segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Papa escolhe tema para o Dia Mundial da Paz 2015

A luta contra a escravidão no mundo contemporâneo é a temática escolhida pelo papa Francisco para reflexão do Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2015
Em um comunicado, o Vaticano também informou o lema “Não mais escravos, mas irmãos". A proposta é promover ações contra o tráfico de seres humanos. 
Em várias ocasiões, Francisco classificou esta prática como uma praga do século XXI, convocando especialistas para discutir a questão e elaborar ações de combate ao tráfico humano.
De acordo com o texto divulgado pela Santa Sé, a realidade da escravidão não é algo do passado, mas um flagelo social muito presente. "A escravidão tem muitos rostos abomináveis: o tráfico de seres humanos, o tráfico de imigrantes e a prostituição, a escravidão no trabalho, a exploração do homem pelo homem (...). Os indivíduos e os grupos especulam sobre esta escravidão, beneficiando-se dos conflitos no mundo, do contexto de crise econômica e da corrupção", afirma o texto.
Com informações do News.va.

"Já não escravos, mas irmãos" - Mensagem do Papa para o 48º Dia Mundial da Paz




“Não mais escravos, mas irmãos”: este é o título da Mensagem para o 48º Dia Mundial da Paz, a segunda do Papa Francisco. Geralmente pensa-se que a escravatura é um facto do passado. Na verdade, esta praga social continua muito presente no mundo de hoje.

A Mensagem para o 1º de Janeiro passado era dedicada à fraternidade: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”. De facto, uma vez que todos são filhos de Deus, os seres humanos são irmãos e irmãs com uma igual dignidade. A escravatura representa um golpe de morte para uma tal fraternidade universal e, por conseguinte, para a paz. Na verdade, a paz existe quando o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade.

Persistem no mundo múltiplas formas abomináveis de escravatura: o tráfico de seres humanos, o comércio dos migrantes e da prostituição, o trabalho-escravo, a exploração do ser humano por outro ser humano, a mentalidade esclavagista para com as mulheres e as crianças. Há indivíduos e grupos que se aproveitam vergonhosamente desta escravatura, tirando partido dos muitos conflitos desencadeados no mundo, do contexto de crise económica e da corrupção.

A escravatura é uma terrível ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea, é uma chaga gravíssima na carne de Cristo! Para a combater eficazmente, há que reconhecer acima de tudo a inviolável dignidade de cada pessoa. Além disso, importa ancorar firmemente esse reconhecimento na fraternidade, que exige a superação de todas as desigualdades, as quais permitem que uma pessoa escravize outra.
É-nos ainda pedido que o nosso agir seja próximo e gratuito para promover a libertação e inclusão para todos. O objectivo a alcançar é a construção de uma civilização fundada sobre a igual dignidade de todos os seres humanos, sem qualquer discriminação. Para isso, é necessário o compromisso da informação, da educação, da cultura em favor de uma sociedade renovada e que se assinale pela liberdade, pela justiça e, logo, pela paz.

O Dia Mundial da Paz resultou da vontade de Paulo VI e é celebrado todos os anos no primeiro dia de Janeiro. A Mensagem do Papa é enviada aos Ministros dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo e indica também a linha diplomática da Santa Sé para o ano que se inicia.
Fonte:Radio Vaticano

Os desafios atuais e as eleições

padre-Brendan200Em outubro deste ano escolheremos, através do voto, os nossos representantes políticos para o Poder Executivo (Presidente da República, governadores dos Estados, deputados federais e estaduais e parte do Senado). O Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara (CEFEP), O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNBLB), O Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas (NESP) e A Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) publicaram um livrinho titulado “Eleições 2014: Seu voto tem consequências”. Até esta data os vários candidatos apresentando seus projetos na televisão e na mídia abordam tópicos como: saúde, educação, moradia, água etc. Porém, há outros problemas graves que não estão sendo abordados, pelo menos adequadamente. Estes problemas são encontrados no livrinho acima citado. Entre os quais podemos citar os seguintes:
a)Os gastos com a dívida pública. É o maior gasto do governo, e faz com que faltem recursos para outros itens essenciais como saneamento básico, saúde, educação e outras políticas sociais. b) A violação dos direitos dos povos indígenas e quilombolas. Atualmente dezenas de usinas hidrelétricas estão sendo construídas na Amazônia com sérios prejuízos aos povos indígenas e quilombolas. A demarcação de terras indígenas, direito garantido pela Constituição, ainda não foi feito! c) A lentidão da Reforma Agrária. d) A terra urbana como capital especulativo. Apesar da existência do Estatuto da Cidade, existem grandes espaços desocupados dentro do perímetro urbano enquanto os pobres são levados a morar em regiões distantes em condições inadequadas. e) Os megaprojetos de infraestrutura. O país está investindo em inúmeras megaprojetos como hidroelétricos, estádios, estradas etc. Para realiza-los comunidades estão sendo removidas, a maior parte sem uma justa indenização. f) As privatizações. Continuam as privatizações de empresas estatais, serviços públicos, aeroportos, e mais recentemente com o início aos leilões das áreas do pré-sal e das áreas de exploração do petróleo. g) O sistema tributário e a desigualdade social. Basicamente é um sistema injusto, no qual os pobres pagam proporcionalmente mais que os ricos. Porque a maior parte dos impostos recai sobre o consumo e não sobre a renda aos cidadãos. h) O oligopólio da grande mídia. Os grandes meios de comunicação no Brasil estão nas mãos de um pequeno grupo, um oligopólio, que defendem os interesses dos grandes grupos econômicos como bancos, empreiteiras, agronegócio etc. e não o povo. Votantes na eleição de outubro precisam conhecer estes desafios que acabamos de mencionar. São itens vitais para o futuro do Brasil e do bem do povo brasileiro.
(Fonte: Livrinho acima mencionado)
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

O Leigo





O católico leigo assume seu papel na família, na Igreja e na sociedade com a missão de dar sabor humano, ético, transformador e promotor da vida digna para as pessoas, estruturas e organizações. Ser sal e luz nessas realidades o faz realizado e realizador do ideal de construir uma comunidade e uma sociedade com o novo humano e cristão. Diferencia-se do mero repetidor do trabalho e do comportamento de quem vive sem mudar os critérios do mundo paganizado. 

Ele se insere no mundo das profissões com o tino vocacional de prestar um serviço de qualidade para o progresso humano, com sustentabilidade moral e de bem estar para todos. Pensa em si e na família com a hipoteca social de promoção do bem comum. No mundo da política usa seus dons para a real promoção da cidadania, com especial sensibilidade aos excluídos. Trabalha diuturnamente para o uso de todos os recursos da sociedade em bem da distribuição equitativa e de serviço às necessidades das pessoas e organizações. Não sucumbe às pressões da baixa politicagem e da corrupção. Usa a sabedoria humana e divina para acertar os passos da causa da dignidade da vida e da pessoa humana. 

Na vanguarda da implantação dos critérios da ética e da consciência de cidadania com os valores cristãos no mundo, o leigo mostra seu encantamento por seguir os passos do Divino Mestre. Contagia seu meio ambiente com o cunho de servir o ser humano com o amor próprio de sua consagração batismal. Não espera que outros de variadas vocações na Igreja suplantem sua missão característica de leigo consciente e responsável. Seu papel é proativo na comunidade eclesial, na família, no trabalho e na sociedade. Coopera com os demais membros das diversas funções e vocações para um serviço em comunhão e subsidiariedade. 

O papa Francisco coloca a necessidade de a Igreja estar sempre "em saída", ou seja, em atitude de ir ao encontro do outro para lhe ofertar acolhida, justiça, misericórdia, amor e dignidade. O leigo não renuncia jamais essa característica em sua vocação de discípulo e missionário de Cristo, como membro responsável de sua comunidade religiosa. 

O documento de estudo "Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo, Cf. Mt 5,13-14" (Estudos da CNBB 107) merece atenção especial para seu conhecimento e prática. Faz uma introdução mostrando a ação do leigo no mundo e na Igreja, como sujeito eclesial. No capítulo primeiro ressalta a ação do mesmo no mundo globalizado, ajudando sua transformação. No seguinte faz referência à sua missão, com características específicas, numa Igreja diversificada e em comunhão. Depois apresenta a organização do laicato, sua formação e ação pastoral. 

O protagonismo do leigo reforça todas as vocações eclesiais, a ponto de o mesmo cooperar para um trabalho em conjunto, sem um encobrir o ministério do outro. Na diversidade de funções, com a mútua cooperação é que se dá força à Igreja para ela ser "luz para o mundo", ajudando a erradicar as causas de morte e injustiças para reinar a vida digna e plena para todos, com os valores humanos e cristãos. 

O leigo consciente e progressivamente maduro entra no âmago da convivência humana, transformando-a com a vida nova trazida pelo Filho de Deus. Então sua contribuição mostra o quanto é gratificante sua missão de dar vida ao convívio humano. Essa vida vem do dom de Deus. 

A maior força do leigo provém de Deus. Seu maior instrumento é o amor, vivido e fortificado na comunidade eclesial. Seu potencial humano e evangelizador é, então, afinado com sua vocação de servir à causa do Reino de Deus. Alimenta-se da oração, da Palavra de Deus, da comunhão eclesial e dos outros meios deixados por Cristo na sua Igreja

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)
Fonte: Catequese Católica

21º Semana Comum - Liturgia Diária


Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, dá-me a graça de ser um evangelizador sincero. E livra-me da hipocrisia de exigir dos outros o que eu mesmo não faço.
Primeira leitura: 2Ts 1,1-5.11b-12
Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses

1Paulo, Silvano e Timóteo, à Igreja dos Tessalonicenses reunida em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo: 2a vós, graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3Devemos agradecer sempre por vós, irmãos, com toda justiça, porque progredis sempre mais na fé e porque aumenta a caridade que tendes uns para com os outros.4Assim, nos gloriamos nas Igrejas de Deus por causa da vossa perseverança e da vossa fé em todas as perseguições e sofrimentos que suportais. 5Estes constituem um sinal do justo juízo de Deus, pois servem para serdes julgados dignos do reino de Deus, pelo qual também estais sofrendo. 11bQue o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação. Que ele, por seu poder, realize todo o bem que desejais e torne ativa a vossa fé. 12Assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele, em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 95
          — Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações!
— Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações!
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
— Pois Deus é grande e muito digno de louvor, é mais terrível e maior que os outros deuses; porque um nada são os deuses dos pagãos. Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus.
 
 
Evangelho: Mt 23,13-22
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós porém não entrais, 14nem deixais entrar aqueles que o desejam. 15Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. 16Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo Templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do Templo, então vale!’17Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? 18Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’19Cegos! O que vale mais: a oferta, ou o altar que santifica a oferta? 20Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. 21E quem jura pelo Templo, jura por ele e por Deus que habita no Templo. 22E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Crítica de Jesus à hipocrisia.
O capítulo 23, na sua quase totalidade, representa o cume da polêmica de Jesus com as autoridades religiosas do seu tempo e, ao mesmo tempo, expressão do conflito entre a comunidade cristã e as autoridades religiosas do tempo do cristianismo primitivo. Com a crítica aos escribas e fariseus, Jesus ensina seus discípulos. A questão central da crítica é a hipocrisia. Os “ai” repetidos ao longo de todo o texto são expressão de indignação e de condenação da atitude hipócrita dos escribas e fariseus. O que eles interpretam e obrigam os outros a praticar da Lei de Moisés, eles mesmos não o praticam. A hipocrisia é disfarce, representação. Eles enfatizam de tal modo as proibições da Lei no que diz respeito ao modo de proceder que ocultam aos outros a ação de Deus na história. Com isso, apresentam Deus como um juiz severo que cobra o cumprimento dos preceitos da Lei e desestimulam os demais a entrar no Reino dos Céus. Por causa da hipocrisia deles, eles mesmos não entram no Reino. O que eles promovem é uma campanha proselitista em benefício próprio, isto é, não visam à conversão dos pagãos ao Deus único e verdadeiro, mas às suas próprias concepções. São guias cegos porque não reconhecem que o caminho que conduz a Deus é Jesus (cf. Jo 14,6).
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura, rezando com todos os internautas:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos, pela grande rede da internet,
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão. (Bv. Alberione)

1- Leitura (Verdade)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 23,13-22 e observo pessoas, palavras de Jesus aos fariseus.
Jesus diz uma série de “ais” aos fariseus. Têm um tom de censura, de lamento, de pesar. O primeiro tem uma ligação ou referência ao próximo. Jesus fala do juramento. Uma coisa é jurar pelo altar e outra pelo Templo. É preciso distinguir. E Jesus fala também de uma coisa terrível: manipular as consciências, impor obrigações aos outros. Mais grave ainda: não observar o que se impõe aos outros. Assim faziam muitos fariseus. Apoderavam-se da “chave da consciência religiosa”.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Os bispos da América Latina disseram em Aparecida: “Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir “á outra margem”, àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente”. (DAp 376)

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou demonstrar pela vida que o amor de Deus se revela pela coerência e no amor ao próximo.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Fonte: Catequese Católica