João é o evangelista que mais aprofunda
a transparência divina das realidades humanas.Cada uma dessas
realidades tocadas por Jesus se transforma em sinal. São
sinais da Sua glória a água quando transformada em vinho em Caná,
também a água pedida e oferecida à samaritana junto ao poço de Jacó.
Também são sinais de Deus a cura do paralítico à beira da piscina de
Betesda, do cego de nascença na fonte de Siloé e os cinco pães,
multiplicados para a multidão, nas colinas da Galileia. São sinais que
tantos viram, tantos presenciaram, mas muitos não entenderam, porque não
creram, não abriram o coração à fé.João aborda um fato notório na vida
pública de Jesus: o milagre da
multiplicação dos pães narrado também pelos outros evangelistas.
Diferentemente de Marcos e Mateus, João não apenas narra o episódio, mas
reflete, longamente, sobre o seu significado, mais especificamente
sobre sua transparência.Jesus nos ensina que a vida deve ser partilhada,
pois ela é um dom que
deve ser fomentado. Aliás, costuma dizer-se que “o pouco partilhado
chega para todos”. Assim aconteceu com o milagre da multiplicação,
quando todos comeram e ficaram saciados.A multiplicação dos pães não é
questão de “blá-blá-blá”; é, na
realidade, questão de fé. Veja que, no Evangelho, embora não apareça ,
podemos imaginar a reação dos discípulos, quando Jesus mandou que
trouxessem os cinco pães e os dois peixes até Ele, na intenção de
alimentar aquela multidão de cinco mil homens.Para quem não entende o
que é fé, poderia duvidar e dizer: “Será que
isso vai dar certo?”. Mas Jesus, como em todos os milagres, fez a parte
d’Ele e deixou que cada pessoa, na multidão, também fizesse a sua parte.
Essa é a sua vez! Somos convidados a viver a Eucaristia como partilha
concreta da vida, na
certeza de que – com Cristo, em Cristo e por Cristo nada é
impossível.Aprendamos pois, a repartir o que temos para os nossos irmãos
que não têm.Exercitando essa prática de amor ao próximo,veremos que é
melhor dar do que receber.Louvor e Glória ao Senhor!
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