sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dia de Finados

O dia 2 de novembro de 2014 é o Dia de Finados, quando recordamos com saudades a memória de nossos mortos. Visitamos respeitosamente nos cemitérios, os túmulos de nossos parentes e amigos já falecidos. O encontro da cultura cristã com a cultura celta deu origem à comemoração do Dia de Finados. Os celtas – povos que habitavam a região da atual Irlanda – tinham no seu calendário a festa conhecida como “Samhain”. Nesse dia os celtas acreditavam que os dois mundos – o dos vivos e dos mortos – ficavam muito próximos e eles celebravam essa comunhão. Desde o século l, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, aqueles aos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. O abade do Mosteiro de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. E os papas Silvestre ll (996) e João XVll (1012) convidaram a comunidade cristã a dedicar um dia cada ano aos mortos. No século Xl, o calendário litúrgico cristão incorporou o Dia de Finados, que deveria cair no dia 2 de novembro para não se sobrepor ao Dia de Todos os Santos, comemorado no dia 1º naquela época. Este ano a Festa de Todos os Santos será celebrada no domingo dia 3 de novembro.
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Nossa sociedade de consumo e tecnologicamente avançada faz tudo para que se esqueça da morte. Frequentemente um amigo morto já é sepultado antes que as notícias de seu falecimento cheguem a nós. Para muitos, participar na Missa de 7º. Dia é uma mera formalidade social sem qualquer significado religioso. A morte não é o simples fato biológico da cessação do nosso existir. É o ponto culminante do viver e vem coroar as boas opções que fizemos durante a vida. Neste dia os fiéis católicos têm o secular e piedoso costume de rezar pelas almas que ainda podem estar num estado de purificação antes de gozar da Visão de Deus. Em nossos dias, em certos ambientes católicos se propagam dúvidas com relação à católica devoção pelas “almas no estado de purificação”. Obviamente nossa atitude neste assunto não pode e nem deve ser determinada pelo parecer do último livro de um teólogo. Em nossa vida cristã somos orientados por uma instância superior. No caso, esta autoridade é o próprio Concílio Vaticano ll. Na Constituição Dogmática “Lumen Gentium” (cf. Nos. 49-50) recorda o Concílio que a Igreja sempre venerou com grande piedade a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios por eles; cito o texto bíblico de 2 Mac 12, 46: “É um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam livres de seus pecados”. Depois, no No. 51, o mesmo Concílio Vaticano ll torna a referir-se à nossa “comunhão vital com os irmãos que ainda se purificam depois da morte”, e decide propor de novo os decretos dos Concílios de Florença e de Trento acerca desta doutrina.
É importante lembrar que depois da morte não há mais tempo nem espaço, e falar sobre a “duração” deste estado de purificação não faz sentido. Não há nenhuma doutrina da Igreja sobre isso. Nada se diz a cerca da topografia do além.  Nada nos ensinado com relação ao tipo de purificação dispensada depois da morte. Portanto, precisamos tomar muito cuidado com os exageros nas fantasias populares. O estado de purificação possível nada tem a ver com as imagens medievais de um lugar de castigo e de penas. Também falando sobre “tempo” no estado de purificação não faz sentido. O Catecismo da Igreja Católica ensino: “Aqueles que morrem na graça e amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenha garantida a sua salvação eterna, passam, após a morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu” (No. 1.030).  Para o católico, então, o Dia de Finados não é um dia de tristeza ou lamúrias, mas é um dia de saudosa recordação, confortada pela fé que nos garante que nosso relacionamento com os finados não está interrompido pela morte, mas é sempre vivo e atuante pela oração do sufrágio.  O Catecismo da Igreja Católica afirma: “A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo e da graça e de misericórdia que Deus lhe oferece para realizar a sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir o seu destino último” (CIC, 1013). Quando tiver terminado “o único curso de nossa vida terrestre” (L.G. No. 48), não voltaremos mais a outras vidas terrestres. A Bíblia afirma: “Os homens devem morrer uma só vez” (cf. Hb 9, 27). Portanto, para os católicos não existe “reencarnação” depois da morte. Somos salvos pelos méritos de Cristo e não pelos nossos próprios méritos. Sem dúvida, a visão cristã da morte é expressa de forma privilegiada na liturgia da Igreja que reza: “Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”.  O Dia de Finados deve ser para nós vivos, um eficaz ensejo para refletirmos sobre o sentido e a brevidade da vida presente.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald
Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

