segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mensagem: 1º. de maio 2012 – Pastoral Operária

“Publicado em: 30/04/2012• Setor de Comunicação
“VIVER PARA TRABALHAR OU TRABALHAR PARA VIVER?”
Que proveito tira o homem de todo o trabalho
com que se afadiga debaixo do sol? (Eclesiastes 1, 2-3)
Vivemos momentos difíceis para a classe trabalhadora. A aparente abundância com que a mídia, o governo e o empresariado em geral pregam, esconde a real situação em que vive a classe trabalhadora. Se por um lado temos uma diminuição do índice de desemprego, este ainda está alto, 10,5% (DIEESE), em números são em torno de 10,5 milhões de trabalhadores. O índice de trabalhadores informais também é alto 44%, ou seja, 44,5 milhões de trabalhadores. Isto quer dizer que cerca de 55 milhões de trabalhadores no Brasil estão sem acesso aos direitos trabalhistas. O índice de desemprego cresce ainda mais quando falamos das juventudes, chega a 22,9%. Outro fator que joga contra a classe trabalhadora é a alta rotatividade no emprego no Brasil, é a mais alta do mundo. Se em 2011 foram criados 20 milhões de empregos, porém foram 18 milhões demitidos. Com esta arma o empresariado diminui os direitos trabalhistas e a capacidade de organização dos trabalhadores (hoje os trabalhadores ficam no máximo 2 anos numa empresa).
O salário mínimo é ainda um forte referencial para os trabalhadores (47 milhões deles recebem este valor). Apesar dos aumentos conquistados nos últimos anos, ele ainda esta muito longe do que prevê a constituição federal. Seu valor atual é de R$ 622,00, enquanto o DIEESE prevê o valor de R$ 2.323,21 ou seja, quatro vezes menor do que deveria ser.
Outro agravante é a retirada lenta e sistemática dos direitos trabalhistas, ressaltamos aqui o veto da Presidenta Dilma ao aumento dos trabalhadores aposentados. Estes pagam por 30 anos ou mais para ter seus direitos desrespeitados no fim da vida.
As taxas de juros são um caso a parte, mesmo estando em crise econômica a Comunidade Europeia, paga de 1% a 6% de juros ao ano, no Brasil a taxa está em 9,75%. Se for taxa bancária chega a 230% ao ano, isto dificulta a vida da classe trabalhadora aumentando o preço das mercadorias essenciais. Para as grandes empresas e para microempreendedor individual há créditos subsidiados, para os trabalhadores e associações de trabalhadores não.
Outro fator são os acidentes de trabalho. As taxas no Brasil ultrapassam os 500 mil acidentados anuais, chegando a 2.500 mortos, uma verdadeira calamidade pública. Além disso, a quantidade de doenças ocupacionais continuam aumentando no país, fruto do excesso e precarização do trabalho.
Mas nem tudo é desalento, percebemos um avanço na organização da classe trabalhadora, frente a toda esta situação. Vemos um aumento das greves e outras formas de organização exigindo melhores condições de salários e trabalho. Os movimentos sociais aos poucos começam a se agruparem e buscam pontos em comum em suas lutas. O nível de conscientização aumenta dia a dia, ainda que de forma lenta. Estas ações ligadas a outras que já se fazem vivas, nos dá a certeza que no horizonte a luta pela vida ainda está forte.
Assim, nós da Pastoral Operária chamamos a todas e todos os trabalhadores formais e informais, desempregados, aposentados e da economia popular solidária a somarmos força no sentido de termos uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, sinal da presença do Reino de Deus aqui na terra, onde a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras esteja acima do lucro de uns poucos. Vamos trabalhar para viver em vez de viver para trabalhar!
VIVA A CLASSE TRABALHADORA!
A página eletrônica da Pastoral Operária Nacional é http://www.pastoraloperaria.org.br
Conheça um pouco mais sobre os Direitos e Deveres dos trabalhadores na Constituição Federal do Brasil, acesse: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91972/constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988

Mensagem da CNBB aos trabalhadores e trabalhadoras


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, no ensejo das comemorações do Dia Mundial do Trabalho, neste 1º de Maio, dirige sua mensagem de solidariedade e apoio a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A celebração desta data nos sugere, antes de tudo, um agradecimento a Deus pelo ser humano que, com criatividade e sabedoria, constrói o mundo e vive do trabalho de suas mãos.
O trabalho não é um mero apêndice na vida humana, mas uma dimensão fundamental de sua existência na terra. Por meio dele, o homem e a mulher “participam na obra do próprio Deus, seu Criador” e se realizam como seres humanos. O próprio Jesus viveu a realidade do trabalho a ponto de ser identificado como “o Filho do Carpinteiro” (Mt 13,55).
A busca do desenvolvimento a todo custo, no entanto, colocando o capital e o lucro acima da pessoa humana, tem transformado o trabalho em peso e castigo para milhares de trabalhadores e trabalhadoras no país. Isso contradiz a vocação humana ao trabalho e fere sua dignidade. Temos a missão resgatar a centralidade da pessoa humana para que o trabalho, “chave essencial de toda a questão social”, cumpra seu fim que é a realização do ser humano.
A Igreja, que “considera sua tarefa fazer com que sejam sempre tidos presentes a dignidade e os direitos dos homens do trabalho” (Laborem Exercens 1), se une, portanto, neste 1º de Maio, aos trabalhadores/as em suas justas reivindicações quais sejam a garantia de seus direitos e a defesa de sua dignidade.
Com eles denuncia as desigualdades sociais, que a distribuição de renda não consegue erradicar, o baixo salário, o desemprego e o subemprego, que condena inúmeras famílias a condições indignas de filhos e filhas de Deus. Repudia, igualmente, o trabalho escravo e infantil, chaga de nossa sociedade, bem como toda discriminação que possa existir no mundo do trabalho por idade, etnia, gênero.
Somos todos responsáveis pela construção da sociedade nova, justa e fraterna, sonhada por Deus para seus filhos e filhas. A garantia da justiça nas relações do trabalho é condição para atingirmos esse fim.
Que o carpinteiro São José, pai adotivo de Jesus, abençoe os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Brasília, 1º de Maio de 2012
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luis do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Por CNBB

Notícias- PASCOM

Pastoral da Comunicação estuda sobre “Espaço Virtual: Novas possibilidades de Comunicação”

No último sábado, 28 de abril, a Pastoral da Comunicação, PASCOM realizou uma de suas mais importantes formações de 2012. O workshop “Espaço Virtual: Novas Possibilidades de Comunicação”. Um tema extremamente atual para a Igreja que caminha rumo à excelência na era da informática, ministrado pelo Coordenador de Marketing da FM Dom Bosco e consagrado da Comunidade Recado, Marcos Pavel.
Os membros das mais diversas áreas pastorais de Fortaleza foram convidados a aprofundar pela manhã o polêmico tema do direito virtual. O palestrante foi enfático em suas afirmações que a Igreja, antes de qualquer outro órgão, deve ser exemplo de cumprimento da lei. “O direito virtual nada mais é que a ratificação da constituição aplicada às novas tecnologias (…) Temos que compreender que não está sendo inventado nada de novo, apenas confirmado a um novo espaço”, afirmou Pavel.
O período da tarde foi marcado pela prática de conceitos das novas mídias. Abordando a importância de se formularem sites que não sejam apenas folders, mas tenham atualizações constantes, nem que seja apenas de um único destaque, recordou que a comunicação é dinâmica. “Criatividade, desejo pela inovação e habilidade são importantes no cyber espaço, mas considero essencial e ponto fundamental o trabalho equilibrado (…) quem não dedica um tempo específico para o trabalho na rede vai acabar virando um workaholic, trabalhando dia e noite freneticamente e uma hora não conseguirá mais fazer nada”, ponderou falando da importância de saber dosar o tempo e dividir funções.
Outros temas como funções do facebook, técnicas para conseguir novos “curtidores” e encantar o internauta com e-mails marketing foram passadas para todos os membros que tomaram nota ouvindo cada palavra atentamente. Em cada partilha dos congressistas, era notório como o conteúdo abordado gerou um despertar real e profundo, porém, muitos dos materiais já serão de aplicação imediata como a demonstração de realidade aumentada realizada ao final do dia.

Maio o mês de Maria




Estamos no mês de maio; o mês de Maria Mãe de Deus. O Concílio Vaticano ll referindo-se à devoção à Virgem Maria, no capítulo 8 da Constituição Dogmática “Lumen Gentium” reafirmou a doutrina e a devoção de venerar a Mãe de Deus sempre Virgem. No número 69 da referida constituição o Concílio exorta “Todos os fiéis para dirigir súplicas insistentes à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que ela, que assistiu com suas orações aos alvores da Igreja, também agora, exaltada no céu acima de todos os anjos e bem-aventurados interceda junto de seu Filho, na comunidade de todos os santos, para que todas as famílias dos povos, quer se honrem do nome cristão quer desconheçam ainda o seu Salvador, se reúnam felizmente, em paz e concórdia, no único povo de Deus, para glória da santíssima e indivisa Trindade”. A celebração condigna do mês de maio encontra-se, assim, perfeitamente dentro do espírito do Concílio Vaticano ll. Além disso, é uma excelente oportunidade para inculcar nos fiéis os fundamentos teológicos da devoção à Maria, especialmente na perspectiva de Mãe de Deus.
A Igreja Católica sempre tributou a Maria uma veneração, uma imitação, um amor muito especial desde o início do cristianismo. O motivo é porque ela é a Mãe de Jesus, o Filho de Deus e nosso Salvador e Redentor. Jesus sendo o Filho de Deus é igual ao Pai e ao Espírito Santo. A Jesus devemos o culto máximo de adoração. Maria sendo uma criatura como nós, não deve receber o culto de adoração, mas de veneração (hiperdúlia), amor e imitação. Maria é a Mãe de Deus porque ela é a Mãe de Jesus e Ele é Deus. O Concílio de Éfeso que o ocorreu no ano 431 com mais de 200 bispos presentes declarou solenemente o dogma mariano católico afirmando que Maria é Mãe de Deus. Através do termo “theotokos” que em grego significa Geradora de Deus, aquele Concílio proclamou que Maria é Mãe de Deus.
A própria bíblia nos mostra que Maria tem o direito ao título de Mãe de Deus. Em Isaias 7, 14 encontramos a frase: “O Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis a Virgem que concebe e dá à luz um filho que se chamará Emanuel”. Emanuel é uma palavra hebraica, que na tradução literal significa “Deus conosco”. Exprime uma presença particular e pessoal de Deus no mundo. Porém, o texto mais citado para provar que Maria é a Mãe de Deus é Lucas 1, 30-35: “O anjo disse a Maria: não tenhas medo, Maria encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho de Altíssimo”… “Maria, porém, disse: como se fará isso, visto que não tenho relações conjugais? O anjo respondeu: o Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com sua sombra, por isso o Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”. Maria também é nossa mãe. Portanto, neste mês dedicado à ela vamos aproveitar de seu poderoso poder de intercessão junto com seu Filho para agradecê-lo e pedir as graças que estamos precisando.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e assessor da CNBB Reg. NE1