domingo, 20 de outubro de 2013

Coleta Missionária será neste domingo, 20 de outubro


envelope_final400No ano em que a Igreja no Brasil dá destaque especial para a evangelização da juventude, a Campanha Missionária, realizada neste de outubro, também enfatiza o dinamismo dos jovens. Com o lema “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), a Coleta Missionária acontece em todas as comunidades no Dia Mundial das Missões, neste domingo, 20 de outubro. “Estes recursos são importantes: uma pequena parte fica para a organização da Campanha e a manutenção das Pontifícias Obras Missionárias (POM), e a maior parte é enviada para o Fundo Mundial de Solidariedade, em Roma, que financia projetos de ajuda a missões em todo mundo, especialmente na Ásia e na África. São projetos como sustento de dioceses, manutenção de seminários, obras sociais e assistência aos missionários”, explica padre Camilo Pauletti, diretor nacional das POM.
A organização da Campanha no Brasil é de responsabilidade das POM, em parceria com duas Comissões Episcopais da CNBB: a de Ação Missionária e a da Amazônia. Os subsídios foram enviados para as comunidades de todo o país: 190 mil livretos da novena missionária; 22 mil DVD’s com testemunhos; 8 milhões de folhetos com orações para as missas dominicais; 11 milhões de envelopes para a coleta.
“A Igreja é por sua natureza missionária. E esta campanha deseja recordar essa dimensão”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Braschi. “Pelo batismo e pela Crisma, somos ungidos para levar o Evangelho, levar a missão de Jesus. Essa Campanha quer nos comprometer, de uma maneira concreta, no apoio aos missionários além fronteiras”, completa.
Fonte: CNBB

Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2013


Queridos irmãos e irmãs. Este ano celebramos o Dia Mundial das Missões enquanto está-se concluindo o Ano da fé, ocasião importante para reforçar a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia com coragem o Evangelho. Nesta perspectiva, gostaria de propor algumas reflexões.
1. A fé é dom precioso de Deus, o qual abre a nossa mente para que o possamos conhecer e amar. Ele quer se relacionar conosco para fazer-nos partícipes da sua própria vida e tornar a nossa vida mais plena de significado, melhor e mais bela. Deus nos ama!
A fé, porém, precisa de ser acolhida, ou seja, pede a nossa resposta pessoal, a coragem de confiarmo-nos a Deus, de viver o seu amor, gratos pela sua infinita misericórdia. É um dom que não é reservado a poucos, mas que é oferecido com generosidade. Todos deveriam poder experimentar a alegria de sentir-se amados por Deus, a alegria da salvação! E é um dom que não se pode manter somente para si mesmos, mas deve ser compartilhado. Se quisermos mantê-lo para nós mesmos, tornar-nos-emos cristãos isolados, estéreis e doentes. O anúncio do Evangelho faz parte do ser discípulos de Cristo e é um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja. «O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial» (Bent o XVI, Exort. ap. Verbum Domini, 95). Uma comunidade é “adulta” quando professa a fé, a celebra com alegria na liturgia, vive a caridade e anuncia sem cessar a Palavra de Deus, saindo do próprio recinto para levá-la também às “periferias”, sobretudo a quem ainda não teve a oportunidade de conhecer Cristo. A solidez da nossa fé, em nível pessoal e comunitário, mede-se também pela nossa capacidade de comunicá-la a outros, de difundi-la, de vivê-la na caridade, de testemunhá-la a quem encontramos e compartilham conosco o caminho da vida.

2. O Ano da fé, cinquenta anos depois do início do Concílio Vaticano II, é de estímulo para que toda a Igreja tenha uma consciência renovada da sua presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os povos e as nações. A missionariedade não é somente uma questão de territórios geográficos, mas de povos, de culturas e de cada pessoa, precisamente porque os “confins” da fé não atravessam somente locais e tradições humanas
, mas o coração de cada homem e de cada mulher. O Concílio Vaticano II destacou de modo especial como o dever missionário, o dever de alargar os confins da fé, é próprio de cada batizado e de todas as comunidades cristãs: «Como o Povo de Deus vive em comunidades, sobretudo diocesanas e paroquiais, e é nelas que, de certo modo, se torna visível, pertence a estas dar também testemunho de Cristo perante as nações» (Decr. Ad gentes, 37). Cada comunidade, portanto, é interpelada e convidada a fazer próprio o mandamento confiado por Jesus aos Apóstolos de ser suas «testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra» (At 1,8), não como um aspecto secundário da vida cristã, mas como um aspecto essencial: todos somos enviados às estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo e fazendo-nos anunciadores do seu Evangelho. Convido os Bispos, os Presbíteros, os Conselhos presbiterais e pastorais, cada pessoa e grupo responsável na Igreja a dar relevo à dimensão missionária nos programas pastorais e formativos, sentindo que o próprio empenho apostólico não é completo se não contém o propósito de “testemunhar Cristo diante das nações”, diante de todos os povos. A missionariedade não é somente uma dimensão programática na vida cristã, mas também uma dimensão paradigmática que diz respeito a todos os aspectos da vida cristã.

3. Frequentemente, a obra de evangelização encontra obstáculos não somente no exterior, mas dentro da própria comunidade eclesial. Às vezes, são fracos o fervor, a alegria, a coragem, a esperança em anunciar a todos a Mensagem de Cristo e em ajudar os homens do nosso tempo a encontrá-lo. Às vezes, ainda se pensa que levar a verdade do Evangelho é fazer violência à liberdade. Paulo VI tem palavras iluminantes a propósito: «Seria ... um erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a essa consciência a verdade evangélica e a salvação em Jesus Cristo, com absoluta clareza e com todo o respeito pelas opções livres que essa consciência fará ... é uma homenagem a essa liberdade» (Exort, ap. Evangelii nuntiandi, 80). Devemos sempre ter a coragem e a alegria de propor, com respeito, o encontro com Cristo, de fazer-nos portadores do seu Evangelho, Jesus veio ao meio de nós para indicar o caminho da salvação, e confiou também a nós a missão de fazê-la conhecer a todos, até os confins da terra. Com frequência, vemos que são a violência, a mentira, o erro a serem colocados em evidência e propostos. É urgente fazer resplandecer no nosso tempo a vida boa do Evangelho com o anúncio e o testemunho, e isso a partir de dentro da Igreja. Porque, neste perspectiva, é importante jamais esquecer um princípio fundamental para todo o evangelizador: não se pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar nunca foi um acto isolado, individual, privado, mas sempre eclesial. Paulo VI escrevia que «quando o mais obscuro dos pregadores, dos catequistas ou dos pastores, no rincão mais remoto, prega o Evangelho, reúne a sua pequena comunidade, ou administra um sacramento, mesmo sozinho, ele perfaz um ato de Igreja». Ele não atua «por uma missão pessoal que se atribuísse a si próprio, ou por uma inspiração pessoal, mas em união com a missão da Igreja e em nome da mesma» (ibidem). E isso dá força à missão e faz sentir a cada missionário e evangelizador que jamais está sozinho, mas é parte de um único Corpo animado pelo Espírito Santo.

4. Na nossa época, a mobilidade generalizada e a facilidade de comunicação através das novas mídias interligaram entre si os povos, os conhecimentos e as experiências. Por motivos de trabalho, inteiras famílias se transferem de um continente a outro; os intercâmbios 
profissionais e culturais, assim como o turismo e fenômenos análogos impulsionam a um amplo movimento de pessoas. Às vezes, parece difícil até mesmo para as comunidades paroquiais conhecer de modo seguro e aprofundado quem está de passagem ou quem vive estavelmente no território. Ademais, em áreas sempre mais amplas das regiões tradicionalmente cristãs cresce o número daqueles que são estranhos à fé, indiferentes à dimensão religiosa ou animados por outras crenças. Não raramente, alguns batizados fazem escolhas de vida que os conduzem para longe da fé, tornando-os assim necessitados de uma “nova evangelização”. A tudo isso se acrescenta o facto que ainda ampla parte da humanidade não recebeu a boa nova de Jesus Cristo. Vivemos, pois, num momento de crise que atinge vários setores da existência, não somente o da economia, das finanças, da segurança alimentar, do meio ambiente, mas também o do sentido profundo da vida e dos valores fundamentais que a animam. A convivência humana é também ela marcada por tensões e conflitos que provocam insegurança e dificuldade em encontrar o caminho para uma paz estável. Nesta complexa situação, onde o horizonte do presente e do futuro parecem atravessados por nuvens ameaçadoras, torna-se ainda mais urgente levar com coragem a todas as realidades o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio que a potência de amor de Deus é capaz de vencer as trevas do mal e guiar no caminho do bem. O homem do nosso tempo necessita de uma luz segura que ilumine a sua estrada e que somente o encontro com Cristo pode doar. Levemos a este mundo, com o nosso testemunho, com amor, a esperança doada pela fé! A missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas sim testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor. A Igreja – repito mais uma vez – não é uma organização assistencial, uma empresa, uma ONG, mas é uma comunidade de pessoas, animadas pela ação do Espírito Santo, que viveram e vivem a surpresa do encontro com Jesus Cristo e desejam compartilhar esta experiência de profunda alegria, compartilhar a Mensagem de salvação que o Senhor nos trouxe. É justamente o Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho.

5. Gostaria de encorajar todos a fazerem-se portadores da boa nova de Cristo e sou grato de modo especial aos missionários e às missionárias, aos presbíteros fidei donum, aos religiosos e às religiosas, aos fiéis leigos – cada vez mais numerosos – que, acolhendo a chamada do Senhor, deixam a própria pátria para servir o Evangelho em terras e culturas diferentes. Mas gostaria de destacar também como as próprias jovens Igrejas estão-se empenhando generosamente no envio de missionários às Igrejas que se encontram em dificuldade – não raramente Igrejas de antiga cristandade – levando assim o frescor e o entusiasmo com que vivem a fé que renova a vida e dá esperança. Viver nesta dimensão universal, respondendo ao mandato de Jesus «ide portanto e fazei discípulos de todas as nações» (Mt 28, 19), é uma riqueza para cada Igreja particular, para cada comunidade, e doar missionários jamais é uma perda, mas um ganho. Faço um apelo aos que sentem esta chamada a corresponder generosamente à voz do Espírito, segundo o próprio estado de vida, e a não ter medo de serem generosos com o Senhor. Convido também os Bispos, as famílias religiosas, as comunidades e todas as agregações cristãs a apoiarem com clarividência e atento discernimento, o chamamento missionário ad gentes e a ajudar as Igrejas que precisam de sacerdotes, de religiosos e religiosas e de leigos para reforçar a comunidade cristã. E esta deveria ser uma atenção presente também entre as Igrejas que fazem parte de uma mesma Conferência Episcopal ou de uma Região: é importante que as Igrejas mais ricas de vocações ajudem com generosidade aquelas que sofrem por sua escassez.
Do mesmo modo, exorto os missionários e as missionárias, especialmente os presbíteros fidei donum e os leigos, a viverem com alegria seu precioso serviço nas Igrejas às quais são enviados, e a levar sua alegria e sua esperança às Igrejas das quais provêm, recordando que Paulo e Barnabé, ao final de sua primeira viagem missionária, «relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé» (At 14,27). Eles podem se tornar uma via para uma espécie de “restituição” da fé, levando o frescor das jovens Igrejas, para que as Igrejas de antiga cristandade reencontrem o entusiasmo e a alegria de compartilhar a fé num intercâmbio que é enriquecimento recíproco no caminho de sequela do Senhor.
A solicitude por todas as Igrejas, que o Bispo de Roma compartilha com os irmãos Bispos, encontra uma importante aplicação no empenho das Pontifícias Obras Missionárias, que têm a finalidade de animar e aprofundar a consciência missionária de cada batizado e de cada comunidade, seja evocando a necessidade de uma formação missionária mais profunda de todo o Povo de Deus, seja alimentando a sensibilidade das Comunidades cristãs a oferecer a sua ajuda para favorecer a difusão do Evangelho no mundo.
Por fim, um pensamento aos cristãos que, em várias partes do mundo, se encontram em dificuldade em professar abertamente a própria fé e em ver reconhecido o direito a vivê-la dignamente. São nossos irmãos e irmãs, testemunhas corajosas – ainda mais numerosas do que os mártires nos primeiros séculos – que suportam com perseverança apostólica as várias formas atuais de perseguição. Não poucos arriscam inclusive a vida para permanecer fiéis ao Evangelho de Cristo. Desejo garantir a minha proximidade com a oração às pessoas, às famílias e às comunidades que sofrem violência e intolerância e repito a eles as palavras consoladoras de Jesus: «Coragem, eu venci o mundo» (Jo 16,33).
Bento XVI exortava: «A Palavra do Senhor avance e seja glorificada (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro» (Carta ap. Porta fidei, 15). São os meus votos para o Dia Mundial das Missões deste ano. Abençoo de coração os missionários e as missionárias e todos aqueles que acompanham e apoiam este empenho fundamental da Igreja para que o anúncio do Evangelho possa ressoar em todos os cantos da terra, e nós, ministros do Evangelho e missionários, experimentaremos “a suave e reconfortante alegria de evangelizar” (Paulo VI, Esort. ap. Evangelii nuntiandi, 80).

Do Vaticano, 19 de maio de 2013, Solenidade de Pentecostes
Francisco

Fonte: POM

Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração:
Pai, faze-me pobre e simples diante de ti, de modo que minhas súplicas sejam atendidas, pois jamais deixas de atender a quem se volta para ti na humildade de coração.
Primeira leitura: Ex 17,8-13
Leitura do livro do Êxodo
Naqueles dias, 8os amalecitas vieram atacar Israel em Rafidim.
9Moisés disse a Josué: “Escolhe alguns homens e vai combater contra os amalecitas. Amanhã estarei, de pé, no alto da colina, com a vara de Deus na mão”.
10Josué fez o que Moisés lhe tinha mandado e combateu os amalecitas. Moisés, Aarão e Ur subiram ao topo da colina. 11E, enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia; quando abaixava a mão, vencia Amalec.
12Ora, as mãos de Moisés tornaram-se pesadas. Pegando então uma pedra, colocaram-na debaixo dele para que se sentasse, e Aarão e Ur, um de cada lado, sustentavam as mãos de Moisés. Assim, suas mãos não se fatigaram até ao pôr-do-sol, 13e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de espada. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 121
          —— Do Senhor é que me vem o meu socorro,/ do Senhor, que fez o céu e fez a terra.
— Do Senhor é que me vem o meu socorro,/ do Senhor, que fez o céu e fez a terra.

— Eu levanto os meus olhos para os montes:/ de onde pode vir o meu socorro?/ “Do Senhor é que me vem o meu socorro,/ do Senhor que fez o céu e fez a terra!”

— Ele não deixa tropeçarem os meus pés,/ e não dorme quem te guarda e te vigia./ Oh! não! ele não dorme nem cochila,/ aquele que é o guarda de Israel!

— O Senhor é o teu guarda, o teu vigia,/ é uma sombra protetora à tua direita./ Não vai ferir-te o sol durante o dia,/ nem a lua através de toda a noite.

— O Senhor te guardará de todo o mal,/ ele mesmo vai cuidar da tua vida!/ Deus te guarda na partida e na chegada./ Ele te guarda desde agora e para sempre!
 
2° Leitura: 2Tm 3,14-4,2
Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo
Caríssimo: 14Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade; tu sabes de quem o aprendeste. 15Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras: elas têm o poder de te comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus.
16Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para educar na justiça, 17a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra.
4,1Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de vir a julgar os vivos e os mortos, e em virtude da sua manifestação gloriosa e do seu Reino, eu te peço com insistência: 2proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Lc 18,1-8
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo:
2”Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’
4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!’”
6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?
8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Deus socorre e defende os que sofrem injustiças.Que o Cristo virá, isto é uma certeza. Aliás, glorioso, ele vem continuamente ao nosso encontro e se oferece para o nosso reconhecimento e acolhida: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20). Se a vinda de Cristo é certa, é garantido que ele encontrará fé sobre a face da terra? (cf. v. 8). A finalidade da parábola é exortar os discípulos a perseverarem na oração (cf. v. 1). O capítulo precedente (c. 17) oferece o quadro para poder compreender esta parábola: por causa da perseguição em razão da fé, é preciso rezar sempre para “não cair no poder da tentação”, nem desanimar. É preciso rezar sempre para manter vivo o testemunho.

A parábola não é uma descrição fiel da realidade. Ela visa, sem se preocupar com a lógica da descrição, transmitir uma mensagem. A caracterização do juiz que “não temia a Deus, nem respeitava homem algum” (v. 2), isto é, que procede arbitrariamente não levando em consideração nem Deus nem os homens, serve para enfatizar a importância da perseverança da súplica da viúva e ressaltar o cuidado de Deus para com os seus escolhidos (cf. vv. 7-8a). A finalidade da parábola é mostrar que Deus não abandona os que ele escolheu; é ele quem os socorre e defende. A Comunidade que o Cristo reúne deve ser perseverante na oração. A oração sustenta o testemunho de toda a Igreja e nutre o dinamismo missionário da Comunidade eclesial (ver: At 2,42-47; 12,1-19). O “atraso da parúsia” é um convite a viver a adesão da fé através da fidelidade do testemunho pela palavra e pela ação que acompanha o anúncio cristão.

Moisés, sobre a montanha, com as mãos levantadas, garantia a vitória de Israel sobre os amalecitas (Ex 17,8-13); enquanto Pedro está na prisão, em razão de sua fé, “a Igreja fazia ardentemente oração a Deus em favor dele” (At 12,5). No contexto da paixão, no monte das Oliveiras, Jesus adverte os seus discípulos: “Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para não cairdes no poder da tentação” (Lc 22,46). A fé, nutrida pela oração, é a acolhida da salvação na qual se põe o destino de todo homem. É na fé, que sustenta a missão da Igreja, que, peregrinos neste mundo, vivemos em comunhão com Deus. A vivência da fé passa e passará por provações e perseguições, por isso é preciso rezar sem jamais desanimar (cf. v. 1).
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezo em sintonia com a Santíssima Trindade.
Ó Espírito Santo
Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho!
Inspirai-me sempre aquilo que devo pensar,
aquilo que devo dizer,
como eu devo dizê-lo,
aquilo que devo calar,
aquilo que devo escrever,
como eu devo agir,
aquilo que devo fazer, para procurar
a vossa glória, o bem das almas e minha própria santificação.
Ó Jesus, toda a minha confiança está em Vós.
Ó Maria, templo do Espírito Santo,
ensinai-nos a sermos fiéis Aquele que habita em nosso coração.
(Cardeal Verdier)


Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que "o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir"(DAp 242).
E eu me interrogo: Deus para mim é este Juiz bondoso que vai ao encalço de quem se perdeu? A justiça de Deus é amor para todos. Sinto-me uma pessoa amada, acolhida, ouvida por Deus?

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na minha Bíblia, o texto: Lc 18,1-8:
A viúva de que Jesus fala no Evangelho, fazia parte de um grupo bastante exposto a abusos legais, judiciais e jurídicos porque não podiam subornar nem pagar. A viúva procurava o juiz pedindo justiça contra seu adversário. Mas, o juiz era iníquo. Não temia a Deus e nem respeita as pessoas. Por isso não atendia o caso do julgamento daquela mulher. Mas, sentindo-se incomodado por tantos apelos da viúva, ele resolveu atendê-la. E Jesus comenta: se aquele juiz iníquo, para não ser incomodado, atendeu àquela mulher, muito mais e sem demora, Deus que é bom e justo, vai ajudar o seu povo. A fé e a confiança neste Deus justo e bom deve animar os que creem.

2- Meditação (Caminho)

Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que "o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir"(DAp 242).
E eu me interrogo: Deus para mim é este Juiz bondoso que vai ao encalço de quem se perdeu? A justiça de Deus é amor para todos. Sinto-me uma pessoa amada, acolhida, ouvida por Deus?

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração:

Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência,
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.

(Bem-aventurado Tiago Alberione).

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, justo Juiz que me ama e prepara o melhor para mim.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica