quarta-feira, 27 de maio de 2015

Diretrizes Gerais 2015-2019

padre-Brenda200A partir do dia 18 de maio o Documento 102 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – para o próximo quadriênio 2015-2019” está disponível nas Edições da CNBB. Este texto foi aprovado no dia 18 de abril de 2015 pelos bispos na 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP. Como nas outras diretrizes este documento apresenta as orientações pastorais atualizadas, incluindo conteúdo  da Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” do Papa Francisco. Este valioso livro de 76 páginas auxiliará no processo de planejamento pastoral do Secretariado Geral da CNBB, das dioceses, paróquias, movimentos e iniciativas da vida consagrada. A Igreja quer, com estas diretrizes, continuar fortalecendo sua ação evangelizadora, através da ação pastoral marcada por um renovado empenho missionário.
Documento da CNBB número 102 é basicamente dividido em quatro capítulos. O primeiro apresenta a reflexão “A partir de Jesus Cristo”. Este capítulo destaca as atitudes fundamentais do discípulo missionário. O segundo capítulo tem excelentes textos abordando o contexto atual: mudança de época e os riscos e consequências de uma mudança de época. O terceiro capítulo aborda as cinco urgências na Ação Evangelizadora. Segundo Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB, “As urgências continuam a nos interpelar. Elas nasceram da missionariedade do Documento de Aparecida e da força da Palavra de Deus meditada no “Verbum Domini” .  Aliás, o Papa Francisco comunicou que as urgências devem tornar-se prioridade na ação evangelizadora da Igreja no Brasil. O quarto capítulo aborda as perspectivas de ação:  a Igreja em estado permanente de missão; casa da iniciação à vida cristã; lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; comunidade de comunidades e o serviço da vida plena para todos”. O documento tem um anexo em que são dadas “indicações de operacionalização, com caminhos para que as urgências forem colocadas em prática”. Na conclusão do livro das Diretrizes Gerais nos lembram de que “Planejar a pastoral não é um processo meramente técnico. É uma ação carregada de sentido espiritual”, e citando a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium afirma que são necessários evangelizadores “que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo”.
                                                   Pe. Brendan Coleman Mc Donald,  Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

II Congresso Mariano da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Carlito Pamplona




O II Congresso Mariano da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Carlito Pamplona acontecerá dias 27 e 28 de maio, a partir das 19h3min. Terá como tema “Maria,na bíblia e sua relação com o povo” e o facilitador será Ir. Maicom Andrade (Marista).
Inscrições: Valor: R$ 5,00 (Direito ao Certificado e material de apoio) Poderá ser feita na secretaria da paróquia Informações: (85) 3236.6429
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Carta sobre o Ano da Paz

Dom Alfredo Schaffler 
Bispo de Parnaíba (PI)

Saúdo fraternalmente a todos os fiéis da nossa Diocese, saúdo os padres e religiosos (as), consagrados nas novas comunidades, saúdo todo povo de Deus.
A fraternidade é uma dimensão essencial do homem. Ser irmão e irmã é próprio da pessoa humana. Como pessoas humanas, desejamos todos a paz e a harmonia na nossa convivência familiar e social. A Cultura da Paz e da Cidadania está relacionada ao tema da segurança como uma questão sociopolítica que envolve a todos. Nenhum membro da sociedade organizada deve ser excluído do processo de construção de uma sociedade mais justa, fraterna e segura ou eximir-se de sua responsabilidade no processo de construção da paz social.

