quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Simpósio de Missiologia reflete sobre a natureza missionária da Igreja

Por Jaime Carlos Patias   
27 / Fev / 2013 13:04

A “natureza missionária” da Igreja foi tema de reflexão na manhã desta quarta-feira, 27, durante o 2º Simpósio de Missiologia que acontece no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília.
Ao abordar esse tema, o teólogo e assessor do Conselho Indigenista Missionária (Cimi), padre Paulo Suess, trouxe reflexões sobre as origens da Missão. “A natureza missionária tem a sua raiz na atração de Deus”, afirmou. “É do Deus-amor que brota a missão. Portanto, a natureza missionária da Igreja está em Deus. A missão, que nasce de Deus, precede a Igreja que nasce do envio trinitário, na Festa de Pentecostes e já envolve interpretações e questões específicas do cristianismo”.
O teólogo sublinhou ainda que a dimensão teológica da Missão está ancorada no próprio Deus-Amor e não em suas missões, seus mensageiros ou profetas. “A Missão pertence à teologia que considera Deus em si e como ponto de partida de tudo. Só em seguida ela faz parte da Economia de Salvação, que parte do caminho que Deus percorre com a humanidade. Esse plano nos foi revelado por Jesus Cristo e já faz parte de uma interpretação particular”.
A distinção entre “atividade” e “natureza missionárias”, foi outro aspecto destacado por Paulo Suess. “Se as raízes da natureza missionária da Igreja se encontram na essência de Deus, não faz sentido distinguir ‘atividades missionárias’ de atividades que quase clandestinamente se emanciparam de Deus sem serem atividades missionárias”. Nesse sentido, “o Documento conciliar Ad Gentes afirma que ‘a atividade missionária entre as nações se distingue da ação pastoral exercida entre os fiéis e das iniciativas empreendidas para restaurar a unidade dos cristãos’, acrescenta, porém, que tanto a ação pastoral como a ação ecumênica ‘estão intimamente ligadas ao esforço missionário da Igreja” (AG 6,6).
Ao aprofundar a ideia da “atração de Deus”, Paulo Suess, observou que o Documento de Aparecida assumiu literalmente esse tópico. Demonstrou isso com as palavras do papa Bento XVI pronunciadas na abertura da Conferência de Aparecida, quando afirmou: ‘A Igreja não faz proselitismo. Ela cresce muito mais por atração’.
“Neste momento eclesial de migração de fiéis para outras denominações, de escândalos, de perda do sentido da relevância da missão, somos obrigados a admitir, que a ferida aberta da nossa Igreja, é a falta de atratividade ou, às vezes, substituída por uma atratividade alienada. Essa falsa atratividade está baseada em marketing, propaganda para uma determinada comunidade, eventos espetaculares ou atividades e obras que se silenciam sobre o escândalo da cruz”, observou, para em seguida, apresentar a “atração da missão” e a “atratividade da Igreja” como meta e metáfora.
Os missionários e as missionárias não são caçadores de borboletas, mas zeladores das flores de um jardim que atrai as borboletas. Não salvam almas, mas vidas. Também o Bom Pastor e o Bom Samaritano não são caçadores de borboletas. A atração de Deus opera também na ovelha perdida e naquele que caiu na mão do ladrão e é encontrado pelo samaritano”.
Na opinião de Paulo Suess, o termo de comparação da natureza missionária é a “atração”. “A atratividade é a marca registrada do nosso Deus. Por tanto, o essencial da natureza missionária é sua atratividade: atrai como a natureza e atrai como Deus”, arrematou.
O 2º Simpósio de Missiologia, reúne cerca de 50 pessoas envolvidas na ação e na reflexão missiológica em todo o Brasil. O encontro começou nesta segunda-feira, 25, e se estende até o dia 01 de março.
Leia também:

Equipes dos setores da Comissão de Liturgia se reúnem para encontro de reflexão



encontro_comissão_de_liturgia_26.02A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB realiza de 25 a 28 de fevereiro, o Encontro das Equipes de Reflexão dos três setores da Comissão (Pastoral, Música e Espaço Litúrgico), na Casa de retiros e eventos Irmãs Cabrini, em São Paulo (SP).
Tradicionalmente, a Comissão de Liturgia promove um encontro a cada dois anos para refletir a realidade da vida litúrgica no Brasil. Este ano, o principal objetivo é fazer a revisão final do texto “Orientações para projeto e construção de Igrejas e disposição do espaço celebrativo”. O encontro fará também a definição dos conteúdos de liturgia a serem apresentados na próxima Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em abril.
Durante o encontro, cada assessor terá a oportunidade de reunir-se com sua equipe de reflexão para confirmar a agenda do ano e dar encaminhamentos aos projetos e atividades da Comissão.
O presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia, dom Armando Bucciol, falou sobre a importância do encontro e, consequentemente, a reflexão sobre a liturgia: “Estamos no clima das comemorações dos 50 anos da promulgação da constituição conciliar Sacrosanctum Concilium e se impõe a necessidade de aprofundar os grandes assuntos da liturgia, à luz da caminhada da Igreja, sobretudo a Igreja no Brasil. Pensemos, por exemplo, no fenômeno da comunicação e na importância da beleza do espaço litúrgico”.
Por CNBB

