sexta-feira, 29 de maio de 2015

Pacto com a Felicidade


De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi:
Eu hoje vou ser Feliz!
Vou lembrar de agradecer ao sol, pelo seu calor e luminosidade,
Sentirei que estou vivendo, respirando.
Posso desfrutar de todos os recursos da natureza gratuitamente.
Não preciso comprar o canto dos pássaros, nem o murmúrio das ondas do mar. Lembrarei de sentir a beleza das árvores, das flores, e a suavidade da brisa da tarde. Vou sorrir mais, sempre que puder.
Vou cultivar mais amizades e neutralizar as inimizades.
Não vou julgar os atos dos meus semelhantes ou companheiros,
vou aprimorar os meus.
Lembrarei de ligar para alguém para dizer que estou com saudades!
Reservarei minutos de silêncio, para ter a oportunidade de ouvir.
Não vou lamentar nem amargar as injustiças,
vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos.
Terei sempre em mente que um minuto passado, não volta mais,
Vou viver todos os minutos proveitosamente,
Não vou sofrer por antecipação prevendo futuros incertos,
Nem com atraso, lembrando de coisas sobre as quais não tenho mais ação.
Não vou pensar no que não tenho e que gostaria de ter,
Mas em como posso ser feliz com o que possuo,
E o maior bem que possuo é a própria vida.
Vou lembrar de ler uma poesia e de ouvir uma canção,
Vou dedicá-las a alguém.
Vou fazer alguma coisa para alguém, sem esperar nada em troca,
Apenas pelo prazer de ver alguém sorrir.
Vou lembrar que existe alguém que me quer bem,
Vou dedicar uns minutos de pensamento para os que já se foram
Para que saibam que serão sempre uma doce lembrança,
até que venhamos a nos encontrar outra vez.
Vou procurar dar um pouco de alegria para alguém,
Especialmente quando sentir que a tristeza e o desânimo querem se aproximar.
E quando a noite chegar, vou olhar para o céu, para as estrelas e para o luar e Agradecer aos Anjos e a Deus, porque
Hoje Eu fui Feliz!

Fonte: Catequese Católica

Feijoada Beneficente arrecada fundos para reforma de Seminário

Feijoada Beneficente arrecada fundos para reforma de Seminário
feijoada
O Seminário Propedêutico realiza neste domingo, 31 de maio, sua tradicional Feijoada Beneficente, um evento de arrecadação para as obras de reforma do prédio da instituição e manutenção dos 24 seminaristas que residem no local. As atividades começam a partir das 10h na Quadra da Igreja Matriz do Henrique Jorge.
A animação da Feijoada Beneficente fica por conta de Pe. Ivan e Ministério de Música do Santuário Nossa senhora de Fátima. Além de levantar fundos, o evento promove a integração através da sadia convivência e boa música.
O Seminário Propedêutico é mantido pela Arquidiocese de Fortaleza e doações de fiéis que colaboram espontaneamente com a obra. “Temos um custo mensal elevado que cresceu ainda mais por conta das necessárias reformas na estrutura do prédio pelas quais precisamos passar”, explica o padre reitor Rafhael Maciel.
Os ingressos podem ser adquiridos através do telefone 3290.1045
SERVIÇO
Feijoada Beneficente
Data: 31 de maio de 2015
Horário: a partir das 10:00h
Local: Quadra da Matriz da Igreja Matriz do Henrique Jorge (Rua Professor Miramar da Ponte, 305, Henrique Jorge)
Valor: R$ 10,00 (Dez Reais)
Mais informações: 3290.1045

Formação para equipes paroquiais de animação das campanhas

Equipe Arquidiocesana de Animação das Campanhas, em reunião no mês de abril, animada e encorajada pelo espírito do Ressuscitado, com o intuito de assumir cada vez melhor sua missão de colaborar na formação das Equipes Permanentes de Animação das Campanhas, convoca dois representantes  de cada Paróquia e Área Pastoral para um  encontro de acompanhamento às equipes paroquiais animação das campanhas.
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Data:  20 de junho,  sábado, das 8h30 às 11h30,
Local:  Centro de Pastoral Maria Mãe da Igreja, (Rua Rodrigues Junior, 300).
A Equipe pede a confirmação de cada  participante  até o dia 16 de junho, impreterivelmente, no Secretariado de Pastoral, com Hilda ou Rosélia, pelos telefones: (85) 3388 8701; 3388 8723.

Vencendo a intolerância religiosa

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo de Juiz de Fora (MG)

Na semana que precede a festa de Pentecostes, no Brasil, se reza pela união dos cristãos. Em outros países, a Semana de Orações se dá em janeiro, nos dias próximos à festa litúrgica da conversão de São Paulo Apóstolo. A diferença se dá pelo simples fato de, no Brasil, janeiro ser mês de férias e a participação poderia ficar prejudicada. Não importa. O que importa é orar para que os cristãos encontrem a união perdida no caminhar da história. É maravilhoso o movimento ecumênico, inter-confessional e o diálogo inter-religioso. Todos os que participam de bom coração se sentem fortalecidos na fé, animados na missão de anunciar Cristo, e enriquecidos na fraternidade. Quando nos unimos para a oração neste propósito, duas coisas ficam patentes, uma negativa outra positiva. Constata-se que, apesar dos esforços, muitos cristãos e muitas igrejas ainda não conseguiram dar o passo do diálogo, e, pior ainda, muitos são tão preocupados apenas com o número de fiéis, com medo de perdê-los, que chegam a ter verdadeiras atitudes de intolerância religiosa. Certa vez, nos esforços de ampliar a aproximação das igrejas, o grupo foi surpreendido com a afirmação de um dos ministros presentes acusando o movimento de diálogo como se fosse uma estratégia para igrejas que precisam aumentar o número de seus adeptos. Certamente, este irmão nada entendera e estava ainda padecendo da falta de verdadeiro espírito do evangelho, esquecendo-se da oração de Jesus, registrada pelo evangelista João: “Pai, que todos sejam um, como eu e Tu, Pai, somos um, para que o mundo creia”. (Jo 17,21)

