domingo, 9 de novembro de 2014

Homilia dominical: Dedicação da Basílica do Latrão


Eu vi a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, ornada como a noiva que se preparou para o seu noivo"(cf. Ap. 21,2). 
Meus queridos Irmãos e minhas queridas Irmãs,
Celebramos hoje a Dedicação da Sacrossanta Basílica do Latrão. O que é a Basílica do Latrão? É a Sé Catedral da cidade de Roma, que foi construída entre os anos de 314 e 335 e fundada pelo Papa Melquíades na propriedade oferecida e doada para esse fim pelo imperador Constantino, ao lado do Palácio Lateranense.

Mas, porque se chama Basílica do Latrão? Porque esta Basílica foi construída no terreno “dei Laterani”, ou seja, da família proprietária da chácara, herdada pela mulher de Constantino, o Imperador Romano, que a doou ao Papa. Esta Basílica tem um significado muito especial para a cristandade: lá foram celebrados cinco Concílios Ecumênicos.

Diz a tradição da Santa Igreja que o aniversário de sua dedicação, celebrado originalmente só em Roma, comemora-se em todas as comunidades do rito romano com a finalidade maior de enaltecer o ministério petrino do Sumo Pontífice que de sua Basílica Patriarcal preside na caridade a única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo que congrega, por seu gesto primacial, todas as Igrejas de todo o orbe. A Basílica de Latrão, portanto, é a Mãe de todas as Igrejas de todo o mundo católico.

Até a construção do Vaticano o Santo Padre morava no Palácio Lateranense que é anexo a Basílica de mesmo nome. Portanto a Basílica do Latrão é a Catedral do Papa em Roma, é a Igreja que é a Mãe e cabeça de todas as Igrejas.
Irmãos e Irmãs,
A Basílica do Latrão tem como padroeiro principal o Santíssimo Salvador. Tem como dois co-patronos, São João Batista, celebrado a 24 de junho e São João Evangelista, celebrado a 27 de dezembro. Dois homens que caminharam nas estradas da salvação. João Batista, o precursor, aquele que preparou os caminhos para Jesus anunciando que Outro viria batizar com o Espírito Santo, porque ele batizava com água. São João Evangelista, o apóstolo bem amado, o último apóstolo a morrer e com a sua morte se considera fechada às portas das revelações e dos ensinamentos bíblicos do Novo Testamento. Por isso mesmo o povo de Roma conhece a Basílica celebrada hoje como a Basílica de “São João do Latrão”.
Irmãos e Irmãs,
DEO OPTIMO MÁXIMO, ou seja, A DEUS OTIMO E MÁXIMO celebramos a festa de hoje. Dedicada a Deus ótimo e máximo a Basílica de Latrão quer interpelar em cada um de nós um compromisso evangelizador renovado de profundo amor e seguimento a Nosso Senhor e Divino Salvador Jesus Cristo e a Sua Igreja. Não há Igreja no mundo que não seja dedicada a DEUS O SALVADOR. Todas as Igrejas, evidentemente são dedicadas a um Santo ou a uma Santa que viveram a radicalidade do Evangelho e servem-se como luzeiros na nossa caminhada de fé e de esperança cristã. Mas, estes santos viveram a sua vida, dedicaram a sua vida a DEUS ÓTIMO E MÁXIMO.
Meus queridos irmãos,
Todos nós participamos a cada domingo da celebração da liturgia eucarística que, via de regra, é celebrada dentro de uma Catedral, de uma Basílica, de uma Matriz, de uma Capela Filial, de um Oratório, de um Orago, de um centro comunitário, de uma praça ou no próprio logradouro público. A Igreja, esta Igreja como templo em que estamos dentro é o edifício pelo qual todos nós nos reunimos para adorar a DEUS ÓTIMO E MÁXIMO, ao Divino Salvador.