Bento XVI se despede dos fiéis na Praça São Pedro


Histórica audiência geral na manhã desta quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013. Papa Bento XVI, que no último dia 11 surpreendeu o mundo anunciando sua renúncia ao ministério petrino, despediu-se hoje dos fiéis católicos na Praça São Pedro.
A Cidade do Vaticano e seus arredores se coloriram com dezenas de milhares de pessoas providas de bandeiras, bancos dobráveis, garrafinhas de água e máquinas fotográficas para imortalizar o evento.
Muitas famílias levaram suas crianças, e visto que as Universidades Pontifícias cancelaram as aulas para permitir aos alunos participar da audiência, a Praça estava também repleta de jovens, muitos religiosos e religiosas estudantes na cidade.
Bento XVI chegou a bordo do papamóvel, saudando os fiéis de todos os setores do perímetro da Praça São Pedro. O automóvel parou por alguns instantes para pegar nos braços uma criança e beijá-la na cabeça.
Do palco montado para a ocasião, recebeu um caloroso aplauso de todos os presentes e proferiu a catequese, a última de seu pontificado. Agradecendo principalmente a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, o Pontífice quis “abraçar” a Igreja de todo o mundo, assegurando que tem consigo todos nós em suas orações. “Estou realmente comovido e vejo a Igreja viva!” – prosseguiu. Em seguida, disse sentir-se muito confiante de que o Evangelho purifique e renove, levando frutos aonde quer que a comunidade o escute e receba a graça de Deus, vivendo na caridade.
Relembrando o dia 19 de abril de quase 8 anos atrás e o tempo passado até hoje, o Pontífice disse que o Senhor sempre lhe esteve próximo e ele pode sentir cotidianamente sua presença:
Foi um trecho do caminho da Igreja que teve instantes de alegria e de luz, mas também momentos difíceis; tempos de sol e brisas leves, em que a pesca foi abundante, e momentos em que as águas estiveram agitadas e o vento contrário. Mas eu sempre soube que naquele barco estava o Senhor e que o barco não era meu, nem de vocês, mas Dele, que não o deixa naufragar. É Ele que o conduz, certamente através também dos homens que escolhe, porque os quer. Esta foi e é uma certeza que nada pode ofuscar. E é por isso – completou Bento XVI – que hoje meu coração está pleno de graças a Deus, porque nunca fez faltar à Igreja e a mim o seu consolo, sua luz e seu amor”.

