sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Epifania de Nosso Senhor Jesus Cristo - A


Por: Padre Wagner Augusto Portugal


Estimados irmãos e irmãs,

Com a festa de hoje, a Epifania, nós encerramos o tempo litúrgico do Natal. A Epifania é a magna celebração da manifestação de Deus ao mundo, na figura dos reis magos que, representando o mundo inteiro, vão adorar ao menino Jesus na gruta de Belém.

A liturgia de hoje retoma o tema da luz – luz que brilha não só para o povo oprimido de Israel, mas para todos os povos, segundo a visão do profeta universalista que escreveu o fim do livro de Isaías, conforme se viu na proclamação da Primeira Leitura(Is 60, 1-6). A adoração universal em Jerusalém é anunciada em Is 9,1 a nova luz para a região da Galiléia, despovoada pelas deportações(732 aC). Duzentos anos depois, um profeta da escola de Isaías repete a mesma imagem, aplicando-a a Sião, ao povo de Judá que, de volta do exílio, se meteu em reconstruir a cidade e o templo(Is 60,1). “Torna-te luz”, esquece a fadiga e o desânimo, Deus está perto. As nações devolvem a Israel seus filhos e filhas que ainda vivem no estrangeiro, e oferecem suas riquezas ao Deus que realmente salva seu povo. No Novo Testamento, os magos que vêm do Oriente realizam esta profecia; a eles, o Cristo apareceu como a misteriosa “luz”.

São Paulo, na sua carta aos Efésios(Ef 3,2-3a.5-6), comenta na segunda leitura que a revelação é um mistério de Deus também para os pagãos. Não só para os crentes, mas a salvação, por Jesus, foi inaugurada para todos. Os gentios, portanto, passam a participar das promessas divinas em Jesus Cristo. As promessas do Antigo Testamento se dirigem a Israel. Mas Deus vê mais longe. Isso, já os antigos profetas o sabiam, mas o judaísmo o esqueceu. Até Paulo o aprendeu com surpresa: a revelação do grande mistério, de que também os gentios são chamados à paz messiânica; e a revelação de sua missão pessoal, de levar esta Boa-Nova aos pagãos.

Irmãos e Irmãs,

A Festa da Epifania, no Brasil, tem um significado muito popular, porque é conhecida aqui em Minas como a festa dos Santos Reis, com as populares “folias de reis”. A festa de hoje, conforme nós vemos pela tradição, é a festa em que os magos, representando a humanidade inteira, reconheceram, no Menino de Belém, o Filho de Deus Salvador. Nos dias atuais, o homem cada vez mais dominando as técnicas do conhecimento, dever ser o homem da fé, que dobra o joelho em adoração diante do “Menino que nos foi dado”, da parte de Deus, e reconhecer neste Menino a divindade em carne humana. Em Deus Menino, que não mostra mais que aparência de criança comum, está o Deus e o Senhor do Universo, Ele vem humilde para reatar a amizade entre a terra e o céu.

Caros irmãos,

A Epifania nada mais é do que a adoração dos magos do Oriente. No novo povo de Deus, não importa ser judeu ou gentio, mas importa a fé. O Evangelho de hoje(Mt 2,1-12) termina com a missão de evangelizar “todas as nações”(Mt 28,18-20). Mas já no início, os “magos” representam esta realidade. Em oposição a eles, os doutores judaicos de Jerusalém sabiam onde devia  nascer o Messias, mas a estrela da fé não os conduziu até lá.

Estimados Irmãos,

A figura de Herodes, o grande, o Rei inescrupuloso que construiu suntuosos palácios e era o Rei da Judéia, deve estar bem presente, porque o facínora queria cooptar dos Magos o lugar em que estava o Salvador. 