Mas, graças a Deus, a Igreja transcende o templo de pedra. A Igreja é a comunidade viva de fiéis, é a reunião de todos os batizados que vem adorar ao Deus Salvador. Assim nos ensinou o Concílio Vaticano II: “A Igreja não se acha deveras consolidada, não vive plenamente, não é um perfeito sinal de Cristo entre os homens, se aí não existe um laicato de verdadeira expressão que trabalhe com a hierarquia. Porque o Evangelho não pode ser fixado na índole, na vida e no trabalho dum povo, sem a ativa presença dos leigos”(Cf. Decreto “Ad Gentes” n. 21). Continua o Concílio Ecumênico Vaticano II: “O principal dever dos homens e das mulheres é dar testemunho de Cristo pelo exemplo e pela palavra, na família, no seu ambiente social e no âmbito da profissão”(idem).
Irmãos e Irmãs,
São João, em seu Evangelho de hoje (cf. Jo 2,13-22), deixa claro que já no início de sua atuação pública, Jesus chega a Jerusalém por ocasião de uma romaria pascal e expulsa do templo não só os abusos, mas os próprios animais do sacrifício. E, quando as autoridades pedem a Jesus um sinal profético que possa respaldar tal gesto inimaginável, Jesus aponta o sinal que só depois (Jo 2,22) os discípulos vão conhecer: o sinal de sua ressurreição. O templo antigo pode ser destruído, mas Jesus “fará ressurgir” um novo templo em três dias: o templo de seu corpo, de sua pessoa. Jesus é templo, santuário, lugar de culto a Deus, de encontro com Deus. Nele, a Palavra de Deus armou tenda entre nós(Jo 1,14). Nele também é oferecido a Deus o único culto da nova Aliança, o dom da própria vida por amor.

É importante assinalar que Jesus associa-se o templo de pedras vivas que á comunidade. Os que se fazem batizar devem se aproximar da pedra rejeitada, cristo, que pela ressurreição se tornou a pedra angular, alicerce. Os batizados são, assim, o edifício espiritual. Por isso, nessa comunidade é que se oferece o sacrifico espiritual, que é promovido pelo Espírito de Deus, que é a prática da vida cristã.

São Paulo (cf. 1 Cor 3,9-11.16-17) usa uma imagem semelhante, ao falar de seu trabalho na fundação da igreja de Corinto. A comunidade é construção de Deus, morada do Espírito. O alicerce, posto pelo próprio Paulo, é Cristo.

Por isso, a abertura dessas imagens é fornecida pela “utopia de Ezequiel”, na qual aparece a descrição do novo templo, a ser construído quando os exilados da Babilônia voltarem à Judéia(cf. Ez 47,1-2.8-9.12). Ezequiel vê a fonte do templo como um rio caudoloso que saneia as águas e as margens e até o Mar Morto... Um símbolo da salvação que deve fluir do novo templo Essa alegoria se refere a Cristo e à sua comunidade, porque a comunidade de Jesus deve ser a edificação de Deus da qual sai a água salvadora para a humanidade.
Caros irmãos,
Nosso Senhor Jesus Cristo vai bem mais longe do que os profetas vétero-testamentários. Ao expulsar do Templo, também, as ovelhas e os bois que serviam para os ritos sacrificiais que Israel oferecia a Jahwéh (João é o único dos evangelistas a referir este pormenor), Jesus mostra que não propõe apenas uma reforma, mas a abolição do próprio culto. O culto prestado a Deus no Templo de Jerusalém era, antes de mais, algo sem sentido: ao transformar a casa de Deus num mercado, os líderes judaicos tinham suprimido a presença de Deus…Vemos, infelizmente, muitos no Brasil preocupados com grandes templos e se esquecem que o Templo Verdadeiro é aquele que é agradável a Deus.

Mas, além disso, o culto celebrado no Templo era algo de nefasto: em nome de Deus, esse culto criava exploração, miséria, injustiça e, por isso, em lugar de potenciar a relação do homem com Deus, afastava o homem de Deus. Jesus, o Filho, com a autoridade que Lhe vem do Pai, diz um claro “basta” a uma mentira com a qual Deus não pode continuar a pactuar: “não façais da casa de meu Pai casa de comércio” (vers. 16). Por isso é inadmissível que se cobre para adentrar em um lugar sagrado, é abominável dizer que se tem ingresso no sagrado pago por dinheiro, por negócios.

Os líderes judaicos ficam indignados. Quais são as credenciais de Jesus para assumir uma atitude tão radical e grave? Com que legitimidade é que Ele se arroga o direito de abolir o culto oficial prestado a Jahwéh? A resposta de Jesus é, à primeira vista, estranha: “destruí este Templo e Eu o reconstruirei em três dias” (vers. 19). Recorrendo à figura literária do “mal-entendido” (propõe-se uma afirmação; os interlocutores entendem-na de forma errada; aparece, então, a explicação final, que dá o significado exato do que se quer afirmar), João deixa claro que Jesus não Se referia ao Templo de pedra onde Israel celebrava os seus ritos litúrgicos (vers. 20), mas a um outro “Templo” que é o próprio Jesus (“Jesus, porém, falava do Templo do seu corpo” – vers. 21).