Maria, glória do gênero humano

Padre Geovane Saraiva*
Nosso Senhor Jesus Cristo ofereceu à criatura humana a cruz e, ao mesmo tempo plantou-a no seio da humanidade, indicando que através dela se chega ao fim último e e feliz, a salvação. Jamais podemos perder de vista, tendo como pressuposto a fé, que no Filho de Deus, temos o domínio da história da humanidade, eis a grande verdade.  Não posso dizer igualmente, mas grande verdade é que na Santa Virgem Maria, de acordo com o projeto insondável de Deus Pai, encontra-se uma criatura humana, que junto de Deus, é a glória do gênero humano.
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E aqui temos a visão gloriosa do evangelista João, segunda a qual uma mulher “apareceu no céu, vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estelas” (cf. Ap 12, 1), deixando bem claro que a figura de Maria é uma obra prima e imprescindível no mistério da inefável ação redentora de Jesus.  De modo que olhamos para Maria como a primeira a contemplar a cruz, mas de todo seu coração, de tal modo que a força salvadora de Jesus se expressasse e expandisse livremente, vinda de uma mulher que sabe recorrer a quem pode socorrer, diante da aflição, quando falta o vinho.
Maria, na expressão do Cardeal Aloísio Lorscheider “É a toda bela, toda pura, toda santa, a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do seu povo, a nossa honra, garantindo o pleno êxito da redenção pela sua íntima participação na obra redentora do seu Filho”. Tudo isto, evidentemente, pela força e ação do Espírito Santo de Deus, nas palavras do querido Papa Francisco: “A Virgem Maria ensina-nos o que significa viver no Espírito Santo e o que significa acolher a novidade de Deus na nossa vida. Ela concebeu Jesus por obra do Espírito, e cada cristão, cada um de nós, está chamado a acolher a Palavra de Deus, a acolher Jesus dentro de si e depois levá-lo a todos. Maria invocou o Espírito com os Apóstolos no cenáculo: também nós, todas as vezes que nos reunimos em oração, somos amparados pela presença espiritual da Mãe de Jesus, para receber o dom do Espírito e ter a força de testemunhar Jesus ressuscitado” (28 de abril de 2013).
Quanta sorte porque do lado do bem se encontram mulheres fortes e sábias, como Maria e Ester, que em seu tempo tinham reduzido espaço de ação na sociedade, contando unicamente com  Bondade de Deus.  Neste sentido, relembremos a súplica da Rainha Ester no Antigo Testamento, pela vida ameaçada do povo de Israel (cf. Et 7, 3). Bondade também grandiosa é a do Sumo Pontífice, o Papa Francisco: “A esperança é a virtude daqueles que, experimentando o conflito, a luta diária entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, creem na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. Escutemos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas, alguns conhecidos, outros, muitíssimos, desconhecidos, mas bem conhecidos por Deus: mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós; eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração a esperança dos pequenos e dos humildes.” (Homilia de 15 de agosto de 2013).
Maria pede o vinho da nova aliança, expressando a vida completa, muito acima da nossa realidade, que numa só palavra quer falar da humanidade restaurada, voltada para Deus e liberta de todas as solicitações do mal. Em Maria temos no dizer do Papa Francisco: “A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede: ‘Mostrai-nos Jesus’ de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria. Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria.” (Homilia de 24 de julho de 2013). Assim seja!
* Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, colunista, blogueiro, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal – Pároco de Santo Afonso – geovanesaraiva@gmail.com
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

“Solidariedade é um modo de fazer história”, diz papa Francisco

Papa Movimentos Populares 350x233“A solidariedade, entendida em seu sentido mais profundo, é um modo de fazer história e isso é o que fazem os movimentos populares”, disse o papa Francisco, na manhã de ontem, dia 28, durante encontro com os participantes do Encontro Mundial dos Movimentos Populares.
Ao falar sobre solidariedade, Francisco sugeriu pensamentos e atos em favor da comunidade e da prioridade de vida a todos. “Também é lutar contra as causas estruturais da pobreza, a desigualdade, a falta de trabalho, a terra e a violência, a negação dos direitos sociais e trabalhistas”, enumerou. Para ele, a solidariedade se traduz no enfrentamento aos “efeitos destruidores do ‘Império do dinheiro’, como os deslocamentos forçados, as migrações dolorosas, o tráfico de pessoas, a droga, a guerra, a violência. “Todas essas realidades que muitos de vocês sofrem e que todos somos chamados a transformar. A solidariedade, entendida em seu sentido mais profundo, é um modo de fazer história e isso é o que fazem os movimentos populares”, disse.
A transformação da realidade dos que sofrem com a pobreza conduziu o papa a três elementos que para ele são uma resposta a algo que deveria estar ao alcance de todos, mas que está cada vez mais longe da maioria: “terra, casa e trabalho”. A abordagem em relação ao escândalo da pobreza não deve promover “estratégias de contenção que somente tranquilizem e convertam os pobres em seres domesticados e inofensivos”.
O papa Francisco alertou, ainda, ao tratar dos elementos “terra, casa e trabalho”, que fala do amor pelos pobres, que está “no centro do Evangelho”. “É estranho, mas quando falo sobre estas coisas, para alguns parece que o papa é comunista”, comentou.
Francisco também falou sobre a “cultura do descartável”, na qual aqueles que não podem se integrar no fenômeno da exportação e da opressão, são excluídos como resíduos, sobras. Ele explicou que isso acontece quando no centro de um sistema econômico está o deus dinheiro e não o homem, a pessoa humana. “Ao centro de todo sistema social ou econômico deve estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o dominador do universo. Quando a pessoa é desprezada e vem o deus dinheiro, acontece esta troca de valores”, alertou.
Falando sobre trabalho, o papa destacou direitos a uma remuneração digna, à seguridade social e à cobertura previdenciária aos catadores, vendedores ambulantes, costureiros, artesãos, pescadores, camponeses, construtores, mineiros, todo tipo de cooperativistas e trabalhadores de ofícios populares, que, segundo Francisco, estão excluídos dos direitos trabalhistas e têm negada a possibilidade de sindicalizar-se e de ter uma renda adequada e estável. “Hoje quero unir minha voz à sua e acompanha-los em sua luta”, afirmou.
O papa ainda falou sobre paz e ecologia no contexto dos três elementos apresentados em seu pronunciamento. “Não se pode haver terra, não pode haver casa, não pode haver trabalho se não temos paz e se destruirmos o planeta”, disse. Ele exorta que a criação não é uma propriedade da qual se pode dispor a esmo gosto, nem que pertence a uns poucos. “A criação é um dom, é um presente, um dom maravilhoso que Deus nos deu para que cuidemos dele e utilizemos em benefício de todos, sempre com respeito e gratuidade”, acrescentou.
Em relação à “globalização da indiferença”, presente no mundo, foi apresentado um “guia de ação, um programa” considerado “revolucionário”: as bem-aventuranças, presentes no Evangelho de Mateus.
Ao final, Francisco afirmou que os movimentos populares expressam “as necessidades urgentes de revitalizar as democracias”. Ele considera “impossível imaginar um futuro para a sociedade sem a participação como protagonista das grandes maiorias”.
Encontro
O Encontro Mundial dos Movimentos Populares aconteceu de 27 a 29 de outubro, com organização do Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano, em colaboração da Pontifícia Academia de Ciências Sociais e líderes de vários movimentos. São 100 leigos, líderes de grupos sociais, 30 bispos engajados com as realidades e os movimentos sociais em seus países, e cerca de 50 agentes pastorais, além de alguns membros da Cúria romana presentes no evento. Representou a CNBB o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da instituição, dom Leonardo Steiner.
O evento buscou fortalecer a rede de organizações populares, favorecer o conhecimento recíproco e promover a colaboração entre eles e suas Igrejas locais, representadas por bispos e agentes pastorais provenientes de vários países do mundo. O Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano ressalta o compromisso na promoção e tutela da dignidade e dos direitos da pessoa humana, assumido pelos movimentos.
 Com fotografia da Rádio Vaticano – Programa brasileiro.
Fonte: CNBB