Se a literatura bíblica soube afirmar quem era Herodes, não teve a sutileza de demonstrar quem eram os Reis Magos. A tradição foi passada de geração em geração dizendo que eram três os Magos: Belquior, Baltasar e Gaspar, o Negro, representando assim a humanidade pelas três raças: branca, negra e amarela. Os Magos não eram reis. Mas foram elevados a condição de Reis para serem valorizados diante do orgulho do falso Rei Herodes.

Mas o que os Magos levaram para Jesus? Os presentes foram significativos: ouro, incenso e mirra(Cf Mt 2,11). Ouro para significar a realeza de Jesus; incenso para significar a divindade de Jesus e mirra – uma resina cheirosa, em pó ou líquido, usada para perfumar e compor os óleos sagrados, porque Cristo quer dizer “ungido”.

Meus irmãos,

A estrela de Belém significa o firmamento que desce das alturas para reverenciar seu Criador, agora na gruta de Belém. Afinal, Jesus não veio só para salvar o homem, mas para redimir a natureza inteira, incluídos os animais e os astros. 

Na festa da Epifania, naquele poético cenário de Belém, ainda estavam os animais representados pelo boi, pelo burro, pelas pedras, pelas plantas, todas as categorias estavam lá no teatro do nascimento do Divino Infante. O universo criado por amor, se inclina humilde e reverente diante do Criador que, por amor, se fez criatura semelhante a todas as criaturas, sem deixar sua condição divina. O Doutor Angélico viu nos pastores os homens de perto, e nos magos viu os homens de longe: o perto e o longe se encontram hoje aos pés de Jesus, porque, a partir de agora, não existem distâncias possíveis de separar Deus e a humanidade, o Criador e as criaturas. E muito menos separação entre os homens e mulheres. São Paulo, na magnífica página bíblica de hoje, nos confirma que a Salvação vem para todos e por isso devemos nos tratar como irmãos. Aqueles que estão excluídos ou a margem da Igreja devem se sentirem incluídos. E os incluídos devem perdoar mais e amar sempre.

Meus irmãos,

A Epifania é a festa dos pobres, dos humildes. Devemos entrar no contexto da pobreza do teatro do nascimento do Salvador, porque hoje o Menino se mostra, se revela a todos, e todos, conhecendo a sua origem divina e sabendo seu destino de redentor dos homens, se prostram cheios de fé confiança inabalável.

A manifestação de Deus aos homens em individual somente ocorrerá quando o homem reconhecer sua condição de criatura limitada e procurar o Salvador, o Senhor Jesus. Só aos humildes se revela hoje o Filho de Deus. Na medida em que nos fazemos pequenos Deus se manifestará a cada um de nós. Pobre e indefeso, Jesus é o não-poder. Ele não se defende, não tem medo. Em redor dele se unem os povos que vem de longe: “E avisados, num sonho, voltaram por outro caminho”(Mt 2,12). O Caminho, na Bíblia é o símbolo da opção de vida da pessoa. Os reis magos optaram por obedecer à advertência de Deus; optaram pelo Menino Salvador, contra Herodes e contra todos os que rejeitam o “menino”, matando vida inocente.

A Igreja Católica é una e universal, mas ela pode coexistir no seu seio bendito “diversos modos” de viver a única fé. A Igreja Católica não pode ser apenas branca, negra, ou nem mesmo amarela. Ela é para todas as raças. Também Ela não pode ser proletária, burguesa, capitalista, ao contrário, a Igreja está aberta para todos. O cristão autêntico não pode refutar aprioristicamente a novidade ou a originalidade por si mesmas, mas deve antes verificar se não são elas apenas uma nova dimensão da fé no único Cristo. Muitas experiências atuais, que às vezes escandalizam os defensores da uniformidade – não da unidade – são o sinal do vigor da vida da Igreja. Cristo nos dá o sentido de tudo: Ama a Deus com todo o teu coração; amai-vos uns aos outros como eu vos amei(Mc 12,30; Jo 13,34). A festa da Epifania nos ensina o sentido eclesial correto: a estrela que devemos seguir para atingir o nosso autêntico e único centro da Unidade é Jesus Cristo, o Salvador que nos foi dado.

Que nós possamos hoje reconhecer o Salvador e fazer uma radical opção pelo seu seguimento. Amém!

Epifania do Senhor

padre-Brendan200Domingo, dia 5 de janeiro de 2014 a Igreja Católica celebra a Epifania do Senhor: a manifestação do Messias a todos os povos do mundo. Epifania significa “manifestação”. Recorda para nós a adoração do Menino Deus pelos três Magos, representantes do mundo inteiro conhecido naquele tempo. Encontramos a história dos Magos no Evangelho de Mateus (Mt 2, 1-12). O evangelista apenas afirma que alguns Magos do Oriente foram adorar o Menino Jesus. Não diz quantos, nem cita nomes, não afirma que eram reis e também não descreve a cor de sua pele. Estes detalhes foram acrescentados no decorrer dos séculos. Historicamente falando, a Festa dos Magos ou da Epifania é uma duplicata: enquanto o ocidente celebrava Natal no dia 25 de dezembro, no 4º. Século introduziu-se ali, também a festa natalina dos cristãos orientais, a Epifania, celebrada no dia 6 de janeiro. Será difícil dizer se os Magos eram sacerdotes persas ou astrólogos babilônicos. Moravam no Oriente, o que pode significar a Arábia, a Babilônia, a Mesopotâmia ou a Pérsia. A julgar pelos presentes que traziam teriam vindo da Arábia. Porém, é mais provável que fossem sábios astrólogos da Babilônia que conheciam o messianismo judaico. O número tradicional (os três magos) baseia-se, provavelmente, apenas no número dos presentes.
Os nomes Melchior (raça branca), Baltassar (raça amarela) e Gaspar (raça negra) só são mencionados a partir do 7º. Século. Peritos como Beda os consideram representantes da Europa, da Ásia e da África. A Igreja Católica considerou os presentes como símbolos da pessoa e do mistério de Jesus: realeza (ouro), divindade (incenso), morte e sepultura (mirra). A estrela tradicionalmente é considerada o sinal de Deus que lhes apresentava Jesus como o Rei-Messias, embora, provavelmente, foi à luz brilhante do planeta Júpiter, que naquele ano ficou numa linha reta com o planeta Saturno na frente da constelação Pisces. Na noite do Natal, o Menino Deus recebeu a visita dos humildes pastores que representam os pobres da humanidade inteira. Nascendo em chocante pobreza e revelando-se primeiramente aos pobres, Jesus quis mostrar que Deus os ama muito. Mas Jesus é o salvador de toda humanidade, por isso ele recebe a visita dos Magos, estrangeiros, ricos e letrados. Os Magos viviam em países longínquos, que o povo de Israel lembrava com certa amargura: a Babilônia do exílio; a Arábia, terra inóspita para os Israelitas. E agora, representantes dessas terras vão adorar o Messias na cidade de Davi, Belém. O Menino Deus nascido em Belém atraiu os que viveram longe dele, quer geográfica, quer cultural ou ideologicamente. Mas que lê o Novo Testamento percebe imediatamente que a atração exercida por Jesus envolve os social e religiosamente afastados. Jesus se aproximou da samaritana, da pecadora e da adúltera. Quem seriam esses afastados social e religiosamente hoje? Sem dúvida, os pobres, as crianças abandonadas, os camponeses sem terra, os favelados, os operários sem salários justos, os desempregados, os subempregados, os velhos abandonados, os doentes, os drogados, os soropositivos, os analfabetos, os encarcerados etc. Os Magos simbolizam os homens e mulheres de todo o mundo que buscam a Deus. Jesus não é privilégio de nenhuma raça, de nenhum grupo, de nenhuma classe social. Nasceu e morreu para a salvação de todos: pobres e ricos; das raças branca, amarela e negra; dos analfabetos e pessoas intelectualmente sofisticados; de pessoas de ideologias divergentes e de religiões diferentes. Imitando os Magos, toda essa gente também precisa hoje encontrar Jesus como sinal da salvação e libertação. Que a Estrela de Belém brilhe para todos os leitores do jornal site da Arquidiocese de Fortaleza durante o ano 2014.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB – Reg. NE1

