sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Área Pastoral São José- I Semana de Formação Bíblica
I Semana de Formação Bíblica
Tema: BÍBLIA, Comunicação entre Deus e a Humanidade.
Data: 15-a 19 de setembro de 2014
Local: Comunidade São José (Av. Pompílio Gomes (Castelo de Castro), 300 – Passaré)
Horário: 19h30min as 21h00min.
Objetivo: Dar uma visão introdutória dos livros do Antigo e Novo testamento enfatizando a Comunicação entre Deus e a Humanidade
FACILITADORES:
15 – Introdução à Bíblia - IR. LUCIENE - INSTITUTO NOVA JERUSALÉM
16 – Pentateuco e Históricos – IR. LUCIENE - INSTITUTO NOVA JERUSALÉM
17 – Sapienciais e Proféticos - IR. LUCIENE - INSTITUTO NOVA JERUSALÉM
18 – Novo Testamento – TÂNIA MARIA COUTO MAIA
19 – Santa Missa (PE. LUCIANO E PE. FRANCISCO DAS CHAGAS.
Inscrições estão sendo realizadas com os coordenadores das comunidades. Devolução das INSCRIÇÕES até dia 10 de Setembro.
ORGANIZAÇÃO: Equipe de Animação Bíblica da Área Pastoral São José
Sexta-feira- 5 de Setembro- Liturgia Diária
Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos
Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Amor à pátria
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará (PA)
Os dons do Espírito Santo são concedidos para que as pessoas se deixem conduzir, no seu dia a dia, não pelos impulsos oferecidos apenas pelos sentidos, mas aprendam a discernir o que é melhor para a própria sociedade, as relações interpessoais e o crescimento de cada um dos filhos e filhas de Deus, feitos todos para a felicidade e a plena realização. Um dos dons se chama piedade e através de sua atuação somos conduzidos à bondade, com sentimentos e atitudes adequadas em relação aos outros, a família, a sociedade e a pátria.
Alguns dos frutos esperados da ação do Espírito Santo nos cristãos que cultivam a bondade atende pelos nomes de civilidade, cidadania e patriotismo. Sim, ao celebrarmos neste final de semana o dia da Independência, Dia da Pátria, desejamos oferecer à sociedade reflexões que signifiquem a contribuição da Igreja na construção de um mundo mais justo e fraterno, sabendo que vivemos num ambiente de pluralismo, com diversidade de pontos de vista e opções, a serem por todos respeitados e valorizados. Há um sonho de liberdade e uma justa pretensão de um tratamento igualitário, capaz de ir ao encontro especialmente dos grupos mais frágeis da própria sociedade. Acrescente-se a isso o quadro em que nos encontramos na sociedade brasileira, pelo processo eleitoral que envolve as diversas forças e bancadas políticas, no amplo leque de propostas oferecidas, exigindo discernimento maduro e equilibrado.
Os cristãos são chamados a viver nesta terra, obedecer as leis e superá-las com a lei maior da caridade, derramada nos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Tudo o que se disser a respeito do patriotismo e do exercício da cidadania pode sempre passar por um processo de aperfeiçoamento contínuo, pois não temos aqui estadia permanente, mas estamos em busca daquela que há de vir (Cf. Hb 13, 14-21). Daí que a impostação de sua presença no mundo comporta uma sadia inquietação, que podemos chamar de espírito crítico, a ser exercitado sem azedume nem revolta. É que o sonho do cristão tem nome de "Reino de Deus"!
Muitas atitudes até justificáveis pela gravidade dos problemas sociais podem gerar um acirramento no trato dos mesmos, a ponto de transformar em ódio os eventuais conflitos de contrários, ou mais ainda, situações de ângulos diferentes, possíveis de se ajustarem em vista do bem comum. Esta é uma contribuição que os cristãos desejam oferecer ao exercício da cidadania. Enxergar os problemas a partir dos interesses comuns, superando uma sempre tentadora luta de classes, que alguns já viram como única via para a superação das mazelas da humanidade nos decênios passados, com resultados sempre desastrosos. A busca do que constrói a vida das pessoas e da coletividade, o diálogo sereno, com a capacidade de verificar a validade das contribuições alheias e o necessário acolhimento das mesmas, pode ser a estrada para a edificação do desejado mundo novo.
O sadio patriotismo leva à bonita emoção que envolve a todos os brasileiros. Basta lembrar o quanto toca em nosso brio pessoal o canto do Hino Nacional, a bandeira hasteada nas solenidades, ou soldados garbosos em seus desfiles que deixam pais e mães orgulhosos. Os benefícios sociais alcançados pelas comunidades, as conquistas dos mais excluídos, a casa própria adquirida com tanto esforço, a vitória dos jovens que acedem às Universidades, o primeiro trabalho ou o primeiro salário, tudo isso é construção de um mundo digno e respeitoso para todos.
Entretanto, o patriotismo tem seu contraponto no exercício de gestos de cidadania. A reflexão que agora proponho veio da indignação de um jovem diante do desleixo com que se joga lixo na rua. Fez-me pensar no respeito às leis de trânsito, o cuidado com nossas praças e áreas de lazer, assim como a resposta que pode se dada às situações críticas de nossa região e do mundo. Patriotismo significa amar a terra em que vivemos, valorizar a natureza que é dom de Deus e, mais ainda, o respeito à vida das pessoas, a serem amadas com amor de caridade e com quais podemos merecer a presença do Senhor, “pois onde dois ou mais estão reunidos em seu nome, ele está presente” (Mt 18, 20).
Cidadania é ainda a participação nas atividades comunitárias e a valorização de iniciativas nas ruas e bairros. As campanhas organizadas em vários períodos do ano pela Cáritas ou as diversas Obras Sociais existentes, pedem resposta e participação. Edifica muito o envolvimento das pessoas especialmente quando se trata de promover e apoiar as crianças. Se tantas vezes lamentamos e nos indignamos com a violência, há que reconhecer a solidariedade que se estabelece diante do sofrimento de pessoas e grupos.
Cidadania é presença, e pode se transformar em exercício da caridade. Tenho proposto a pessoas e grupos que a criatividade se exercite na sensibilidade correspondente aos dons recebidos. Uma pessoa pode visitar semanalmente os hospitais, outra vai ao presídio, uma terceira se coloca à disposição para levar os doentes aos hospitais. Cada um olhe ao seu redor e descubra seu jeito de ser presença.
Um dos âmbitos decisivos do exercício da cidadania é o engajamento dos cristãos leigos na política partidária. Sabemos que a Igreja Católica é muitas vezes incompreendida e julgada por não cerrar fileiras com os diversos partidos e grupos existentes. Acontece que ela é discípula e mestra na história. Noutras ocasiões, a escolha de lados na política só trouxe prejuízos, não só para a própria Igreja, quanto para a própria sociedade. Houve também clérigos que se aventuraram em pleitos eleitorais, contribuindo infelizmente apenas para a divisão entre os fiéis. Cabe à Igreja estimular os homens e mulheres vocacionados à política, oferecer-lhes a formação adequada e ajudá-los a se comprometerem, não em jogos de vis interesses, mas no compromisso com os valores do Evangelho.
Na proximidade das eleições, a Arquidiocese de Belém abriu espaço em seus meios de Comunicação, através da Fundação Nazaré de Comunicação, para os vários candidatos ao governo do Estado do Pará apresentarem suas propostas e planos de trabalho. De nossa parte oferecemos elementos para as decisões dos eleitores. Entretanto, estão em jogo os cargos de Presidente da República, Senadores, Deputados Federais e Estaduais. Ato de inteligência e de cidadania consciente é a busca do conhecimento as possíveis pessoas a receberem nossos votos. Há bandeiras fundamentais que correspondem às convicções dos cristãos, como o respeito à vida, desde a concepção até seu ocaso natural, o valor do matrimônio entre homem e mulher, a liberdade religiosa, ou a citada luta pelo bem comum, com a consequente batalha contra a corrupção. A análise da vida dos candidatos ou candidatas, na verificação de sua experiência e dedicação ao bem da sociedade, ou ainda, o discernimento que leva a identificar a existência de interesses menores e até escusos em possíveis candidaturas, são ângulos que se abrem para a necessária preparação às eleições. Será ainda exercício de cidadania acompanhar o desenrolar dos mandatos dos eleitos, para construir, pouco a pouco, um país melhor e mais digno para seus filhos.
Fonte: CNBB
A tentação da religião fácil
Por :Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)
Não está fácil ser cristão, em várias partes do mundo! Muitos estão sendo cerceados em sua liberdade de consciência, perseguidos e martirizados, apenas por serem discípulos de Jesus Cristo. São muito atuais as palavras de advertência de Jesus, ao encorajar os discípulos, falando-lhes do que os esperava: “sereis perseguidos e odiados por minha causa” (cf Lc 21, 12-19). Jesus não prometeu vida fácil a seus seguidores!
A cena de Jesus com seus discípulos no caminho para Jerusalém, retratada no Evangelho de São Mateus (cf Mt 16,21-27), é muito ilustrativa. Jesus lhes fala da própria rejeição pelas autoridades do templo de Salomão, em Jerusalém, de seus sofrimentos, morte na cruz e ressurreição ao terceiro dia. Pedro, cheio de vontade de “defender” o Mestre, quer convencê-lo a desistir do caminho para Jerusalém: “Deus te livre, isso não te acontecerá!”
As palavras de Jesus a Pedro são duras: “vá para longe de mim, satanás! És para mim, ocasião de tropeço!” São as mesmas palavras usadas por Jesus para superar a terceira tentação no deserto, antes de iniciar sua missão pública (cf Mt 4,10). Pedro fazia o papel de “tentador” e Jesus o afastou decididamente, continuando seu caminho para Jerusalém: “tu não pensas conforme Deus, mas conforme os homens!” (cf Mt 16,23).
De qual tentação tão grave se tratava? Se Jesus desse razão a Pedro, evitaria os sofrimentos anunciados. Qual seria o mal? É que essa tentação implicava em desistir do Evangelho e da missão de Jesus. Pedro, ingenuamente, querendo impedir que algo de mal acontecesse a Jesus, acabaria desviando Jesus do seu caminho, impedindo-o de ser a testemunha fiel da verdade de Deus, de ser coerente e fiel à missão de manifestar o amor de Deus até às últimas consequências. Era uma grande tentação!
Jesus não atrai os discípulos para facilidades, vantagens, prosperidade e glórias terrenas: “se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga!” (Mt 16,24). Várias outras passagens do Evangelho retratam o convite a seguir Jesus, não por interesses pessoais, mas a abraçar de coração inteiro o Evangelho do reino de Deus por ele anunciado e tornado presente no mundo.
É antiga e sempre atual a tentação de oferecer Jesus como um “produto” para a solução mágica para todos os males, sem a exigência de verdadeira fé e conversão ao reino de Deus. Um cristianismo sem mudança de vida, sem cruz nem renúncia aos próprios projetos, sem sintonia com o projeto de Deus, sem os 10 mandamentos da lei de Deus, seria falsificar Jesus e o Evangelho!
Essa tentação insidiosa, mais do que nunca, pode ser atual em nossos dias: pretende-se apresentar um Jesus simpático e atraente, produto falsificado nas vitrines de um mercado religioso sempre mais florescente, para atrair adeptos com toda sorte de facilidades e vantagens. Lembrou o papa Francisco: uma Igreja sem Jesus Cristo crucificado e ressuscitado, acabaria sendo uma espécie de “ONG do bem”, mas não seria mais a Igreja de Cristo!
Tentação perigosa, pois mexe com coisas muito sérias e induz a engano fatal: “de que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida?” – pergunta Jesus. (cf Mt 16,26). Quem busca Jesus apenas para ter vantagens pessoais, facilidades, vaidades e riquezas, não “arrisca” nada por ele; não é a Jesus e o reino de Deus que busca, mas apenas a si próprio e a seus projetos pessoais. A “renúncia a si mesmo” equivale, de fato, à primazia absoluta dada a Deus e a seus caminhos.
A “religião fácil” é uma tentação perigosa, um grave engano! No final de tudo, se não houve sincera conversão e “renúncia a si mesmo”, mesmo tendo conseguido todas as vantagens do mundo, a frustração poderá ser total.
Fonte: CNBB
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