O Pontífice destacou também que “um Papa nunca está sozinho no timão do barco de Pedro, embora esta seja a sua primeira responsabilidade”:
“Nunca me senti sozinho, com a alegria e o peso do ministério petrino. O Senhor colocou a meu lado muitas pessoas que com generosidade e amor a Deus e à Igreja, me ajudaram, estando perto de mim”. Bento XVI citou os cardeais, os colaboradores e todos os funcionários da Santa Sé; os irmãos bispos e a Igreja de Roma, da qual é bispo; e naturalmente todo o povo de Deus:
Nas visitas pastorais, nos encontros, nas audiências, nas viagens, sempre senti muito carinho; mas eu também quis bem a todos, sem distinção. Sempre levei vocês, todos os dias, na oração, com o coração de pai” – disse, estendendo também seu agradecimento aos diplomatas que representam na Santa Sé “a grande família das Nações”, e aos jornalistas “que trabalham por uma boa comunicação e que desempenham um serviço importante”
Na sequência dos agradecimentos, Bento XVI citou especialmente as pessoas que de todo o mundo lhe enviaram mensagens de amizade e orações, nas últimas semanas:
“O Papa pertence a todos e muita gente se sente próximo a ele. Recebo cartas de Chefes de Estado, de líderes religiosos, mas também de pessoas simples, que querem enviar-me o seu afeto, que me escrevem como se escrevessem a um irmão, irmã, filho ou filha, com que mantêm uma relação ‘familiar’ muito carinhosa. Viver a Igreja assim é razão de alegria nestes tempos em que tanto se fala de declínio”.
Em seguida, ele explicou aos fiéis que nos últimos meses, à medida que sentiu que suas forças estavam diminuindo, pediu a Deus, insistindo com as orações, que o iluminasse para tomar a decisão mais justa para o bem da Igreja:
Fiz este passo na plena consciência de sua gravidade e da novidade, mas profundamente tranquilo no espírito. Amar a Igreja significa também ter a coragem de tomar decisões difíceis, tendo sempre em vista o bem da Igreja e não de si próprio”.
Lembrando novamente o que sentiu no dia de sua eleição, em 2005, o Papa disse que “quem assume o ministério petrino perde a sua privacidade; passa a pertencer sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja. A dimensão privada é excluída de sua vida. Eu pude perceber, e percebo especialmente agora, que ao doar a própria vida, nós a recebemos”.
“Minha decisão não implica no retorno à vida privada. Não terei mais viagens, audiências, conferências, etc; mas não abandonarei a Cruz, continuarei junto ao Senhor Crucificado, de um modo novo. No ofício da oração, permanecerei no ‘espaço’ de São Pedro. São Bento, cujo nome adotei como Papa, será um grande exemplo para mim. Ele mostrou o caminho para uma vida que, ativa ou passiva, pertence totalmente à obra de Deus”.
Após quase uma hora de sua chegada na Praça, o Papa se despediu de todos sob os aplausos da multidão, assegurando que acompanhará o caminho da Igreja com orações e reflexões e pediu que rezemos pelos Cardeais, chamados a um dever tão importante, e pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro.
Bento XVI fez resumos de sua catequese em francês, inglês, espanhol, alemão, árabe, polonês, croata, tcheco, romeno, eslovaco e português. Eis o que disse:
No dia dezenove de Abril de dois mil e cinco, quando abracei o ministério petrino, disse ao Senhor: «É um peso grande que colocais aos meus ombros! Mas, se mo pedis, confiado na vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que me guiareis». E, nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor. Entretanto não é só a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito.
Amados peregrinos de língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a compreensão com que acolhestes a minha decisão. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica” .
Fonte: Rádio Vaticano

Após a renúncia, o Papa continuará a chamar-se “Sua Santidade Bento XVI”

pe_lombardi_26_02

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, realizou na manhã desta terça-feira (26), mais uma coletiva de imprensa, em que esclareceu algumas das muitas dúvidas dos jornalistas.
Uma delas é sobre como Bento XVI será chamado a partir do dia 28 de fevereiro. O diretor respondeu que continuará a chamar-se “Sua Santidade Bento XVI”, mas também será chamado “Papa Emérito” ou “Romano Pontífice Emérito”.
Sobre as vestes: branca, simples, sem mantelete. Não são mais previstas os sapatos vermelhos. “Parece que o Papa ficou muito satisfeito com os sapatos que lhe presentearam no México, em Leon”, disse padre Lombardi.
Não usará mais o anel do pecador, para o qual o Camerlengo, com o decano, darão o fim que a Constituição prevê.
Para a Audiência Geral de quarta-feira, foram distribuídos 50 mil bilhetes. Prevê-se o mesmo esquema: um amplo giro com o papamóvel. Não terá lugar o “beija-mão” – este será feito após a Audiência Geral, na Sala Clementina, para algumas autoridades, como o Presidente da Eslováquia, o Presidente da região da Baviera.
Quinta-feira, às 11h, haverá a saudação aos Cardeais, com o discurso do Decano no início. Às 16h55 (hora local), a partida de carro do pátio de São Dâmaso, saudação dos superiores. No heliporto, haverá a saudação do Cardeal Decano. Às 17h15, a chegada a Castel Gandolfo, onde estarão presentes o Bispo de Albano e outros autoridades. Às 17h30, no Pátio interno o Papa saúda os fiéis – a última saudação pública do Santo Padre. Às 20h, a Guarda Suíça, fecha a porta do Palácio Apostólico, encerrando o serviço para o Papa como chefe da Igreja.
POR: CNBB / RÁDIO VATICANO

Nota de Falecimento


Faleceu na madrugada de sábado para domingo, Frei Antônio José Martins, OFMCap. Frei Martins, como era conhecido, foi pároco dafrei-martins Paróquia Nossa Senhora das Graças de 1986 a 1998. Foi um atuante pároco, trabalhando e incentivando a construção dos meios populares, através de uma evangelização pautada no Evangelho. Em sua gestão trouxe para a Paróquia do Pirambu uma nova reconfiguração, no início de 1990, quando nasciam as áreas, que chamamos hoje de comunidade: Santo Antônio, São José, Santa Teresinha, Nossa Senhora Aparecida e São Pedro. Apoiou também a criação de círculos bíblicos, de grupos de discussões sociais, religiosas e políticas. No campo social construiu o CIPI, entidade sem fins lucrativos que durante muitos anos atendeu inúmeros adolescentes, encaminhando a uma vida profissional.
Deixa para a memória a figura de homem atuante na vida da Igreja e da sociedade. Compreendia que ambas se entrelaçam. E que nunca se separam. Atuante militante foi candidato a cargos políticos. Muitas vezes incompreendido, mas convicto em seus ideais. A ele nossa eterna gratidão e nossas homenagens póstumas.
A missa de sétimo dia será celebrada na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças no Pirambu, às 20 horas, pelo Frei Ademir Andrade, atual pároco do Pirambu.