Impressiona-nos a triste realidade das guerras que acontecem em tantas partes do mundo com números elevados de vítimas fatais. Mas não está na hora de olhar os números de homicídios que estão acontecendo nesta nossa querida terra da Santa Cruz? Nos últimos 30 anos tivemos um aumento de 259% de homicídios. No ano de 2013 aconteceram 50.806 vítimas de homicídios dolosos no Brasil. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 11% dos assassinatos do mundo acontecem no Brasil onde uma pessoa é morta a cada dez minutos. Além disso, foram registrados no mesmo ano 50.320 casos de estupro. Quase o mesmo número de vítimas fatais foram registradas pelos acidentes no trânsito.
Diante desta realidade no nosso país, a Conferência dos Bispos do Brasil convocou os brasileiros para um ANO DE PAZ.
Além da violência a dizimar a vida de milhares de brasileiros todos os anos, percebemos outras formas geradoras da violência. Não estamos tomando quase diariamente conhecimento de corrupção em Empresas estatais, desvios de verbas públicas e outros crimes do colarinho branco alimentados pela impunidade de seus agentes que não sabem de nada e não querem assumir a responsabilidade?
Como lembra o Papa Francisco: “o anseio de uma vida plena contém uma aspiração, irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em que não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar.”
No silêncio das nossas famílias não acontecem atos de violência?
Será que não existem em tantas cidades de nossa Diocese “bocas de fumo” conhecidos pela larga maioria da população, e os que são responsáveis será que não sabem?
A paz é um valor e um dever universal e encontra seu fundamento na ordem racional e moral da sociedade que tem as suas raízes no próprio Deus. A paz é fruto do amor. Por isso a vivência do amor pode reverter esta situação. “O amor faz com que o homem se realize através do dom sincero de si, amar significa dar e receber aquilo que não se pode comprar nem vender, mas apenas livre e reciprocamente oferecer.” São João Paulo II.
São João XXIII nos fala: “Nada se perde com a paz, mas tudo pode ser perdido com a guerra”. Será que isso não continua atual para nossa convivência humana?
A Igreja trabalha pela paz com a oração. A oração abre o coração não só a uma profunda relação com Deus, como também ao encontro com o próximo sob o signo do respeito, da confiança, da compreensão, da estima e do amor.
Novamente o Papa Francisco nos fala: “o verdadeiro construtor da paz é aquele que faz o primeiro passo em direção ao outro, que sabe pedir desculpa, o que não é fraqueza, mas uma força de paz.”
“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” Mt 5,9
Assim convocamos todas as nossas comunidades paroquiais, afim de que o tema da Paz seja incentivado nas mais diversas atividades pastorais, especialmente nos festejos que estão sendo celebrados.
Junto com a CNBB queremos orientar que no dia 04 de outubro, festa de São Francisco de Assis, arauto da paz, seja realizada uma Caminhada pela Paz em todas as comunidades paroquiais, nas cidades e no interior. Todas as comunidades devem realizar uma caminhada demonstrando que a paz é possível. Com cartazes, lenços brancos e roupa branca vamos juntos proclamar que somos filhos da Paz.
Com São Paulo que escreveu aos Efésios digo: “Para os irmãos, paz, amor e fé da parte de Deus Pai e Nosso Senhor Jesus Cristo”. ( Ef 6,23)
Na festa da Ascensão de Nosso Senhor de 2015.
Carta enviada aos fiéis da diocese no dia 17 de maio de 2015
 Fonte: CNBB