O que é que isto significa? Jesus desafia os líderes que O questionaram, a suprimir o Templo que é Ele próprio; mas deixa claro que, três dias depois, esse Templo estará outra vez erigido no meio dos homens. Jesus alude, evidentemente, à sua ressurreição. A prova de que Jesus tem autoridade para “proceder deste modo” é que os líderes não conseguirão suprimi-lo. A ressurreição garante que Jesus vem de Deus e que a sua atuação tem o selo de garantia de Deus.

No entanto, o mais notável, aqui, é que Jesus Se apresenta como o “novo Templo”. O Templo representava, no universo religioso judaico, a residência de Deus, o lugar onde Deus Se revelava e onde Se tornava presente no meio do seu Povo. Jesus é, agora, o lugar onde Deus reside, onde Se encontra com os homens e onde Se manifesta ao mundo. É através de Jesus que o Pai oferece aos homens o seu amor e a sua vida. Aquilo que a antiga Lei já não conseguia fazer – estabelecer relação entre Deus e os homens – é Jesus que, a partir de agora, o faz.
Meus irmãos e minhas irmãs,

Vivemos todos dentro da grande comunidade de fiéis chamada Igreja ou “Ecclesía”, o que significa, assembléia ou comunidade de fiéis, comunidade do povo de Deus peregrino. São Paulo nos ensinou que a comunidade cristã é o templo de Deus, onde quer que esteja ou se que se reúna para o louvor do Deus Altíssimo e Onipotente. Todos os fiéis que fazem parte do corpo místico de Cristo constituem a comunidade orante, a comunidade militante e a comunidade padecente que formam a grande Igreja, Jerusalém celeste conforme celebramos há uma semana a festa de Todos os Santos e Santas de Deus. O próprio fiel, pelo Batismo, é templo e morada do Espírito Santo. Todos nós somos membros da pedra viva, o “Corpo de Cristo”.

Assim, rezemos, pois, elevando nossos pensamentos ao Senhor da Vida para que a Igreja que peregrina no mundo, a partir do primado da Caridade de Francisco, que da Catedral Lateranense a todos abençõe a congrega na unidade, para que possamos todos cantar as alegrias eternas neste vale de lágrimas, aonde a justiça, a paz, a concórdia, a misericórdia e a acolhida fraternal sejam a nota de júbilo e louvor ao DEUS ÓTIMO E MÁXIMO que se consagra a Basílica do Latrão e que, diuturnamente, se consagra à vida de cada um dos cristãos. Amém!
Fonte: Catequese Católica

“Têm surgido muitos candidatos à santidade no Brasil”, diz vigário episcopal no Rio

Fotos de Domínio Público. Montagem: ACI Digital
Rio de Janeiro, 08 Nov. 14 / 03:30 pm (ACI).- “O Brasil levou muito tempo para começar a investigar a vida dos candidatos à santidade. Quem despertou nosso país para trabalhar na causa dos santos foi São João Paulo II. O Papa dizia que o Brasil precisava de santos, de santos de calça jeans”, afirmou o vigário episcopal para a Vida Consagrada e responsável pelos processos de candidatos à Causa dos Santos na Arquidiocese do Rio, Dom Roberto Lopes, OSB.
“Sobre esse tema, recentemente, realizamos um encontro muito produtivo no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio, onde pudemos conversar com diversos postuladores. Têm surgido muitos candidatos à santidade no Brasil, atualmente, temos 65 processos tramitando em nosso país”, contou.
No Rio, existem quatro processos em curso, sendo que um já está mais adiantado, o de Madre Maria José de Jesus. A carmelita, filha do historiador Capistrano de Abreu, ainda jovem trocou uma vida de luxo e festas para se dedicar à pobreza, à clausura e à oração.
Confira os outros processos em andamento na Cidade do Rio:
Odetinha
No dia 17 de janeiro de 2015, a face arquidiocesana do processo canônico da Serva de Deus Odete Vidal de Oliveira (Odetinha) será oficialmente encerrada pelo arcebispo Cardeal Dom Orani João Tempesta.
“O processo será enviado para Roma, onde será feita a análise de toda a documentação. Um dos primeiros passos será verificar as virtudes heróicas e posteriormente os milagres realizados pela intercessão de Odetinha”, explicou Dom Roberto.
Odete Vidal foi oficialmente declarada “Serva de Deus” durante as festividades do padroeiro São Sebastião, em janeiro de 2013. A jovem, que é conhecida pelo seu amor à Eucaristia e caridade com os mais pobres, faleceu em 1939, aos nove anos de idade.
Ela estudou no Colégio Sion, no Cosme Velho, e fez sua primeira comunhão na Basílica Imaculada Conceição, em Botafogo. Suas relíquias podem ser visitadas nesta igreja. Na basílica também acontecem missas devocionais no primeiro sábado do mês e em todo dia 25, ambas às 16h.
Casal Zélia e Jerônimo
No dia 20 de janeiro de 2014 foi aberto o processo canônico do casal Jerônimo e Zélia. “Como tem acontecido tradicionalmente, São Sebastião tem ‘puxado’ os Servos de Deus, os futuros santos cariocas”, destacou o vigário.
Zélia e Jerônimo geraram 13 filhos, quatro morreram e os outros nove se consagraram a Deus, sendo três sacerdotes e seis religiosas. Jerônimo Magalhães e Zélia Pedreira casaram-se em 27 de julho de 1876. Quando ficou viúva, Zélia entrou para a ordem religiosa das Irmãs Sacramentinas (Congregação do Santíssimo Sacramento).         
“O que mais chama a atenção nessa família é a maneira como eles se tratavam, sempre de forma muito respeitosa e divina. Reunimos as correspondências escritas pelo casal desde o tempo de namoro. Encontramos muitos escritos feitos por Zélia, as cartas que ela escreveu aos filhos são de uma riqueza muito grande”, observou Dom Roberto.
Na juventude, Zélia foi orientada pela Beata Nhá Chica a viver a sua vocação à santidade fora do convento, na vida familiar, como esposa e mãe.
“Nhá Chica disse que Deus tinha um projeto muito bonito para Zélia: gerar muitos filhos santos para Deus e para a Igreja. Da mesma forma, Jerônimo sempre teve um desejo muito grande de se consagrar a Deus e por isso entrou para a Ordem Terceira de São Francisco. Eles formaram uma família santa que deixou um grande legado para a Igreja”, contou Dom Roberto.
O local oficial para culto é a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na Gávea, onde estão as urnas com os restos mortais de Zélia e Jerônimo.
Guido
Sobre o processo do jovem surfista, médico e seminarista Guido Schäffer, a arquidiocese aguarda a concessão do Nihil Obstat (“nada impede”) para a abertura do processo de canonização. O pedido foi enviado este ano à Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano.
“Creio que será um processo belíssimo pela figura desse jovem apaixonado por Deus, que sempre desenvolveu um trabalho com os mais carentes, junto com as irmãs da beata Madre Teresa de Calcutá. Ele sempre dizia que era preciso curar não só o corpo, mas também a alma. Eu sempre chamo o Guido de São ‘Francisco Carioca’. Acredito que em muito breve iremos abrir esse processo”, garantiu Dom Roberto.
Fonte: Acidigital

Pastoral da Sobriedade realiza nos dias 29 a 30 de novembro curso de capacitação para novos agentes

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Dedicação da Basílica de Latrão- Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.
Primeira leitura: Ez 47,1-12
Leitura da Profecia de Exequiel
Naqueles dias, 1o homem fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, a sul do altar. 2Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até à porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 8Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis. 9Onde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida aonde chegar o rio.12Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 46
          — Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
— Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

— O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares.

— Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo. Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.

— Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó. Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo: reprime as guerras na face da terra.
 
2° Leitura: 1Cor 3,9-17
Leitura da Primeira Carta se São paulo aos Coríntios
Irmãos, 9cvós sois construção de Deus. 10Segundo a graça que Deus me deu, eu coloquei — como experiente mestre de obra — o alicerce, sobre o qual outros se põem a construir. Mas cada qual veja bem como está construindo. 11De fato, ninguém pode colocar outro alicerce diferente do que está aí, já colocado: Jesus Cristo.
16Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós? 17Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo e vós sois esse santuário. 
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Jo 2,13-22
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São João.
          - Glória a vós, Senhor.