Comissão envia carta aos responsáveis pela evangelização da juventude

000juventudeO presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, dom Eduardo Pinheiro, enviou carta aos párocos e responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil, na qual recorda o Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil. Dom Eduardo faz um apelo para que “todos os que apostam sua vida, seu ministério, sua consagração, seus sonhos na juventude: leiam, conheçam, estudem, divulguem e busquem aplicar as conclusões deste Encontro de Revitalização”. Confira, na íntegra, o texto:
Caros párocos e demais responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil.
“Quem tiver ouvidos, ouça!” (Mt 13, 8-9)
Um novo ano se descortina a nossa frente! Agradeçamos a Deus por mais este presente!
Depois de um ano intenso de atentos olhares, bons sentimentos, fortes esperanças com relação aos jovens agora entramos em 2014 confiantes de que nossa Igreja do Brasil, além do muito que já realizou a favor deles, sente-se mais animada para abraçar com criatividade novas formas de incrementar a evangelização da juventude. Ainda sentindo ressoar em nossos ouvidos as palavras do nosso Papa Francisco, queremos fazer valer, para o mundo juvenil, a “cultura do encontro, da acolhida, da ternura, da solidariedade”. Os jovens se sentem tocados por esta provocação profética e estão abertos a operacionalizá-la! Nós, adultos acompanhantes da juventude, nos sentimos responsabilizados a proporcionar espaços e ocasiões para que este ideal se torne realidade; e que esta realidade, construída e vivida sob o exercício do protagonismo juvenil, perpasse nossas comunidades, tornando-as, cada vez mais, fonte de vida para todos.
No final de 2013, de 11 a 15 de dezembro, como encerramento do Ano da Juventude e abertura de um novo tempo, realizamos um significativo e histórico encontro nacional em vista da Revitalização da Pastoral Juvenil no Brasil. Foram quatro dias intensos, com palestras, reuniões de grupo, convivência e celebrações. Éramos mais de 350 pessoas representando 160 dioceses e diversas expressões juvenis ligadas às Pastorais da Juventude (67 pessoas), aos Movimentos Eclesiais (50 pessoas), às Novas Comunidades (40 pessoas), às Congregações Religiosas (38 pessoas). Lideranças adultas e jovens se debruçaram para celebrar os acontecimentos juvenis de 2013 e escutar a voz de Deus para os novos rumos aos quais Ele convida a nos voltarmos. O espírito de unidade e o desejo de acertar foram abençoados por Deus que nos concedeu sérias reflexões e crescimento no ardor pastoral.
O eixo pelo qual caminhamos no encontro foi o Documento 85, Evangelização da Juventude: Desafios e Perspectivas Pastorais, lançado em 2007 e que tem sido a base principal das atividades pastorais de todos aqueles e aquelas que acreditam na Igreja jovem e nos jovens de nossa Igreja e da sociedade. Mais especificamente, nos apoiamos nas 8 Linhas de Ação, apresentadas no terceiro capítulo do referido documento, e ali enriquecemos os grandes sonhos com as novidades que o Espírito Santo tem nos provocado nos últimos tempos.
E aqui faço um forte apelo a todos os que apostam sua vida, seu ministério, sua consagração, seus sonhos na juventude: leiam, conheçam, estudem, divulguem e busquem aplicar as conclusões a que chegamos, juntos, neste Encontro de Revitalização! A metodologia dos trabalhos do encontro nos conduziu a três grandes momentos decisivos à luz das 8 Linhas de Ação. Primeiramente, foram definidas, em espírito de comunhão, as PISTAS DE AÇÃO que valham para todas as expressões juvenis, Dioceses e Regionais do Brasil. Depois, a partir delas, tanto os Regionais da CNBB quanto os quatro grandes grupos (Novas Comunidades, Congregações Religiosas, Movimentos Eclesiais, Pastorais da Juventude) se dedicaram em destacar suas prioridades para os próximos anos (conferir Anexos). Riqueza adquirida que não pode ser escondida, muito menos, perdida no encontro do mês passado!
A síntese dos trabalhos e o rico material utilizado durante todo o encontro, inclusive com vários eslaides que poderão servir para o trabalho pastoral local, encontram-se disponibilizados no site www.jovensconectados.org.br . Acessem e divulguem esta fonte que iluminará os seus trabalhos destes próximos anos. Infelizmente, nem todos os líderes adultos e juvenis pertencentes às Dioceses, Congregações Religiosas, Movimentos Eclesiais, Pastorais da Juventude, Novas Comunidades, puderam participar. Seria uma pena se alguém que aceitou assumir com coragem e disponibilidade o trabalho de evangelização da juventude em nosso país não conhecesse nem se esforçasse em aplicar o que, juntos, sonhamos e elaboramos a favor dos jovens do Brasil! Vale a pena também iluminar-se pelo texto recém-publicado pela Seção Juventude do CELAM: “Civilização do Amor: Projeto e Missão”. Uma vez lançado na versão portuguesa durante o encontro de dezembro, pode ser adquirido pelo site das Edições CNBB.
Alegres por constatar tantas coisas bonitas que já vêm sendo realizadas em prol da juventude, ousamos dar mais alguns passos em conjunto. O reconhecimento do valor da diversidade de nossas expressões e a força da unidade, purificarão nossos projetos, fortalecerão nossos ideais, preencherão nossos sentimentos, provocarão ainda mais nossa vocação de discípulos missionários de Jesus Cristo. Ele nos chama, nos consagra, nos envia, caminha conosco e nos desafia, no interno de nossas organizações e na sociedade a qual somos enviados, a sermos, com os jovens, profetas da paz e promotores de vida em abundância.
Com estima e orações, desejo a todos e todas um FELIZ ANO NOVO de muitas boas colheitas! As bênçãos que Deus derramou em nosso chão brasileiro nos últimos anos a favor da juventude continuem encontrando corações abertos para o favorecimento da beleza e da força destas sagradas sementes! Sementes que vieram para dar frutos, pois “caíram em terra boa” e, por isso, devem render “cem, sessenta e trinta frutos por um. Quem tiver ouvidos, ouça!” (Mt 13, 8-9).
Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