Mas a atitude positiva supera todos os demais sentimentos. Unidos em oração, cada um se sente feliz de estar próximo, celebrando a palavra bíblica “Como é bom, como é suave, estar juntos como irmãos!” (Sl 133, 1-2). Experimenta-se a mística da unidade presente entre os primeiros cristãos que eram perseverantes em ouvir a palavra dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações. (Atos 2, 42). O livro dos Atos dos Apóstolos ainda registra que “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto comum.” (Atos, 4, 32) A união dos cristãos para a oração, de alguma forma, represencializa o milagre de Pentecostes, trazendo novamente a força do Espírito Santo capaz de vencer o medo, o desânimo e a fragilidade humana que impedem o ideal de unidade, de comunhão e autêntica fraternidade. De fato está escrito: Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram como que línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles e todos ficaram cheios do Espírito Santo.” (Atos 1, 1-3).
Ao nos reunirmos a cada ano para rezar juntos, celebrar juntos, papear juntos, viver ao menos alguns dias esquecendo nossas diferenças, nunca deixamos de reafirmar que “o que nos une é muito mais forte do que o que nos separa”. Certamente estamos longe de uma unidade plena, mas não há dúvidas que estamos já realizando uma unidade possível. Só não a faz aquele que ainda não compreendeu bem quem é Cristo, pois foi Ele que profetizou: “haverá um só rebanho e um só Pastor” (Jo. 10, 16). Não nos perguntemos como isto se dará, mas o que posso e devo fazer para que a palavra do Mestre se realize. Unidos venceremos o mal, o ódio, a intolerância, construiremos juntos a paz e cantaremos felizes “O Senhor é meu Pastor, nada me falta” (Sl 22), realizando juntos o mandamento do Senhor: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, como ensinou Jesus.
Fonte: CNBB

CNBB promove Peregrinação e Simpósio sobre a Família

Milhares de famílias são esperadas neste final de semana, dias 30 e 31 de maio, em Aparecida (SP), para 7ª Peregrinação e 5º Simpósio Nacional da Família. Com o tema “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva", a programação dos eventos contará com momentos de oração, palestras, testemunhos e missas na basílica nacional. A atividade de evangelização é organizada pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).
O bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão para a Vida e a Família, dom João Bosco Barbosa de Sousa, recorda que os eventos estão em sintonia com o caminho Sinodal para a Assembleia Ordinária, convocada pelo papa Francisco.  “As famílias do Brasil são convidadas para esse grande encontro na Casa da Mãe Aparecida. Queremos convidar todos aqueles que amam a família, os agentes de Pastoral Familiar, as dioceses, paróquias e comunidades”, motiva dom João Bosco.
O bispo auxiliar de Aparecida (SP), dom Darci José Nicioli, juntamente com os demais bispos membros da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, participarão da solenidade de abertura do evento, com o casal coordenador nacional, Roque e Verônica Rhoden.
Transmissões ao vivo
A TV Aparecida fará a transmissão ao vivo das palestras do Simpósio, a partir das 9h50 até o meio-dia do sábado, 30. No período da manhã, está prevista mesa redonda que abordará os seguintes temas: "Anunciar o Evangelho da família"; "Curar as feridas na família"; "Acolher a vida e educar para o amor", com a presença de especialistas, bispos, padres e casais da Pastoral Familiar. 
À tarde, a programação contará com testemunhos de casais e animação musical, com show. Entre 16 e 17h30, haverá procissão luminosa e momento de oração. Em seguida, missa, às 18h, na basílica, abrindo oficialmente a Peregrinação Nacional da Família.
Missas da Família
No domingo, 31, a programação continua com missas às 5h30, às 8h (com transmissão ao vivo pela TV Aparecida), 10h e 12h, sendo presidida pelos bispos da Comissão para a Vida e a Família da CNBB. Dioceses, paróquias e comunidades já começaram a organizar suas caravanas rumo ao Santuário Nacional, para celebrar a vida e a família. 
Informações
No sábado, 30 de maio, o Simpósio terá início às 8h, com recepção e credenciamento dos peregrinos no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, ao lado da praça de alimentação do santuário nacional. Pede-se a colaboração de R$ 5,00 reais por adulto. Crianças não pagam. As contribuições serão destinadas aos custeios da organização do evento.
Compartilhe nas redes sociais: #Peregrinação2015EUVOU!
Confira a Programação
8h00 –Recepção
8h45 – Composição de mesa de abertura
9h00 – Palavra de boas-vindas de Dom Darci José Nicioli, bispo auxiliar de Aparecida (SP), e Roque e Verônica Rhoden, casal coordenador nacional
9h50 – Composição da mesa redonda
10h00 – Mesa redonda (30 minutos para cada um)
• Anunciar o Evangelho da Família – Dom João Bosco Barbosa de Sousa, presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB
• Curar as feridas na família - Mário e Sarita Prisco
• Acolher a vida e educar para o amor - Pedro e Ketty de Rezende
11h55 – Angelus (Dom João Bosco Barbosa)
12h00 – Almoço
13h30 – Animação
14h00 – 1° Testemunho
14h20 – música
14h30 – 2° Testemunho
14h50 – música
15h00 – 3° Testemunho
15h20 – música
15h30 – Tempo para avisos e deslocamento para o Santuário
16h00 – Início Terço no altar central da Basílica
17h30 – Término do Terço
18h00 – Missa de abertura da Peregrinação – Dom Darci José Nicioli
20h00 – Padre do Santuário
Missas do Domingo no Santuário:
5h30 – Padres do Santuário Nacional
8h00 – Dom João Bosco Barbosa de Sousa – Presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB
10h00 – Dom João Bosco Barbosa de Sousa – Presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB
12h00 – Dom João Carlos Petrini – Bispo de Camaçari (BA)

Divulgada a programação da viagem do papa a Sarajevo

“A paz esteja convosco”. Este é o tema da viagem do papa a Sarajevo, Bósnia Herzegovina, que será realizada no dia 6 de junho. A programação foi divulgada hoje, 28, pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
De acordo com informações do Vaticano, a Bósnia Herzegovina possui menos de 4 milhões de habitantes, sendo que 40% seguem o Islã; 31% são cristãos ortodoxos e 15%, católicos. “Os muçulmanos são a população da Bósnia. Os ortodoxos são, na maior parte, sérvios como etnia e os católicos são croatas”, explicou padre Lombardi.
Conforme o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a mensagem do papa terá como foco a construção da reconciliação para o futuro do País, que sai de anos dramáticos de guerra. Para padre Lombardi, a visita do papa “levará sementes para fortalecer o diálogo inter-religioso”.
Programação
O papa Francisco sairá de Roma às 7h30. Chegará em Sarajevo às 9h. Será recebido no palácio presidencial  pela presidência e autoridades. Em seguida, Francisco presidirá missa no estádio por onde passou João Paulo II. Almoçará na Nunciatura Apostólica, onde encontrará os bispos da Bósnia-Herzegovina. No período da tarde, ouvirá testemunhos de sacerdotes, religiosos e seminaristas. Padre Lombardi disse acreditar que “serão testemunhos fortes, intensos e dramáticos pelas histórias que serão contadas”.
Antes de retornar a Roma, Francisco participará de um encontro ecumênico e inter-religioso, no Centro Estudantil Franciscano. No Centro Diocesano João Paulo II, irá reunir com jovens. A volta do papa ao Vaticano está prevista para as 20h.
Com informações da Rádio Vaticano
Fonte: CNBB

A Trindade e a Unidade em Deus nas perspectivas de alguns Padres da Igreja

Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)

Introdução
Domingo, dia 31 de maio festejaremos a Santíssima Trindade, festa linda, cheia do amor de Deus para a realidade humana. É envolvente para o ser humano, o mistério do Deus Uno e Trino de tal modo que, no início de uma vida ou de uma atividade, uma celebração eucarística, outros sacramentos e o fim das atividades, são invocadas as três Pessoas da Santíssima Trindade. Para quem tem fé, o mistério é fascinante, atraente; nele há a plenitude das coisas, da vida com que o ser humano sonha e busca com muito amor uma participação de sua realização neste mundo e um dia na eternidade. No entanto, não basta só falar sobre o mistério: é preciso entrar nele, através da oração, da contemplação e da adoração. No momento atual, da crise da modernidade, marcados pelo individualismo e fragmentação das coisas, faz-se necessária uma experiência de Deus Uno e Trino para realizar as coisas em conformidade com o seu plano em relação ao ser humano. Uma pastoral, um movimento, cada um de nós teremos uma atuação junto ao Povo de Deus e na sociedade com maior ânimo e força, a partir de sua fonte original, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. A fé cristã, católica não diz que eles são três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. O pensamento trinitário foi bastante desenvolvido em todo o período patrístico de modo que veremos alguns dos padres da Igreja, como especificaram o mistério em suas vidas e na missão na comunidade eclesial e no mundo.

1. A doutrina trinitária na liturgia e os termos Trindade, Pessoa, criação do ser humano.
Em geral tem os padres da Igreja elaboraram a doutrina da Unidade e da Trindade em Deus ligada ao batismo e à liturgia eucarística através do Credo, os creios nas suas formas apostólica e o niceno-constantinopolitana. Aqueles e aquelas que recebiam o batismo, a crisma e a eucaristia na noite santa, isto é no sábado santo proferiam a sua fé pública em Deus Uno e Trino e como o deviam demonstrar essas verdades na sua vida pessoal, comunitária e social.
É claro que a doutrina trinitária teve alguns pensadores, pessoas importantes que ajudaram ao povo de Deus a viver o mistério em suas vidas. Tertuliano(160-220) foi o primeiro padre da Igreja que aplicou o termo latino Trinitas(Trindade) às três Pessoas Divinas. Ele explica a compatibilidade entre a unidade e a trindade de Deus fazendo ressaltar a unicidade das três na sua substancia. O Filho é da substância do Pai. O Espírito Santo é do Pai através do Filho. Por isso Tertuliano afirma sempre que tem uma só substancia nas três pessoas unidas. Tertuliano é também o primeiro a usar o termo persona (Pessoa), relação, destinado a tornar-se assim célebre no desenvolvimento de todo o pensamento trinitário, posterior. Apresenta o Logos como outro do Pai no sentido da Pessoa não da substância pela distinção não pela divisão. Tertuliano aplica o termo Pessoa também referido ao Espírito Santo, que ele chama a terceira Pessoa. Na Obra Adversus Praxean, 12, encontramos uma referência linda da santíssima trindade em relação à criação do ser humano, homem e mulher: "A pluralidade na Trindade está ligada à unidade, e por isto nos perguntamos se seria possível um só e singular ser exprimir-se ao plural e dizer: Façamos o homem a nossa imagem e semelhança? Não teria antes dito: Faço o homem a minha imagem e semelhança, enquanto ser único e singular? E logo em seguida nós lemos: vês, o homem tornou-se como um de nós. Não era porque junto ao Pai, estão o Filho e o Espírito Santo que se expressam no plural, considerando-se este aspecto como múltiplo? Certo a razão estava no fato porque já tinha junto de si o seu Filho, o seu mesmo Verbo, a segunda pessoa e além disto uma terceira pessoa, o Espírito no Verbo. Por isto adotou à arte as formas do plural: façamos a nossa imagem; fez-se como um de nós. Com quem criava de fato o homem? e a quem o fazia semelhante? Falava com o Filho que devia revestir a forma humana e com o Espírito que devia santificar o ser humano(homem e mulher), como se falasse com outros ministros e testemunhas".
Orígenes(185-253) também desenvolveu a doutrina trinitária, bastante expressiva na teologia posterior ao afirmar que o Pai é ingerado, o Filho gerado e o Espírito Santo procede do Pai pelo Filho. Ele tem presente que nunca teve um tempo em que o Filho não existisse, mas Ele sempre existiu junto do Pai, assim como o Espírito Santo.
2. A manifestação do mistério do Deus Uno e Trino
Gregório de Nazianzo(330-390) falou da manifestação do mistério por etapas na história humana. O Bispo Gregório era convicto de que a Trindade se revelou ao ser humano aos poucos, progressivamente e pedagogicamente, de modo que Deus mesmo preparou a humanidade à sua manifestação. O AT anunciou de modo explícito a existência do Pai, enquanto a existência do Filho foi anunciada de modo mais obscuro. O NT manifestou a existência do Filho, enquanto faz soar nas entrelinhas a natureza divina do Espírito Santo.
O ser humano foi educado por Deus, para acolher o mistério da Trindade, também pela palavra da Igreja. Esta, aos poucos, foi anunciando a divindade do Pai para assim proclamar manifestamente a do Filho e do Espírito Santo. Dessa forma, não houve uma apresentação de um alimento superior às nossas forças ou se nós tivéssemos que perceber a luz do sol, bastante forte, com um uma vista por demais débil e fraca. Assim Gregório diz que nós adoramos Deus, o Pai, Deus, o Filho, e Deus, o Espírito Santo, três Pessoas numa única natureza divina, à qual é dada a glória, a honra, a onipotência. Não são três seres separados, um do outro, à maneira do politeísmo, como fez Ário ou a doutrina idealizada por Sabélio. O Nazianzeno, como os Padres desse período histórico, procuraram superar essas duas heresias: de um lado, a confusão proveniente de Sabélio, que negava as Pessoas para ressaltar a unidade em Deus, e, de outro, as Pessoas tornavam-se essências diferentes, negando-se a unidade.
3. O que dizer da Trindade?
Para falar da Trindade, Gregório de Nazianzo reforçou a unidade em Deus: um só é Deus, privado de início de causa, não-circunscrito por um ser a ele anterior ou que poderá vir posteriormente. Gregório afirma que as três Pessoas são eternas, estão fora do tempo e do espaço: “Desde quando o Pai existe? Não existe um momento no qual o Pai não existisse; ele sempre existiu. Isto vale também para o Filho e o Espírito Santo”. Assim o Filho e o Espírito Santo são coeternos com o Pai, porque provêm dele. Como o Pai é sem princípio, o Filho e o Espírito Santo são sem princípio, assim como o sol não é anterior à luz.
O Nazianzeno descreve a geração do Filho; ela não é sujeita a paixões (apathês), pelo fato de que é sem corpo (asômatos), enquanto que a geração humana é sujeita às paixões, porque é corpórea. Na geração do Filho, o Pai não sofreu paixão alguma, totalmente diferente das gerações que se confiam à carne, porque é espiritual, inefável, divina. Se, na realidade humana, o pai tem o seu início como pai pelo nascimento de um filho seu, na realidade divina, o tempo não existe, porque as duas Pessoas coexistem, sendo que uma não é anterior à outra.
O Pai é Deus e o é desde sempre, assim como o Filho e o Espírito Santo, um só Deus em três pessoas. Assim a geração do Filho não pode ser compreendida em termos humanos, porque ela foge da razão; ela é também fora do tempo, é eterna, porque o Pai é eterno. Se a própria geração humana é incompreensível, tanto mais aquela divina, a ponto de Gregório dizer: “Quanto Deus é impenetrável ao homem, tanto a geração celeste é mais incompreensível para ti”.
A visão que Gregório tem do Espírito é a sua procedência do Pai. Ele não é gerado, porque ele não é o Filho, mas ele é Deus como o Pai e o Filho. A ele não falta nada, porque é Deus, assim como também o Filho. Ele não é diminuído segundo a substância, enquanto os termos de “não ter sido gerado”, “ter sido gerado e proceder” indicam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, de modo que se conserva não confundida a distinção das três pessoas na única natureza e única dignidade da essência divina. O Filho não é o Pai; o Pai não é o Filho e o Espírito Santo não é o Pai e o Filho. Os três são uma só divindade quanto à natureza e único ser.
4. A Trindade Santa como Luz e Sabedoria e uma só Essência
Agostinho(350-430) fala do mistério da Santíssima Trindade; “O Pai é luz, o Filho é luz, o Espírito Santo é luz; todas as três juntas não constituem três luzes, mas uma só luz. Como conseqüência o Pai é sabedoria, o Filho é Sabedoria e o Espírito Santo é Sabedoria e juntas não fazem três sabedorias, mas uma só Sabedoria. E porque ser é a mesma coisa que ter sabedoria, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma só essência. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus. A Santíssima Trindade mora em nós. Agostinho afirmava que depois que Cristo partiu para a casa do Pai, as três pessoas permaneceram nas pessoas de uma forma espiritual não só o Espírito Santo, mas também o Pai e o Filho.
Ambrósio, bispo de Milão(340-397) diz que o Pai é único, o Filho Unigênito único é único é também o Espírito Santo é único, porque o Pai não é o Filho, nem o Filho é o Pai e nem menos o Espírito Santo é o Filho. Uma pessoa é o Pai, uma outra é o Filho e uma outra ainda o Espírito Santo. Nós lemos de fato; eu pedirei ao Pai e Ele dará um outro Consolador(cf. Jo 14,16); e não há que um só Deus”.
Na mesma linha, o bispo Atanásio de Alexandria(328-373) afirmou a doutrina trinitária contra a doutrina ariana do ser criatura do Filho: “A Trindade santa e perfeita é aquela que se revela no Pai e no Filho e no Espírito Santo; nada de estranho ou extrínseco se lhe mistura, nem consta do Criador e da criatura; mas possui em si todo o poder de criar e fazer. Sua natureza é também igual e indivisa e una é sua eficácia e ação. Pois o Pai, pelo Verbo no Espírito Santo, tudo faz e, deste modo, se conserva a unidade da santa Trindade”.
Conclusão
Nós somos chamados a acolher Deus Uno e Trino em nossas vidas através do batismo, da crisma, da eucaristia e outros sacramentos, bem como pela oração, adoração, meditação da Palavra de Deus. Deus mora em nós. É preciso descobrir esta presença salvadora e amigável em nossos corações, mente, corpo humano, espírito. Nós devemos adorar Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo em nossas vidas, não como três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. É o mistério envolvente em tudo aquilo que realizamos neste mundo. Ele é o principio e o fim de tudo. Procuremos realizar todas as pastorais e os movimentos, sacramentos, ações, em nome de Deus Uno e Trino. Os Padres da Igreja desenvolveram a doutrina trinitária tendo presentes a Unidade em Deus e as Três Pessoas divinas e a sua relação com a criação do ser humano, homem e mulher e toda a natureza. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre, Amém.
Fonte: CNBB

A lei da vida

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém (PA)

"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 13, 34; Jo 15, 12). Ao saberem do mandamento que agrada mais a Jesus, seus discípulos de todos os tempos se surpreendem e descobrem horizontes abertos e antes inimagináveis para sua vivência do seguimento de Jesus. A novidade e o segredo se encontram numa palavra, "como"! Nosso Senhor não lhes oferece normas de bom comportamento ou civilidade, ou regras para o trânsito da vida, numa convivência respeitosa. Em nosso tempo, há sociedades extremamente organizadas, com os limites bem definidos em direitos e deveres, e que ao mesmo tempo se tornam frias e secas no relacionamento humano. É que as fontes das decisões ficaram restritas à terra, sem que as pessoas se abram ao transcendente, à vida que vem do Céu! A pretendida laicidade do Estado tem produzido muitos frutos negativos. Já o Concílio Vaticano II (Gaudium et Spes, 36), alertava: "Se com as palavras 'autonomia das realidades temporais' se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem as ordenar ao Criador, ninguém que acredite em Deus deixa de ver a falsidade de tais assertos. Pois, sem o Criador, a criatura não subsiste. De resto, todos os crentes, de qualquer religião, sempre souberam ouvir a sua voz e manifestação na linguagem das criaturas. Antes, se se esquece Deus, a própria criatura se obscurece".

Se praticamente todos os seres humanos, em algum momento, reconhecem a existência de Deus, há um valor que só pode ser experimentado por revelação, o fato de sermos filhos de Deus. Só aquele que é o Filho eterno do Pai, desde toda eternidade compartilhando a alegria do amor que é o Espírito Santo, pode anunciar e abrir as portas para que a humanidade compartilhe este valor único, "somos filhos de Deus". E é do alto, por dom de Deus, que desce gratuitamente o presente do amor da Santíssima Trindade, para que nos amemos na terra como fomos amados. Jesus traz consigo uma "cultura" diferente das lutas pelos interesses individualistas presentes na humanidade, cujos resultados são sobejamente conhecidos, e têm nomes como guerras, opressão, violência e muitos outros.
Podemos pedir licença e entrar na casa da Santíssima Trindade, verificando como vivem as pessoas divinas, com a ajuda dos ensinamentos da Igreja (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 45-48): "O mistério central da fé e da vida cristã é o mistério da Santíssima Trindade. Os cristãos são batizados no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Deus deixou alguns traços do seu ser trinitário na criação e no Antigo Testamento, mas a intimidade do seu Ser como Trindade Santa constitui um mistério inacessível à razão humana sozinha, e mesmo à fé de Israel, antes da Encarnação do Filho de Deus e do envio do Espírito Santo. Tal mistério foi revelado por Jesus Cristo e é a fonte de todos os outros mistérios. Jesus Cristo nos revela que Deus é Pai, não só enquanto é Criador do universo e do homem, mas sobretudo porque, no seu seio, gera eternamente o Filho, que é o seu Verbo, 'resplendor da sua glória, e imagem da sua substância' (Hb 1, 3). O Espírito Santo, que Jesus Cristo nos revelou, é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho. Ele procede do Pai (Jo 15, 26), o qual, princípio sem princípio, é a origem de toda a vida trinitária. E procede também do Filho, pelo dom eterno que o Pai faz de Si ao Filho. Enviado pelo Pai e pelo Filho encarnado, o Espírito Santo conduz a Igreja 'ao conhecimento da Verdade total' (Jo 16, 13). A Igreja exprime a sua fé trinitária confessando um só Deus em três Pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo. As três Pessoas divinas são um só Deus, porque cada uma delas é idêntica à plenitude da única e indivisível natureza divina. Elas são realmente distintas entre si, pelas relações que as referenciam umas às outras: o Pai gera o Filho, o Filho é gerado pelo Pai, o Espírito Santo procede do Pai e do Filho".
O Pai vive "fora de si", gerando e amando o Filho, desde toda a eternidade. O Filho vive totalmente para o Pai e o Espírito Santo é amor do Pai e do Filho. A lei é esta! Não se vive para si, mas na doação contínua, desde a eternidade. "Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo, o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho" (Catecismo da Igreja Católica, 255).
Jesus propõe nada menos do que esta vida para seus discípulos, quando propõe como "seu" mandamento o amor recíproco. É que trazia dentro de si a experiência da eternidade vivida na comunhão da Santíssima Trindade! E ele diz que "este mandamento é 'novo'. 'Eu vos dou um novo mandamento'. 'Novo significa: feito para os 'tempos novos'. Então, de que se trata? Veja: Jesus morreu por nós. Portanto, nos amou até a medida extrema. Mas que tipo de amor era o seu? Certamente não era como o nosso. O seu amor era, e é, um amor 'divino. Ele disse: 'Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo' (Jo 15,9). Ele nos amou, portanto, com o mesmo amor com qual Ele e o Pai se amam. E com esse mesmo amor nós devemos nos amar mutuamente para realizar o mandamento 'novo'. Na realidade, porém, você como homem, como mulher, não possui um amor dessa natureza. Mas se alegre porque, como cristão, você o recebe. E quem é que o doa? É o Espírito Santo que o infunde no seu coração, nos corações de todos os que têm fé. Existe, então, uma afinidade entre o Pai, o Filho e nós cristãos, graças ao único amor divino que possuímos. É esse amor que nos insere na Trindade. É esse amor que nos torna filhos de Deus. É por esse amor que o Céu e a terra estão unidos como que por uma grande corrente. Por esse amor a comunidade cristã se insere na esfera de Deus e a realidade divina vive na terra lá onde existe o amor entre os que creem" (Chiara Lubich, 25 de abril de 1980).
Temos uma nova lei a implantar, primeiro em nossos corações, para depois contagiar outras pessoas e a sociedade, "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Não se trata de fazer uma cruzada para forçar pessoas à conversão, mas testemunho corajoso de valores diferentes. Quem assume como própria esta lei começa a ouvir mais, vai ao encontro dos outros para servir, toma sempre a iniciativa do amor, espalha o perdão, tem calma suficiente para não atropelar os passos no relacionamento com os outros, valoriza o que é diferente e tem ideias novas. Olhando para o Céu, enxerga mais e melhor a terra, para transformá-la segundo plano de Deus.
Fonte: CNBB

Área Pastoral São José -Convite Importante: COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA- Comunidade Nossa Senhora de Fátima

Comunidade Nossa Senhora de Fátima - Jardim Castelão -Passaré

 
* Encerramento do Mês de Maio com a Coroação de Nossa Senhora
* Neste sábado,30 de Maio de 2015, após a Santa Missa( 19:30h )
*Será um momento cheio de emoção onde expressaremos todo o nosso AMOR e CARINHO por nossa Mãe-Maria!

" Te coroamos Ó Mãe, nossa Rainha"...

