sexta-feira, 12 de setembro de 2014

23º Semana Comum - Sexta-feira- 12 de Setembro-Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, concede-me suficiente autocrítica que me predisponha a corrigir meu semelhante, sem incorrer na malícia dos hipócritas.
Primeira leitura: 1Cor 9,16-19.22-27
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios
Irmãos, 16pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, e sem usar os direitos que o evangelho me dá.
19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.22bCom todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele. 24Acaso não sabeis que os que correm no estádio correm todos juntos, mas um só ganha o prêmio? Correi de tal maneira que conquisteis o prêmio. 25Todo atleta se sujeita a uma disciplina rigorosa em relação a tudo, e eles procedem assim, para receberem uma coroa corruptível. Quanto a nós, a coroa que buscamos é incorruptível!
26Por isso, eu corro, mas não à toa. Eu luto, mas não como quem dá murros no ar. 27Trato duramente o meu corpo e o subjugo, para não acontecer que, depois de ter proclamado a Boa Nova aos outros, eu mesmo seja reprovado.
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 84
          — Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!
— Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!

— Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!

— Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!

— Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, e se decidem a partir quais peregrinos!

— O Senhor Deus é como um sol, é um escudo, e largamente distribui a graça e a glória. O Senhor nunca recusa bem algum àqueles que caminham na justiça. 
 
 
Evangelho: Lc 6,39-42
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?
42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Autocrítica e misericórdia.
Nós não temos acesso ao contexto histórico original em que Jesus contou cada uma das parábolas. Em nosso caso, é o contexto literário que deve ser levado em consideração. Em razão disso, a parábola que nos é proposta para hoje deve ser compreendida à luz das exigências precedentes que formam o conteúdo do sermão da planície. O “guia cego” é o discípulo que não aceita a sua condição de servo e não se submete ao ensinamento do seu Mestre; por isso, não vê os seus semelhantes com o olhar de misericórdia de Jesus. É, ainda, aquele que resiste à identificação com o Senhor (v. 40; Mt 10,24-25). O texto reflete um problema interno à comunidade dos discípulos, mas que podemos estender a todos os âmbitos da vida humana: a crítica aos outros desprovida de autocrítica e de verdadeira misericórdia. A parábola da palha e da trave (vv. 41-42) apela para a necessidade de autocrítica e de misericórdia. A trave não permite enxergar bem, ela distorce e diminui a visão, e até mesmo a impede. Um comportamento desses cria uma situação ainda pior. Certamente a preocupação que o evangelho traduz é a tensão interna à comunidade cristã entre os cristãos comuns e aqueles que se sentem mais iluminados e pretendem instruir os outros na vida espiritual e na ética cristã. Para poder ajudar alguém é preciso humildade e consciência dos próprios limites.,
 
Leitura Orante

Oração Inicial


- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 6,39-42, e observo o que Jesus Mestre diz sobre o julgamento.
E Jesus fez estas comparações:
- Um cego não pode guiar outro cego. Se fizer isso, os dois cairão num buraco. Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor. Porém, quando tiver terminado os estudos, o aluno ficará igual ao seu professor.
- Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: "Me deixe tirar esse cisco do seu olho", se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.
Jesus usa neste texto uma pequena parábola: um cego guiando a outro cego. Os dois cairão no buraco. Diz que nenhum aluno é como seu professor, ou, nenhum discípulo é como seu mestre. Diz que só quando terminar seus estudos, ficará como seu professor ou mestre. Podemos entender que são cegos os que não vêem com os olhos do Mestre: Jesus.
O texto também fala do julgamento. A severidade do nosso julgamento para com o próximo – ver o cisco que está no seu olho - mostra que desconhecemos o nosso próprio limite, a nossa fragilidade e a nossa condição de pecadores diante de Deus, a nossa “trave”, bem maior do que o “cisco” do irmão. Isto, nas palavras de Jesus é hipocrisia.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Sou uma pessoa que julga, que vê o “cisco” no olho do irmão? Minha vida revela contradições? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?
Mais uma vez nos falam os bispos que estiveram reunidos na Conferência de Aparecida: “Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, “todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35). (DAp 138).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir todo julgamento. Não enxergo nada se não vejo com os olhos do Mestre.
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva que cai e produz seus efeitos (Is 55,10-11).

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica

Anjo de Deus






Imagine que há um anjo de Deus ao seu lado neste momento... Feche os olhos ,silencie, fique tranqüila e pense em todos os problemas que gostaria de solucionar... Tudo o que te angustia, te faz chorar, te oprime, te preocupa, te deixa triste... Até mesmo seu medo do futuro, de errar, de escolher o caminho errado...

Pense agora em tudo isso... Abra seu coração e se imagine entregando tudo isso a Deus... Coloque as suas mãos em posição de entrega ainda de olhos fechados... Se não der, imagine se entregando agora, como alguém que entrega um saco bem pesado para outra pessoa levar...

Se imagine limpando seu coração, tirando o lodo, varrendo a poeira, abrindo as janelas... Mas se concentre, se desligue de tudo ao seu redor; agora é só você e Deus... Pense no rosto de Deus, no abraço de Deus, no amor de Deus, aquele sopro suave te embalando...

Veja esse fardo ir escorregando das suas mãos, saindo, o vento levando para as mãos do anjo... Relaxe e sinta a sensação de alívio interior... Acendeu-se uma vela, uma luz interior, você jogou fora todo o lixo...

Agora imagine tudo de bom que você quer que aconteça ou que já aconteceu... Momentos de felicidade, amizade, carinho, paz, romance... Coloque tudo em suas mãos, imaginariamente, e faça o gesto de guardar no seu coração, como se guarda uma jóia numa caixinha. Coloque aquele tesouro guardado lá dentro.

Diga um obrigado com muita fé, de coração...Agradeça por tudo isso de bom que ficou e pelo ruim que saiu... Agora abra seus olhos, conte até três e respire bem fundo e devagar... Inspire e expire bem devagar... Vá sentindo essa paz interior, um amor que te preenche, uma liberdade incrível...

Agora, imagine que o anjo voou e levou suas orações em um saquinho para Deus... Imagine Deus abrindo, lendo... E imagine que o saco de fardos foi aberto e seu conteúdo se desintegrou no ar...Sumiu sem vestígio...

Imagine o anjo voltando com seu saquinho de respostas na mão... Se imagine abrindo o saquinho... Abrindo devagar e vendo coisas boas, muito boas lá dentro...

Agora volte um pouco à realidade ... e agradeça a Deus pela respostas... Mesmo sem saber quais são elas ainda, agradeça, porque elas são o que há de melhor para você... Fique tranquila sabendo que em breve irá conhecê-las...

Fonte: Catequese Católica

“Simpósio Arquidiocesano no Ano da Esperança”

domjose200Nas comemorações do Jubileu Áureo do Concílio Vaticano II, realizamos no ano 2013, o ANO DA FÉ, um Simpósio Arquidiocesano da Fé para a formação dos fiéis: sacerdotes, ministros eclesiais, religiosos e religiosas, leigos e leigas.
Nas três virtudes teologais da FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE, contempladas pelos nossos últimos papas em encíclicas: Lumen Fidei, Spe Salvi, Deus Caritas est, cartas pastorais solenes e referenciais – procuraremos refazer-nos nos fundamentos da vida cristã e no amadurecimento de sua doutrina.
Este processo de formação eclesial sintoniza-se com a celebração do Jubileu Centenário da Arquidiocese de Fortaleza.
Neste ANO DA ESPERANÇA realizaremos um Simpósio Arquidiocesano sobre a Esperança (dias 20 e 21 de setembro) e em 2015 sobre a Caridade – no ANO DA CARIDADE – Ano Jubilar Centenário da Arquidiocese de Fortaleza.
Além de reflexões sobre a Esperança na Bíblia, a Esperança na Tradição da Igreja e a Esperança e o Concílio Vaticano II, testemunhos pessoais e comunitários dos caminhos da Esperança serão oportunidade de verdadeira experiência de comunhão eclesial e de encontro com Jesus, do qual tudo parte e no qual tudo se realiza.
Do Santo Padre Papa Emérito Bento XVI recebemos a Encíclica Spe Salvi – Salvos na Esperança. É ele que coloca a questão para todos nós cristãos: “1. ‘SPE SALVI facti sumus’ – ‘é na esperança que fomos salvos’: diz São Paulo aos Romanos e a nós também (Rm 8,24) . A ‘redenção’, a salvação, segundo a fé cristã, não é um simples dado de fato. A redenção nos é oferecida no sentido que nos foi dada a esperança, uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho. E imediatamente se levanta a questão: mas de que gênero é uma tal esperança para poder justificar a afirmação segundo a qual a partir dela, e simplesmente porque ela existe, nós fomos redimidos? E de que tipo de certeza se trata?”
Sabemos pela Palavra de Deus, pelos ensinamentos que dela tira a Igreja (vide Catecismo da Igreja Católica), que: “1817. A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forcas, mas no socorro da graça do Espírito Santo. ‘Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa’ (Hb 10,23). ‘Este Espírito que ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que fossemos justificados por sua graça e nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna’ (Tt 3,6-7). 1818. A virtude da esperança responde a aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as, para ordená-las ao Reino dos Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz a felicidade da caridade.”.
Assim queremos nos colocar decididamente nos caminhos da Esperança Cristã. Por este caminho nos convida o Papa Francisco, quando de uma de suas meditações diárias na Santa Missa (30 de outubro de 2013) fala de “A Esperança, esta desconhecida”: “… uma virtude, que se revelou mais forte do que o sofrimento, assim como escreve são Paulo na Carta aos Romanos 8, 18-25 (18 ‘Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que há de ser revelada em nós. 19 De fato, toda a criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus…’). Paulo refere-se aos sofrimentos do tempo presente, mas diz que não são comparáveis com a glória futura que será revelada em nós. O apóstolo fala de ‘fervorosa expectativa’, uma tensão rumo à revelação que se refere a toda a criação. ‘Esta tensão é a esperança e viver na esperança é viver nesta tensão’, na expectativa da revelação do Filho de Deus, quando toda a criação e também cada um de nós for libertado da escravidão ‘para entrar na glória dos filhos de Deus’. A esperança é ‘a mais humilde das três virtudes (teologais), porque se esconde na vida. Vemos e sentimos a fé, sabemos o que é; praticamos a caridade, sabemos o que é. Mas o que é a esperança?’. A resposta do Papa foi: “Para nos aproximarmos mais podemos dizer em primeiro lugar que é um risco. A esperança é uma virtude perigosa, uma virtude, como diz são Paulo, de uma expectativa fervorosa pela revelação do Filho de Deus. Não é uma ilusão. É aquela que os israelitas tinham, os quais, quando foram libertados da escravidão disseram: ‘parecia que sonhávamos. Então a nossa boca abriu-se num sorriso e a nossa língua encheu-se de alegria’ (Sl 126, 1)”.
De fato, sabemos que toda a criação, e também nós com ela, ‘geme e sofre as dores de parto até hoje’.(Rm 8, 22) Não só, mas também nós, que possuímos as primícias do espírito, gememos interiormente, esperando.
Estamos na expectativa como está a mulher em parto, para seguir a imagem usada por São Paulo.  A esperança põe-se nesta dinâmica do dar a vida. A esperança ‘é uma graça que deve ser pedida’.
Viver na esperança não é estar apenas firme em uma boa vida religiosa no cumprimento de mandamentos, é carregar em si a vida nova que já está se formando. A mulher grávida não é apenas mulher, mas já está se transformando em mãe. Assim Maria, que já carrega Jesus, canta seu Magnificat (Lc 1, 46-55), porque o Poderoso faz maravilhas na humildade de sua serva. Ela é a Mãe da Santa Esperança.

+ José Antonio Aparecido Tosi Marques

Arcebispo Metropolitano de Fortaleza

RCC realiza 13ª edição do Congresso Estadual



A ‘unidade’ será o tema do Congresso Estadual da Renovação Carismática Católica que acontece no próximo final de semana.
A Renovação Carismática Católica do Estado do Ceará realiza nos dias 13 e 14 de setembro o Congresso Estadual da RCC Ceará. O evento chega a sua 13ª edição e reunirá membros do Movimento da RCC em todo o Estado, que formam caravanas com as lideranças de Grupos de Oração, Cidades e Dioceses onde o movimento atua. Só no Ceará são aproximadamente 500 Grupos de Oração ligados ao movimento em paróquias e comunidades.
O Congresso conta com a participação de Rogério Soares, Presidente do Conselho Estadual da RCC em São Paulo, Francisco Timá, Presidente do Conselho Estadual da RCC no Ceará, Aloísio Nóbrega, Presidente da Frater Brasil, além de Noite Carismática e lançamentos de CD’s. O tema do Congresso será: “Conservar a Unidade do Espírito pelo vínculo da Paz” (Ef 4, 3), temática abordada pela RCC em todo o Brasil para o ano de 2014.
Assim como na edição anterior, o Congresso acontece no Colégio Salesiano Dom Lustosa e contará com toda infraestrutura de lanchonetes e livraria, bem como apresentações artísticas e culturais nos intervalos do evento, com ministérios e bandas que lançam CDs apresentando seus trabalhos, entre elas o Ministério Boa Semente, Vida com Cristo e Bandas Apóstolos e Luminus. A Noite Carismática acontece no sábado e conta com a presença do cantor Naldo José.
Para Leonardo Silva, da Cidade de Crateús o Congresso é um dos grandes momentos do ano, não só para a formação, mas também para unidade. “É um forte momento de convivência entre grupos de oração, paróquias e dioceses como um todo.” O Congresso é o maior evento de formação da RCC Ceará, momento de partilha, encontro e direcionamentos para padres, seminaristas e leigos que formam o movimento em todo o estado. Dentro da Programação momentos de oração, adoração e Santa Missa nos dois dias de encontro.
SERVIÇO
XIII Congresso Estadual da RCC Ceará
Dias 13 e 14 de setembro – 8 horas da manhã
Colégio Salesiano Dom Lustosa – Av. João Pessoa, 5920. Montese.
Inscrições disponíveis no local do evento.
Participações: Rogério Soares/SP; Francisco Timá/CE e Aloísio Nóbrega/CE (Pregação) e Naldo José, Banda Luminus, Ministério Boa Semente e outras atrações musicais.
Por RCC Ceará

CNBB Regional Nordeste I-Diocese de Itapipoca realiza nos dias 26, 27 e 28 de setembro o II Mutirão de Comunicação




Cada coordenador deverá preencher a ficha de inscrição dos 10 representantes de sua Região, bem como, recolher  o valor em dinheiro das inscrições e entregar no Setor de Comunicação da Arquidiocese para que o mesmo possa enviar à Diocese de Itapipoca. A data de entrega  vai até o dia 20 de setembro de 2014, data limite. É importante que os representantes sejam de paróquias diferentes, assim, teremos um grupo de maior abrangência em nossa arquidiocese.
O Setor de Comunicação está vendo a possibilidade de alugar um ônibus para levar o grupo à Itapipoca. Cada participante pagará sua passagem.
Informações com Marta Andrade (85) 3388.8703 ou (85) 9921.6742  ou (85) 8839.7749.

“REPAM é grande intuição da V Conferência”, afirma padre Possidônio

“Pan-Amazônia e experiência missionária eclesial” foi o tema tratado pelo vigário geral das pastorais da arquidiocese de Belém (PA), padre Raimundo Possidônio da Mata. Integrante da mesa sobre “O papel e a missão da Igreja na Ecologia e na Pan-Amazônica”, temática das atividades da manhã do dia 11, ele considera que a construção de uma Rede Eclesial na região é a grande intuição da V Conferência do Episcopado Latino Americano e do Caribe, realizada em Aparecida (SP), em 2007.
Para o palestrante, a Rede preparada no encontro deve envolver toda a Igreja numa grande missão continental. “Missão essa que pode e deve ser articulada, integrada, compartilhada”, salientou.
Possidônio fez memória a três momentos que marcam a evangelização na região amazônica. Chamado de “Período da colonização” ou “conquista espiritual da Amazônia”, o primeiro momento foi caracterizado com a chegada de religiosos, padres, bispos e leigos em uma atuação de acordo com “métodos da época” para concretização do Reino de Deus. Para ele, o Círio de Nazaré, celebrado no Pará, é a “maior e mais expressiva síntese da religiosidade original e diversificada”, originada do encontro do evangelho com as “cosmovisões amazônicas e africanas”.
No segundo momento da missão, ocorrido entre o século XIX e o XX, considerado “período da ‘romanização’”, aconteceram outras impostações culturais, principalmente por conta da presença de religiosas, e o “redimensionamento” da presença eclesial com a criação de dioceses e prelazias.
O “terceiro ciclo evangelizador”, segundo padre Possidônio, traduz a necessidade de “mergulhar com mais profundidade e sabedoria” para decifrar “este verdadeiro paradigma da fé amazônida”.
Em sua colocação, o padre também contextualizou a realidade atual, destacando “mudanças rápidas e desafiadoras para a missão”, como as migrações, aumento das cidades, êxodo rural, mudanças culturais e a marginalização nos centros urbanos, como Manaus (AM) e Belém (PA).
A missão da Igreja, nesse sentido, tem marcado presença de modo original, criativo, inculturado. “Seu programa evangelizador é a expressão de uma caminhada que responde ao kayrós divino que impulsiona o povo de Deus em vista de implantar o seu Reinado nessas bio-sócio-diversidades”, acrescenta Possidônio. Ele recorda o trabalho das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), “sementes do verbo”, num anúncio da Palavra por meio da leitura popular, orante e ecumênica da Bíblia.
A revisão das estruturas eclesiais, como as paróquias, é vista com esperança pelo palestrante. Ele considera que devem ser comunidades “que vão ao encontro dos mais distantes, abandonados, refratários, que estão à margem da fé”.
Padre Possidônio foi administrador arquidiocesano de Belém (PA), em 2009, após a transferência do então arcebispo local, dom Orani João Tempesta, para arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ). O vigário geral da arquidiocese é autor dos livros “A Igreja de mãos dadas pela Amazônia” e “Amazônia, desafios e perspectivas para a Missão”.
Fonte: CNBB

Sínodo dos Bispos em assembleia extraordinária

Cardeal Odilo Pedro SchererArcebispo de São Paulo (SP)

Nos dias 5 a 19 de outubro deste ano, o Sínodo dos Bispos reúne-se em assembléia extraordinária, convocada pelo papa Francisco, para tratar dos desafios pastorais da família no contexto atual da evangelização. Mais uma vez, a Igreja mostra sua atenção especial para com a família, como tem feito muitas vezes no passado recente.
A questão de fundo é a evangelização: como levar a Boa Nova de Jesus Cristo e da Igreja às pessoas que vivem esses desafios? Os problemas enfrentados pela família são antigos e novos e o Sínodo não vai fazer uma simples avaliação sociológica sobre o tema em pauta. Mais que tudo, a própria Igreja se questiona: diante das questões enfrentadas pela família, o que vamos fazer? Qual será nossa atitude, para ser coerente com a de Cristo, o bom pastor, que “veio buscar e salvar o que estava perdido”? Ou que ensinou: “não são os sadios que precisam de médico, mas os doentes”?
Poderíamos ter a tentação de evangelizar de maneira “genérica”, sem nos defrontarmos com as situações reais vividas pelas pessoas e famílias; e assim, nos iludir que a evangelização está alcançando e envolvendo a todos, mais preocupados em colher frutos do que em semear... O tema posto pelo papa Francisco para a próxima assembléia extraordinária do Sínodo é um convite à Igreja para se deixar questionar pelas situações reais e desafiadoras vividas pela família, e para se perguntar: como o anúncio e a missão da Igreja serão “boa nova” nas mais diversas situações da família?
Os desafios enfrentados pela família em nossos tempos também são desafios sérios para a própria ação da Igreja. A Igreja valoriza muito a família e reconhece nela, além de um desígnio especial de Deus, também uma expressão de sua própria realidade: a família é “Igreja doméstica”, célula básica da comunidade humana e eclesial.
De quais desafios se ocupará o Sínodo? Começa com a acolhida e o conhecimento do desígnio de Deus sobre a família. A verdade que a Igreja ensina sobre a família está longe de ser acolhida e aceita por todos; difundiu-se largamente a idéia de que a família é uma simples criação humana, fruto da evolução da espécie e de suas culturas; que ela não depende de nada mais do que da vontade do próprio homem e da sociedade. A partir dessa concepção, a família perde seu referencial sólido, relegada ao terreno pouco consistente das ideologias e no espaço vaporoso dos gostos e das culturas.
Damos por suposto que todos conhecem o fundamento bíblico da família e o desígnio de Deus sobre ela, explicado pelo Magistério da Igreja; na realidade, porém, isso é largamente ignorado ou menosprezado. O mesmo se diga em relação à lei natural: sem levar em conta a lei natural, perde-se de vista o fundamento natural da família e a palavra da Igreja acaba sendo vista como “imposição religiosa” indevida. A pretensão do “casamento”, de duas pessoas do mesmo sexo parte da confusão grave decorrente do abandono da lei natural no que diz respeito à pessoa humana, ao casamento e à família.
Há o drama muito estendido dos casamentos frustrados, desfeitos e refeitos, que envolvem famílias feridas e destroçadas e novas uniões, a pedir legitimação; também na Igreja, com o anseio de participar plenamente dos sacramentos e da vida da Igreja. Há também uma gama imensa de questões relativas ao papel da família nas sociedades atuais, mais caracterizados como sociedades de indivíduos que produzem e consomem, do que de pessoas que se relacionam e dependem umas das outras. Há toda a questão do papel educador da família; e aí se acrescenta o seu papel na transmissão da fé e na vida da comunidade eclesial.
Ninguém se iluda, pensando que as discussões do Sínodo vão se resumir às questões da comunhão para as pessoas divorciadas e recasadas, ou às uniões de pessoas do mesmo sexo. Seria caricatural. A 3ª. assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos terá uma vasta gama de questões a tratar: questões que desafiam a evangelização.
Fonte: CNBB