames. De fato, a fome execranda do ouro ilude a mente humana e embota o espírito. Por causa do dinheiro fácil e volumoso, desmatam-se florestas, sem recompô-las, ajuntam-se lixos nos lixões que produzem gases entorpecentes e líquido venenoso agredindo o ar, as águas, matando os pássaros, os peixes, as árvores e causando danos ao ser humano direta e indiretamente. A poluição das chaminés, dos canos de descarga dos veículos e outros elementos poluentes continuam envenenando a atmosfera produzindo danos ao planeta.
A Campanha da Fraternidade conclama a todos para um grande mutirão de serviço global, ou seja, propõe união inteligente para vencermos juntos nossos problemas comuns. Quer ser a voz dos que crêem em Deus, Pai - Criador, e a partir da Palavra revelada, deseja prestar um serviço à pessoa humana alertando, formando, despertando as consciências para dizer que ainda é tempo de salvar a natureza, e proteger o planeta para que este continue sendo um lugar de vida e não uma ameaça de morte.
Servir é também semear esperança e convidar para a ação positiva que se dará por uma movimentação educativa, a fim de que os homens e as mulheres saibam cuidar melhor do jardim de Deus oferecido gratuitamente a todos nós.
 Fonte: CNBB

Dom José Antônio nos Festejos de São José - Sexto Dia





Dom José Antônio, é com muita carinho que agradecemos ao senhor por sua presença em nosso meio, Domingo,15 de Março para celebrar conosco aqui na Área Pastoral na festa de nosso padroeiro, São José. A casa é sua e as portas estão sempre abertas, grande pastor. Queremos neste espírito de festa agradecer também pelo seu grande zelo e cuidado que tens demostrado por nossa Arquidiocese de Fortaleza. Pedimos em nossas orações pelo senhor que próximo dia 24 de março faz 16 anos do seu episcopado à frente da Arquidiocese de Fortaleza. Somos gratos a Deus por ter nos mandado este querido pastor, para guiar as suas ovelhas. Que o Senhor possa cada vez mais dá-lhe força e coragem para guiar o seu rebanho.

Agradecemos também a todos que contribuíram para que este dia fosse um grande momento de espiritualidade e convivência.
A Área Pastoral São José, no Barroso II, vem realizando a festa de seu padroeiro desde o dia 10 de março com o TEMA “São José escolhido por Deus Pai para ser o guarda fiel das Famílias”. A festa tem como objetivo contribuir para que as famílias tomem consciência de ser igreja missionária.( Pe. Luciano Gonzaga)