segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Seminário São José: 275 anos!

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
Nestes dias em que agradecemos a Deus pela missão do nosso Seminário São José que completa 275 anos, temos a oportunidade de louvar a Deus por tantos dons e tantas graças. A presença do Núncio Apostólico entre nós nesses dias demonstra a nossa unidade com a Sé de Pedro e o carinho para com o Papa Francisco.

O Seminário é o coração do bispo! Recebi essa bela joia de nossos antecessores que tão bem cuidaram da formação dos futuros padres. O nosso seminário tem uma história que precisa ser aprofundada, vendo com alegria a ação de Deus na vida dessa casa.
O seminário é uma especial comunidade educativa cuja fisionomia vem determinada por seu fim específico, que consiste no “acompanhamento vocacional dos futuros sacerdotes e, por tanto, o discernimento da vocação, a ajuda para corresponder a ela e a preparação para receber o Sacramento da Ordem com as graças e responsabilidades próprias, pelas quais o sacerdote se configura com Jesus Cristo, Cabeça e Pastor, e se prepara e compromete para assumir sua missão de salvação na Igreja e no mundo” (Pastores Dabo Vobis, 61).
Estas tarefas de acompanhamento vocacional, de discernimento, de preparação e ajuda se levam a cabo por diversos formadores em profunda consonância com o Bispo Diocesano, pois ele é o primeiro responsável pela formação sacerdotal.
A Igreja sempre reservou uma especial atenção ao tema da formação sacerdotal. O estudo da história da Igreja nos mostra a delicadeza e a importância de tal tema desde os tempos apostólicos até os nossos dias. Pode-se delinear facilmente as etapas fundamentais deste caminho, tendo presente os momentos históricos da Igreja e os condicionamentos socioculturais vividos.
A Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis de São João Paulo II, recorda-nos atualmente que a formação dos futuros sacerdotes, sejam diocesanos ou não, é de contínuo cuidado e se alarga durante todo o curso da vida. É por isto que é considerada pela Igreja como uma das tarefas de máxima delicadeza e importância para o futuro da evangelização da humanidade.
Depois dos primeiros passos no discernimento vocacional (acompanhados da equipe formadora), o jovem inicia sua caminhada de formação no Seminário. Essa formação deve ser permanente, mesmo depois de concluídos os estudos específicos de Filosofia e Teologia.
A formação seminarística e o modelo de sacerdote são duas realidades intrinsecamente ligadas entre si. Esta é uma constante questão que é colocada com relação ao futuro clero. A formação, mesma, não pode ser separada da imagem do sacerdote e seu modo de viver dentro da sociedade. A obra formativa do seminário visa ajudar o cristão, aquele que se encontrou com Cristo, a viver uma vocação que corresponda com a expectativa da Igreja diante de uma sociedade em transformação.
Cada época tem as respostas para as questões do seu tempo. Embora algumas orientações sempre persistam mesmo passando os tempos. O seminário, com suas estruturas baseadas sobre os três pilares da formação ao sacerdócio: a piedade, o estudo e a disciplina, no passado deu respostas históricas adaptadas a seus tempos. Em tempos mais estáveis, a formação demorava a mudar, a se adaptar. Porém, nos últimos tempos a sociedade está vivendo uma “mudança de época”. Como transmitir a fé em tempos de tantas contestações e como ser testemunha de Cristo Ressuscitado no momento de tantos martírios e perseguições? A transformação radical que o mundo sofreu nos últimos tempos provocou na Igreja perguntas importantes e busca de respostas adequadas para que a messe contasse com seus operários bem preparados.
A renovação pedagógica dos seminários, mandada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, conheceu uma história ampla e complexa. A relação da Igreja com o mundo, com uma nova dimensão, depois do Vaticano II introduziu uma nova concepção de convivência e de relação entre comunidade eclesial e sociedade. Não baseada sobre o caráter intelectual e de oposição recíproca. Por outro lado, em clima de secularização dos últimos anos, há muito que se pensar novamente até quem se dedica à mensagem. Um contexto sociocultural de clara inspiração cristã, que antigamente assegurava uma maior fidelidade ao estilo de vida das pessoas destinadas ao sacerdócio e à vida consagrada, na maioria dos locais desapareceu. Diante de um mundo em mudança alguns sinais permanecem, pois a fé é a mesma assim como é necessária a experiência de Deus na vida do jovem destinado ao sacerdócio. Porém, a linguagem e os costumes mudados supõem novas iniciativas pastorais e missionárias. Para o diálogo com uma sociedade que perdeu muitos valores importantes, é necessária uma séria preparação dos futuros padres. Em vista de tais modelos diferentes, a preparação ao sacerdócio dos futuros padres tem sido diversificada e não somente em seu aspecto cultural e humano, mas também no pastoral.
É dentro desse clima que vivemos a festa do nosso Seminário. A formação dos padres passou por muitas etapas da história do Brasil, da Igreja e da sociedade. Temos uma experiência riquíssima em realidades vividas em nossa história. Em 1739, o Seminário São José é fundado pelo Bispo Dom Antônio de Guadalupe, ofm. As primeiras instalações do Seminário situavam-se na encosta do Morro do Castelo, no início da ladeira que seria mais tarde chamada de “Ladeira do Seminário”.
Em 1869, Dom Pedro Lacerda transfere a administração do Seminário aos Lazaristas. Essa mudança provavelmente se deu pela dificuldade de Dom Pedro em encontrar padres formadores. Já que ele mesmo havia sido formado com os religiosos, supõe-se que eles facilitaram a mudança. Em 1907, o Seminário é fechado por decisões internas da Igreja no Brasil, que pretendia centralizar a formação sacerdotal nos Seminários de São Paulo e Mariana.
Em 1924, o Seminário Arquidiocesano é reaberto na Ilha de Paquetá. Em 1948, o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara termina a construção do novo prédio, à beira da Avenida Paulo de Frontin (hoje uma Universidade) e, anos depois, constrói outro edifício para o Seminário Menor, que é ocupado hoje parcialmente pela Filosofia do Seminário. Em 1985, motivado pela construção do Elevado Paulo de Frontin, que causa enorme barulho e torna difícil o estudo, é construído, sob o governo do Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, o novo prédio para o Seminário Maior. Hoje, nesse complexo, além da residência dos seminaristas, temos a Faculdade de Teologia, o Instituto de Filosofia João Paulo II, a Escola Diaconal Santo Efrém, o Seminário Propedêutico, o Instituto Superior de Direito Canônico e o Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Em 2003 foi criado o Seminário Propedêutico Rainha dos Apóstolos, com sede localizada na Tijuca. Em 2012, o Seminário Rainha dos Apóstolos é transferido para a sede atual do Rio Comprido e a casa da Rua Conde de Bonfim foi destinada ao Seminário Missionário.
São tantas pessoas e tantas histórias que estão ligadas ao nosso querido Seminário São José. O carinho dos padres e bispos ali formados demonstra como foi importante esse tempo.
Ao celebrarmos estes 275 anos de história e de missão, queremos rezar ainda mais pelo nosso Seminário. Louvado seja o Senhor pelos formadores e pelos seminaristas! Peçamos também pela nossa Arquidiocese, para que Deus continue a enviar missionários para a messe que tanto necessita desses homens de Deus! Que São José, patrono do nosso seminário e patrono universal da Igreja, olhe por todos nós, pelos formadores, seminaristas e vocacionados.
Fonte: CNBB

O evangelho de Jesus Cristo


 Por: Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
O hino de Filipenses 2,6-11 tem dois movimentos: o primeiro é de cima para baixo e fala do esvaziamento de Jesus. É como uma escada com vários degraus: Jesus não se apegou a sua igualdade com Deus, esvaziou-se, tornou-se servo, semelhante aos homens, humilhou-se, fez-se obediente até a morte de cruz. O sujeito dessas ações é o próprio Jesus que, consciente e livremente, despoja-se de tudo. Seu lugar social é junto aos escravos, sem privilégios, marginalizados e condenados. Para Ele, não há outra forma de revelar o projeto de Deus a não ser esvaziando-se daquelas realidades humanas das quais, com dificuldade, abrimos mão: prerrogativas, posição social, honra, dignidade, fama e, o que é mais precioso, a própria vida. Jesus perdeu todas essas coisas. Desceu no poço mais profundo da miséria e solidão humanas. De fato, o primeiro movimento desse hino não fala de Deus, Tem-se a impressão de que Jesus, despojado de tudo, tenha sido inclusive abandonado por Deus.

O preço da encarnação foi a cruz. E a mensagem de Paulo é exatamente a mensagem de um crucificado. Nós estamos muito habituados a pensar na divindade de Jesus. Por isso, perguntamos: onde foi parar sua divindade? Ficou escondida por um momento? Ou era justamente no fato de ser plenamente humano que revelava o ser de Deus? Imaginar que Deus seja um ser desencarnado e abstrato é a desculpa que algumas pessoas encontram para fugir à difícil tarefa de nos encarnarmos nas realidades humanas mais sofridas, pois, ao fazermos isto, teremos de nos despojar de uma série de coisas, exatamente aquelas coisas das quais Jesus se despojou: prerrogativas, status, fama, promoção pessoal, etc.
A primeira parte do hino tem seu ponto alto na maior baixeza: Jesus se fez servo e foi morto como um bandido, na cruz. Essa foi sua opção de vida consciente. Esse hino retoma um texto muito antigo de Isaias, aplicando-o a Jesus.
O segundo movimento do hino de Filipenses é de baixo para cima. Aqui o sujeito é Deus. É Ele quem exalta Jesus, ressuscitando-o e colocando-o no posto mais alto que possa existir. O nome que Ele recebeu do Pai é o título de Senhor, termo muito importante para os primeiros cristãos e parte integrante de sua fé. Jesus é o Senhor do universo e da história. Diante dele, toda a criação se prostra em adoração.
Deus Pai é glorificado quando as pessoas reconhecem em Jesus o humano que passou pela encarnação das realidades mais sofridas e humilhantes, culminando com a morte na cruz, condenação exposta aos criminosos. Evangelho é. Portanto anúncio daquele que se fez servo, obediente até a morte e morte de cruz. Esse anúncio não acontece sem que as pessoas também se encarnem, apostando a vida, como fez Paulo.
 Fonte: CNBB

Candidatos à presidência confirmam participação em debate promovido pela CNBB

Nesta terça-feira, 16 de setembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove o debate com presidenciáveis, com início às 21h30, no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho, no Santuário Nacional de Aparecida. Organizado pela TV Aparecida, o debate será transmitido por oito emissoras de inspiração católica, 230 rádios e portais católicos. Sete candidatos confirmaram presença. São eles: Aécio Neves (PSDB),  Dilma Rousseff (PT), Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC),  Luciana Genro (PSOL),  Marina Silva (PSB) e pastor Everaldo (PSC).
De acordo com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, o debate é uma oportunidade para que as pessoas conheçam as propostas e projetos dos candidatos à presidência do Brasil. “Desta forma, o evento oferecerá elementos para que o eleitor possa discernir em quem vai votar, não apenas pensando em seus benefícios pessoais, mas no bem comum. Desejamos que o nosso eleitor exerça seu direito de cidadania com liberdade, responsabilidade e consciência, pensando no bem do país”, explicou.
Como será
O debate terá duração de duas horas, com plateia de até 8 mil pessoas, composta por bispos convidados, além de padres e presença de autoridades. O mediador do debate será o jornalista Rodolpho Gamberini, recém contratado pela Rede Aparecida de Comunicação. O programa chegará a mais de 70 milhões de eleitores em sinal aberto.
No primeiro bloco, os convidados irão responder a uma única pergunta elaborada pela presidência da CNBB, em ordem já definida por sorteio na presença dos representantes dos partidos. Cada candidato terá dois minutos para resposta.
Já no segundo bloco, os candidatos vão responder a perguntas propostas pelos bispos indicados pela CNBB, abordando temas como saúde, educação, habitação, reforma agrária, reforma política e lei do aborto. No terceiro bloco, os candidatos irão responder a perguntas de jornalistas das mídias católicas. O quarto bloco será de embate entre os postulantes à presidência. O último bloco será dedicado às considerações finais dos convidados.
Repercussão
De acordo com informações da organização, o debate vem ganhando repercussão na mídia nacional. Diversos veículos estão noticiando o evento, além das divulgações por TVs de inspiração católicas, blogs, sites de igrejas, de dioceses e do site oficial do Vaticano.
 Fonte: CNBB

Francisco: "sem a Mãe Igreja não podemos ir avante"

2014-09-15 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - Como sem Maria não teríamos Jesus, assim “sem a Igreja não podemos ir adiante”. É o que disse o Papa presidindo a Santa Missa na manhã desta segunda-feira, na capela da Casa Santa Marta, no dia em que celebramos a memória de Nossa Senhora das Dores.
A Liturgia – afirma o Papa Francisco - depois de nos ter mostrado a Cruz gloriosa, nos faz ver a Mãe humilde e carinhosa. Na Carta aos Hebreus, “Paulo enfatiza três palavras fortes”: ele diz que Jesus “aprendeu, obedeceu e sofreu”. “É o oposto do que havia acontecido com o nosso pai Adão, que não quis aprender que o Senhor mandava, que não quis sofrer, nem obedecer”. Jesus, no entanto, mesmo sendo Deus “se aniquilou, humilhou-se a si mesmo tornando-se servo. Esta é a glória da cruz de Jesus”:
“Jesus veio ao mundo para aprender a ser um homem, e sendo um homem, caminhar com os homens. Veio ao mundo para obedecer, e obedeceu. Mas essa obediência Ele aprendeu com o sofrimento. Adão saiu do Paraíso com uma promessa, a promessa que foi levada avante durante muitos séculos. Hoje, com esta obediência, com esse aniquilar a si mesmo, humilhar-se, de Jesus, aquela promessa se torna esperança. E o povo de Deus caminha com esperança certa. Também a Mãe, ‘a nova Eva’, como o próprio Paulo chama, participa deste caminho do Filho: aprendeu, sofreu e obedeceu. E torna-se Mãe”.
O Evangelho nos mostra Maria aos pés da Cruz. Jesus diz a João: “Eis a tua mãe”. Maria – afirmou o Papa - é ungida como Mãe”:
É esta é também nossa esperança. Não somos órfãos, temos Mãe: a Mãe Maria. Mas também a Igreja é Mãe e também é ungida Mãe quando faz o mesmo caminho de Jesus e de Maria: o caminho da obediência, o caminho do sofrimento e quando tem o comportamento de continuamente aprender o caminho do Senhor. Estas duas mulheres – Maria e a Igreja – levam adiante a esperança que é Cristo, nos dão Cristo, gerando Cristo em nós. Sem Maria, não existiria Jesus Cristo; sem a Igreja, não poderemos andar adiante”.
“Duas mulheres e duas Mães” – prosseguiu o Papa Francisco – e ao lado delas nossa alma, que como disse o monge Issac, abade de Stella, “é femenina” e assemelha “à Maria e à Igreja”:
“Hoje, olhando junto à Cruz esta mulher, firmíssima em seguir seu Filho no sofrimento para aprender a obediência; olhando-a, olhamos a Igreja e olhamos nossa Mãe. E também, olhamos nossa pequena alma que não se perderá, se continua sendo também uma mulher próxima a estas duas grandes mulheres que nos acompanham na vida: Maria e a Igreja. E como os nossos Pais saíram do Paraíso com uma promessa, hoje podemos ir adiante com uma esperança: a esperança que nos dá nossa Mãe Maria, firmíssima junto à Cruz, e nossa Santa Mãe a Igreja Hierárquica”.

Fonte: News.VA

Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores























“Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!”
Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.
A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.
Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.
Fonte: Canção Nova




Nossa Senhora das Dores-15 de Setembro- Liturgia Diária


Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, a prática do amor e da justiça revele tua ação no íntimo do meu coração, transformando-me em instrumento de tua misericórdia, que eleva a humanidade decaída.
Primeira leitura: Hb 5,7-9
Leitura da Carta aos Hebreus
7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 31
          — Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
— Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

— Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente. Porque sois justo, defendei-me e libertai-me; apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me!

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!

— Retirai-me desta rede traiçoeira, porque sois o meu refúgio protetor! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!

— A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.
 
 
Evangelho: Jo 19,25-27
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São João.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
O Cristo Jesus é a luz que ilumina todos os povos.Trecho dos relatos da infância, o nosso texto de hoje é parte de uma unidade literária mais ampla do que os poucos versículos que nos são oferecidos para a liturgia da palavra da festa de Nossa Senhora das Dores; devoção que remete o fiel à paixão e morte de Jesus. O episódio narrado pelo evangelho de hoje se situa no Templo de Jerusalém, no contexto da apresentação do menino Jesus ao Senhor. Quem toma a palavra neste breve relato é o velho Simeão, símbolo do Antigo Testamento, que, depois de um longo período de espera, vê a promessa de Deus se realizar. Essa nos parece ser a intenção do evangelista ao fazer com que Maria e José, tendo Jesus nos braços, se encontrem com Simeão e, depois, com a profetiza Ana, cujo nome é o mesmo da mãe de Samuel (1Sm 1,19-20). Se a cada noite a Igreja canta o nunc dimitis, é para proclamar diariamente a realidade da salvação oferecida indistintamente a toda a humanidade. O Cristo Jesus é a luz que ilumina todos os povos. As palavras de Simeão a Maria são a antecipação narrativa da paixão e morte de Jesus.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:
Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos,
para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes
de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 19,25-27, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
As mulheres e um discípulo assistem a crucifixão de Jesus. O Mestre não está só. Ali, ao pé da cruz, inicia-se a "comunidade dos crentes". Este aspecto é claro quando Jesus confia o discípulo à mãe e a mãe ao discípulo. Maria é indicada como mãe. Não com um nome, mas com uma função. Também o discípulo não é chamado pelo nome, mas como "discípulo que ele amava". Também uma função representativa. Maria e o discípulo têm, embora de modo diferente, relação com a Igreja. A mãe de Jesus torna-se Mãe do discípulo e de todos os discípulos. Desta forma pode-se concluir que a Mãe de Jesus, ao pé da cruz, tornou-se Mãe da Igreja. Assim também, o último ato de Jesus na cruz foi fundar a Igreja

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
O que o texto me diz no momento? Tenho Maria como minha Mãe? Como é meu relacionamento com ela? E meu relacionamento com a Igreja? Como se dá? Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: " Uma autêntica evangelização de nossos povos envolve assumir plenamente a radicalidade do amor cristão, que se concretiza no seguimento de Cristo na Cruz; no padecer por Cristo por causa da justiça; no perdão e no amor aos inimigos. Este amor supera o amor humano e participa no amor divino, único eixo cultural capaz de construir uma cultura da vida. No Deus Trindade a diversidade de Pessoas não gera violência e conflito, mas é a mesma fonte de amor e da vida. Uma evangelização que coloca a Redenção no centro, nascida de um amor crucificado, é capaz de purificar as estruturas da sociedade violenta e gerar novas estruturas. A radicalidade da violência só se resolve com a radicalidade do amor redentor. Evangelizar sobre o amor de plena doação como solução ao conflito deve ser o eixo cultural "radical" de uma nova sociedade. Só assim o Continente da esperança pode chegar a se tornar verdadeiramente o Continente do amor." (DAp 543).
Sinto-me membro de Corpo, cuja Cabeça é Jesus? Sou capaz de sofrer por causa de Cristo?

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Canto com o Padre Zezinho, scj,
Mater Dolorosa
Tu que, ao sangue do teu Filho mistura tuas lágrimas.
Tu, que sem perder teu brilho sufoca tuas mágoas.
Tu que tens teu Filho morto nos teus braços de mulher
Ora pelas mães! Ora pelas mães!
Pelas mães dos assassinos
Pelas mães dos que morreram
Todas elas vestem luto
Pois morreram com o filho
Ora pelas mães que estão sem paz
Pois nelas a violência dói bem mais
Ora pelas mães que estão sem paz
Pois nelas a violência dói bem mais.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre.
Vou demonstrar pela vida que vivo como Igreja da qual Maria é a Mãe. Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica

A alegria do encontro na missão e na vida

geovane160Por Padre Geovane Saraiva*
A aspersão da água pelos ministros, por ocasião das celebrações eucarísticas e nas mais diversificadas ocasiões de bênçãos, simboliza a manifestação da graça, do perdão e da alegria, tendo Jesus Cristo como água viva, a deixar as pessoas compungidas e purificadas das suas mazelas diárias. Da parte dos ministros, como é indispensável uma disposição e alegria interior, a causar nas pessoas um reconhecimento da ação de Deus em suas próprias vidas, proporcionando-lhes um não indiferentismo e uma profunda alegria. A respeito dessa alegria interior dos ministros é oportuno relembrarmos as palavras do Papa Francisco: “Não se pode anunciar a Jesus Cristo com cara de cemitério”.
Jesus é o Messias, o Filho do Deus que devia vir ao mundo, na declaração tão solícita e publicamente anunciada por Marta, irmã de Lázaro, em um profundo gesto de quem muito o amava (cf. Jo 11, 19-27), dando-nos sempre mais a certeza de que o amor é o mandamento que o Senhor nos deixou, aquele mesmo amor que foi derramado em nossos corações, que por virtude do Espírito Santo nos foi dado (cf. Rm 5, 5). A alegria e a felicidade consistem na clara consciência de que Jesus possui o Espírito Santo na plenitude, e é desta plenitude que os membros do corpo místico de Cristo participam na medida em que Cristo o quiser dar (Ef 1, 8; 4,7). As dificuldades são diversas, mas chorar e perder a esperança, jamais! Jesus se apresenta como aquele que se ofereceu por nós na cruz, e que se imola continuamente em nossos altares, na eucaristia. E aqui é importante recordar o cientista francês Blaise Pascal (1623-1662), no seu ardente desejo de realização: “O prazer dos grandes homens consiste em poder tornar os outros felizes”.
É Deus Nosso Senhor, pelo seu Espírito ao agir na criatura humana, que a faz gostar verdadeiramente da realidade que transcende o plano terreno, na direção do sobrenatural, numa íntima união da criatura com o Criador, prevalecendo: “Pensai nas coisas do alto e não nas da terra” (Cl 3,2). Recordo aqui as palavras do Papa Francisco em 04/09/2014: “O lugar privilegiado para o encontro com Jesus Cristo são os nossos pecados. Quando o cristão não é capaz de se sentir um pecador, salvo pelo sangue do Cristo crucificado, ele se torna um ‘meio-cristão’, um ‘cristão morno’. E quando encontramos Igrejas decadentes, paróquias decadentes, instituições decadentes, quer dizer que certamente os cristãos que estão ali nunca encontraram Jesus Cristo ou se esqueceram de seu encontro com Ele. A força da Palavra de Deus e da vida cristã reside naquele preciso momento, em que eu, pecador, encontro Jesus Cristo, e aquele encontro transforma a minha vida e dá a força de anunciar aos outros a salvação”.  Só assim é que podemos perceber a segurança advinda do Amor Divino, que quer sempre edificar os projetos dos nossos corações (cf. 1Cr 4,1-5).
Entre os grandes homens, os heróis da galeria da fé, os que deixaram um legado indelével para a humanidade, em prol da dignidade da pessoa humana e de sua própria realização, destaca-se Charles de Foucauld (1858-1916). Sua vida foi toda voltada para Deus, ao se fazer presença viva e silenciosa do Cristo aonde a Igreja precisava ser marcada pelo Espírito Santo de Deus, na dimensão do deserto e da contemplação do absoluto de Deus, mesmo sem o tradicional mosteiro. Foi exatamente no antagonismo que ele soube perceber os sinais de Deus, como monge, padre, missionário e eremita, no Deserto do Saara. E lá assim ele orava: “Meus Deus, entrego minha vida em vossas mãos, eu vo-la dou, meu Deus com todo o amor do meu coração”.
De maneira similar, como as palavras da Mãe de Deus, ao visitar sua prima Isabel, nos colocam para cima: “Minha alma engrandece o Senhor e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador”.  Também as palavras de Zacarias, esposo de Isabel e pai de João Batista, ao recuperar sua voz, no cântico de júbilo: “Bendito seja o Senhor Deus de Israel que visitou seu povo, que lhe trouxe a salvação”. Sem esquecer o velho Simeão, desejoso da vinda do Messias, no alegre hino de louvor: “Agora podes deixar o teu servo partir em paz, porque já vi a salvação preparada para os povos de todas as nações”. Por fim, guardemos a alegria do místico Padre de Foucauld, que fez de sua vida um profundo ato de amor: “Tão logo que acreditei que existia um Deus, compreendi que não podia fazer outra coisa, senão viver só para Ele”. Assim seja!
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, colunista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal – Pároco de Santo Afonso – geovanesaraiva@gmail.com

Lançamento da Campanha Missionária 2014

missao200O Conselho Missionário Diocesano – COMIDI realizou no dia 13 de setembro, das 8h às 12h, no Centro de Pastoral, Maria Mãe da Igreja, uma Formação Missionária para o Lançamento da Campanha Missionária 2014, tendo como facilitadora Elenice.
LANÇAMENTO DA CAMPANHA MISSIONÁRIA 2014
O mês de outubro é, para a Igreja Católica em todo o mundo, o período no qual são intensificadas as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da Missão universal. O objetivo é despertar a consciência, a vida e as vocações missionárias, bem como realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo de outubro (este ano dias 18 e 19). As ofertas são utilizadas para sustentar atividades de promoção humana e evangelização em todo o mundo.
Tema:
A Campanha Missionária 2014 retoma essa reflexão ao propor o tema “MISSÃO PARA LIBERTAR”, e o lema: “Enviou-me para anunciar a libertação” (Lc 4, 18).
A formação é indispensável, para que possamos “redescobrir, cultivar e testemunhar” para que o Senhor “conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos”(PORTA FIDEI, 2).
Informações com Pe. Luciano pelo telefone (85) 8855 0072.