Papa Francisco divulga mensagem para o Dia Mundial das Missões 2015

“A missão não é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz parte da gramática da fé, é algo imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra ‘vem’ e ‘vai’”, disse o papa Francisco na mensagem para o 89º Dia Mundial das Missões, que será celebrado em 18 de outubro. O texto foi divulgado no domingo, 24 de maio, na Solenidade de Pentecostes.
O papa recordou, ainda, que hoje a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade de todos os povos. “Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer em cada povo e cultura”, refletiu Francisco. Leia a íntegra do texto:
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2015
(18 de Outubro de 2015)
Queridos irmãos e irmãs
O Dia Mundial das Missões 2015 se realiza no contexto do Ano da Vida Consagrada e recebe um estímulo para a oração e a reflexão. Na verdade, se todo batizado é chamado a testemunhar o Senhor Jesus proclamando a fé recebida como um presente, isso vale, de modo particular, para a pessoa consagrada, pois entre vida consagrada e missão existe uma ligação forte. O seguimento a Jesus, que determinou o surgimento da vida consagrada na Igreja, responde ao chamado a tomar a cruz e segui-Lo, a imitar a sua dedicação ao Pai e seus gestos de serviço e amor, e a perder a vida para reencontrá-la. Como a existência de Cristo tem um caráter missionário, os homens e mulheres que o seguem mais de perto assumem plenamente esse mesmo caráter.
A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca a todas as formas de vida consagrada, e não pode ser negligenciada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não é proselitismo ou mera estratégia; a missão faz parte da “gramática” da fé, é algo imprescindível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai”. Quem segue Cristo se torna missionário e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele e respira com ele. Sente Jesus vivo junto com ele no compromisso missionário» (EG, 266).
A missão é ter paixão por Jesus Cristo e ao mesmo tempo paixão pelas pessoas. Quando nos colocamos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor que nos dá dignidade e nos sustenta; e no mesmo momento percebemos que aquele amor que parte de seu coração transpassado se estende a todo o povo de Deus e a toda a humanidade; e assim sentimos também que Ele quer servir-se de nós para chegar cada vez mais perto de seu povo amado (cf. ibid., 268) e de todos aqueles que o procuram de coração sincero. No mandamento de Jesus: “ide”, existem cenários e sempre novos desafios para a missão evangelizadora da Igreja. Nela, todos são chamados a anunciar o Evangelho por meio do seu testemunho de vida; e os consagrados, especialmente, são convidados a ouvir a voz do Espírito que os chama para ir rumo às grandes periferias da missão, entre as pessoas que ainda não receberam o Evangelho.
O quinquagésimo aniversário do Decreto conciliar Ad gentes nos convida a reler e a meditar esse documento que despertou um forte impulso missionário nos Institutos de vida consagrada. Nas comunidades contemplativas, retomou luz e eloquência à figura de Santa Teresa do Menino Jesus, padroeira das missões, como inspiradora da ligação íntima da vida contemplativa com a missão. Para muitas congregações religiosas de vida ativa, o anseio missionário que surgiu do Concílio Vaticano II se concretizou com uma abertura extraordinária para a missão ad gentes, muitas vezes acompanhada pelo acolhimento a irmãos e irmãs provenientes de terras e culturas encontradas na evangelização, de modo que hoje se pode falar de uma interculturalidade difundida na vida consagrada. Por esse motivo, é urgente repropor o ideal da missão em seu centro: Jesus Cristo, e em sua exigência: o dom total de si ao anúncio do Evangelho. Não pode haver tratativa sobre isto: quem, pela graça de Deus, acolhe a missão, é chamado a viver de missão. Para essas pessoas, a proclamação de Cristo nas várias periferias do mundo se torna o modo de como viver o seguimento a Ele e a recompensa de muitas dificuldades e privações. Toda tendência que desvia dessa vocação, mesmo que acompanhada por motivos nobres relacionados com as muitas necessidades pastorais, eclesiais e humanitárias, não é coerente com o chamado pessoal do Senhor para servir o Evangelho.
Nos Institutos missionários, os formadores são chamados tanto a indicar com clareza e honestidade essa perspectiva de vida e ação, quanto a influir no discernimento de vocações missionárias autênticas. Dirijo-me de modo especial aos jovens, que ainda são capazes de testemunhos corajosos e atitudes generosas e por vezes contracorrentes: não deixem que lhes roubem o sonho de uma missão verdadeira, de doar-se ao seguimento a Jesus que requer o dom total de si. No segredo de sua consciência, pergunte-se o motivo pelo qual escolheu a vida religiosa missionária e meça a disponibilidade em aceitá-la por aquilo que é: dom de amor a serviço do anúncio do Evangelho, lembrando que, antes de ser uma necessidade para aqueles que não o conhecem, o anúncio do Evangelho é uma necessidade para quem ama o Mestre.