NOTA DE FALECIMENTO: Padre Leandro Araújo, pároco de Lagoa Redonda


A Arquidiocese comunica o falecimento do amigo e irmão presbítero Pe. Raimundo Leandro de Araújo. O falecimento ocorreu na noite de ontem, 30 de outubro de 2014, devido a um infarto cardíaco.
Pe. Leandro exerceu o Ministério Presbiteral em nossa Arquidiocese de Fortaleza, passando por diversas Paróquias, como Pároco, tais como: Paróquia São Miguel Arcanjo (Itapebuçu – Maranguape), Paróquia São Francisco de Assis (Palmácia), Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Pacatuba), Paróquia Nossa Senhora da Penha (Maranguape) e, atualmente, a Paróquia São José (Lagoa Redonda – Fortaleza).
Pe. Leandro Araújo  sempre se mostrou próximo dos vocacionados e seminaristas, ouvindo-os atentamente e empolgando-os com seu jeito espontâneo e contagiante no contato mais direto. Foi, sem dúvida, um dos Padres mais fecundos em número de vocacionados ao sacerdócio que enviou para os Seminários Diocesanos e Religiosos.
Rogamos a Deus que este nosso irmão na fé e no ministério presbiteral seja no Céu, junto de Nosso Senhor Jesus Cristo, um intercessor por novas, santas e numerosas vocações sacerdotais e religiosas.
As nossas preces aos familiares, a Dom José Antonio, Arcebispo de Fortaleza e a toda a comunidade, especialmente, a da Lagoa Redonda e Pacatuba que acompanharam a vida de nosso irmão, Pe. Leandro Araújo.
O corpo está sendo velado na igreja São José, Lagoa Redonda, em Fortaleza. Às 9h30min haverá missa das exéquias. Às 13 horas haverá o traslado do corpo para Pacatuba – terra natal de padre Leandro Araújo. Em Pacatuba terá missa presida por Dom José Antonio, arcebispo de Fortaleza, e concelebrada por padres da Arquidiocese, às 15 horas, na igreja matriz.
Agradeçamos a Deus, o dom da vida deste nosso amado irmão no presbitério.
Contato: (85) 3476-8904 – Paróquia São José – Lagoa Redonda.
 Por Pe. Rafhael Silva Maciel, Reitor do Seminário Propedêutico e coordenador Arquidiocesano da Pastoral Vocacional.

Missas no Dia de Finados em alguns Cemitérios de Fortaleza

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Dia 2 de novembro, Dia de Finados, é dia de lembrar todos àqueles que partilharam conosco a sua vida e que já faleceram. O Dia de todos os Santos, 1º de novembro, fez com que surgisse um dia dedicado à memória de todos os mortos. As duas festas tem como pretexto fatos transcendentes, mas na verdade celebram realidades desta vida. A Fundamentação Bíblica para o Dia de Finados é encontrada no Segundo Livro dos Macabeus capítulo doze versículo quatro (12, 4), onde se lê: “Rezou pelos Mortos”.

  • Programação de Missas no Dia de Finados em alguns Cemitérios:
1 – Cemitério Parque da Paz
Dia 2 de novembro – Dia de Finados – às 8 horas, missa presidida pelo Pe. Gilson Soares, Pároco da Paróquia Senhor do Bonfim, no Monte Castelo, animada pela Capela São Francisco que faz parte da Paróquia Mãe Santíssima;
Às 10 horas, missa presidida pelo Pe. Gilson Soares, Pároco da Paróquia Senhor do Bonfim, no Monte Castelo, de Fortaleza, animada pela Capela São Francisco que faz parte da Paróquia Mãe Santíssima;
E às 11 horas, missa presidida pelo Padre Gilson Soares, Pároco da Paróquia Senhor do Bonfim, no Monte Castelo, animada pela Capela São Francisco que faz parte da Paróquia Mãe Santíssima.
O Cemitério Parque da Paz fica na Av. Presidente Juscelino Kubitschek, nº 4454, no bairro Passaré, em Fortaleza. Informações: (85) 3295 2577 ou 3295- 5464, no Cemitério Parque da Paz.
2 – Cemitério Bom Jardim
Dia 2 de novembro – Dia de Finados – às 8 horas, missa presidida pelo padre Watson Holanda, pároco da do Bom Jardim.
E às 16 horas, missa presidida pelo Padre Carlos da Área Pastoral Santa Paula Fracinetti, do bairro Granja Lisboa.
O Cemitério do Bom Jardim fica na Est. do Jatobá, nº 2668, no Parque Santa Cecília. Informações pelo telefone (85) 3452 2465, no Cemitério do Bom Jardim.
3 – Cemitério da Parangaba
Dia 2 de novembro – Dia de Finados – às 8 horas, missa presidida pelo Padre Renato Simoneto da Paróquia Bom Jesus dos Aflitos da Parangaba.
Às 12 horas, missa presidida pelo Padre Sílvio Aparecido da Silva, pároco da Igreja Bom Jesus dos Aflitos da Parangaba.
Às 16 horas, missa presidida pelo Padre Sílvio Aparecido da Silva, pároco da Igreja Bom Jesus dos Aflitos da Parangaba.
O Cemitério da Parangaba fica próximo ao terminal da Parangaba. Informações pelo telefone (85) 3292 3090, no Cemitério da Parangaba.
4 – Cemitério Jardim Metropolitano
Dia 2 de Novembro – Dia de Finados – Às 10 horas e às 16 horas, missa presidida pelo Padre Wagner.
O Cemitério Jardim Metropolitano fica na Rodovia Anel Viário nº 4261 – Eusébio. Informações pelo telefone (85) 3033 5555, Cemitério Jardim Metropolitano.
5 – Cemitério São João Batista
Dia 31 de outubro, às 8 horas, missa presidida pelo Padre Wellington.
Dia 1º de novembro, às 12 horas, missa presidida pelo Padre Targino – Capelão do Cemitério.
Dia 2 de novembro – Dia de Finados – às 8 horas, missa presidida pelo Padre Targino – Capelão do Cemitério.
Às 10 horas, missa presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza e concelebrada com o Padre Targino – Capelão do Cemitério.
Às 12 horas, missa presidida pelo Padre Targino – Capelão do Cemitério concelebrada pelo Padre Wellington.
E às 14 horas, missa presidida pelo Padre Wellington.
O Cemitério São João Batista fica na Rua Pe. Mororó, nº 487, no Centro, em Fortaleza. Informações pelo telefone (85) 3212 8415.
6 – Cemitério de Messejana
Dia 2 de novembro – Dia de Finados – às 9 horas, missa presidida pelo Padre Emílio César Porto Cabral, pároco da Igreja de Messejana.
Às 16h, missa presidida pelo Padre Carlos Daniel da paróquia de Messejana.
O Cemitério de Messejana fica na Rua José Severiano, 290, em Messejana, em Fortaleza.
7 – Cemitério São Vicente de Paula (Cemitério do Mucuripe)
Como o Cemitério do Mucuripe é de frente a Paróquia Nossa Senhora da Saúde do Mucuripe, as missas serão na Igreja Matriz nos seguintes horários:
Às 7h, missa presidida pelo Padre Alderi Leite de Araújo, pároco da Igreja do Mucuripe.
Às 8h30min, missa presidida pelo Padre Fernando.
Às 17h, missa presidida pelo Padre Manfredo Oliveira.
Às 19h, Padre Anderi Leite de Araújo, pároco da Igreja do Mucuripe.
O Cemitério do Mucuripe fica na Av. Abolição, 3986, Mucuripe.
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

A Festa de Finados

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina (PR)

Dia 2 de novembro é um dia marcante, porque é a festa da imortalidade e da ressurreição. É uma recordação da vida de quem já peregrinou neste mundo e agora alcançou a plenitude de seus desejos e esperanças. Aqui somos companheiros de viagem, lá seremos convidados das núpcias do Cordeiro. A melhor despedida é esta: “até nos revermos no céu”.

Não é fácil meditar sobre a morte, pois, estamos diante de um mistério. Experimentamos a mortalidade do corpo e a imortalidade da alma. Estamos cada vez mais despreparados para morrer. Mesmo sendo um fenômeno universal e uma experiência existencial, não é fácil reconciliar-se com a verdade da morte. É forte nosso instinto de conservação, nosso desejo de viver mesmo sabendo que vamos morrer. “Só não morrem as flores de plástico” (T. Eliot).
A morte hoje é um tabu, algo que escondemos, camuflamos, afastamos como se fosse algo proibido e perigoso. Poucos morrem em casa, o luto saiu da moda, afastamos as crianças do enterro, os profissionais da saúde são os que assistem os moribundos.
A humanidade tomou duas posições diante da morte. A primeira atitude é render-se ao nada, ao vazio, ao absurdo. A segunda opção é a crença na reencarnação. Todavia há uma terceira via que não é filosófica, mas, teológica. É a fé na ressurreição de Jesus Cristo e de todos os filhos de Deus. A morte foi redimida, Jesus morrendo “matou a morte.”
Eis o que escreve Paulo apóstolo: “Semeado corruptível, o corpo ressuscita incorruptível; semeado desprezível, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita cheio de força; semeado corpo animal ressuscita corpo espiritual” (Cf. I Cor – 15,42-44).
A morte, na fé cristã, é uma experiência pessoal, uma passagem, um parto e uma porta para uma nova fase da vida. “Meu fim é o meu início” (A. Grünn). A vida não é tirada, é transformada. Felicidade, luz, paz, plenitude, alegria, glorificação, constituem a realidade da vida após a morte, na comunhão dos santos e na visão de Deus face a face. Ao morrer somo abraçados pelo Pai, entronizados na comunhão dos santos, coroados pela Santíssima Trindade, glorificados com Jesus, enriquecidos com a herança da salvação.
Os santos e pessoas de fé atestam: “O dia da minha morte, será o dia mais glorioso da minha vida”. Lembremos de Santa Terezinha que dizia: “ Não morro, entro na vida”. Belíssimo testemunho de fé é o de Madre Leônia que dizia: “Minha morte será um feliz pôr de sol”.
Para Jesus, a morte foi o retorno ao Pai, a entrega amorosa de si, o supremo ato de amor, a hora da glorificação. Conheci um padre que carregava na pulseira do relógio, esta frase: “ A morte é certa, a hora é incerta”. Morrer para viver.
Nosso viver é também um caminhar para o morrer. Como uma mulher grávida se prepara para o parto, como a gente se prepara para uma festa ou a chegada de uma visita, assim, precisamos nos preparar para a nossa hora derradeira. É assim que rezamos na Ave Maria: “agora e na hora de nossa morte, rogai por nós”.
O céu é nossa pátria e paraíso. Lá somos esperados e nos uniremos aos amigos, aos parentes, aos antepassados na comunhão dos santos. Diz Santo Agostinho: “ caminha e canta, ama, corre, suspira pela pátria. Lá não há inimigo, não morre o amigo, as lágrimas serão enxugadas, estaremos felizes e tranquilos na visão, na beatitude, na pátria”. Lembremo-nos que aqui somos peregrinos e que o melhor nos espera. O que nossos mortos são hoje, nós seremos amanhã. “Quero morrer para estar com Cristo”, dizia Paulo Apóstolo. Sabemos pela fé que o amor, o bem, as boas obras, não passam, mas nos acompanharão, serão a chave da porta do céu, o passaporte para a glória. Os justos como estrelas brilharão. Não precisaremos da luz do sol nem da lâmpada, pois, Deus mesmo será a luz, será tudo em todos. A ordem é esta: “entra na alegria do teu Senhor”. (Cf. Mt 25, 23). 
Fonte: CNBB

Liturgia Diária

Invoquemos a presença do Espírito Santo para ler e refletir a liturgia de hoje:

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.

Oração
Pai, predispõe-me a manifestar meu amor a quem precisa de mim, sem inventar justificativas para me dispensar desta obrigação urgente.
Primeira leitura: Fl 1,1-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses
1Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os seus bispos e diáconos; 2graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3Dou graças ao meu Deus, todas as vezes que me lembro de vós. 4Sempre em todas as minhas orações rezo por vós, com alegria, 5por causa da vossa comunhão convosco na divulgação do evangelho, desde o primeiro dia até agora. 6Tenho certeza de que aquele que começou em vós uma boa obra há de levá-la à perfeição até o dia de Cristo Jesus. 7É justo que eu pense assim a respeito de vós todos, pois a todos trago no coração, porque, tanto na minha prisão como na defesa e confirmação do Evangelho, participais na graça que me foi dada. 8Deus é testemunha de que tenho saudade de todos vós, com a ternura de Cristo Jesus. 9E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, 10para discernirdes o que é o melhor. E assim ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo, 11cheios do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus.
. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 111
          — Grandiosas são as obras do Senhor!
— Grandiosas são as obras do Senhor!

— Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!

— Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.

— Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações. 
 
 
Evangelho: Lc 14,1-6
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

        1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 2Diante de Jesus, havia um hidrópico. 3Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: “A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?” 4Mas eles ficaram em silêncio.
Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e despediu-o. 5Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” 6E eles não foram capazes de responder a isso.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Controvérsia sobre o descanso sabático.
Já dissemos anteriormente que Jesus várias vezes é convidado à casa de um fariseu para uma refeição, o que ele aceita. Não há onde Deus não esteja ou possa deixar de estar. No evangelho de Lucas, há dois outros relatos de refeição na casa de um fariseu (7,36; 11,37). No episódio de hoje, a refeição foi ocasião de controvérsia sobre o descanso sabático. É Jesus quem, durante a refeição, toma a iniciativa, ante a doença de um homem que estava diante dele, de pôr a questão aos doutores da lei e aos fariseus. A questão posta por Jesus visa ao verdadeiro sentido do descanso sabático. A rigidez inflexível na prática dos mandamentos da Lei de Deus torna os interlocutores de Jesus prisioneiros da letra do texto, em detrimento da finalidade última da Lei de Deus. O sábado é dom de Deus para celebrar a vida e o dom da libertação da “casa da escravidão”. A memória desses dois eventos salvíficos deveria, no dia de sábado (cf. Lc 13,16), mover todo fiel israelita à prática da misericórdia (cf. Os 6,6). A alternativa apresentada na pergunta de Jesus deixa os fariseus e os doutores da lei sem resposta. O silêncio deles é consentimento para a interpretação da Lei que Jesus propõe.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Saudação
- A todos nós, que nos encontramos na imensa rede virtual, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Oração ao romper a luz do dia
Bendita seja a luz do dia,
bendito seja Quem tudo cria,
bendito seja o fruto sagrado
da sempre puríssima Virgem Maria.
Amém.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na minha Bíblia, o texto: Lc 14,1-6, e observo as pessoas e suas atitudes diante de Jesus.
Mais uma vez a questão do sábado. Jesus toma refeição na casa do fariseu. Outros fariseus participam da ceia. Alguém disse que a pergunta de Jesus - "A nossa Lei permite curar no sábado ou não?" é um desafio. Depois ele comenta argumentando sobre o salvar o boi ou o filho que cai no poço num dia de sábado. Os fariseus se calam porque não tinham como contra-argumentar. Este banquete, em que Jesus oferece a cura e a libertação para o homem, é uma figura do banquete eucarístico e do banquete celeste onde ninguém deve ficar excluído.
Um pouco antes, Jesus havia dito que o sábado foi feito para a pessoa. "Ele estava ensinando numa sinagoga em dia de sábado. Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. Vendo-a, Jesus dirigiu-se a ela, e disse: «Mulher, você está livre da sua doença.» Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus. O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E tomando a palavra, começou a dizer à multidão: «Há seis dias para trabalhar. Venham, então, nesses dias e sejam curados, e não em dia de sábado.» O Senhor lhe respondeu: «Hipócritas! Cada um de vocês não solta do curral o boi ou o jumento para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? Aqui está uma filha de Abraão que Satanás amarrou durante dezoito anos. Será que não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?» (Lc 13, 10-16).

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Quais outros textos, este me recorda? Qual palavra mais me toca o coração? Por acaso coloco resistência à ação de Deus em minha vida?
Os bispos recordaram em Aparecida que Bento XVI, no início de seu Pontificado, fazendo eco a seu predecessor, o Servo de Deus, João Paulo II, disse: Não temam! Abram, abram de par em par as portas a Cristo!... quem deixa Cristo entrar a não perde nada, nada - absolutamente nada - do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade abrem-se as portas da vida. Só com esta amizade abrem-se realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta... Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo. Quem se dá a Ele, recebe cem por um. Sim, abram, abram de par em par as portas a Cristo e encontrarão a verdadeira vida" (DAp 15).

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com Charles de Foucauld
Rezar é pensar em Deus, amando-o
Senhor, fala ao meu coração,
vem com tua ternura,
com a gentileza dos teus gestos
que não impõem nada às minhas decisões,
com atenção aos detalhes,
como sabes fazer,
com a divertida ironia
com que me levas na flauta,
com a decisão de quem sabe
dos seus interesses
mas conhece meu coração e perdoa.

Chegas silencioso
porque nunca te percebo,
revolucionário,
porque em silêncio
mudas as cartas e viras o jogo na mesa.

Vem me fazer companhia
para que juntos consigamos amá-lo,
esse nosso Pai,
com todo o coração,
com todo o intelecto,
com toda a vontade.
Rezar é pensar em Deus, amando-o.

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, e viver a minha fé cristã sem medo. Meu critério para cada situação será sempre o bem da pessoa acima de qualquer prescrição.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Fonte: Catequese Católica

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

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Por que não somos perfeitos?




Existe uma palavra que costuma criar muitos problemas no caminho da santidade: "perfeição".
 
Na verdade, todos os santos foram imperfeitos. No entanto, no fundo da alma, todos nós gostaríamos de ser perfeitos, fazer tudo certinho, tirar as melhores notas, ter mil amigos, ajudar todas as pessoas.
 
Gostaríamos de amar de forma perfeita, sem lacunas, sem erros; brilhar sem nuvens para atrapalhar a vida. Água cristalina, ar puro. Mas não podemos. E nos rebelamos diante desta incapacidade da alma de fazer tudo perfeitamente.
 
Mas, então, por que Deus nos pede para serperfeitos? "Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito"...
 
O convite à perfeição é um convite ao amor, a um amor perfeito. A misericórdia é a única coisa que podemos imitar de Deus. Não podemos ser perfeitos como Ele, porque somos limitados, criaturas, criados, com fraquezas e muitos defeitos.
 
Nossa limitação humana nos leva a rebelar-nos frente a Deus. Porque gostaríamos de ser como Ele: perfeitos, onipresentes, sábios. O Pe. Kentenich dizia: "Muitas vezes, o que impede a ação da graça divina em nossa vida não são tanto nossos pecados ou erros, mas a falta de aceitação da nossa debilidade, todas essas rejeições mais ou menos conscientes do que somos e da nossa situação concreta".
 
Por isso, sabemos que aceitar nossas fraquezas e defeitos é o primeiro passo rumo à santidade, à perfeiçãono amor. É isso que Deus quer. Porque em nossa debilidade está a porta de entrada pela qual Deus chega à alma.
 
Aceitar que não podemos controlar tudo na vida, que não podemos amar com todas as nossas forças, com um amor sem medida. Comprovamos nossos defeitos e nos entristecemos em nossos fracassos.
 
Mas o Senhor nos ama assim como somos. E quer que aprendamos a amar mais, com toda a alma, sem medo.


Padre Carlos Padilla 
aleiteia.org
Fonte: Catequese Católica

Terra, moradia e trabalho: a voz das lideranças populares

2014-10-30 Rádio Vaticana
 Cidade do Vaticano (RV) – “Estar ao lado dos pobres é Evangelho, não comunismo.” Esta frase pronunciada pelo Papa na última terça-feira nos lembra uma célebre frase de Dom Hélder Câmara.
As palavras de Francisco eram dirigidas às lideranças de movimentos populares, que concluíram na quarta-feira um encontro inédito convocado a pedido do Papa.
Aos líderes, o Pontífice traçou uma análise minuciosa das injustiças sociais relacionadas à terra, à moradia e ao trabalho. Francisco reafirmou que os movimentos populares têm um espaço garantido dentro da Igreja, incentivando a sua luta.
Mas os verdadeiros protagonistas do encontro foram as lideranças dos movimentos, oriundos de várias partes do mundo, inclusive do Brasil. Em depoimentos ao Programa Brasileiro, eles falam da audiência com o Papa, do papel da Igreja, de suas lutas e reivindicações.
Ouça clicando acima.

Fonte: News.VA

Manifesto sobre a Educação Escolar Indígena no Brasil

2014-10-30 Rádio Vaticana
Brasília (RV) - Mais de 100 professores indígenas estiveram presentes na manhã desta quarta-feira, 29, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para o lançamento do Manifesto sobre a Educação Escolar Indígena no Brasil – Por uma Educação Descolonial e Libertadora. A publicação é do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Foi produzida por representantes de cerca de 50 etnias de todas as regiões do país e dedicada aos povos indígenas do Brasil. Apresenta pesquisa e atualização de dados feitos pelos regionais do Cimi.
O Manifesto é dividido em 12 capítulos e aborda questões como o histórico da educação escolar indígena; os princípios já consagrados na legislação; a situação dos docentes indígenas; a infraestrutura das escolas indígenas; e ainda os territórios etnoeducacionais e a posição do Estado brasileiro. A conclusão do texto mostra os desafios e perspectivas para os povos indígenas.
O lançamento desse material se realiza em meio ao 2º Encontro Nacional de Professores Indígenas, que teve início em 28 de outubro e seguirá até o próximo dia 31. Segundo o secretário adjunto do Cimi, Gilberto Vieira dos Santos, “o Manifesto é resultado de uma coletânea de diversas situações de todas as regiões do Brasil, de norte a sul, após um ano de colheitas de informações, para dar visibilidade a essas situações enfrentadas pelos povos indígenas há muitos anos, como a falta de infraestrutura, o problema de contratações de docentes, entre outros. São direitos que esses povos têm, mas que não estão sendo efetivados”.
O Professor indígena Flauberth Guajajara, que participou da produção do manifesto, reforça que a luta é pelo reconhecimento e efetivação de direitos já conquistados pelos povos indígenas. “Nossas principais reivindicações no âmbito da educação escolar indígena é que aconteça o tratamento específico e diferenciado que está na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).”
Segundo o docente, o sistema implantado atualmente para os indígenas é o mesmo seguido pelos não-indígenas, o que não é bom para os índios. “Com esse modelo, de certa forma, perdemos o nosso valor, destratamos a nossa própria identidade cultural, crenças. Estamos aqui buscando por respostas a inúmeras solicitações por um tratamento específico e diferenciado”, completou o índio.
Demarcação de terra
Após o lançamento do Manifesto, os indígenas seguiram para o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, para continuarem suas reivindicações para uma educação de qualidade e diferenciada, pela retomada das demarcações das terras indígenas e pela nulidade de decisões recentes do STF que subtraem o direito dos povos e suas terras tradicionais. Na semana passada, após reunião do Conselho Permanente, a CNBB emitiu nota manifestando a preocupação da entidade em relação aos direitos dos povos indígenas, depois de decisões da 2ª Turma do Supremo tribunal Federal (STF) anularem os efeitos de portarias do Ministério da Justiça que reconheciam territórios ocupados por povos indígenas no Maranhão e no Mato Grosso do Sul. (SP-CNBB)

Fonte:News.VA

O diabo não é um mito e deve ser combatido com a arma da verdade – o Papa em Santa Marta

2014-10-30 Rádio Vaticana
O diabo não é um mito e deve ser combatido com a arma da verdade – esta a mensagem principal do Papa Francisco na homilia da Missa de quinta-feira, dia 30 de outubro celebrada na Capela da Casa de Santa Marta.
Partindo da Carta de S. Paulo aos Efésios, proposta pela liturgia do dia, o Santo Padre reafirmou que o diabo existe e que devemos lutar contra ele com a armadura da verdade:
“De quem me devo defender? O que devo fazer? Revestir-me da armadura de Deus, diz-nos S. Paulo, isto é aquilo que é de Deus defende-nos, para resistir às insídias do diabo. É claro? Claro. Não se pode pensar numa vida espiritual, a uma vida cristã, sem resistir às tentações, sem lutar contra o diabo, sem vestir esta armadura de Deus, que nos dá força e nos defende.”
“ Mas a esta geração – e a tantas outras – fizeram acreditar que o diabo fosse um mito, uma figura, uma ideia, a ideia do mal. Mas o diabo existe e nós devemos lutar contra ele. Di-lo Paulo, não o digo eu! A Palavra de Deus di-lo. Mas nós não estamos tão convencidos. E depois Paulo diz como é esta armadura de Deus, quais são as diversas armaduras, que fazem esta grande armadura de Deus. E ele diz: ‘Estai firmes, portanto, estai firmes, cingindo os vossos rins com a verdade. Esta é uma armadura de Deus: a verdade.”
Num texto pleno de uma linguagem militar, S. Paulo reforça a ideia de que para se ser cristão é necessário trabalhar continuamente pela justiça com a força da fé – sublinhou o Papa Francisco que concluiu a sua homilia exortando os cristãos a não perderem a coragem e a viverem na verdade uma vida que é uma luta, mas é uma luta belíssima:
“A vida é uma milícia. A vida cristã é uma luta, uma luta belíssima, porque quando o Senhor vence em cada passo da nossa vida, dá-nos uma alegria, uma felicidade grande: aquela alegria que o Senhor fez vencer em nós com a sua gratuidade de salvação. Mas sim, todos somos um pouco preguiçosos, na luta, e deixamo-nos levar por paixões e por algumas tentações. É porque somos pecadores, todos! Mas não vos desencorajeis. Coragem e força, porque o Senhor está connosco.” (RS)

Fonte: News.VA

Encontro de formação da Campanha para Evangelização 2014 e CF 2015

cartazCF15


Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza e a coordenação de Equipe de Campanhas convocam lideranças das paróquias para um encont
ro de formação sobre a CF/2015, no dia 15 de novembro , sábado, das 8 às 16 horas, no Centro Pastoral “Maria Mãe da Igreja”, entrada pela Rua Rodrigues Júnior, nº 300.

Todas as Paróquias, Áreas Pastorais, Movimentos, Pastorais e Organismos estão convidados a participar, enviando 2 (dois) representantes, preferencialmente membros das equipes de animação das campanhas. Solicitamos aos párocos, vigários paroquiais e coordenações que divulguem e encaminhem seus representantes.
Favor confirmar presença impreterivelmente até o dia 10 de novembro, pelos telefones (85) 3388 8701 ou 33888723, com Hilda ou Rosélia.

Matar a morte

Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)

Ninguém tem poder para viver eternamente na terra. O desejo de eternidade acontece normalmente. Há quem afirma querer morrer. Mas, em geral, o que deseja é não ter que enfrentar muitos problemas, inclusive o sofrimento, a doença, as decepções, as dívidas... Promessas de vida após a morte física existem. As religiões em geral falam dessa possibilidade. A certeza da mesma é dada pela fé religiosa e por muitos líderes. Há a pergunta: é possível acreditar em fundadores de religiões que prometem isso? Quem pode dar base objetiva de certeza desse futuro imorredouro?

Muitos, mesmo não acreditando na vida eterna, fazem o que podem para se eternizar na terra, sendo lembrados pelos outros devido a ações feitas em sua trajetória terrena. Muitos são lembrados até poucos dias após sua morte, caindo, em seguida, no esquecimento. Há quem questione: vale a pena viver poucas horas, poucos dias, poucos anos? Há quem quer a eutanásia, o aborto, a pena de morte! Fazem-se até leis possibilitando isso!
Jesus fala da vida terrena. Ela é boa para a pessoa realizar a vontade de Deus. Isso é necessário para se conseguir o Reino definitivo ou a vida eterna feliz. Ao contrário, “do que adianta a pessoa ganhar o mundo inteiro se perder a vida eterna?”. Não adianta a pessoa acumular riquezas terrenas, viver em mansões, ter muito dinheiro, buscar desenfreadamente os prazeres efêmeros, lutar para se projetar como mais importante diante dos outros... Tudo é passageiro nesta vida. É preciso entesourar a riqueza de valores que são considerados necessários para se conquistar a vida eterna, conforme o Divino Mestre!
Jesus nos fala sobre como construir a cidade terrestre, com a hipoteca ou o compromisso do amor vivenciado em relação ao semelhante. Isso exige doação, desapego, serviço ao próximo, prática do bem e da justiça, mesmo às custas do sacrifício de si. Ele fez isso e nos dá o exemplo a seguir.
Mas, afinal, quem é o próprio Jesus para nos dar a certeza da vida eterna? Além de inúmeros milagres, até de ressuscitar mortos, provou-nos, com a superação da própria morte, seu poder de matar a morte em sua raiz, com todos os seus mecanismos. Estes são fortes em nosso convívio. Para termos a certeza de que podemos conquistar a vida imorredoura, precisamos colocar todo nosso esforço para vencermos os mecanismos de destruição da vida. A caminhada terrestre nos serve para assumirmos essa luta. Aí, sim, teremos a força da conquista da vida futura eterna e feliz. O próprio Jesus mostrou que sua promessa é realizável, a despeito de todas as promessas de outras lideranças humanas. Só Ele nos provou que tem poder divino, com a própria ressurreição.
A loucura da cruz é superada com a sanidade da vida nova do Senhor ressuscitado! Quem quer fazer a caminhada do Filho de Deus confia nele e realiza na terra o que Ele nos pede. Assim alcançamos o que Ele promete. Por isso, os valores do Evangelho são por nós assumidos, apesar das oposições dos que confiam em si e na matéria, assumindo-os em sua idolatria. Precisamos usar todas as nossas energias para encantarmos a todos com o segredo da superação da morte. A doação amorosa de cada um para promover a vida digna do semelhante dá base de sustentação para alcançarmos a promessa de Cristo!
Fonte: CNBB