Jesus fala de paz e alegria no momento em que sua morte está para
acontecer. Paz é a plena realização humana. Ela só é possível se aquele
que rege uma sociedade desumana for destituído de poder. A morte de
Jesus realiza a paz. Todo martírio é participação nessa luta vitoriosa
de Jesus e, portanto, causa de paz e alegria. Jesus se levanta e
pronuncia as benditas Palavras: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14,27).
Trata-se aqui do discurso da despedida. O
Mestre sabia que havia chegado a hora de sair desse mundo. Por isso,
não queria partir sem dar calma, segurança, amparo, conforto, vitória,
enfim, garantia de vida plena. Jesus é, por natureza, o comunicador da paz. Sem dúvida, não estamos às
voltas com uma espécie de tranquilidade “intimista e sentimental”,
porque a paz de Jesus é muito mais do que isso.A paz do mundo é outra coisa, esta é falsa e enganosa, coexistindo com a
perturbação e o medo. Ela é a ausência de discordâncias,
questionamentos ou conflitos, vigorando a submissão geral à ordem
imposta pelo poder. Essa pacificação encontra-se na fuga e na alienação
aos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa
confiança ingênua em Deus, de quem tudo espera sem exigir colaboração.
Nesse sentido, é uma paz que conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a paz
oferecida pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece. Pois eles
sabem que só esta desfaz aquela oferecida pelos homens.
A paz de Jesus é fruto da prática
fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e
mulheres. É o reencontro da vida em união com a vontade do Pai.
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. Jesus garante sua presença que anima nossa caminhada em busca da paz e da plena harmonia. Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
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