SERVIÇO:
Paróquia Nossa Senhora das Graças
Rua Nossa Sra. das Graças, s/n, ao lado da Maternidade Nossa Sra. das Graças.
Secretaria paroquial: (85) 3214 46 34 (horário comercial)

Alex Ferreira – Paróquia Nossa Senhora das Graças – Pirambu  Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Comentando o Evangelho

Solicitação de um privilégio
É o terceiro anúncio da paixão no evangelho segundo Mateus. Já o dissemos: o anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus é uma prolepse que interessa, sobretudo, ao ouvinte ou leitor do evangelho. A mãe dos filhos de Zebedeu, juntamente com seus dois filhos, entra em cena para pedir um favor que, na verdade, é a solicitação de um privilégio: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". O pedido dela é fruto da incompreensão. A verdadeira recompensa está em participar da vida de Jesus e de sua paixão, pois "ao discípulo basta ser como o Mestre" (Mt 10,25), que "não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos".

Carlos Alberto Contieri, sj

Evangelho do Dia- Mt 20,17-28

Ano C -

O maior é o que serve - Mt 20,17-28

Subindo para Jerusalém, Jesus chamou os doze discípulos e disse-lhes: "Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, açoitá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia, ressuscitará". A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: "Que queres?" Ela respondeu: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". Jesus disse: "Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?" Eles responderam: "Podemos". "Sim", declarou Jesus, "do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou". Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus chamou-os e disse: "Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos".
Leitura Orante

Oração Inicial

Inicio este momento, orando com todos os que estão neste ambiente virtual, a oração de Bento XVI:
Senhor, dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito,
que ilumine as nossas mentes
e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos,
o amor aos irmãos, especialmente aos aflitos,
e o ardor por anunciar-vos no início deste século.

1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio atentamente o texto de hoje: Mt 20,17-28.
No caminho para Jerusalém Jesus anuncia a sua morte como conseqüência de toda a sua vida. Enquanto isso, Tiago e João sonham com poder e honrarias, suscitando discórdia e competição entre os outros discípulos. Jesus mostra que a única coisa importante para o discípulo é segui-lo : servir e não ser servido. Na nova sociedade que Jesus projeta, a autoridade não é exercício de poder, mas serviço que se exprime na entrega de si mesmo para o bem comum. Os bispos, em Aparecida, lembraram o serviço de muitos que, inclusive, dão a própria vida serviço dos demais, como Jesus: "Apesar das deficiências e ambigüidades de alguns de seus membros, a Igreja tem dado testemunho de Cristo, anunciado seu Evangelho e oferecido seu serviço de caridade principalmente aos mais pobres, no esforço por promover sua dignidade e também no empenho de promoção humana nos campos da saúde, da economia solidária, da educação, do trabalho, do acesso à terra, da cultura, da habitação e assistência, entre outros. Com sua voz, unida à de outras instituições nacionais e mundiais, tem ajudado a dar orientações prudentes e a promover a justiça, os direitos humanos e a reconciliação dos povos. Isto tem permitido que a Igreja seja reconhecida socialmente em muitas ocasiões como uma instância de confiança e credibilidade. Seu empenho a favor dos mais pobres e sua luta pela dignidade de cada ser humano tem ocasionado, em muitos casos, a perseguição e, inclusive, a morte de alguns de seus membros, os quais consideramos testemunhas da fé. Queremos recordar o testemunho valente de nossos santos e santas, e aqueles que, inclusive sem haver sido canonizados, tem vivido com radicalidade o evangelho e oferecido sua vida por Cristo, pela Igreja e por seu povo." (DA 98).

2- Meditação (Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
O meu ser discípulo é conforme o Evangelho? Sou aquela pessoa que serve porque segue Jesus? Sou capaz de viver a radicalidade do Evangelho?

3- Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja a Oração da Campanha da Fraternidade 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- Contemplação (Vida e Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou hoje, descobrir a presença e os sinais de Deus em tudo que me acontecer.

Bênção

O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!

O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).   ( Paulinas )