Hoje, a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade de todos os povos poderem recomeçar de suas raízes e salvaguardar os valores de suas respectivas culturas. Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer, em cada povo e cultura, o direito de fazer-se ajudar por sua tradição na inteligência do mistério de Deus e no acolhimento ao Evangelho de Jesus, que é luz para as culturas e sua força transformadora.
Dentro dessa dinâmica complexa nos perguntamos: “Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evangélico?” A resposta é clara e a encontramos no próprio Evangelho: os pobres, os pequenos e os enfermos, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não podem te retribuir (cf. Lc 14,13-14). A evangelização dirigida preferencialmente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer: «Existe um vínculo inseparável entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos nunca sozinhos» (EG, 48). Isso deve ser claro, especialmente para as pessoas que abraçam a vida consagrada missionária: com o voto de pobreza se escolhe seguir Cristo nessa sua preferência, não ideologicamente, mas como Ele, identificando-se com os pobres, vivendo como eles na precariedade da existência cotidiana e na renúncia de todo o poder para se tornar irmãos e irmãs dos últimos, levando-lhes o testemunho da alegria do Evangelho e a expressão da caridade de Deus.
Para viver o testemunho cristão e os sinais do amor do Pai entre os pequenos e os pobres, os consagrados são chamados a promover, no serviço da missão, a presença dos fiéis leigos. O Concílio Ecumênico Vaticano II afirmou: «Os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja, participando como testemunhas e como instrumentos vivos da sua missão salvífica» (AG, 41). É necessário que os consagrados missionários se abram sempre mais corajosamente para aqueles que estão dispostos a colaborar com eles, mesmo que por um tempo limitado, por uma experiência a campo. São irmãos e irmãs que desejam partilhar a vocação missionária inerente ao Batismo. As casas e estruturas das missões são lugares naturais para o seu acolhimento e apoio humano, espiritual e apostólico.
As Instituições e Obras missionárias da Igreja estão totalmente a serviço daqueles que não conhecem o Evangelho de Jesus. Para realizar de maneira eficaz esse objetivo, elas precisam dos carismas e do compromisso missionário dos consagrados, mas também os consagrados precisam de uma estrutura de serviço, expressão da solicitude do Bispo de Roma para garantir a koinonia, de modo que a colaboração e a sinergia sejam partes integrantes do testemunho missionário. Jesus colocou a unidade dos discípulos como uma condição para que o mundo creia (cf. Jo 17, 21). Essa convergência não equivale a uma submissão jurídico-organizacional a organismos institucionais ou a uma mortificação da fantasia do Espírito que inspira a diversidade, mas significa dar mais eficácia à mensagem do Evangelho e promover a unidade de propósitos que é também fruto do Espírito.
A Obra Missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal. Por isso precisa também dos muitos carismas da vida consagrada, para se dirigir ao vasto horizonte da evangelização e ser capaz de garantir uma presença adequada nas fronteiras e territórios alcançados.
Queridos irmãos e irmãs, a paixão do missionário é o Evangelho. São Paulo afirmou: «Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!» (1 Cor 9,16). O Evangelho é fonte de alegria, libertação e salvação para todos os homens. A Igreja é consciente desse dom, por isso não se cansa de proclamar incessantemente a todos «o que era desde o princípio, o que ouvimos e o que vimos com os nossos olhos» (1 Jo 1,1). A missão dos servidores da Palavra - bispos, sacerdotes, religiosos e leigos - é colocar todos, sem exceção, em relação pessoal com Cristo. No imenso campo da ação missionária da Igreja, todo batizado é chamado a viver bem o seu compromisso, segundo a sua situação pessoal. Os consagrados e consagradas podem dar uma resposta generosa a essa vocação universal a partir de uma intensa vida de oração e união com o Senhor e com o seu sacrifício redentor.
Confio a Maria, Mãe da Igreja e modelo de missionariedade, todos aqueles que, ad gentes ou no próprio território, em todos os estados de vida, colaboram com o anúncio do Evangelho e, de coração, concedo a cada um a Bênção Apostólica.
Vaticano, 24 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015.
Papa Francisco
Com informações e foto das POM. 
Fonte: CNBB

Anunciar o Evangelho: uma necessidade para quem ama Cristo

2015-05-24 Rádio Vaticana
Neste domingo de Pentecostes, foi publicada a Mensagem do Papa Francisco para a Jornada Missionária Mundial que ocorre a 18 de Outubro próximo.
O Papa afirma que a missão não é “proselitismo”, nem “mera estratégia” , mas sim parte da “gramática da fé”, e por conseguinte, Paixão por Jesus, pelas gentes, pelo Evangelho.
A mensagem articula-se em quatro eixos procurando falar ao coração de cada um.
Neste Ano da Vida Consagrada, e no 50º aniversário da Decreto conciliar “Ad Gentes”, o Papa chama a atenção para a forte ligação entre a missão e os consagrados, recordando que “quem segue Cristo não pode senão tornar-se missionário”. Pondo-se, portanto, à escuta do Espírito Santo, “aos consagrados é pedido para irem em direcção às grande periferias da missão”, lá onde o Evangelho “não chegou ainda às gentes” .
Quem é missionário, prossegue o Papa, deve doar-se totalmente ao anuncio do Evangelho e nisto não há compromissos: há que viver a missão; qualquer tendência a afastar-se desta vocação “não se coaduna com a chamada do Senhor ao serviço do Evangelho”. Daí que o Papa se dirija aos formadores dos Institutos missionários pedindo-lhes “clareza e honestidade” ao indicar as perspectivas da missão e firmeza no “discernimento de autenticas vocações missionárias”
Aos jovens o Papa convida a “não se deixarem roubar o sonho de uma missão verdadeira (…) que implique o dom total de si”, porque o anuncio do Evangelho “antes de ser uma necessidade para aqueles que não o receberam ainda, é uma necessidade para quem ama Jesus”.
Aos consagrados o Papa pede para “promoverem no serviço da missão a presença dos fieis leigos”, “abrindo-se corajosamente perante quantos estão dispostos a colaborar”, mesmo que por pouco tempo para “uma experiencia de campo”. Com efeito a vocação missionária é “ínsita no Batismo” e diz respeito a todos.
Em terceiro lugar, o Papa indica como desafio primário da missão hoje, “respeitar a necessidade de todos os povos de partir das próprias raízes e salvaguardar os valores das respectivas culturas”. Dessas raízes devem partir para compreender o mistério de Deus e o anuncio  evangélico. O Papa recorda ainda que “os destinatários privilegiados do anuncio evangélico são os pobres, os pequenos, os enfermos, os desprezados, os esquecidos”, porque “existe um vínculo inseparável entre fé e os pobres”.
Optar preferencialmente pelos pobres - prossegue o Papa – não significa agir “ideologicamente”, mas sim ”identificar-se com os pobres come fez Jesus (…) tornando-se irmãos dos últimos, levando-lhes “a alegria do Evangelho e a caridade de Deus”.
Finalmente o Papa sublinha a importância da “colaboração e da sinergia” entre o bispo de Roma e as Instituições e as Obras missionárias da Igreja, por forma a garantir a comunhão. Isto sem submissão ou prejuízo da diversidade. Significa, isso sim,  dar maior eficácia à mensagem evangélica e promover aquela unidade de intentos, frutos do próprio Espírito.
A “obra missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal – explica o Papa. Por isso precisa dos numerosos carismas da vida consagrada para “assegurar uma presença adequada nas fronteiras e nos territórios a que já se chegou” .
O Papa concluiu a sua mensagem com o convite a dar vida a uma Igreja que “não se canse de anunciar incessantemente” o Evangelho, porque no fundo “A missão dos bispos, sacerdotes, religiosos e leigos é a de pôr todos, sem exclusão de ninguém, em relação pessoal com Cristo” . 
(DA com  IP)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Papa: divisão entre cristãos é uma ferida no corpo da Igreja

 Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se neste sábado (23/05), no Convention Center di Phoenix, Texas (EUA), o Dia pela Unidade Cristã sobre o tema “Pai, que sejam em nós uma só coisa para que o mundo creia que tu me enviaste”, por ocasião da Solenidade de Pentecostes.
“A divisão entre os cristãos é uma ferida no corpo da Igreja de Cristo. Não queremos que ela permaneça. Aquele que persegue hoje os cristãos, nos unge com o martírio, sabe que os cristãos são discípulos de Cristo, que são um, que são irmãos. A ele não importa se somos evangélicos, ortodoxos, luteranos, católicos e apostólicos. São cristãos. Esse sangue nos une. Estamos vivendo o ecumenismo do sangue. Isso deve nos motivar a rezar, dialogar, abater as distâncias e ser cada vez mais irmãos”, disse o Papa Francisco na vídeo mensagem por ocasião do encontro estadunidense.
Procurar juntos a graça da unidade
O Papa pede aos cristãos para buscarem e pedirem juntos a graça da unidade que “está germinando entre nós”. “A unidade confirmada num só Batismo que buscando unidos no caminho, na oração uns pelos outros, na unidade do trabalho comum em ajudar os irmãos que creem na soberania de Cristo”, frisou o pontífice.
O Espírito Santo nos doa a unidade
O Papa está convencido de que a unidade entre nós não é feita pelos teólogos. “Os teólogos nos ajudam, a ciência dos teólogos nos ajudará, mas se esperamos que os teólogos entrem num acordo, a unidade será obtida um dia depois do Juízo Final.  Quem faz a unidade é o Espírito Santo, os teólogos no ajudam e nos ajudam a boa vontade de todos nós que estamos a caminho e com o coração aberto ao Espírito Santo”, concluiu. (MJ)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA

Papa: O mundo precisa de homens e mulheres repletos do Espírito Santo

2015-05-24 Rádio Vaticana
Perante milhares de fiéis reunidos na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco presidiu à santa Missa neste Domingo de Pentecostes. Na sua homilia, recordando as palavras do Senhor no Evangelho de hoje «Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós (...) Recebei o Espírito Santo»,  o Papa falou da efusão do Espírito, que já teve lugar na tarde da Ressurreição, mas que se repete, e com sinais extraordinários, no dia de Pentecostes. Como resultado, disse Francisco, os apóstolos receberam uma força tal que os impeliu a anunciar, nas diferentes línguas, o evento da Ressurreição de Cristo:
«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas». Juntamente com eles, estava Maria, a Mãe de Jesus, primeira discípula, Mãe da Igreja nascente. Com a sua paz, com o seu sorriso e com a sua maternalidade, acompanhava a alegria da jovem Esposa, a Igreja de Jesus”.
Em seguida, Francisco falou das três acções do Espírito nas pessoas e comunidades que estão repletas d’Ele: é guia para a verdade completa, renova a terra e produz os seus frutos (fá-los ‘capazes de  receber Deus’, como diziam os Santos Padres).
Na verdade, explicou o Papa, no Evangelho Jesus promete aos seus discípulos o Espírito Santo que os «há-de guiar para a verdade completa»,  dizendo-lhes que a sua acção será introduzi-los sempre mais na compreensão daquilo que Ele, o Messias, disse e fez:
“Aos Apóstolos, incapazes de suportar o escândalo da Paixão do seu Mestre, o Espírito dará uma nova chave de leitura para os introduzir na verdade e beleza do evento da Salvação. Estes homens, antes temerosos e bloqueados, fechados no Cenáculo para evitar repercussões da Sexta-feira Santa, já não se envergonharão de ser discípulos de Cristo, já não tremerão perante os tribunais humanos. Graças ao Espírito Santo, de que estão repletos, compreendem «a verdade completa», ou seja, que a morte de Jesus não é a sua derrota, mas a máxima expressão do amor de Deus; um amor que, na Ressurreição, vence a morte e exalta Jesus como o Vivente, o Senhor, o Redentor do homem, da história e do mundo. E esta realidade, de que são testemunhas, torna-se a Boa Notícia que deve ser anunciada a todos”.
O Espírito Santo, além de ser guia, renova a terra, prosseguiu o Papa, reiterando que Espírito que Cristo enviou do Pai e o Espírito que tudo vivifica são uma só e mesma pessoa. E por isso, o respeito pela criação é uma exigência da nossa fé: o «jardim» onde vivemos é-nos confiado, não para o explorarmos, mas para o cultivarmos e guardarmos com respeito. Mas isto só será possível, se o homem se deixar renovar pelo Espírito Santo, se se deixar re-plasmar pelo Pai segundo o modelo de Cristo, novo Adão, para podermos viver a liberdade dos filhos em harmonia com toda a criação e, em cada criatura, podermos reconhecer o  reflexo da glória do Criador.
Por último, o Espírito “dá os seus frutos, disse ainda o Papa, citando a Carta aos Gálatas na qual São Paulo mostra  o «fruto» que se manifesta na vida daqueles que caminham segundo o Espírito:
“Temos, duma parte, a «carne» com o cortejo dos seus vícios elencados pelo Apóstolo, que são as obras do homem egoísta, fechado à acção da graça de Deus; mas, doutra, há o homem que, com a fé, deixa irromper em si mesmo o Espírito de Deus e, nele, florescem os dons divinos, resumidos em nove radiosas virtudes que Paulo chama o «fruto do Espírito»”.
O mundo tem necessidade de homens e mulheres que não estejam fechados, mas repletos de Espírito Santo, disse ainda o Papa, acrescentando que o fechamento ao Espírito não apenas é falta de liberdade, mas também pecado, e elencando os modos como nos podemos fechar ao Espírito:
“Há muitas maneiras de fechar-se ao Espírito Santo: no egoísmo do próprio benefício, no legalismo rígido – como a atitude dos doutores da lei que Jesus chama de hipócritas –, na falta de memória daquilo que Jesus ensinou, no viver a existência cristã não como serviço mas como interesse pessoal, e assim por diante. O mundo necessita da coragem, da esperança, da fé e da perseverança dos discípulos de Cristo. O mundo precisa dos frutos do Espírito Santo: «amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio»”.
O dom do Espírito Santo foi concedido em abundância à Igreja e a cada um de nós, para podermos viver com fé genuína e caridade operosa, para podermos espalhar as sementes da reconciliação e da paz, disse o Papa a concluir, invocando para que, fortalecidos pelo Espírito e seus múltiplos dons, nos tornemos capazes de lutar, sem abdicações, contra o pecado e a corrupção e dedicar-nos, com paciente perseverança, às obras da justiça e da paz. (BS e DA)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA