sexta-feira, 26 de junho de 2015

Pastorais Sociais preparam-se para encontro com o papa

Representantes das Pastorais Sociais da Igreja no Brasil reuniram-se na terça-feira, dia 23, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília. Na ocasião, trataram do Encontro dos Movimentos Populares com o papa Francisco, durante sua visita à América Latina, que acontecerá de 7 a 10 de julho, e da reunião ampliada da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da entidade, marcada para agosto.
O encontro do papa com os movimentos populares ocorrerá na quinta-feira, dia 9 de julho, na Bolívia.  O evento será parte da articulação de Pastorais e movimentos sociais que resultou no I Encontro Mundial dos Movimentos Populares, ocorrido em Roma, em outubro de 2014.
Durante a reunião desta terça-feira, assessores e representantes das Pastorais Sociais conversaram sobre o significado deste evento para cada grupo e para o diálogo com os movimentos sociais do Brasil. Ficou acordado que o processo de articulação não deve ser encerrado na viagem ao país vizinho.
O assessor nacional da Pastoral da Aids, frei Luiz Carlos Lunardi, acredita que o encontro trará um “reavivamento da ideia de articulação entre movimentos e pastorais sociais em cima de algumas temáticas que são emergentes hoje não só para a Igreja, mas para toda a sociedade”, como moradia, trabalho e exclusão social.
Planejamento
O outro tópico da reunião foi a preparação para o Encontro das Coordenações das Pastorais Sociais, Organismos e Setor Mobilidade Humana, que será realizado de 18 a 20 de agosto, em Brasília. Na ocasião, haverá o planejamento das atividades para o quadriênio iniciado após a 53ª Assembleia Geral da CNBB, em abril.
De acordo com o assessor da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, padre Ari Antônio dos Reis, as metas de cada pastoral serão traçadas a partir da avaliação do quadriênio anterior, da Encíclica do papa Francisco “Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum” e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019 (Documento 102 da CNBB).
Fonte: CNBB

Em que circunstâncias uma pessoa não pode comungar?




O fiel católico não deve comungar quando faltam as devidas disposições. Há dois tipos de disposições para comungar dignamente: as que se referem à alma e as que se referem ao corpo.
 
Quais são as disposições com relação à alma?
 
1. Estar em graça de Deus, ou seja, ausência de pecado grave.
 
2. Estar instruído nas principais verdades de fé.
 
3. Ter a devida reverência e respeito no momento da comunhão.
 
4. Crer firmemente que se vai receber Jesus Cristo.
 
“Quem estiver consciente de pecado grave não celebre Missa nem comungue o Corpo do Senhor, sem fazer previamente a confissão sacramental, a não ser que exista uma razão grave e não tenha oportunidade de se confessar; neste caso, porém, lembre-se de que tem obrigação de fazer um ato de Contrição perfeita, que inclui o propósito de se confessar quanto antes” (Código de Direito Canônico, cân. 916).
 
Quais são as disposições com relação ao corpo?
 
1. Observar a norma sobre o jejum eucarístico.
 
2. Ter um aspecto exterior adequado: modesto e recolhido.
 
Exclusão da comunhão por motivos de idade ou doença
 
Não é permitido dar a comunhão nas seguintes circunstâncias:
 
1. Dentro das doenças estão: pessoas em coma, pessoas que não podem deglutir, pessoas com constante respiração assistida, apoplexia, risco de vômito, febre alta que cause alucinações etc.
 
2. Adultos que tenham doenças mentais que privam do uso de razão.
 
3. Adolescentes e idosos com sérias deficiências intelectuais.
 
4. Crianças antes do suficiente desenvolvimento mental.
 
Com relação a outras situações, não devem comungar:
 
1. Quem já comungou duas vezes no mesmo dia.
 
2. Quem faz parte da maçonaria, seitas de todo tipo etc.
 
3. Quem procura usar a Eucaristia para fazer campanha política ou para buscar votos.
 
4. Quem não está batizado.
 
5. Quem rejeita a Eucaristia ou duvida dela.
 
“Não é possível dar a comunhão a uma pessoa que não esteja batizada ou que rejeite a verdade integral de fé sobre o mistério eucarístico. Cristo é a verdade, e dá testemunho da verdade (cf. Jo 14, 6; 18, 37); o sacramento do seu corpo e sangue não consente ficções” (Ecclesia de Eucharistia, 38).
 
Finalmente, cabe esclarecer: o fato de que alguém não possa ou não deva comungar não impede que tal pessoa vá à missa. Mais ainda: aqueles que não podem receber a comunhão têm como todos os demais fiéis, o direito de participar da celebração eucarística e a obrigação de ir à missa aos domingos e festa de preceito.
 
É verdade que a maneira plena de participar da missa é comungando, mas é preciso levar em consideração que a participação na santa missa tem em si mesma um valor salvífico e constitui uma perfeita forma de oração, independentemente do fato de a pessoa receber ou não a comunhão.

Fonte: Aleteia

Pedra por pedra

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará

Pedro vem de pedra, Pedro vem de Simão, Simão, irmão de André, Simão companheiro de Paulo, Pedro escolhido para confirmar os irmãos. Pedro, homem escolhido para fundamento, ponto de unidade, ainda que limitado e fraco. Apenas uma brincadeira com as palavras? Uma realidade, diante da qual nos inclinamos respeitosos, pela grandeza da obra realizada por Deus. Celebramos a Festa de São Pedro, e com ela a unidade e a missão da Igreja.

Hoje, o Sucessor de Pedro tem nome de Francisco, e Francisco, o de Assis, encontrou um dia uma igreja em ruínas, dedicada a São Damião. O Senhor crucificado lhe dirigiu a palavra, pedindo-lhe para reconstruir. Francisco entendeu "igreja" e Jesus queria dizer "Igreja", a Igreja! Aquela que está sempre em construção, pois, nascida como esposa imaculada do lado do Senhor crucificado, é confiada aos homens e mulheres de todos os tempos, até a volta do Senhor. Como edificá-la? Francisco de Assis entendeu: "Se você quiser servir a Deus, faça poucas coisas, mas as faça bem, pedra por pedra, com esperança de ver Jesus, dia após dia, com alegria!".
Há poucos dias estive mais uma vez com o Papa Francisco e tive a alegria de estar bem perto dele. Impressionou-me a naturalidade com que se relaciona com as pessoas, fazendo-se um com os cerca de mil e cem sacerdotes reunidos em Retiro na Basílica de São João de Latrão, em Roma. Depois, a profundidade de suas reflexões, destiladas em palavras que entram imediatamente no coração das pessoas. Quando respondia às perguntas feitas pelos padres, dirigia-se logo ao âmago dos problemas apresentados, sem medo dos desafios. Mais uma vez pediu orações a todos os presentes, dizendo com simplicidade "porque eu sou um pecador!". E a Santa Missa! Celebrada com intenso espírito de fé! Como o Pedro das margens do Mar da Galileia, o Francisco de hoje tem a missão de confirmar os irmãos!
Primeira lição da Festa de São Pedro é a naturalidade, que não se confunde com banalidade. O cristão que se preze convive com os outros com simplicidade, recolhendo tudo o que existe de bom, valorizando os pequenos gestos e as alegrias gratuitas que a Providência de Deus lhe proporciona. Não tem necessidade de empolar-se de afetações ou palavras complicadas. Tudo deve ser vivido com serenidade, aproveitando as lições que são oferecidas a cada momento. Ninguém despreze um sorriso de criança, ou o olhar provocante e esperançoso de um jovem, ou, quem sabe, a pele enrugada de um ancião que testemunha a grandeza dos anos bem vividos! Pedro é pedra do cotidiano! Ao lado dos outros, ele sabe que está trabalhando na terra que é de Deus. Foi também a experiência de outra grande coluna da Igreja, Paulo, confrontado com a diversidade dos apóstolos: "Quando um declara: 'Eu sou de Paulo' e outro: 'Eu sou de Apolo', não estais apenas no nível humano? Pois, que é Apolo? Que é Paulo? Não passam de servos pelos quais chegastes à fé. A cada um o Senhor deu sua tarefa: eu plantei, Apolo regou, mas era Deus que fazia crescer. De modo que nem o que planta nem o que rega são, propriamente, importantes. Importante é aquele que faz crescer: Deus. Aquele que planta e aquele que rega são a mesma coisa, mas cada qual receberá o salário correspondente ao seu trabalho. Pois nós somos cooperadores de Deus, e vós, lavoura de Deus, construção de Deus. Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro, tudo é vosso, mas vós sois de Cristo e Cristo é de Deus" (1 Cor 3, 4-9. 22-23). Pedra por pedra!
Um dos desafios de nosso tempo é a superação da superficialidade com que as questões são tratadas, faltando a dedicação e o tempo necessário ao amadurecimento das respostas aos grandes problemas. Carecemos de maior seriedade, estudo, atenção, competência! As pessoas e as situações em que se encontram sejam levadas a sério. Suas eventuais crises não sejam minimizadas com desprezo. Cuide-se que a sua fama seja respeitada, sem espalhar, como folhas ao vento, notícias ou fofocas destruidoras, como infelizmente tem acontecido através de instrumentos preciosos, mas utilizados inadequadamente, como são as redes sociais. O Apóstolo Paulo, sofrendo por causa de "falsos irmãos, intrusos, que sorrateiramente se introduziram entre nós, para espionar a liberdade que temos no Cristo Jesus, com o fim de nos escravizarem" (Gl 2, 5) foi a Jerusalém, confrontou-se com Pedro e os outros, enfrentou os problemas existentes com seriedade, foi, por sua vez, lavado a sério: "Viram que a evangelização dos pagãos fora confiada a mim, como a Pedro tinha sido confiada a dos judeus. De fato, o mesmo que tinha preparado Pedro para o apostolado entre os judeus, preparou também a mim para o apostolado entre os pagãos. Reconhecendo a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, considerados as colunas da igreja, deram-nos a mão, a mim e a Barnabé, como sinal de nossa comunhão recíproca" (Gl 2, 7-9). Pedra por pedra!
O primeiro Pedro, pescador das águas do Lago de Genesaré, cujas fragilidades não ficaram escondidas, experimentou a grandeza da presença misericordiosa do Senhor. Diante da pesca milagrosa, "Simão Pedro caiu de joelhos diante de Jesus, dizendo: 'Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!' Ele e todos os que estavam com ele ficaram espantados com a quantidade de peixes que tinham pescado. O mesmo ocorreu a Tiago e João, filhos de Zebedeu e sócios de Simão. Jesus disse a Simão: 'Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!' Eles levaram os barcos para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus" (Lc 5, 8-11). Mais tarde, depois de ter pecado gravemente, por ter negado conhecer Jesus, diante do olhar do Senhor, "chorou amargamente" (Lc 22, 62). O Papa Francisco, quando pede orações, dizendo-se pecador, é o que tem condições para a infalibilidade garantida quando declara as verdades da fé! Pedra por pedra!
Aos padres reunidos em Retiro, o Papa Francisco recomendou algo que serve para todos os cristãos: rezar sempre, rezar muito! Com simplicidade, disse aos sacerdotes que não se assustem se alguma vez "cochilarem" quando estiverem em silêncio diante da presença do Senhor no Tabernáculo! E candidamente acrescentou que isso ocorre também com o Papa! Recordo-me de tantas pessoas preocupadas com suas eventuais distrações na oração, às quais cabe-me estimular a aproveitarem justamente o "assunto da distração" para tratar com o Senhor, agradecer, pedir, chorar, reclamar, louvar! O coração da oração estará no reconhecimento da presença salvadora do Senhor, parecidos que somos com o Pedro da primeira hora: "Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: 'Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?' Eles responderam: 'Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas'. 'E vós', retomou Jesus, 'quem dizeis que eu sou?' Simão Pedro respondeu: 'Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo'" (Mt 16, 13-16). Pedra por pedra!
Fonte: CNBB

São Pedro e o Papa Francisco

Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)


No domingo, dia 28 de junho, a Igreja Católica celebra a festa de São Pedro e comemora o Dia do Papa. A associação se faz pelo fato de entendermos que Francisco é sucessor direto do apóstolo Pedro na direção da Igreja de Roma.

Conforme relato dos livros do Novo Testamento, o apóstolo Pedro ocupou o posto de líder no grupo dos doze e na Igreja primitiva. Os evangelistas relatam que a sua profissão de fé  – “Tu és o Messias, o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16) – serviu de pedra fundamental sobre a qual foi edificada a Igreja Cristã. No domingo de Pentecostes, impulsionado pelo vento do Espírito Santo, Pedro tomou a palavra e fez o primeiro discurso apostólico para a multidão que se reunira em Jerusalém (At 2,14-36). Quando Paulo sentiu o chamado de Deus para ser apóstolo, passou quinze dias na companhia de Pedro com o objetivo  de se inteirar da vida e  obras de Jesus de Nazaré (Gal 1,18). E foi novamente Pedro que, através de suas palavras, encaminhou a solução para o dilema da ligação entre judaísmo e cristianismo proposto por Paulo e Barnabé (At 15,7-11).
A tradição cristã diz que Pedro foi martirizado em Roma, junto com Paulo. É assim que ele é reverenciado como o primeiro bispo de Roma, sendo que os seus sucessores, na qualidade na qualidade de bispos de Roma, ocupam o posto de Papa. A unidade da Igreja Católica é garantida pela ligação das dioceses e comunidades com a fé do Bispo de Roma: a mesma fé que é professada pelo Papa também é professada pelas comunidades católicas presentes nos quatro cantos do mundo. A mesma fé que hoje é professada pelo Papa Francisco é professada por todos os cristãos católicos. E é aí que está o segredo da unidade da Igreja. Nenhum ser humano pode se declarar membro da “Igreja Católica Romana” se não estiver sintonizado com o Papa nas questões primordiais da fé e da moral. É por isso que as palavras do Papa, como foi a sua recente encíclica – Laudato si - sobre o meio ambiente, obtém tanta repercussão no mundo.
Convido, assim, os membros das nossas comunidades católicas a que se mantenham sintonizados com o nosso papa. Suas palavras são sábias e, certamente, inspiradas por Deus. Por vezes são palavras desafiadoras, como o convite a sermos uma “Igreja de saída”, ou a renovarmos “o diálogo sobre a maneira como estamos a construir o planeta”, porque “o desafio ambiental que vivemos, e suas raízes humanas dizem respeito e tem impacto sobre todos nós”.
Fiéis à fé professada por São Pedro, de que Jesus é “o Cristo, o Filho do Deus vivo”, mantenhamo-nos unidos na mesma fé professada pelo sucessor de Pedro, o Papa Francisco, e peçamos as luzes do alto para seguir a levar a boa nova do Evangelho a todos os povos.
Fonte: CNBB

Encontro Regional de Catequese do Leste 2 irá abordar a catequese na era digital



“A catequese na era digital” será o tema do Encontro Regional de Catequese, preparado pela Comissão para a Animação Bíblico-catequética do regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O evento do regional, que abrange os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, será realizado de 22 a 26 de julho, na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte (MG).
Em vista da preocupação com a geração da internet, a proposta do encontro é refletir sobre a evangelização e a educação da fé no ambiente digital, compreendendo a internet também como lugar para evangelização. Além disso, as possíveis e diversas contribuições das redes sociais na transmissão da fé e a midiatização da religião, com seu impacto na vivência espiritual, fazem parte das discussões previstas.
Na quinta-feira, 23, a jornalista e especialista nas áreas de Ciberteologia e Cibercultura, Aline Amaro da Silva, será assessora do tema “A catequese na era digital, a nova evangelização e geração net”. No dia 24, sexta-feira, a doutora em Comunicação e autora de livros nesta área, irmã Joana Puntel, irá tratar sobre “Midiatização da Religião” e “Redes Sociais e Catequese”.
Os outros dois dias, 25 e 26, serão dedicados a temas de atualização catequética. “As novas diretrizes e a catequese” será o abordado pelo professor e mestre em Teologia, Edward Guimarães, e a equipe de catequese do regional fará a apresentação do “Itinerário catequético”, publicado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética da CNBB.
O evento é voltado aos membros das equipes de coordenação diocesanas de catequese, alunos do Instituto Regional de Pastoral Catequética (IRPAC) e pessoas com experiência catequética. A expectativa da Comissão do regional é reunir o maior número de lideranças da catequese das arquidioceses e dioceses de Minas Gerais e Espírito Santo a fim de promover uma reflexão sobre os desafios e oportunidades da catequese na era digital.
Com informações da arquidiocese de Pouso Alegre (MG)
Fonte: CNBB