quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

3ª Semana Tempo Comum - Quinta~feira- 29 de Janeiro- Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.


Oração
Senhor Jesus, envia teu Espírito Santo para que eu não tenha medo de escutar a Palavra e vivê-la conforme a tua vontade.
Primeira leitura: Hb 10,19-25
Leitura da Carta aos Hebreus

19Sendo assim, irmãos, temos plena liberdade para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus. 20Ele nos abriu um caminho novo e vivo, através da cortina, quer dizer, através da sua humanidade. 21Temos um grande sacerdote constituído sobre a casa de Deus. 22Aproximemo-nos, portanto, de coração sincero e cheio de fé, com coração purificado de toda má consciência e o corpo lavado com água pura.
23Sem desânimo, continuemos a afirmar a nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa. 24Sejamos atentos uns aos outros, para nos incentivar à caridade e às boas obras. 25Não abandonemos as nossas assembleias, como alguns costumam fazer. Antes, procuremos animar-nos mutuamente, e tanto mais quanto vedes o dia aproximar-se.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl
          É assim a geração dos que buscam a vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
— É assim a geração dos que buscam a vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.

— Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face.” 
 
 
Evangelho: Mt
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Pres­tai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
A Palavra de Deus ilumina o nosso modo de agir
A conjunção “e” liga a presente parábola à precedente. No Sl 119(118),105, a palavra de Deus é comparada a uma lâmpada que ilumina o modo de agir de quem a acolhe; é isso que significa quando o salmista diz que ela é “luz para os passos”. A luz cumpre a sua função quando ilumina e faz ver na escuridão. Para o Novo Testamento, a pessoa, depositária do projeto salvífico de Deus, também é comparada à luz. É o caso do próprio Jesus, que é a luz do mundo (Jo 1,15ss; 8,12), e de João Batista (Jo 5,35). A comunidade cristã, fruto do mistério pascal de Jesus Cristo, também é luz (cf. Mt 5,14-16). Ora, em todos esses casos, a luz simboliza a pessoa iluminada pela fé, pela doutrina dos Apóstolos, pela Palavra de Deus. Somente Deus tem luz própria; todos somos reflexo da luz divina. É de si mesmo que Jesus fala quando diz que uma lâmpada não pode ficar escondida. O que é se manifesta em tudo o que ele faz e ensina; na sua pessoa resplandece o Reino de Deus. A advertência dos vv. 24 e 25 convida a uma compreensão profunda da palavra pela qual o Senhor ensina e instrui os seus discípulos. A superficialidade distorce a Palavra de Deus e induz a equívocos.
Pe. Carlos Alberto Contieri
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos que na rede fazem
este momento de oração:
Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.





1- Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Invoco a Santíssima Trindade com breve oração:
Trindade Santíssima - Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser,
eu vos adoro, amo e agradeço.
Leio atentamente o texto da Palavra do dia, na Bíblia: Mc 4,21-25.
Neste texto aparecem os verbos: "acender", "iluminar", "conhecer", "julgar", "ter", "receber". São relacionados à lâmpada. A Palavra de Deus, é uma lâmpada que, antes de iluminar o caminho por onde vamos, ilumina-nos por dentro, ilumina a nossa consciência para que possamos conhecer, discernir a vontade de Deus. Nossa missão na Igreja é de ser luz. Como dizem os bispos, em Aparecida: " Os fiéis leigos são "os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo, que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Eles realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo". São "homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja" (DAp 209).

2- Meditação (Caminho)

O que a Palavra diz para mim?
Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida. Também nós somos luz. Somos filhos da luz, comunicadores da luz de Deus e agimos agora em colaboração com Deus para levar esta mesma luz a outros. O bem-aventurado Alberione entendeu muito bem esta missão, quando em oração diante do Santíssimo Sacramento, ouviu: "Daqui quero iluminar. Eu estou com vocês". Na Eucaristia está a nossa fonte de luz. Noutro momento, Alberione, ouviu: "Dou-lhes a minha luz. E me servirei de vocês para iluminar".

3- Oração (Vida)

O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Em sintonia com o coração de Jesus, rezo:
Jesus é luz, brilhante luz do céu.
Jesus é paz, inquieta e doce paz de Deus.
Jesus é Deus. Quem vê a vida iluminado pela luz que é Jesus,
não anda em trevas, tropeça menos, também se torna luz.
Por isso eu pus a minha luz na luz imensa de Jesus.
Por isso eu pus a minha paz na paz imensa de Jesus,
e depois disso eu já não temerei, não temerei
não temerei a escuridão, a escuridão. Jesus é minha luz.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim?
Cristo diz: "Eu sou a luz do mundo"( Jo 8,12) e
"Vocês são a luz do mundo". (Mt 5,14). Passarei o dia vendo com a luz de Deus, as pessoas, a família, o trabalho, os estudos, todas situações, o mundo, e sobretudo as pessoas com as quais você se relaciona mais de perto.Quero ser "pessoa da Igreja no coração do mundo, e pessoa do mundo no coração da Igreja"

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém
Fonte: Catequese Católica

Rio de Janeiro sedia Curso para os Bispos

DSC_5662 370x247A arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) iniciou na segunda-feira, dia 26, mais uma edição do Curso para os Bispos, realizado no Centro de Formação do Sumaré. Até sexta-feira, dia 30, bispos de várias regiões do Brasil concluem as reflexões sobre os documentos relacionados ao Concílio Vaticano II iniciadas em 2011.
O curso trata do relacionamento da Igreja Católica com as outras religiões, da comunicação e da liberdade religiosa. Assessoram a formação como conferencistas o prefeito da Congregação para Causa dos Santos do Vaticano, cardeal Angelo Amato, e o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, dom Claudio Maria Celli.
A cerimônia de abertura teve a presença do núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello; do arcebispo de São Paulo (SP) e presidente do regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Odilo Pedro Scherer; e dos conferencistas do curso. Eles foram recebidos pelo arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) e presidente do regional Leste 1 da CNBB, cardeal Orani João Tempesta, o qual destacou o caráter do curso como “tempo de encontro, reflexão, partilha e descanso”.
Além de Dom Orani, estavam presentes na cerimônia de abertura o núncio apostólico Dom Giovanni d’Aniello, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer e os conferencistas Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação da Causa do Santos, no Vaticano, o arcebispo  Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e monsenhor Pierangelo Sequeri, professor da Universidade de Milão.
Nesta terça-feira, o cardeal Angelo Amato ministrou a palestra “A declaração Dominus Iesus da Congregação para a Doutrina da Fé nos quinze anos de sua publicação”. O documento foi publicado em 2000, na época em que o prefeito da Congregação era o então cardeal Joseph Ratzinger. Para o cardeal Amato, a Declaração “reafirmava a plenitude e a definibilidade da revelação de Jesus Cristo, contra as teorias da complementaridade de revelações não cristãs”.
Por CNBB

Novo ciclo

manfredo300Manfredo Araújo de Oliveira*
Em seu discurso de posse a presidenta da República apresentou-se encarnando um “projeto de nação” que teria o mais profundo e duradouro apoio popular e que triunfou em virtude dos resultados alcançados e porque o povo entendeu que é um projeto coletivo e de longo prazo, um projeto que é do povo brasileiro e para o povo brasileiro. A pergunta primeira a partir desta afirmação solene e de grande importância para a configuração da via coletiva é: em que consistiu este projeto, quais seus traços fundamentais? O que é chave para entender o que foi realizado é que se tratou sobretudo da integração da classe trabalhadora enquanto “integração pelo consumo”.
Trata-se de uma forma determinada de inclusão social. A presidenta enumera os resultados mais importantes: temos hoje a primeira geração no país que não vivenciou a tragédia da fome, 36 milhões foram regatados da extrema pobreza, nunca tantos brasileiros conquistaram tantos empregos com carteira assinada, nunca o salário mínimo e os demais salários se valorizaram tanto, nunca tantos foram donos de suas próprias casas. Cumpriu-se o compromisso de “oferecer a uma população enorme de excluídos os direitos básicos que devem ser assegurados a qualquer cidadão”. O novo estaria na combinação entre o social e o econômico que desmascarou a convicção hegemônica de que seria impossível associar políticas de inclusão social, de distribuição de renda ao crescimento econômico.
Pode-se dizer que em nossa história nunca havíamos visto um processo semelhante. No entanto, o processo mesmo gera nas pessoas novas necessidades até em função da continuidade do processo de integração para as novas gerações. É por esta razão que muitos falam hoje que este ciclo em princípio encerrou-se e que estamos diante do desafio de começarmos um novo ciclo. A própria presidenta afirma que a palavra que mais se ouviu na campanha foi “mudança” e que o tema mais mencionado foi o de “reforma”. Ela mesma nos interpreta o que isto significa: “O povo quer democratizar, cada vez mais, a renda, o conhecimento e o poder. O povo brasileiro quer educação, saúde e segurança de mais qualidade. O povo brasileiro quer ainda mais transparência e mais combate a todos os tipos de crimes, especialmente a corrupção e quer ainda que o braço forte da justiça alcance a todos de forma igualitária” .
Isto significa articular o grande desafio do momento que é uma nova forma de integração, poder-se-ia falar de um novo padrão civilizatório: a integração pelos serviços essenciais garantidos pelo Estado (educação, saúde, segurança etc.). Isto não poderá acontecer sem reformas estruturais fundamentais que todos os países desenvolvidos fizeram ainda no tempo do capitalismo industrial e o Brasil, que já entrou no capitalismo pós-industrial, ainda não realizou. Partindo no nosso caso de uma espécie de pré-reforma, uma radical reforma política, trata-se, sobretudo, da reforma tributária e da reforma agrária. Nossa estrutura agrária é comparável à de 1850 (Lei das Terras) e os mais pobres continuam pagando 50% de sua renda com impostos.
manfredo.oliveira2012@gmail.com
*Padre e filósofo. Professor na Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, Itália, e doutor em Filosofia pela Universidade Ludwig-Maximilian de Munique, Alemanha. Assessor das Pastorais Sociais e padre da Arquidiocese de Fortaleza. É Presidente da ADITAL

Papa Francisco recebe livro ‘Haiti por si’ em encontro no Vaticano

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“Haiti por si: a reconquista da independência roubada”, livro-reportagem produzido pela Agência de Informação Frei Tito de Alencar para a América Latina (Adital), traduzido para o francês, foi entregue ao Papa Francisco no encontro “A comunhão da Igreja: memória e esperança para o Haiti, cinco anos depois do terremoto”, realizado este mês no Vaticano.

Floriane Louvet, encarregada do Haiti no Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento (CCFD – Terra Solidária), entregou ao Papa o livro, que já foi publicado em cinco idiomas (português, italiano, crioulo haitiano, espanhol e, mais recentemente, em francês). Está disponível na para leitura on line (grátis) na versão e-book para download (paga).
No evento, por ocasião do 5º aniversário do terremoto que matou mais de 300 mil pessoas no Haiti, em 2010, o Papa falou sobre os esforços de recuperação do país, que ainda sofre com as consequências da catástrofe. “Não existe uma verdadeira reconstrução de um país sem reconstruir a pessoa na sua plenitude. Isso comporta em fazer, sim, que cada pessoa no Haiti tenha o necessário sob o ponto de vista material, mas, ao mesmo tempo, que possa viver a própria liberdade, as próprias responsabilidades e a própria vida espiritual e religiosa. A pessoa humana tem um horizonte transcendente que lhe é próprio, e a Igreja não pode negligenciar este horizonte, que tem como meta o encontro com Deus”, declarou o pontífice.
Para o diretor executivo da Adital, Ermanno Allegri, a entrega do livro ao Papa representa a relevância do livro-reportagem, elaborado em mais de um ano de trabalho e o interesse do Papa pelas “periferias do mundo”, como já declarou o pontífice em seus discursos.
A CCFD – Terra Solidária financiou a tradução do livro em francês, que foi impresso pela editora Karthala e está sendo divulgado também por organizações da Bélgica (Entraide et Fraternité) e do Canadá (Développement et Paix).
Ficha Técnica
Título: Haiti por si: A reconquista da independência roubada
Autores: Adriana Santiago (Org.)
Prefácio: Adolfo Pérez Esquivel
Páginas: 192
ISBN: 978-85-420-0138-9.
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Morre, aos 78 anos, dom José Martins da Silva

Faleceu na manhã de hoje, 29 de janeiro, na cidade de São Gotardo (MG), o arcebispo emérito de Porto Velho (RO), dom José Martins da Silva. O corpo está sendo velado na paróquia de Santa Rosa, em Santa Rosa (MG). No início da tarde, o corpo será transladado para Tiros, interior de Minhas Gerais, cidade natal de dom José. Às 19h, haverá celebração de exéquias e, em seguida, o sepultamento.
Em comunicado, a diocese de Luz (MG), na qual dom José Martins exerceu função de administrador diocesano, manifestou pesar pelo falecimento do bispo. “Amigo de todo clero, conselheiro sereno dom José deixará a lembrança de um homem simples e de uma fé inabalável. Amigo e “Anjo da guarda” de nossa diocese. A ele, nossa eterna gratidão. Rogamos ao Pai Celestial, que acolha este nosso irmão na morada eterna”, expressou administrador diocesano da diocese, padre Antônio Campos Pereira
Na força do Senhor
Dom José nasceu em 14 de junho de 1936. Aos 19 anos, realizou a profissão religiosa na Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora (SDN). Foi nomeado ao episcopado em 3 de janeiro de 1978, por João Paulo I, assumindo como primeiro bispo-prelado de Ji-Paraná (RO), onde permaneceu até 1982. Escolheu por lema “Na força do Senhor” (Virtude Dei). Durante quinze anos esteve como arcebispo de Porto Velho, até a data de sua renúncia, em 1997.
Em sua trajetória episcopal, dom José Martins da Silva teve intensa atuação nos trabalhos sociais da Igreja e na atividade missionária. Foi membro da Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - (1983-1987) e presidente do DEMIS da Conferência Episcopal Latino Americana (1987-1991).
CNBB com informações e foto da diocese de Luz.
 Fonte:CNBB

Durante visita pastoral no recôncavo baiano, bispo celebra casamento de ciganos

Entre reuniões, celebrações, encontros e vivência fraterna, o bispo referencial da Pastoral dos Nômades, dom José Edson, e o diretor executivo da pastoral, padre Wallace Zanon, realizaram uma visita pastoral entre os dias 20 e 22 de janeiro em comunidades pertencentes às dioceses do recôncavo baiano.
Durante as visitas realizadas nas dioceses de Amargosa (BA) e Camaçari (BA), o bispo referencial concedeu o sacramento do matrimônio a um casal de ciganos, membros da comunidade local. A cerimônia, que estabeleceu o laço entre Deus e o casal, foi realizada na Catedral São Thomaz de Cantuária.
Para dom Edson, esse é um momento de reafirmar a proximidade entre a Igreja e o seu povo. “A pastoral procura ser presença de Igreja nesses momentos importantes da vida da comunidade cigana, realizando os sacramentos e mostrando a beleza do amor de Cristo e a riqueza do evangelho que foi feito para todas as pessoas”, disse o bispo.
Ao longo dos momentos, a comunidade manifestou através do líder cigano da região de Camaçari, Gilson Dantas, a alegria em ser visitada pela coordenação da pastoral. “A presença da Pastoral dos Nômades no nosso meio é motivo de muita honra, pois mostra que somos amados pela Igreja e por Deus”, afirmou o líder.
Segundo o líder Gilson, a sensação é de ter “grandes defensores da comunidade cigana dentro e fora da Igreja”, avaliou.
Com informações da Pastoral dos Nômades
Fonte: CNBB

Um grande sinal

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará (PA)

Por convocação do Papa Francisco, a Igreja Católica celebra um Ano dedicado à Vida Consagrada, no qual voltamos os nossos olhos para os homens e mulheres que foram chamados pelo Senhor à radicalidade de vida dos chamados Conselhos Evangélicos da Pobreza, Castidade e Obediência, para serem sinais dos valores definitivos da Partilha, do Amor indiviso e da Oblação da liberdade por amor a Deus e ao próximo. Em nossas Igrejas Particulares, Arquidioceses, Dioceses e Prelazias, resplandecem luminosos os pontos de presença da vida religiosa consagrada. De forma especial na Amazônia, foi através de gerações de religiosos e religiosas que a vida de Igreja se organizou e se consolidou. No dia da Apresentação do Senhor, em torno do Papa Francisco e pelo mundo todo, renova-se a consagração destas pessoas preciosas aos olhos de Deus e de todos os cristãos. Com velas acesas, simbolizando a entrega de suas vidas e o reconhecimento do grande sinal que representam, louvamos a Deus por estes irmãos e irmãs e pedimos o fortalecimento de suas disposições para o serviço do Reino de Deus.

Sabemos que a plenitude da vida acontecerá quando Deus for “tudo em todos” (Cf. 1 Cor 15, 28). A pessoa chamada à vida consagrada é “apressada”! Deseja viver, desde já, a realidade do Céu. Faz votos públicos de entrega de sua vida ao Senhor, plena liberdade. Basta ver a imensa lista de santos e santas, passando dos mais conhecidos, como São Francisco de Assis, Santo Antônio, São João Bosco e outros, até chegar aos que continuamente são apresentados à Igreja e ao mundo, nas beatificações e canonizações, como testemunhas qualificadas, que atestam a validade permanente do Evangelho. Há poucos dias, o Papa Francisco canonizou Padre José Vaz, um sacerdote religioso imbuído de grande espírito missionário e dedicação aos pobres.
Quando tantos põem sua segurança nas posses e a elas se apegam, os consagrados a Deus querem relativizar o ídolo do “ter” a qualquer custo, assumindo um estilo de vida simples e pobre, confiando-se à Providência de Deus. São homens e mulheres livres em relação às coisas, para ajudar a todos com a lição da partilha e da comunhão dos bens. Aceitam construir a própria vida e ajudar as pessoas a edificar a própria existência com os meios simples e pobres.
São pessoas que vivem “ao pé da letra” a recomendações de São Paulo proclamadas pela Liturgia da Igreja neste final de semana: “O homem não casado é solícito pelas coisas do Senhor e procura agradar ao Senhor. O casado preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar à sua mulher e, assim, está dividido. Do mesmo modo, a mulher não casada e a jovem solteira têm zelo pelas coisas do Senhor e procuram ser santas de corpo e espírito. Mas a que se casou preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar ao seu marido” (1 Cor 7, 32-34). Tais pessoas olham para frente e para o alto e querem amar a todos, com os sentimentos do coração de Cristo. Renunciam a constituir uma família própria, para testemunhar a vida em comunidade e um amor efetivo a todos, sem reservas. Livres em relação aos afetos, para que reine o amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Cf. Rm 5, 5).
Olhando para Cristo, que se fez obediente até a morte, e morte de Cruz (Cf. Fl 2, 6-8), oferecem a oblação da própria liberdade, prontos para ouvir a voz de Deus, que expressa sua santa vontade que liberta e salva a todos. São pessoas livres de si mesmas, pelo voto de obediência.
Estes são homens e mulheres que aceitaram serem sinais de Deus em todos os tempos. Em alguns casos, sua dedicação fundamental é a contemplação, como nos muitos mosteiros de várias ordens e congregações masculinas e femininas, verdadeiros para-raios de oração diuturna pela Igreja e pelo mundo. Outras pessoas estão presentes nas atividades pastorais, de forma ativa e dedicada, animando as Comunidades, formando catequistas, incentivando as vocações ou na animação bíblica de grupos e comunidades. Muitos religiosos e religiosas estão nas Escolas confessionais e públicas, apaixonados pela educação das novas gerações. Que dizer das pastorais sociais, como a Pastoral da Criança, da Saúde e outras áreas marcadas pelo testemunho que chega às raias do heroísmo. Em nosso país, tantos viveram tal testemunho até o derramamento do próprio sangue, mártires da verdade do Evangelho.
Onde encontram os religiosos e religiosas as forças necessárias à sua consagração? O fundamento de suas vidas está na escolha radical do seguimento de Jesus Cristo, em que reconheceram um “ensinamento novo, dado com autoridade” (Cf. Mc 1, 21-28). Decidiram ser discípulos missionários de Jesus. O Mestre descoberto os arrastou para estradas antes impensáveis! Abraçaram a causa do Evangelho, fazendo dela o ideal de sua existência, prontos a edificar uma nova família de irmãos, para serem sinais que atraem homens e mulheres de todas as idades.
O Ano da Vida Consagrada quer chegar, de forma especial, aos adolescentes e jovens, rapazes e moças, em tempo de opções vocacionais. Deus tem um olhar pessoal e intransferível para cada cristão, e este olhar tem o nome de vocação. Convido todos os jovens a se confrontarem com a Palavra de Deus que escutam na Santa Missa, descobrindo-a como dirigida especialmente a eles. Provoco com força e ternura tantos deles que experimentam no mais profundo do coração a inquietação, que os conduz a buscarem a liberdade das coisas, dos afetos e de si mesmos, para se lançarem na maravilhosa aventura do seguimento radical de Jesus Cristo.
Aos religiosos e religiosas e outras pessoas que se consagram na profissão dos Conselhos Evangélicos, chegue o estímulo à fidelidade crescente ao Senhor, no amor a Ele e a todos os homens e mulheres de todas as idades e situações sociais, que suplicam a luminosidade do grande sinal. Olhem para Maria, aquela que é toda revestida da Palavra de Deus, o “Grande Sinal” que realiza plenamente a vocação da Igreja (Cf. Ap 12, 1-6). Nela está o dever ser que a Igreja e o Mundo esperam das pessoas consagradas.
Fonte: CNBB

Ampliada nacional das CEBs define tema do 14º Intereclesial

Divulgação
Representantes dos 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participaram, entre os dias 21 e 25 de janeiro, da Ampliada Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), em Londrina (PR). O primeiro encontro do ano definiu o tema para o 14º Encontro Intereclesial, que acontecerá em 2016, na cidade do norte paranaense.
“CEBs e os desafios no mundo urbano” será o tema do 14º Intereclesial das CEBs e o lema recorda o livro do Êxodo. “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3,7). Em cartadivulgada ao final do encontro, os participantes destacam a missão diante da realidade urbana. “Diante da complexidade do mundo urbano, as Comunidades Eclesiais de Base têm a missão de aprofundar a reflexão sobre as contradições da modernidade e apresentar caminhos de superação”, afirma o texto.
Com a presença do bispo de Tocantinópolis (TO) e referencial das CEBs, dom Giovane Pereira de Melo; do bispo de Cornélio Procópio (PR) e presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), dom Manoel João Francisco; e do arcebispo de Londrina, dom Orlando Brandes, os participantes buscaram “fortalecer a unidade na diversidade de dons e serviços”, a partir da realidade local.
Na pauta do encontro estava o papel da Ampliada Nacional na dinamização da caminhada das CEBs no Brasil, aprofundamentos de eixos temáticos do próximo intereclesial, coleta de sugestões para elaboração do cartaz do evento e conhecimentos de locais na cidade onde seja possível realizar as atividades em 2016.
O livro “CEBs: Raízes e frutos ontem e hoje” foi lançado durante a ampliada. A publicação organizada pelos padres Benedito Ferraro e Nelito Dornelas é resultado de reflexões que surgiram após a realização do 13º Intereclesial das CEBs, ocorrido em 2014, na cidade de Juazeiro do Norte (CE).
Outros temas tratados na ocasião foram a retomada do projeto “Memória e Caminhada”, que em parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB) pretende arquivar e disponibilizar para pesquisa conteúdos sobre a atuação das CEBs no Brasil; esclarecimentos sobre a iniciativa da Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas; além de encaminhamentos para a próxima reunião ampliada.
Fonte:CNBB