Esperamos todos vocês!!!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Diretrizes Gerais 2015-2019

padre-Brenda200A partir do dia 18 de maio o Documento 102 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – para o próximo quadriênio 2015-2019” está disponível nas Edições da CNBB. Este texto foi aprovado no dia 18 de abril de 2015 pelos bispos na 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP. Como nas outras diretrizes este documento apresenta as orientações pastorais atualizadas, incluindo conteúdo  da Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” do Papa Francisco. Este valioso livro de 76 páginas auxiliará no processo de planejamento pastoral do Secretariado Geral da CNBB, das dioceses, paróquias, movimentos e iniciativas da vida consagrada. A Igreja quer, com estas diretrizes, continuar fortalecendo sua ação evangelizadora, através da ação pastoral marcada por um renovado empenho missionário.
Documento da CNBB número 102 é basicamente dividido em quatro capítulos. O primeiro apresenta a reflexão “A partir de Jesus Cristo”. Este capítulo destaca as atitudes fundamentais do discípulo missionário. O segundo capítulo tem excelentes textos abordando o contexto atual: mudança de época e os riscos e consequências de uma mudança de época. O terceiro capítulo aborda as cinco urgências na Ação Evangelizadora. Segundo Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB, “As urgências continuam a nos interpelar. Elas nasceram da missionariedade do Documento de Aparecida e da força da Palavra de Deus meditada no “Verbum Domini” .  Aliás, o Papa Francisco comunicou que as urgências devem tornar-se prioridade na ação evangelizadora da Igreja no Brasil. O quarto capítulo aborda as perspectivas de ação:  a Igreja em estado permanente de missão; casa da iniciação à vida cristã; lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; comunidade de comunidades e o serviço da vida plena para todos”. O documento tem um anexo em que são dadas “indicações de operacionalização, com caminhos para que as urgências forem colocadas em prática”. Na conclusão do livro das Diretrizes Gerais nos lembram de que “Planejar a pastoral não é um processo meramente técnico. É uma ação carregada de sentido espiritual”, e citando a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium afirma que são necessários evangelizadores “que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo”.
                                                   Pe. Brendan Coleman Mc Donald,  Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

II Congresso Mariano da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Carlito Pamplona




O II Congresso Mariano da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Carlito Pamplona acontecerá dias 27 e 28 de maio, a partir das 19h3min. Terá como tema “Maria,na bíblia e sua relação com o povo” e o facilitador será Ir. Maicom Andrade (Marista).
Inscrições: Valor: R$ 5,00 (Direito ao Certificado e material de apoio) Poderá ser feita na secretaria da paróquia Informações: (85) 3236.6429
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza

Carta sobre o Ano da Paz

Dom Alfredo Schaffler 
Bispo de Parnaíba (PI)

Saúdo fraternalmente a todos os fiéis da nossa Diocese, saúdo os padres e religiosos (as), consagrados nas novas comunidades, saúdo todo povo de Deus.
A fraternidade é uma dimensão essencial do homem. Ser irmão e irmã é próprio da pessoa humana. Como pessoas humanas, desejamos todos a paz e a harmonia na nossa convivência familiar e social. A Cultura da Paz e da Cidadania está relacionada ao tema da segurança como uma questão sociopolítica que envolve a todos. Nenhum membro da sociedade organizada deve ser excluído do processo de construção de uma sociedade mais justa, fraterna e segura ou eximir-se de sua responsabilidade no processo de construção da paz social.

Impressiona-nos a triste realidade das guerras que acontecem em tantas partes do mundo com números elevados de vítimas fatais. Mas não está na hora de olhar os números de homicídios que estão acontecendo nesta nossa querida terra da Santa Cruz? Nos últimos 30 anos tivemos um aumento de 259% de homicídios. No ano de 2013 aconteceram 50.806 vítimas de homicídios dolosos no Brasil. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 11% dos assassinatos do mundo acontecem no Brasil onde uma pessoa é morta a cada dez minutos. Além disso, foram registrados no mesmo ano 50.320 casos de estupro. Quase o mesmo número de vítimas fatais foram registradas pelos acidentes no trânsito.
Diante desta realidade no nosso país, a Conferência dos Bispos do Brasil convocou os brasileiros para um ANO DE PAZ.
Além da violência a dizimar a vida de milhares de brasileiros todos os anos, percebemos outras formas geradoras da violência. Não estamos tomando quase diariamente conhecimento de corrupção em Empresas estatais, desvios de verbas públicas e outros crimes do colarinho branco alimentados pela impunidade de seus agentes que não sabem de nada e não querem assumir a responsabilidade?
Como lembra o Papa Francisco: “o anseio de uma vida plena contém uma aspiração, irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em que não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar.”
No silêncio das nossas famílias não acontecem atos de violência?
Será que não existem em tantas cidades de nossa Diocese “bocas de fumo” conhecidos pela larga maioria da população, e os que são responsáveis será que não sabem?
A paz é um valor e um dever universal e encontra seu fundamento na ordem racional e moral da sociedade que tem as suas raízes no próprio Deus. A paz é fruto do amor. Por isso a vivência do amor pode reverter esta situação. “O amor faz com que o homem se realize através do dom sincero de si, amar significa dar e receber aquilo que não se pode comprar nem vender, mas apenas livre e reciprocamente oferecer.” São João Paulo II.
São João XXIII nos fala: “Nada se perde com a paz, mas tudo pode ser perdido com a guerra”. Será que isso não continua atual para nossa convivência humana?
A Igreja trabalha pela paz com a oração. A oração abre o coração não só a uma profunda relação com Deus, como também ao encontro com o próximo sob o signo do respeito, da confiança, da compreensão, da estima e do amor.
Novamente o Papa Francisco nos fala: “o verdadeiro construtor da paz é aquele que faz o primeiro passo em direção ao outro, que sabe pedir desculpa, o que não é fraqueza, mas uma força de paz.”
“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” Mt 5,9
Assim convocamos todas as nossas comunidades paroquiais, afim de que o tema da Paz seja incentivado nas mais diversas atividades pastorais, especialmente nos festejos que estão sendo celebrados.
Junto com a CNBB queremos orientar que no dia 04 de outubro, festa de São Francisco de Assis, arauto da paz, seja realizada uma Caminhada pela Paz em todas as comunidades paroquiais, nas cidades e no interior. Todas as comunidades devem realizar uma caminhada demonstrando que a paz é possível. Com cartazes, lenços brancos e roupa branca vamos juntos proclamar que somos filhos da Paz.
Com São Paulo que escreveu aos Efésios digo: “Para os irmãos, paz, amor e fé da parte de Deus Pai e Nosso Senhor Jesus Cristo”. ( Ef 6,23)
Na festa da Ascensão de Nosso Senhor de 2015.
Carta enviada aos fiéis da diocese no dia 17 de maio de 2015
 Fonte: CNBB

Papa Francisco divulga mensagem para o Dia Mundial das Missões 2015

“A missão não é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz parte da gramática da fé, é algo imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra ‘vem’ e ‘vai’”, disse o papa Francisco na mensagem para o 89º Dia Mundial das Missões, que será celebrado em 18 de outubro. O texto foi divulgado no domingo, 24 de maio, na Solenidade de Pentecostes.
O papa recordou, ainda, que hoje a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade de todos os povos. “Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer em cada povo e cultura”, refletiu Francisco. Leia a íntegra do texto:
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2015
(18 de Outubro de 2015)
Queridos irmãos e irmãs
O Dia Mundial das Missões 2015 se realiza no contexto do Ano da Vida Consagrada e recebe um estímulo para a oração e a reflexão. Na verdade, se todo batizado é chamado a testemunhar o Senhor Jesus proclamando a fé recebida como um presente, isso vale, de modo particular, para a pessoa consagrada, pois entre vida consagrada e missão existe uma ligação forte. O seguimento a Jesus, que determinou o surgimento da vida consagrada na Igreja, responde ao chamado a tomar a cruz e segui-Lo, a imitar a sua dedicação ao Pai e seus gestos de serviço e amor, e a perder a vida para reencontrá-la. Como a existência de Cristo tem um caráter missionário, os homens e mulheres que o seguem mais de perto assumem plenamente esse mesmo caráter.
A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca a todas as formas de vida consagrada, e não pode ser negligenciada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não é proselitismo ou mera estratégia; a missão faz parte da “gramática” da fé, é algo imprescindível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai”. Quem segue Cristo se torna missionário e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele e respira com ele. Sente Jesus vivo junto com ele no compromisso missionário» (EG, 266).
A missão é ter paixão por Jesus Cristo e ao mesmo tempo paixão pelas pessoas. Quando nos colocamos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor que nos dá dignidade e nos sustenta; e no mesmo momento percebemos que aquele amor que parte de seu coração transpassado se estende a todo o povo de Deus e a toda a humanidade; e assim sentimos também que Ele quer servir-se de nós para chegar cada vez mais perto de seu povo amado (cf. ibid., 268) e de todos aqueles que o procuram de coração sincero. No mandamento de Jesus: “ide”, existem cenários e sempre novos desafios para a missão evangelizadora da Igreja. Nela, todos são chamados a anunciar o Evangelho por meio do seu testemunho de vida; e os consagrados, especialmente, são convidados a ouvir a voz do Espírito que os chama para ir rumo às grandes periferias da missão, entre as pessoas que ainda não receberam o Evangelho.
O quinquagésimo aniversário do Decreto conciliar Ad gentes nos convida a reler e a meditar esse documento que despertou um forte impulso missionário nos Institutos de vida consagrada. Nas comunidades contemplativas, retomou luz e eloquência à figura de Santa Teresa do Menino Jesus, padroeira das missões, como inspiradora da ligação íntima da vida contemplativa com a missão. Para muitas congregações religiosas de vida ativa, o anseio missionário que surgiu do Concílio Vaticano II se concretizou com uma abertura extraordinária para a missão ad gentes, muitas vezes acompanhada pelo acolhimento a irmãos e irmãs provenientes de terras e culturas encontradas na evangelização, de modo que hoje se pode falar de uma interculturalidade difundida na vida consagrada. Por esse motivo, é urgente repropor o ideal da missão em seu centro: Jesus Cristo, e em sua exigência: o dom total de si ao anúncio do Evangelho. Não pode haver tratativa sobre isto: quem, pela graça de Deus, acolhe a missão, é chamado a viver de missão. Para essas pessoas, a proclamação de Cristo nas várias periferias do mundo se torna o modo de como viver o seguimento a Ele e a recompensa de muitas dificuldades e privações. Toda tendência que desvia dessa vocação, mesmo que acompanhada por motivos nobres relacionados com as muitas necessidades pastorais, eclesiais e humanitárias, não é coerente com o chamado pessoal do Senhor para servir o Evangelho.
Nos Institutos missionários, os formadores são chamados tanto a indicar com clareza e honestidade essa perspectiva de vida e ação, quanto a influir no discernimento de vocações missionárias autênticas. Dirijo-me de modo especial aos jovens, que ainda são capazes de testemunhos corajosos e atitudes generosas e por vezes contracorrentes: não deixem que lhes roubem o sonho de uma missão verdadeira, de doar-se ao seguimento a Jesus que requer o dom total de si. No segredo de sua consciência, pergunte-se o motivo pelo qual escolheu a vida religiosa missionária e meça a disponibilidade em aceitá-la por aquilo que é: dom de amor a serviço do anúncio do Evangelho, lembrando que, antes de ser uma necessidade para aqueles que não o conhecem, o anúncio do Evangelho é uma necessidade para quem ama o Mestre.
Hoje, a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessidade de todos os povos poderem recomeçar de suas raízes e salvaguardar os valores de suas respectivas culturas. Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filosóficos e reconhecer, em cada povo e cultura, o direito de fazer-se ajudar por sua tradição na inteligência do mistério de Deus e no acolhimento ao Evangelho de Jesus, que é luz para as culturas e sua força transformadora.
Dentro dessa dinâmica complexa nos perguntamos: “Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evangélico?” A resposta é clara e a encontramos no próprio Evangelho: os pobres, os pequenos e os enfermos, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não podem te retribuir (cf. Lc 14,13-14). A evangelização dirigida preferencialmente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer: «Existe um vínculo inseparável entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos nunca sozinhos» (EG, 48). Isso deve ser claro, especialmente para as pessoas que abraçam a vida consagrada missionária: com o voto de pobreza se escolhe seguir Cristo nessa sua preferência, não ideologicamente, mas como Ele, identificando-se com os pobres, vivendo como eles na precariedade da existência cotidiana e na renúncia de todo o poder para se tornar irmãos e irmãs dos últimos, levando-lhes o testemunho da alegria do Evangelho e a expressão da caridade de Deus.
Para viver o testemunho cristão e os sinais do amor do Pai entre os pequenos e os pobres, os consagrados são chamados a promover, no serviço da missão, a presença dos fiéis leigos. O Concílio Ecumênico Vaticano II afirmou: «Os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja, participando como testemunhas e como instrumentos vivos da sua missão salvífica» (AG, 41). É necessário que os consagrados missionários se abram sempre mais corajosamente para aqueles que estão dispostos a colaborar com eles, mesmo que por um tempo limitado, por uma experiência a campo. São irmãos e irmãs que desejam partilhar a vocação missionária inerente ao Batismo. As casas e estruturas das missões são lugares naturais para o seu acolhimento e apoio humano, espiritual e apostólico.
As Instituições e Obras missionárias da Igreja estão totalmente a serviço daqueles que não conhecem o Evangelho de Jesus. Para realizar de maneira eficaz esse objetivo, elas precisam dos carismas e do compromisso missionário dos consagrados, mas também os consagrados precisam de uma estrutura de serviço, expressão da solicitude do Bispo de Roma para garantir a koinonia, de modo que a colaboração e a sinergia sejam partes integrantes do testemunho missionário. Jesus colocou a unidade dos discípulos como uma condição para que o mundo creia (cf. Jo 17, 21). Essa convergência não equivale a uma submissão jurídico-organizacional a organismos institucionais ou a uma mortificação da fantasia do Espírito que inspira a diversidade, mas significa dar mais eficácia à mensagem do Evangelho e promover a unidade de propósitos que é também fruto do Espírito.
A Obra Missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal. Por isso precisa também dos muitos carismas da vida consagrada, para se dirigir ao vasto horizonte da evangelização e ser capaz de garantir uma presença adequada nas fronteiras e territórios alcançados.
Queridos irmãos e irmãs, a paixão do missionário é o Evangelho. São Paulo afirmou: «Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!» (1 Cor 9,16). O Evangelho é fonte de alegria, libertação e salvação para todos os homens. A Igreja é consciente desse dom, por isso não se cansa de proclamar incessantemente a todos «o que era desde o princípio, o que ouvimos e o que vimos com os nossos olhos» (1 Jo 1,1). A missão dos servidores da Palavra - bispos, sacerdotes, religiosos e leigos - é colocar todos, sem exceção, em relação pessoal com Cristo. No imenso campo da ação missionária da Igreja, todo batizado é chamado a viver bem o seu compromisso, segundo a sua situação pessoal. Os consagrados e consagradas podem dar uma resposta generosa a essa vocação universal a partir de uma intensa vida de oração e união com o Senhor e com o seu sacrifício redentor.
Confio a Maria, Mãe da Igreja e modelo de missionariedade, todos aqueles que, ad gentes ou no próprio território, em todos os estados de vida, colaboram com o anúncio do Evangelho e, de coração, concedo a cada um a Bênção Apostólica.
Vaticano, 24 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015.
Papa Francisco
Com informações e foto das POM. 
Fonte: CNBB

Anunciar o Evangelho: uma necessidade para quem ama Cristo

2015-05-24 Rádio Vaticana
Neste domingo de Pentecostes, foi publicada a Mensagem do Papa Francisco para a Jornada Missionária Mundial que ocorre a 18 de Outubro próximo.
O Papa afirma que a missão não é “proselitismo”, nem “mera estratégia” , mas sim parte da “gramática da fé”, e por conseguinte, Paixão por Jesus, pelas gentes, pelo Evangelho.
A mensagem articula-se em quatro eixos procurando falar ao coração de cada um.
Neste Ano da Vida Consagrada, e no 50º aniversário da Decreto conciliar “Ad Gentes”, o Papa chama a atenção para a forte ligação entre a missão e os consagrados, recordando que “quem segue Cristo não pode senão tornar-se missionário”. Pondo-se, portanto, à escuta do Espírito Santo, “aos consagrados é pedido para irem em direcção às grande periferias da missão”, lá onde o Evangelho “não chegou ainda às gentes” .
Quem é missionário, prossegue o Papa, deve doar-se totalmente ao anuncio do Evangelho e nisto não há compromissos: há que viver a missão; qualquer tendência a afastar-se desta vocação “não se coaduna com a chamada do Senhor ao serviço do Evangelho”. Daí que o Papa se dirija aos formadores dos Institutos missionários pedindo-lhes “clareza e honestidade” ao indicar as perspectivas da missão e firmeza no “discernimento de autenticas vocações missionárias”
Aos jovens o Papa convida a “não se deixarem roubar o sonho de uma missão verdadeira (…) que implique o dom total de si”, porque o anuncio do Evangelho “antes de ser uma necessidade para aqueles que não o receberam ainda, é uma necessidade para quem ama Jesus”.
Aos consagrados o Papa pede para “promoverem no serviço da missão a presença dos fieis leigos”, “abrindo-se corajosamente perante quantos estão dispostos a colaborar”, mesmo que por pouco tempo para “uma experiencia de campo”. Com efeito a vocação missionária é “ínsita no Batismo” e diz respeito a todos.
Em terceiro lugar, o Papa indica como desafio primário da missão hoje, “respeitar a necessidade de todos os povos de partir das próprias raízes e salvaguardar os valores das respectivas culturas”. Dessas raízes devem partir para compreender o mistério de Deus e o anuncio  evangélico. O Papa recorda ainda que “os destinatários privilegiados do anuncio evangélico são os pobres, os pequenos, os enfermos, os desprezados, os esquecidos”, porque “existe um vínculo inseparável entre fé e os pobres”.
Optar preferencialmente pelos pobres - prossegue o Papa – não significa agir “ideologicamente”, mas sim ”identificar-se com os pobres come fez Jesus (…) tornando-se irmãos dos últimos, levando-lhes “a alegria do Evangelho e a caridade de Deus”.
Finalmente o Papa sublinha a importância da “colaboração e da sinergia” entre o bispo de Roma e as Instituições e as Obras missionárias da Igreja, por forma a garantir a comunhão. Isto sem submissão ou prejuízo da diversidade. Significa, isso sim,  dar maior eficácia à mensagem evangélica e promover aquela unidade de intentos, frutos do próprio Espírito.
A “obra missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal – explica o Papa. Por isso precisa dos numerosos carismas da vida consagrada para “assegurar uma presença adequada nas fronteiras e nos territórios a que já se chegou” .
O Papa concluiu a sua mensagem com o convite a dar vida a uma Igreja que “não se canse de anunciar incessantemente” o Evangelho, porque no fundo “A missão dos bispos, sacerdotes, religiosos e leigos é a de pôr todos, sem exclusão de ninguém, em relação pessoal com Cristo” . 
(DA com  IP)
(from Vatican Radio)
Fonte: News.VA