        13Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?”19Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias o levantarei”. 20Os Judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” 21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
É necessário partilhar.
O texto do evangelho que nos é proposto para hoje é uma aplicação da parábola do administrador infiel. Os destinatários são os discípulos, mas os fariseus que ouviram a parábola e que eram “amigos do dinheiro” faziam pouco do que Jesus dizia (vv. 14-15), pois, certamente, se viam concernidos ao que Jesus anunciava e exortava. Se antes, como dissemos, Jesus elogia a atitude do administrador que usa com inteligência e astúcia os meios para alcançar o seu objetivo, aqui, a questão é a do bom uso dos meios e a fidelidade. Trata-se, podemos assim considerar, de uma aplicação da parábola precedente. Já em 12,15 Jesus disse que a vida do homem não é assegurada pela abundância de seus bens; é preciso, isso sim, viver a centralidade do Reino de Deus a quem os meios devem servir (cf. 12,31). Aqui, nesta aplicação da parábola, a mensagem é bastante semelhante: não se trata de fazer amigos para tirar proveito deste mundo; é fundamental fazer amigos em vista da eternidade. Nesse sentido, a parábola é uma exortação a não imitar a atitude do administrador infiel que não soube partilhar. A fé exige empenho; no entanto, quando se trata do dinheiro, é necessário partilhar
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas
que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 16,9-15
O Mestre Jesus diz algumas sentenças relacionadas à riqueza. Começa dizendo que o bom uso deste valor pode garantir a vida eterna. Fala daqueles que são fiéis nas pequenas coisas e com certeza serão fiéis nas grandes. Por sua vez a desonestidade nas pequenas revela desonestidade nas grandes. Fala ainda que não se pode viver duplamente, ou seja, ser fiel ao dinheiro e a Deus. Os fariseus zombavam de Jesus ao ouvir isto porque “amavam o dinheiro”. O discípulo dá prioridade ao Reino. Não abre mão da fidelidade. Sua vida não está dividida entre a fidelidade a Deus e fidelidade ao dinheiro.
Um texto paralelo que fala das preocupações do mundo e a riqueza que sufocam a Palavra:
Jesus fala na parábola da semente: "A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas a preocupação do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a Palavra, e ela fica sem dar fruto."(Mt 13,22)

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: “No entanto, no exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão”. (DAp 351).
E eu me interrogo: Como me situo frente ao dinheiro, a busca de sucesso, de status, de consumismo, de destaque e o amor a Deus? Sou egoísta e sinto dificuldade em partilhar com os demais os dons que Deus me deu?

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione, cuja festa celebramos no dia 26 de novembro.
“Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém”.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar, neste dia, será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido no meu coração e no coração das demais pessoas. Um olhar sem ambição ou dominação pelo que tenho e sou. Vou carregar comigo esta expressão: "Deus conhece meu coração".

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
 Fonte: Catequese Católica

Cardeal Tauran: Muro de Berlim caiu graças a João Paulo II e Mikhail Gorbatchov

2014-11-09 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - Celebrações, manifestações de todo tipo, multidões. Neste domingo, Berlim é o epicentro da atenção internacional, no dia em que se recorda a queda do famigerado Muro que 25 anos atrás mudou o curso da história contemporânea.
A chanceler alemã Angela Merkel relembrou aquela noite extraordinária como um "milagre", pelo fato de ter-se dado pacificamente e afirmou: "É preciso coragem para combater pela liberdade, é preciso coragem para usar a liberdade".
Para nos falar sobre este evento e sobre a contribuição que João Paulo II deu para este fato histórico, a Rádio Vaticano entrevistou o Cardeal Jean-Louis Tauran, que em 1989 era subsecretário das Relações com os Estados:
Cardeal Jean-Louis Tauran:- "João Paulo II dizia sempre que o sistema comunista era internamente minado e que mais cedo ou mais tarde haveria de cair. Mas ninguém jamais teria pensado que isto aconteceria em tão pouco tempo e, sobretudo, sem um banho de sangue. Praticamente, não houve vítimas... Em 1978, a sua eleição havia provocado desconcerto: de fato, com o arcebispo de Cracóvia eleito Papa o sistema não funcionava mais. Dez anos depois, quem jamais poderia imaginar que com aquelas palavras – "Não tenhais medo: a verdade vencerá!" – o Muro cairia... Contudo, creio que esta evolução tenha sido introduzida com a atmosfera dos Acordos de Helsinque e depois com a ação de dois homens, protagonistas da história: João Paulo II e Mikhail Gorbatchov, estes três elementos juntos."
RV: Um mês após a queda do Muro, Mikhail Gorbatchov veio ao Vaticano, em visita a João Paulo II. Obviamente, foi uma visita histórica. Quais são suas recordações daqueles momentos?
Cardeal Jean-Louis Tauran:- "Recordo muito bem aquilo que dizia o Papa: Gorbatchov é um homem do mundo soviético que raciocina em termos modernos."
RV: E em relação à preparação da visita, havia uma atmosfera particular, uma grande expectativa?
Cardeal Jean-Louis Tauran:- "Durante um mês inteiro o Papa preparou esta visita lendo uma passagem do Novo Testamento em russo. Quando se encontraram, um falava em polonês, o outro em russo, e se entenderam muito bem..."
RV: O senhor recorda algo que o tenha impressionado de modo particular naquele momento que ensaiava desdobramentos históricos?
Cardeal Jean-Louis Tauran:- "Recordo-me, por ocasião da Conferência para a segurança e a cooperação na Europa – da qual participava como representante da Santa Sé –, ter falado com alguns diplomatas soviéticos. O ponto crucial foi aquele dia, no mês de maio, em que o Patriarca Pimen concedeu uma entrevista que depois apareceu na primeira página do "Pravda" (jornal principal da União Soviética, ndr). Naquele momento entendemos que as coisas estavam mudando."
RV: Quais recordações traz consigo dos anos Oitenta, daquela época da queda de um bloco, quando o senhor se encontrava na diplomacia vaticana?
Cardeal Jean-Louis Tauran:- "Recordo a imensa coragem de bispos e sacerdotes, detidos, torturados... Foi comovente para mim. Creio que cada século tem seus mártires. Creio também que a maior ilusão que se poderia ter era pensar que se pudesse ter um "cristianismo de moda", que agradasse a todos... a Cruz de Cristo é um desafio para todos, desafio que a Cruz de Cristo nos torna sempre presente." (RL)

Fonte: News.VA

Papa Francisco: os anos de seminário são aprendizado de fraternidade

2014-11-09 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O sacerdócio não é um ministério a ser vivido solitário e tampouco de modo individualista. O Papa Francisco aproveitou a ocasião de uma Mensagem aos seminaristas franceses que partiram na tarde deste domingo em peregrinação a Lourdes, para esclarecer os três pontos fundamentais sobre os quais todo futuro presbítero deve refletir para poder traduzi-los na prática.
O primeiro diz respeito à "fraternidade". A fraternidade dos discípulos "expressa a unidade dos corações, é parte integrante do chamado que vocês receberam", afirma o Santo Padre, que acrescenta logo em seguida: "O ministério sacerdotal não pode, de modo algum, ser individual e tampouco individualista".
No seminário, escreve o Pontífice, "vocês vivem juntos para aprender a se conhecerem, a estimar-se, a ajudar-se, por vezes também suportar-se", por isso – frisa –, "convido-os a aceitar este aprendizado da fraternidade com todo o ardor de vocês".
Segundo ponto, a "oração". A imagem evocada é a do Cenáculo, onde os discípulos rezam com Maria à espera do Espírito Santo. Disso, se deduz que na base da formação de vocês, ressalta o Papa Francisco, "está a Palavra de Deus, que chega ao íntimo de vocês, os alimenta, os ilumina".
Portanto, aconselha o Papa aos seminaristas, tenham "todos os dias longas horas de oração" e "deixem que a oração de vocês seja um convite ao Espírito", do qual depende a construção da Igreja, o guia dos discípulos e o dom da "caridade pastoral". Desse modo, assegura o Pontífice, indo àqueles aos quais são convidados, poderão ser aqueles "homens de Deus" que o povo quer que os sacerdotes sejam.
Por fim, o terceiro ponto, a "missão". Os anos de seminário, indica o Papa Francisco, não são senão uma preparação com o "único objetivo" de tornar-se discípulos "humildes" capazes de "preferência pelas pessoas mais marginalizadas", aquelas das "periferias".
"A missão é inseparável da oração, porque a oração abre ao Espírito e o Espírito os guiará na missão. E a missão – escreve ainda o Papa –, cuja alma é o amor, é a de levar aqueles que encontrarão a acolher a ternura" de Cristo, mediante os Sacramentos. (RL)

Fonte: News.VA