“A Europa necessita de vossa fé”, diz o papa aos jovens de Taizé


000taizO secretário de Estado do Vaticano, dom Pietro Parolin, enviou, em nome do papa, uma mensagem aos participantes do 36º Encontro Ecumênico Europeu de Jovens, promovido pela comunidade de Taizé, em Estrasburgo, França, de 28 de dezembro a 1º de janeiro.
Na mensagem, os jovens são lembrados sobre a necessidade de compromisso, fé e coragem, diante dos momentos difíceis que a Europa enfrenta. “Sois conscientes de que a divisão dos cristãos constitui um obstáculo para o cumprimento da missão confiada à Igreja e que a credibilidade da mensagem cristã seria muito maior se os cristãos deixassem de lado suas divisões”, afirma o arcebispo.
“O papa compartilha com vocês a convicção de que podemos aprender muito uns com os outro, e que as realidades que nos unem são muitas. E conta com vocês para que, por meio da fé e do testemunho, o espírito de paz e reconciliação do Evangelho irradie entre os vossos contemporâneos”, acrescenta.
A mensagem termina com a benção do papa aos jovens participantes da reunião, aos irmãos de Taizé, assim como aos pastores e a todos os que acolhem aos jovens na Alsacia e Ortenau.
O encontro reuniu cerca de 30 mil jovens de toda a Europa para um momento de aprofundamento da fé, oração e testemunho.
Fonte: CNBB

Mensagem a dom Fernando Panico por ocasião do 13º Intereclesial

cnbbO secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, divulgou hoje, 2, mensagem enviada ao bispo da diocese de Crato (CE), dom Fernando Panico, por ocasião do 13º Intereclesial, que acontecerá de 7 a 11 de janeiro, em Juazeiro do Norte (CE). No texto, o secretário geral fala sobre o encontro de dom Fernando com o papa Francisco. Na ocasião, dom Fernando entregou ao pontífice os estudos sobre Padre Cícero. “Os participantes do Intereclesial terão a oportunidade de ver o carinho e o afeto do nosso povo para com o Padre Cícero”, afirma dom Leonardo. Segue, na íntegra, a mensagem.
Brasília, 02 de janeiro de 2014
SG. Nº. 0002/14
Excia Dom Fernando Panico
Bispo da Diocese de Crato
Caro irmão,
Paz e Bem!
Um abençoado Ano Novo!
Aproxima-se a celebração do 13º Intereclesial da Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, a realizar-se de 07 a 11 de janeiro de 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, tendo como tema “Justiça e profecia a serviço da vida” e lema, “Romeiras do Reino no campo e na cidade”.
A Diocese do Crato percorreu um longo caminho de preparação. Os/as romeiros/as do Intereclesial encontrarão tudo preparado e sentir-se-ão em casa, vindos/as de todas as partes do Brasil.
Dom Fernando, senhor esteve recentemente com o Santo Padre Francisco com a finalidade de entregar a ele os estudos sobre Padre Cícero. Os participantes do Intereclesial terão a oportunidade de ver o carinho e o afeto do nosso povo para com o Padre Cícero. A religiosidade popular, tão enraizada na alma dos nossos fieis, nos ajude na missão evangelizadora da Igreja.
Quero agradecer ao senhor, aos padres, religiosos e religiosas, aos leigos, a todas as pessoas de boa vontade que prepararam o Intereclesial e estão prontos para receber os irmãos e irmãs.
Nossa Senhora da Penha, Padroeira da Diocese do Crato, acompanhe a todos.
Em Cristo Jesus,
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

A fé nos torna únicos diante de Deus


Jesus passava pela cidade de Jericó e, ali, havia um homem chamado Zaqueu, que era um dos funcionários do Império Romano, muito rico e cobrador de impostos. Algo havia acontecido no coração deste homem, pois, ao saber que o Senhor iria passar por ali, ele procurou uma forma de ver quem Ele era. O Espírito Santo já trabalhava no coração de Zaqueu, dizendo a ele que Jesus iria transformar a sua vida e, no meio de toda aquela multidão, ele se tornou único pela fé que teve. Quando temos fé, nós nos destacamos diante de Deus.

Imaginem a exposição que Zaqueu viveu ao subir naquela árvore para conseguir ver Jesus. Ele era um homem detestado pelo povo, e por sua estatura baixa, deve ter ouvido muitas piadas e brincadeiras de mau gosto. Mas, naquele momento, alguma coisa forte aconteceu no coração dele, pois, imediatamente, ele expôs sua fragilidade e subiu naquela árvore para conseguir ver o Senhor. E, ao passar por toda a multidão, Jesus parou diante de Zaqueu.

A fé faz com que Deus pare diante de nós e estabeleça um relacionamento conosco. Isso não é um privilégio de alguns, mas uma decisão acessível a todos. Naquele momento, muitos estavam, ali, por curiosidade, mas Zaqueu estava por um chamado do seu coração, e a sua fé fez com que ele vivesse algo diferente de todos.

Jesus parou diante do cobrador de impostos e lhe disse: "Desça depressa, Zaqueu, porque, hoje, preciso ficar em sua casa." Então, ele desceu e recebeu, com muita alegria, Jesus em sua casa. Quando isso aconteceu, duas posturas se destacaram. Muitos começaram a recriminar Jesus, dizendo que era um absurdo Ele se hospedar na casa de um pecador; por outro lado, Zaqueu se converteu e assumiu uma nova postura para sua vida. É fácil perceber quando uma pessoa, pela presença de Deus, vive uma conversão.

Zaqueu foi ali só para ver Jesus, mas o Espírito Santo já o havia preparado para receber o Senhor e agido em seu coração para que ele vivesse essa transformação e se tornasse uma pessoa nova.

Ninguém recebe Jesus se, antes, o Espírito Santo não o preparar para recebê-Lo. Quando o Espírito entra no coração de alguém, Ele muda completamente o jeito de ser dessa pessoa e ela começa a ter iniciativa, responsabilidade e a não depender mais da fraqueza ou do erro dos outros para ficar bem ou fazer o que deve ser feito.

Quando uma pessoa recebe a visita de Deus, todos os dias para ela se tornam maravilhosos. Independente do bom ou mau humor das pessoas, do dinheiro, das metas e conquistas, ela fica bem. A alegria e a felicidade que estão na pessoa não dependem dos acontecimentos exteriores, mas da fé que ela tem no Senhor.

É diante do Pai que encontramos forças para nos levantarmos e seguir em frente. A força do Espírito Santo não permite que ela se abale com bons ou maus tratos, porque, agora, ela tem a habilidade de responder diferente a qualquer situação.

Você tem a força do Espírito Santo para responder diferente. Zaqueu ouviu muitas pessoas dizendo que ele não prestava. Nessa hora, ele poderia ter feito algo de ruim para se vingar dessas pessoas, fazer algo de mal a elas, mas não! Ele não tirou os olhos de Jesus e, diante dessa afronta, decidiu dar metade de tudo o que tinha a quem precisasse e restituir quatro vezes mais a quem ele havia prejudicado. Essa é a resposta que um homem de Deus dá diante das afrontas da vida.

Se você está vivendo dias ruins, dê uma resposta diferente. Você é uma pessoa de Deus e Ele vai virar essa situação a seu favor. Acredite e apegue-se ao Senhor. Isso é ter fé! A fé o faz único diante de Deus, e ela está ao seu alcance, basta você querê-la.

É hora de você se colocar de pé diante de Jesus, porque, hoje, Ele escolheu entrar na sua casa e na sua vida para lhe trazer a Boa Nov. Quem tem Deus consigo pode tudo, supera tudo e tudo alcança.

O Espírito Santo, que está sobre você neste momento, quer fazer de você uma pessoa nova, que toma nas mãos a responsabilidade da sua vida para dizer: "Eu vou me levantar, pois com Jesus eu posso mais."

O Senhor entrou na vida de Zaqueu, mas ele precisou fazer algumas coisas para sua transformação se concretizar. Ele tomou a iniciativa de fazer as coisas acontecerem. Deus também entra na nossa vida, mas nós precisamos mudar o rumo dela para ver a transformação acontecer.

Peçamos a Ele a graça de termos força e sabedoria diante de momentos difíceis e olharmos sempre, positivamente, para as mudanças. Roguemos ao Espírito Santo que venha, em nome de Jesus, fazer de nós homens e mulheres novos.

Márcio Mendes- Canção Nova

Liturgia Diária

Sexta-feira antes da Epifania
03 JANEIRO

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos: 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém

Oração:
Espírito solidário com os pecadores, faze-me colaborar na obra da salvação, levando a todos a luz trazida por Jesus. Amém
Primeira leitura: 1Jo 2,29-3,6
Leitura da primeira Carta de São João
Caríssimos: 29Já que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele. 3,1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 4Todo o que comete pecado, comete também a iniqüidade, porque o pecado é a iniqüidade. 5Vós sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados e que nele não há pecado. 6Todo aquele que peca mostra que não o viu, nem o conheceu.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 98
          - Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

- Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

- Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!

- Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, nosso Rei! 
 
 
Evangelho: Jo 1,29-34
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São João.
          - Glória a vós, Senhor.

        29No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel".
32E João deu testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: 'Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo'. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!"
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Jesus é o Cordeiro de Deus.
A festa do “Santíssimo nome de Jesus” remonta ao século XV, e se deve ao empenho de São João Capistrano e São Bernardino de Sena. No Missal Romano em vigor, é memória facultativa. Como se pode notar, o nosso texto não faz nenhuma menção à imposição do nome de Jesus. Ela é própria aos evangelhos de Mateus e Lucas (cf. Mt 1,21-23; Lc 2,21). Toda vez que, no quarto evangelho, a palavra é cedida a João Batista, ele a utiliza para dar testemunho (cf. 1,34) de Jesus. No quarto evangelho, João Batista tem relevância em razão do seu testemunho (cf. 1,6-9). Há quatro afirmações cristológicas importantes: a preexistência do Verbo (v. 30; cf. vv. 1-3); Jesus é o Cordeiro de Deus, cujo sacrifício resgatou o ser humano para Deus (v. 29); ele é, ainda, aquele em quem o Espírito Santo permanece (vv. 32-33); e, finalmente, ele é o Filho de Deus (v. 34; cf. v. 18). A visão de João mencionada no v. 34 não é estética nem exige o exercício ótico. É um movimento próprio da experiência da fé, através do qual a revelação de Deus é acolhida e compreendida em nossa carne.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.


1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o Evangelho do Dia - Jo 1,29-34
Vendo Jesus que vem em sua diração, João testemunha, reconhecendo Jesus com três títulos: Cordeiro de Deus, "Quem batiza com o Espírito Santo" e Filho de Deus. É o Cordeiro de Deus que tem a missão do sacrifício para a expiação dos pecados. É o que batiza com o Espírito Santo, despertando uma vida nova. É o Filho de Deus de quem procede toda graça e salvação.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
O nosso batismo deriva do batismo de Cristo. Ser batizado é ser incorporado a Cristo, é receber o Espírito Santo, é aceitar os desafios provenientes do anúncio do Evangelho. Ser testemunha de Cristo como João Batista é reconhecer que ele é o Filho de Deus. Ser imerso na água do batismo é aceitar morrer ao pecado. Aquele que recebe a água do batismo nasce para a ressurreição e para a vida eterna (Rm 6, 4-5).
Em Aparecida, disseram os bispos: "Jesus é o Filho de Deus, a Palavra feito carne (cf. Jo 1,14), verdadeiro Deus e verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens. Sua vida é uma entrega radical de si mesmo a favor de todas as pessoas, consumada definitivamente em sua morte e ressurreição. Por ser o Cordeiro de Deus, Ele é o Salvador. Sua paixão, morte e ressurreição possibilita a superação do pecado e a vida nova para toda a humanidade. N’Ele, o Pai se faz presente, porque quem conhece o Filho conhece o Pai (cf. Jo 14,7).

103. Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos “a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus” (Mc 1,1). Como filhos obedientes á voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n’Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação." (DAp 102 e 103).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Renovo o meu Batismo, renovando a minha fé e meu compromisso cristão.
Creio em Deus-Pai, todo poderoso,
criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo seu único filho, Nosso Senhor,
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo,
nasceu da Virgem Maria
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu a mansão dos mortos,
ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus,

está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso,
de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica,
na comunhão dos Santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne,
na vida eterna.
Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou viver a minha vida cristã coerente com meus compromissos de contínua conversão e de testemunho de minha fé.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica